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Ferramentaria: A importância de gestão, estratégia e pessoas na construção do futuro
Ferramentaria: A importância de gestão, estratégia e pessoas na construção do futuro
Ferramentaria: A importância de gestão, estratégia e pessoas na construção do futuro
E-book175 páginas4 horas

Ferramentaria: A importância de gestão, estratégia e pessoas na construção do futuro

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Sobre este e-book

Ferramentaria: importante segmento do setor metal-mecânico.
Deixo o convite para voltar ao passado e viajar rumo ao presente através de experiências de 40 anos de atividades no segmento de ferramentaria.
Serei seu comissário de bordo, comentando e atribuindo conhecimento nas passagens durante o trajeto. Partindo pelo breve relato do início da atividade industrial no Brasil e surgimento do segmento nas décadas de 1960 e 70, viajaremos por avaliações do ambiente externo e interno da empresa, propondo ações estratégicas com pausa para avaliar o ambiente interno e implicações de gestão em processos e atividades e com a avaliação do comportamento dos integrantes visando sua melhor contribuição e destaque.
O pouso será nos dias de hoje com avaliação do futuro e breve sugestão de união das empresas, com intuito de fortalecer e ampliar o mercado no Brasil.
Ao final, espero ter passado informações suficientes para consolidação de sua empresa e para preparar você e sua tripulação para uma nova viagem, talvez mais intensa e que se aproxima rapidamente: uma jornada por automação plena e aplicação de inteligência artificial rumo à evolução da Indústria 4.0, um tema para outro livro.
Donos de ferramentarias, funcionários e interessados pelo segmento, sigam nesta jornada e boa viagem!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento22 de jul. de 2020
ISBN9786500053142
Ferramentaria: A importância de gestão, estratégia e pessoas na construção do futuro

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    Pré-visualização do livro

    Ferramentaria - Luiz Carlos dos Santos

    Referências

    Apresentação

    No momento atrav essamos no Brasil a crise do Co vid-19, pandemia que assolou o mundo em 2020, então, resolvi aproveitar o perí odo de confinamento e atender a solicitação de amigos para escrever c om mais profundidade sobre F erramentaria.

    No Brasil, o segmento de Ferramentaria teve seu auge na década de 1970 e 1980, quando iniciou e consolidou-se. Após este período, o segmento passa constantemente por crise de identidade e sofre com a indefinição e a falta de planejamento de govenos que se sucedem. Penso que isto demorará a mudar.

    O principal objetivo com esse livro não é técnico, mas sim conceitual. Concentra-se em discutir a melhor forma de fazer a conexão entre empresa e seus integrantes, como participantes e clientes, na tentativa de mudar conceitos dominantes sobre de quem é a culpa pelo longo período de crise do setor. Procurarei mostrar que, mesmo em períodos de crise, há como prosperar.

    Conceitos importantes:

    Integrantes: empregados. Ferramenteiro, torneiro e ajustador, zelador, auxiliar, etc. Todos aqueles que contribuem diretamente para as atividades da empresa.

    Participantes: fornecedores de serviços no geral. Aqueles que prestam serviço e que indiretamente contribuem para empresa.

    Envolvidos: aqueles onde há um relacionamento direto sem participação na operação como órgãos governamentais, organizações não governamentais, igrejas e comunidade onde a empresa está inserida.

    Espero que tenha conseguido ser claro e objetivo com as colocações, palavras e exemplos embasados em minha experiência de mais de 40 anos transitando por empresas do setor.

    Boa leitura!

    Prefácio

    O segmento de F erramentaria está passando por uma crise de identi dade, além de estar atravessando períodos de crises econômicas, que na realidade parece ser um novo normal. O mercado onde Ferramentarias no Brasil atuam está encolhendo, emp resas fecham as portas e os partic ipantes reclamam da falta de apoio do goveno e da concorrênc ia desleal da China.

    O que não fica claro é: a crise vem de fora ou de dentro da empresa, tendo em vista que algumas prosperam e atravessam a crise com aparente pujança? Com esse livro pretendo usar da experiência para ajudar em uma reflexão para adaptação a este novo normal econômico mundial: crises!

    Para tal, classifico o segmento Ferramentaria em três níveis:

    A. empresas consolidadas com longo período de existência, mais de 50 funcionários e que possuam recursos de capital e humano farto.

    B. Empresas médias com até 50 funcionários e que sobrevivem com luta e determinação, mas à mercê do mercado.

    C. Empresas pequenas com até 20 funcionários que lutam através do sonho de seu fundador idealizador e que, normalmente, são apoio ou dependentes de empresa maior.

    Este livro está destinado a integrantes e participantes do segmento e o público do nível C que tem por objetivo progredir e prosperar, podendo também ser utilizado pelo público do nível B com o mesmo objetivo.

    O público do nível A, empresas que já têm uma dinâmica própria e diferenciada com clientes e que, além de buscar soluções, apoiam estas empresas para desenvolver novas tecnologias, elevam-se naturalmente por necessidade de mercado. É o exemplo a ser seguido, ou melhor, é referência estratégica de alvo a ser atingido.

    História

    Fazer igual é esperar resultados diferentes beira à estupidez.

    Albert Einstein

    Ser diferente em mercados co mpetitivos passa pelo conhecimento da história Industrial, dos Modelos de Gest ão empregados no Brasil e pelo ent endimento da dinâmica competitivas d as Ferramentarias nos dias de hoje.

    Revolução Industrial

    A Revolução Industrial iniciou-se pela necessidade de consumo em maior escala daquilo que os artesãos produziam. A introdução de máquinas se deu por volta de 1870 com o uso da energia do vapor em teares, máquinas e outros equipamentos.

    Perceba que houve necessidade de reproduzir em maior escala o que era feito manualmente, iniciando-se a divisão do trabalho em tarefas nas primeiras oficinas caseiras, comandadas pelos artesãos: mestres que detinham a habilidade desenvolvida com anos de prática.

    Revolução Industrial no Brasil - 1936-1956

    Iniciou-se com Getúlio Vargas após a revolução de 1930, quando usou a substituição da mão de obra imigrante pela nacional, adotando uma política industrializante. Seguia-se politicas de industrialização por substituição a importação (ISI).

    Vargas investiu forte na criação da infraestrutura industrial: indústria de base e energia. Destacando-se a criação de:

    Conselho Nacional do Petróleo (1938);

    Companhia Siderúrgica Nacional (1941);

    Companhia Vale do Rio Doce (1943);

    Companhia Hidrelétrica do São Francisco (1945).

    Quarto período (1956 até atualidade): internacionalização

    Enquanto nas décadas anteriores houve predominância da indústria de bens de consumo, na década de 1940 outros tipos de atividades industriais começam a se desenvolver, como nos setores de minerais, metalurgia e siderurgia. Ou seja, áreas mais sofisticadas tecnologicamente e com a finalidade de ser indústria de base para fortalecimento de outras indústrias que por ventura fossem surgir. Como política, desviava-se capital das exportações de bens primários como minério de ferro e agricultura para investimentos nestas indústrias de base. Esta politica enfraqueceu os dois setores, pois a limitação de importações restringiu o acesso do país a competição externa, tornando os produtos de duas a quatro vezes mais caros, travando assim o crescimento.

    No governo de Juscelino Kubitschek, 1956 a 1961, criou-se um Plano de Metas que dedicou mais de 2/3 de seus recursos para estimular o setor de energia e transporte e aumentou a produção de petróleo e a potência de energia elétrica instalada, visando a assegurar a instalação de indústrias. Desenvolveu-se também o setor rodoviário.

    O crescimento da indústria de bens de produção refletiu-se principalmente nos seguintes setores:

    Siderúrgico e metalúrgico (automóveis);

    Químico e farmacêutico;

    Construção naval, implantado no Rio de Janeiro em 1958 com a criação do Grupo Executivo da Indústria de Construção Naval (GEICON).

    Indústria Automobilística no Brasil

    Para referência e objetivos deste livro vamos considerar as primeiras atividades da Indústrias Romi com o início deste importante segmento consumidor de ferramental. O marco foi em 1955, quando produziu o primeiro veículo nacional, a Romi-Isetta, na cidade de Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo. O veículo foi produzido entre 1956 e 1961.

    As Quatro Grandes

    Em 1959, no município de São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, foi instalada a fábrica da empresa Volkswagen, cujo primeiro modelo produzido foi a Kombi e que precedeu ao famoso Volkswagen Sedan, o Fusca. A empresas Chevrolet e Ford, que eram apenas montadoras de peças importadas, também começaram a dar os seus primeiros passos com a fabricação de caminhões para, mais tarde, iniciarem a produção de automóveis em 1968. A seguir veio a italiana Fiat, de Turim, que instalou-se em 1973 em Betim (MG).

    Outras montadoras e fabricantes fizeram o mesmo. Renault, Peugeot e Citroën montaram fábricas no Brasil, enquanto outras marcas iam sendo incorporadas, assim como fez a Dodge que passou a ser parte da Chrysler do Brasil. A Mercedes-Benz, que já fabricava caminhões, estabeleceu em São Bernardo do campo uma fábrica, a Daimler Benz do Brasil, inicialmente fabricante de carrocerias de caminhão e ônibus, inaugurando a sua unidade montadora veicular em 1999, em Juiz de Fora (MG).

    Ciclos Econômicos no Brasil e influência no segmento de Ferramentaria

    Três Ciclos Econômicos são importantes para definir o crescimento e a crise do setor de usinagem e Ferramentaria no Brasil.

    O Milagre Econômico (1969-1973) teve como principal característica a proteção da indústria nacional através da politica ISI (Industrialização por Substituição da Importação).

    Recessão e Crise Monetária (1973-1990), quando apareceram os primeiros movimentos de terceirização nas indústrias e a proteção da indústria nacional.

    Abertura Econômica (1990-2005) foi a fase em que o Brasil foi inserido no mercado Global. Neste período a abertura possibilitou o aumento da chegada de concorrentes internacionais, primeiro Portugal depois a China, que após sua aprovação como membro da OMC (Organização Mundial do Comércio) em dezembro de 2001, passou a ser agressiva em vários mercados, inclusive o de Ferramentaria. Veja minha opinião a seguir.

    A cronologia evidencia que depois do governo de Juscelino Kubitschek (1956 a 1961) e sua criação do Plano de Metas passamos por um longo período sem planos de governo, principalmente de longo prazo. Enquanto o mundo e o mercado global evoluem, o Brasil permanece fechado devido a Politica ISI. Evoluções tecnológicas no segmento automotivo e, por consequência, de Ferramentaria se embasavam em tecnologia ultrapassada trazida de fora.

    Devido à politica ISI, não há motivação para industrialização de produtos primários como minérios, produtos da agricultura e pecuária. Tornamo-nos fortes fornecedores de produtos de base para indústria mundial transformadora e agregadora de valor. Como exemplo: vendemos minérios e compramos aço, alumínio e outros itens a um custo bem superior para alimentar nossas indústrias ultrapassadas de bens de consumos ultrapassados.

    Ferramentaria no Brasil – O Início

    O período iniciado a partir de 1956 é o ponto de partida para o segmento de Ferramentaria com a importação de equipamentos, implantação da siderurgia e das indústrias automobilísticas que necessitavam de mão de obra especializada, inicialmente importada.

    Na década de 1960 com a chegada das multinacionais fabricantes de automóveis e empresas estrangeiras se instalaram para fornecer estampos e dispositivos. Começava o segmento de Ferramentaria no Brasil. Nesse momento, as empresas de usinagem não seriada e Ferramentarias se estruturam conforme os modelos trazidos da Europa, principalmente de Portugal.

    Levando em conta que podemos considerar a industrialização moderna a partir de 1930, no terceiro período, percebemos que somos novos na industrialização: são aproximadamente 84 anos de amadurecimento, sem apoio governamental e com desenvolvimento preso a modelos de

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