Fragmentos poéticos
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Fragmentos poéticos - Irani Inácio de Lima
GAN
A ALDEIA URBANA DA SENHORA DAS ÁGUAS
Reza a lenda que Senhora das Águas
é o significado
Da indígena palavra Iara, grafada na língua Tupi Guarani,
E a cultura desta linguagem original deve ser preservada
Diz aquela que mora nas águas
, em lugar longe daqui.
O prenome de seu pai significa o rio por onde corre o mel.
De igual forma Irani poderá significar abelha enfurecida.
Marlei é a junção do mar e da lei que agindo como pincel
Pintou o colorido mosaico da trajetória de sua própria vida.
A Lei Natural comprova que: cada um forja o seu destino
Ao urdir o projeto da vida temporal antes de aqui aportar.
E o seu foi um planejamento bem arquitetado e genuíno
Que ninguém jamais poderia prever e nem sequer imaginar.
Estudiosa e em plena juventude ingressou na universidade
O destino por ela própria esculpido levou-a a fazer Direito,
Findo o curso jurídico e ainda os albores da sua mocidade
Viu-se magistrada, aplicando a lei pra fazer justiça do seu jeito.
A meritíssima menina ainda criança ingressou na Magistratura
Aos vinte anos se transformou na juíza mais jovem do Brasil
Envergou a toga do Judiciário com responsabilidade e doçura
A juíza mais nova do país é hoje bela mulher de encantos mil.
E no destino que ela ajudou a esculpir encontrou o Dulcélio,
Seu marido é homem de bem e competente engenheiro
É o primogênito da mãe Dulce e filho do sapateiro Hélio
Pai de Pedro Victor, João Pedro e Ana Clara por derradeiro.
E na sua aldeia urbana a religiosidade é cultivada sem ritual
O Culto do Evangelho no Lar unindo todos em única vibração,
É o elo de amor e luz que liga o nosso orbe ao mundo espiritual
A família caminha com a doutrina na mente e Jesus no coração.
Este poema de nossa humilde e singela lavra é o tributo do nosso reconhecimento e da nossa gratidão a Iara Márcia Franzoni de Lima Costa, ao seu marido Dulcélio Costa e Silva, extensiva aos nossos netos e filhos do casal: Pedro Victor Franzoni Costa, João Pedro Franzoni Costa e Ana Clara Franzoni Costa.
Releva notar que no conteúdo do poema retratamos pequenos fragmentos da vida da excelente filha, abordando a origem de sua linhagem parental e de sua conduta no exercício de sua nobre profissão. Para falar sobre a mãe houvemos por bem convocar os filhos que aqui se fizeram representar através da voz doce e meiga da caçulinha Ana Clara, que em oito de março de 2.021, Dia Internacional da Mulher homenageou sua mãe com uma mensagem carinhosa e vazada nos seguintes termos: Mamãe, você é muito especial para mim. Eu te amo demais, você é guerreira, trabalhadora, amorosa e carinhosa. Você merece esse dia tão especial. É a luz da minha vida, que ilumina o meu caminho. Feliz Dia das Mulheres! E obrigada por ser a melhor mãe de todas.
Ana Clara aos nove anos registrou esta sua homenagem maternal em um cartão cor-de-rosa e por ela mesma ornamento com desenhos de flores e corações, incrustando nele um cacho de amora bem madurinho.
A ALEGRIA DA CHEGADA E A EMOÇÃO DA PARTIDA
Se houve alegria na chegada
E muita emoção na partida
Vou voltar para nova morada
E viver na eternidade da vida
Ao renascer novamente aqui
Em uma nova etapa da vida
Despertei sorrindo em Jataí
No colo da minha mãe querida
Envolvido em sublime emoção
Ali no limiar de uma nova jornada
Senti a batida forte do coração
Anunciar o momento da chegada
Vivi no mundo com simplicidade
Desde a infância que Deus me deu
E cresci desfrutando da amizade
Dos parentes e dos amigos meus
A mãe e pai eram campesinos
E criaram-me com dificuldade
Forjamos junto nosso destino
Vivemos sempre na humildade
Ana Maria um anjo de bondade
Surgiu de repente na minha vida
Desfrutei sua grande amizade
E o carinho das filhas queridas
Jéssica e Ana Carine são as flores
A ornar meu jardim de felicidade
Levo na memória estes amores
Imagens cravadas da eternidade
A Mara que logo depois apareceu
Naquele momento difícil da solidão
Abracei os rebentos que eram seus
Como filhos queridos do coração
Aos meus amigos fieis de verdade
Agradeço com justificada emoção
O gesto fraternal de sua amizade
Nascida no âmago de seu coração
Afinal chegou a hora exata de partir
Felizmente não é eterna a despedida
Em breve nos reencontraremos ali
No outro plano da nova e eterna vida
Deixo saudosa esta querida terra
Onde mais de meio século eu vivi
Um novo ciclo que hoje se encerra
Na alvorada nova do novo porvir
Saio desta justa abençoada prisão
Deixo o corpo físico e desejo voltar
Regressarei logo à outra dimensão
Um novo ciclo de vida irá recomeçar
Vou partir deixando com saudade
Aquele velho tempo que já passou
Demandarei feliz para a eternidade
Na hora exata que o Pai me chamou
Desejaria alegre e feliz me despertar
Nos braços amoráveis do Cristo meu
Mas na eternidade deverei recomeçar
Nova jornada na vida que o Pai nos deu.
Singela homenagem tributada ao sobrinho Welington Cruzeiro de Lima, filho da irmã Iva de Lima e de Helmiton Cruzeiro que desencarnou em Jataí no dia 20 de abril de 2.015, vitimado por uma picada de marimbondo. Era alérgico e não sabia. O poema não é uma psicografia. Ao escrevê-lo ainda envolto na emoção de sua partida o fizemos como se fora ele o autor.
A ALEGRIA DE VIVER
Seja você alegre todo dia
Seja otimista a cada hora
E assim o amor e a alegria
Chegam logo sem demora.
Demonstre a sua gratidão
Por tudo o que já recebeu
Sinta na voz do seu coração
Que uma nova luz ascendeu.
Como o Mestre recomendou
Faça resplandecer a sua luz
Sinta como o Cristo nos amou
No calvário tenebroso da cruz.
Ele veio nos trazer nova vida
E muita paz ao nosso coração
A humanidade jamais esquecida
Terá esperança em profusão.
A alegria que eu trago na alma
De além da essência do meu ser
Vem do amor que a tudo acalma
E da eterna vontade de viver.
A BENEFICÊNCIA
Ela é um ato de praticar o bem
É uma forma de fazer caridade
Uma virtude que veio do além
É Boa Nova ensinando a Verdade.
É um sentimento de