Seres vivos dos mares e oceanos 2: Atlântico, indo-pacífico, ártico e antártico
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Os oceanos, ainda, proporcionam uma outra riqueza preciosa: oxigênio. O oxigênio que respiramos é produzido, na sua grande maioria, pela fotossíntese das algas e de pequenos organismos de água doce e salgada – o fitoplâncton. Esses organismos produzem mais oxigênio do que todos os biomas terrestres juntos, nomeadamente, florestas tropicais, florestas temperadas, savanas, taigas, etc.
Os oceanos são, também, o berçário da vida, da sua origem e/ou da sua evolução. As grandes massas ferventes dos primitivos oceanos, ao longo de muitos milhões de anos, deram lugar aos mares, rios e lagos que hoje fazem parte do nosso planeta azul. Foi desses mares e oceanos primordiais que surgiram os primeiros seres vivos que, posteriormente, colonizaram terras e continentes.
No entanto, há cerca de 3,5 mil milhões de anos o nosso planeta não tinha condições para a existência de plantas e animais que tivessem um sistema de vida idêntico ao que temos agora. A atmosfera era formada por gases terrivelmente tóxicos. Foi nesse meio inóspito que as cianobactérias 6, umas formas muito rudimentares de vida, surgiram nos primitivos oceanos. Eram unicelulares que tinham respiração anaeróbica, ou seja, absorviam esses gases tóxicos e liberavam oxigênio. Muitos milhões de anos foram necessários para que diferentes formas de vida evoluíssem, à medida que a atmosfera se enriquecia de oxigênio e surgissem organismos aeróbicos, até o nosso planeta ter as condições de vida que desfrutamos atualmente.
Desfrutemos, então, nas páginas deste segundo volume da série Seres Vivos dos Mares e Oceanos, das imagens e informações de alguns desses maravilhosos organismos que constituem atualmente a fauna e flora dos nossos mares e oceanos.
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Seres vivos dos mares e oceanos 2 - Carlos Falcão de Matos
INTRODUÇÃO
As águas salgadas dos mares e oceanos acolhem cerca de 30% da biodiversidade ¹ do nosso planeta, sendo que ocupam 70% da sua superfície. Os oceanos são responsáveis pelo equilíbrio térmico, hídrico e biológico necessários à nossa sobrevivência, assim como constituem uma inestimável fonte de recursos econômicos para a humanidade, como alimentação, transportes, indústria, comércio, etc.
Os oceanos, ainda, proporcionam uma outra riqueza preciosa: oxigênio. O oxigênio que respiramos é produzido, na sua grande maioria, pela fotossíntese ² das algas e de pequenos organismos de água doce e salgada – o fitoplâncton ³. Esses organismos produzem mais oxigênio do que todos os biomas ⁴ terrestres juntos, nomeadamente, florestas tropicais, florestas temperadas, savanas, taigas ⁵, etc.
Os oceanos são, também, o berçário da vida, da sua origem e/ou da sua evolução. As grandes massas ferventes dos primitivos oceanos, ao longo de muitos milhões de anos, deram lugar aos mares, rios e lagos que hoje fazem parte do nosso planeta azul. Foi desses mares e oceanos primordiais que surgiram os primeiros seres vivos que, posteriormente, colonizaram terras e continentes.
No entanto, há cerca de 3,5 mil milhões de anos o nosso planeta não tinha condições para a existência de plantas e animais que tivessem um sistema de vida idêntico ao que temos agora. A atmosfera era formada por gases terrivelmente tóxicos. Foi nesse meio inóspito que as cianobactérias ⁶, umas formas muito rudimentares de vida, surgiram nos primitivos oceanos. Eram unicelulares que tinham respiração anaeróbica ⁶, ou seja, absorviam esses gases tóxicos e liberavam oxigênio. Muitos milhões de anos foram necessários para que diferentes formas de vida evoluíssem, à medida que a atmosfera se enriquecia de oxigênio e surgissem organismos aeróbicos ⁷, até o nosso planeta ter as condições de vida que desfrutamos atualmente.
Desfrutemos, então, nas páginas deste segundo volume da série Seres Vivos dos Mares e Oceanos, das imagens e informações de alguns desses maravilhosos organismos que constituem atualmente a fauna e flora dos nossos mares e oceanos.
Boa leitura, caro(a) leitor(a)
Carlos Falcão de Matos
Sobre o autor
Carlos Falcão de Matos foi editor de livros didáticos, paradidáticos e infantis, entre outras publicações e coautor de manuais escolares de ciências naturais. Também foi autor de livros infanto-juvenis, destacando-se a agenda pedagógica A MINHA AGENDA, com desenhos de Zé Manel e parceria comercial com a RTC/RTP (Rádio Televisão Portuguesa). Essa publicação foi durante onze anos uma importante referência editorial devido ao seu sucesso junto dos jovens (e menos jovens) leitores.
Na sua longa carreira profissional de mais de três décadas como editor, o autor fez parte de prestigiadas editoras portuguesas, como a PLÁTANO EDITORA, de que foi sócio fundador em 1972 e diretor de produção. Em 1975 foi sócio, administrador e diretor-geral da DIDÁTICA EDITORA, empresa fundada em 1944 por três sócios, entre os quais o seu avô, o insigne professor e autor didático Alves de Moura.
Em 1979 fundou a EDITORIAL O LIVRO, uma empresa pioneira em muitos projetos didáticos inovadores e que alcançou uma invejável posição no mercado do livro escolar. Nessa época foi igualmente diretor da revista pedagógico-recreativa A TURMA X com cento e vinte mil assinantes, constituídos na sua maioria por alunos e professores das escolas do ensino médio.
A residir no Brasil desde 2005, o autor tem-se dedicado à fotografia de Natureza e à escrita de livros sobre o meio ambiente e a vida animal. Os fenômenos paranormais e outras manifestações das esferas espirituais têm sido, também, motivo de estudo e reflexão por parte do autor que sempre se sentiu atraído por um tema que tem tanto de fascinante, quanto de misterioso e transcendente.
Já radicado em terras brasileiras, o autor foi convidado a realizar alguns trabalhos no estrangeiro, nomeadamente em Angola e Moçambique, com reportagens fotográficas de regiões do interior, do litoral e de centros urbanos, para recolha de material iconográfico e conteúdos didáticos destinados a manuais escolares adotados nesses países.
Oceano Atlântico
Cerca de vinte por cento da superfície do nosso planeta é ocupada pelas águas do Atlântico, sendo assim o segundo maior oceano em extensão.
O Atlântico é responsável por cerca de um terço das águas oceânicas mundiais e inclui diversos mares, como o Mediterrâneo, o mar Báltico, o Caribe e o mar do Norte.
As suas águas apresentam a mais elevada taxa de salinidade de todos os oceanos. As fortes correntes oceânicas asseguram intensa circulação de águas frias e águas quentes equatoriais, fato que facilita a proliferação de plâncton e a existência de importantes zonas pesqueiras, devido à abundância de peixes, crustáceos e moluscos.
O Atlântico, até aos anos finais da Idade Média, só era conhecido até ao cabo Bojador, numa região que é o atual Marrocos, no norte de África. Eram navegações costeiras que seguiam a linha da costa africana (daí nascer a designação de bombordo – lado esquerdo – quando se navegava para sul e estibordo – lado direito – quando se seguia para norte). No século XV, com a expansão dos portugueses em busca de novas terras, iniciou-se a exploração da costa africana por alto-mar nas regiões mais meridionais até se contornar o cabo das Tormentas (logo chamado de cabo da Boa-Esperança), a sul da
Mapa Descrição gerada automaticamenteatual cidade do Cabo.
Mapa do Oceano Atlântico, 1613 (Biblioteca Digital Mundial).
Em finais do século XV, navegando pelas águas do Atlântico e do Índico, foi criada a rota do que viria a chamar-se de caminho marítimo para a Índia, sob o comando de Vasco da Gama, em 1498.
O desenvolvimento de importantes técnicas de navegação, novas embarcações e a utilização de instrumentos náuticos como a bússola e o astrolábio, entre outros fatores, permitiram aos portugueses e a outros navegadores aventurarem-se por águas nunca dantes navegadas.
O explorador italiano Cristóvão Colombo, com o objetivo de atingir a Índia e ao serviço da corte espanhola, rumou pelo Atlântico até às Antilhas (Caribe) e posteriormente às regiões costeiras do Golfo do México, na América Central, convertendo-se esse fato na descoberta da América, em 1492.
Atualmente o Atlântico Norte é a zona marítima