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Sete maneiras de morrer em Belize
Sete maneiras de morrer em Belize
Sete maneiras de morrer em Belize
E-book89 páginas1 hora

Sete maneiras de morrer em Belize

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Sobre este e-book

Como uma excursão pela exótica Beliza poderia ser simples com um guia assim? Pense em Hercule Poirot, James Bond e Rick Steves em um corpo. Ele é habilmente auxiliado por Winnie, sua jovem Sexta-Feira chinesa. Há rumores de que ele a ganhou em um jogo de cartas em Bangkok. Os consideráveis talentos do guia são demonstrados quando seu grupo de excursão se torna alvo de um grupo terrorista que quer desacreditar o governo matando turistas.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de abr. de 2020
ISBN9781071541029
Sete maneiras de morrer em Belize
Autor

Harlan Hague

Harlan Hague, Ph.D., is a retired history professor. He has traveled around the world, visiting sixty or seventy countries and dependencies. He has published history, fiction, travel and prize-winning biography. His screenplays are making the rounds. More at http://harlanhague.us

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    Sete maneiras de morrer em Belize - Harlan Hague

    Sete maneiras de morrer em Belize

    Uma novela

    Harlan Hague

    ––––––––

    Capítulo Um

    Os Jogadores

    Belize é maia e verde. Ruínas da perdida Civilização Maia estão espalhadas pelo interior do país, geralmente rodeadas pela exuberante floresta tropical. Chuvas abundantes alimentam as árvores e os arbustos da floresta sem seriamente dificultar a apreciação dos românticos monumentos.

    É preciso admitir que os turistas vêm a Belize para ver as antigas ruínas maias e se maravilhar com a beleza da floresta e dos animais exóticos, mas, para o turista médio, não é o passado maia ou o esplendor natural que é a principal atração do país. É o bar no terraço do hotel. Aqui os visitantes encontram a razão para vir e a justificativa pelos gastos.

    Caminha-se do saguão do hotel para o terraço localizado em uma selva civilizada, verde e convidativa. Passagens de pedregulhos ou madeira serpenteiam através da exuberante floresta cultivada de palmeiras, samambaias e flores. Os caminhos são iluminados por uma iluminação difusa na altura dos joelhos, brilhante o bastante para evitar que alguém se perca, mas não tão brilhante para interferir na contemplação sonhadora ou imaginar encontros ao acaso depois da próxima volta, tudo isso com os sentidos e as expectativas estimulados por já se ter visitado o bar.

    O bar no terraço é um lugar para se reunir. Desembarca-se do ônibus de turismo e se gravita para o bar para se recompor e avaliar a experiência do dia. Depois se sobe ao quarto para se refrescar e se retorna ao terraço para uma bebida antes do jantar. Depois do jantar, há o encontro com os companheiros para terminar um belo dia com uma bebida final. Ou duas. Ou três.

    *****

    Bud e Oliver se inclinaram sobre o bar. Eles haviam se conhecido algumas horas antes no traslado do aeroporto para o hotel e se conectaram imediatamente. Eles combinaram no traslado de se encontrarem no terraço para renovar as energias. Ambos tinham cinquenta e poucos anos e tinham uma boa aparência com barrigas de meia-idade. Eles vestiam camisas aloha coloridas, calções cáqui e sandálias. Quando se viram no bar, ambos ficaram surpresos. Era como se houvessem planejado combinar o guarda-roupa.

    Eles sorveram seus drinques. Chegando cedo, tinham o bartender só para si. Eles o haviam prendido em uma extensa discussão sobre os drinques favoritos de Belize e acabaram optando por uma piña colada, não nativa de Belize, mas um drinque longo familiar de creme de coco, suco de abacaxi e rum sobre gelo. Para seu primeiro drinque. O segundo drinque foi rum e Coca-Cola, a libação nacional de Belize, segundo o bartender. O terceiro drinque foi uma repetição de rum e Coca-Cola.

    Bud e Oliver estavam suaves. Eles se viraram, com os drinques na mão, escoraram as costas no balcão e olharam em volta. Cadeiras de rotim e uma dúzia de mesas de ferro fundido leve, rotim e vidro estavam espalhadas pelo terraço. Somente uma mesa estava ocupada nessa primeira hora. Duas mulheres estavam sentadas ao longe com suas costas para o bar, inclinadas sobre seus drinques, conversando e rindo.

    O terraço era rodeado por uma balaustrada de hastes finas de bambu cobertas por uma tábua grosseiramente talhada. Além da balaustrada, o exuberante jardim verde de palmeiras, samambaias e vinhas e árvores era laçado por passarelas iluminadas.

    — Lindo — disse Bud.

    — É — Oliver disse. — Vamos caminhar. — Oliver virou o copo e terminou seu drinque. Ele pôs o copo vazio no bar e passou a andar para longe. Parou.

    Bud não havia se mexido. Ele ainda escorava as costas contra o balcão e não estava olhando para o jardim. Olhava para uma moça no final do longo balcão.

    — Olha isso — Bud disse. A mulher era chinesa, com uns vinte e poucos anos, um rosto bonito intocado por maquiagem. Ela vestia sandálias, uma camiseta marrom solta e shorts até o meio das coxas que não escondiam um corpo escultural. — Olha isso — Bud repetiu.

    Oliver olhou. — Nossa, nossa — ele disse finalmente.

    A mulher virou o copo e o esvaziou. Ela deixou o copo no bar e caminhou em direção à entrada do saguão. Quando se aproximou de Bud e Oliver, Bud sorriu. Ela o fitou vagamente, olhou diretamente através dele, e seguiu caminhando. Depois que ela passou, Bud se desatracou do bar e a seguiu.

    Em um canto escuro logo antes de chegar à entrada do saguão, Bud a alcançou e a rodeou pelos ombros, fazendo-a parar. Ele a segurou com firmeza.

    — Ei! Não faz isso! — ela vociferou.

    Bud beijou seu pescoço e afundou o rosto em seu cabelo. A mulher lentamente pôs as mãos para trás na virilha de Bud.

    — Agora, assim é melhor.

    A cabeça de Bud pulou para cima. — Ai! — Ele fez uma careta de dor. — Ai! Porra! Larga! — ele disse.

    Ela respondeu suavemente. — Larga você, garotão.

    Bud a soltou e se dobrou de dor. Ela caminhou até a porta de entrada do saguão e entrou. Ela não olhou para trás.

    Oliver riu e se aproximou. Ele pegou Bud pelo braço.

    — Bora, a gente vai se atrasar — Oliver disse. Eles caminharam em direção à porta do saguão.

    — Porra — Bud disse, esfregando a virilha.

    *****

    Em um canto do saguão do hotel, um grupo de catorze homens e mulheres vestindo roupas tropicais casuais estava sentado em poltronas e sofás de pelúcia arranjados em torno de mesas de café. Eles conversavam, sorrindo e rindo, e davam as mãos, se conhecendo.

    David Evans estava parado falando suavemente com duas mulheres perto do grupo sentado. Enquanto conversavam, os membros sentados da excursão observavam David. Muitos haviam contratado esta excursão com forte recomendação de amigos que haviam viajado com ele.

    Aos quarenta e dois anos, David era considerado o melhor guia na empresa Soft Adventure Tours e, alguns diziam, o melhor

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