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A voz
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E-book46 páginas23 minutos

A voz

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Sobre este e-book

Quem disse que o amor acontece à primeira vista?
Vanessa, assim como todas as pessoas, também achava isso, Até que seu primo Luzimar veio lá da divisa de Minas visitá-la na grande São Paulo. Um moço até interessante, longe de ser o caipira que ela imaginava... Mas, antes que tirem conclusões precipitadas, esta história de amor não é dela. Tem a ver com o primo sim, é verdade. E uma paixonite aguda por uma moça que não tem rosto, corpo, nem ao menos um sorrisinho... Mas uma voz...
Preparem-se para conhecer um amor inusitado e divertido, onde nada é o que parece e a descoberta de amor não acontece na primeira troca de olhares.
IdiomaPortuguês
EditoraBookerang
Data de lançamento30 de out. de 2013
ISBNB00GC3NTKC
A voz

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    A voz - Danilo Barbosa

    ASSASSINO      36

    Capítulo 1

    — Vanessa, já está pronta?

    — Tô indo, mãe – eu grito mais uma vez, tentando acabar de me arrumar na zona de guerra que antes eu chamava de meu quarto.

    Tiro uma calcinha gigante de cima de uma cadeira (deve ser da minha tia Dora) e me sento em frente ao espelho. Vejo se os cabelos estão em ordem, ajeito o batom, mando um beijo para o espelho e, antes que minha mãe venha me buscar, desço as escadas em direção ao som ardido das gralhas da minha família.

    Chego até a sala e, em meio a uma nuvem de perfumes, talcos e roupas tão coloridas que me sentia em um episódio dos Ursinhos Carinhosos, corremos em direção ao elevador. Só consegui ouvir meu pai gritar, perdido no meio daquela mulherada.

    — Estamos atrasados! Vamos embora!

    E nesse exato momento, o prédio inteiro pareceu vibrar com o estouro da boiada. Melhor dizendo, daquelas mulheres enlouquecidas.

    Às vezes, me pergunto como meu pai consegue sobreviver numa casa com uma esposa, quatro filhas e uma irmã meio tresloucada. Eu estou no meio dessa contagem, mas com certeza sou a mais certinha dali. Quase fui atropelada pela turma ensandecida, mas não perdi a elegância.

    Desci calmamente no elevador e cheguei até a garagem, sem ligar para a buzina insana do carro do meu pai. Acho que ele tentava avisar toda São Paulo que estávamos saindo...

    — Só falta você, Vanessa – grita Dona Lúcia, minha mãe, conferindo sua maquiagem pelo espelho retrovisor. Seus cabelos loiros e lisos descem em cascatas pelas costas e olhos azuis me fitam pelo pequeno vidro. — Que demora, minha filha – diz, mais uma vez, abaixando finalmente o tom de voz.

    Ainda não consigo imaginar que ela seja uma das psicólogas mais renomadas da cidade. Será que é por ser tão doida que consegue entender seus pacientes?

    O pessoal se dividiu entre os carros e

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