O retorno de Jonas: uma história de resiliência

De Luciano Alves

O retorno de Jonas: uma história de resiliência apresenta um romance fantástico, no qual seu protagonista é um rapaz de 28 anos que, em um determinado dia,voltando para casa, toma um grande susto, pois percebe que está, há cinquenta anos, no passado. E, agora, todas as suas relações não existem mais. E para retornar ao seu mundo original, contará apenas com um amigo. Uma história envolvente, desafiadora e surpreendente sobre resiliência.

• Idioma: Português
• Editora: Viseu
• Data de lançamento: 29 de set. de 2020
• ISBN: 9786556742847

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Agradecimentos

Este livro que você tem nas mãos nasceu a partir das minhas próprias experiências de encontros e desencontros na vida. Embora escrito em pouco mais de 20 dias, foram os meus quase 40 anos de existência que trouxeram à luz esse texto, que somente agora, quando completo 50 anos de vida, está sendo lançado. Sim, é difícil publicar livros e desde sempre foi assim, no Brasil e fora dele. William Golding (O senhor das moscas), Margaret Mitchell (E o Vento Levou), Stephen King (Care), George Orwel (A Revolução dos Bichos), Agatha Kristie (A Mansão Hollow), J. K. Rowling (Harry Potter) e tantos outros e outras que o digam.

É evidente que ninguém faz nada sozinho. Assim, cabe aqui uma palavra de gratidão a algumas pessoas, que colaboraram direta ou indiretamente para que este livro se tornasse uma realidade.

O meu primeiro agradecimento é para minha mãe, Dona Nelita (in memorian) que, desde cedo, lia fotonovelas e me presenteou com o nome do ator italiano Luciano Franciolli. Embora modesta e operária, era ávida leitora de jornais e revistas. E isso fez toda a diferença em nossa casa e na minha vida.

Agradeço ao meu irmão Luiz (in memorian) que, aventureiro como era, despertou muito da minha imaginação, quando contava as suas histórias; agradeço às minhas irmãs – Betinha, Lisete, Luciene, Neidinha, Dileuza – pois cada uma, a seu modo, marcou minha vida, para que eu me tornasse quem sou e gostasse do que eu gosto.

Agradeço a professora Helena Olshi. Tenho gratas lembranças da minha infância, nas suas aulas. Ela me alfabetizou e presenteou-me com uma jaqueta de frio. Jamais me esquecerei daquele gesto.

Eu também sou grato ao ambiente cristão, ao qual me acheguei ainda adolescente, onde aprendi a ler com avidez os mais variados textos literários, a começar pela Bíblia. E esse interesse pela literatura migrou para outros autores absolutamente maravilhosos, como C. S. Lewis, Charles Dickens, Daniel Dafoe, Dostoievski, Alexandre Dumas, Franz Kafka, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, os poetas Augusto dos Anjos, Castro Alves e tantos outros, que permitiram ampliar meu repertório imagético e sensibilidade. Até hoje me inspira, especialmente, Fernando Pessoa. Autor que comecei a ler aos 19 anos, e sigo lendo para absorver um pouco mais desse néctar inextinguível, uma vez que foi nessa floresta de alheamento que me encontrei escritor.

Agradeço à professora Suzete Cirelli, responsável pela primeira revisão do texto deste livro. À profa. Dra. Gabriele Gregersen, que prefaciou o texto com tanta generosidade, apesar de seus muitos compromissos. Ao jornalista, amigo de décadas, meu parceiro de aventuras espirituais, Rafael Gomide, que contribuiu muito com seus comentários.

E, também, agradeço aos judeus de São Paulo, que me emprestaram parte da sua cultura, criando um rico pano de fundo para minha estória.

E, para sempre, serei grato à minha esposa, Miriam, e à minha filha, Luiza, que estão no livro intrinsecamente, por fazerem parte de mim.

A Deus, toda glória.

Luciano Alves

Sumário

Agradecimentos

Prefácio

De repente

Há cinquenta anos

Sara e Simão

Professor Knupp

Na sinagoga

Na casa de Liev

Uma nova vida

Um encontro com Amitai

Um sonho muito estranho

Cotidiano

Agenda

Uma conversa com Simão

Elijah Eretz

Seu Jacob

Liev

Amitai e Marina

Dona Celestina

Mudança de endereço

Fim de história

Último diálogo

Sobre o autor

Sobre a Viseu

Prefácio

A viagem no tempo é um tema recorrente na literatura e no cinema. Os filmes De volta para o futuro I, II e III que o digam. Mas, essa aventura é diferente. Não se trata de uma obra de ficção científica e muito mais de um romance, que fala do cotidiano de pessoas comuns, com suas angústias e alegrias.

Eu sempre acreditei que todos têm uma missão: desde a faxineira e faxineiro e moça ou moço do café, até o presidente de uma empresa ou o missionário em Angola. Esse livro fala de missão. Mas, não no sentido clássico, daquela pessoa que teve uma visão, uma audição ou um sonho em que foi chamado para dedicar a sua vida a uma causa. O personagem principal foi encontrando a sua paulatinamente, no processo que se chama vida.

Esse livro fala de missão no sentido do homem comum, que vivia uma vida mediana, para não dizer medíocre, e que foi levado, por circunstâncias inusitadas, a pensar mais profundamente sobre a sua razão de ser e de existir.

Não é um romance no sentido clássico, por não tratar de uma relação de amor. O protagonista é celibatário e escolheu essa vida, pois tem outras prioridades e visões para dar sentido ao seu estar aí.

Mesmo assim, mesmo sem ter uma história de amor, ou pelo menos, ela não se desenrolar no desenvolvimento da história, ela prende do começo ao fim. O estilo envolvente do autor faz com que imaginemos as situações, nos transportemos para lugares e tempos estranhos e nos identifiquemos com histórias de vida muito realistas, apesar de ser, evidentemente, uma ficção. Vi muitos personagens da minha vida, vi a minha própria vida, passar pelas páginas que ia folhando.

Difícil de enquadrar em um gênero específico, o livro que você tem em mãos é uma obra original, que vai lhe causar muitas estranhezas e dúvidas, mas tudo vai se esclarecer no final, com um toque de magia.

Não sei, se fui convidada para escrever o prefácio, porque aparece um autor que eu tenho estudado, há mais de duas décadas da minha história, C.S. Lewis aparece quase que por acaso num dos livros perdidos no meio de uma mudança e numa leitura de Cristianismo Puro e Simples, sem entrar em detalhes. Mas não poderia deixar de aproveitar a deixa para falar dele.

Sem dúvida, ele atravessa os tempos e tem muito a dizer a pessoas do presente, do passado e terá muito a dizer no futuro também, tenho certeza, pois trata de questões essenciais e universais, como a questão da dor e do sofrimento.

Jonas passou por dificuldades muito marcantes e certamente encarou as grandes questões da vida e da morte de peito aberto. Vocês vão ver muitas lágrimas rolando entre as páginas.