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A Lenda das três noites de escuro
A Lenda das três noites de escuro
A Lenda das três noites de escuro
E-book189 páginas1 hora

A Lenda das três noites de escuro

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Sobre este e-book

Baseado em uma lenda popular, romanceado pelo autor, esta história põe em evidência a falta de fé dos féis católicos e palavras de ordem sem relação com a prática. Política regional, ambição, amor e traição, numa rota em direção ao pecado, na qual as três noites de escuro é a solução para acabar com todas essas perfídias. Este é um romance sobre o triunfo do bem sobre mal, tendo como guia dos personagens, o Padre Cícero.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de set. de 2022
ISBN9788565503129
A Lenda das três noites de escuro

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    A Lenda das três noites de escuro - Irineu Correia de

    cover.jpg

    Irineu Correia de Oliveira

    A Lenda das Três Noites de Escuro

    Irineu Correia de Oliveira

    A Lenda das Três Noites de Escuro

    História baseada numa lenda popular de Juazeiro do Norte, romanceado pelo autor

    Capa

    Folha de rosto

    AGRADECIMENTO

    DEDICATÓRIA

    I

    II

    III

    IV

    V

    VI

    VII

    VIII

    IX

    X

    X I

    XII

    X III

    XIV

    XV

    XVI

    XVII

    XVIII

    XIX

    XX

    XXI

    XXII

    XXIII

    XXIV

    XXV

    XXVI

    XXVII

    XXVIII

    XXIX

    XXX

    XXXI

    XXXII

    XXXIII

    XXXIV

    XXXV

    XXX VI

    XXXVI I

    XXXVIII

    XXXIX

    XL

    A Deus, pela inspiração recebida;

    A meus pais, irmãos, sobrinhos, cunhados, tios e amigos, que me envolvem num enlace de paz e amor;

    Ao professor Flávio Queiroz, que deu estímulo para concluir este romance;

    A turma de Letras de 2006 a 2009.

    A Maria Madalena, minha mãe, pertence este livro.

    BATINA V.S CARNE

    A Lenda das Três Noites de Escuro

    Agora é por conta do leitor, se vai ler este livro, pois para prosseguir a leitura desse romance, precisa ser um leitor perspicaz e que desculpa certas faltas ou erros. Não recomendo para leitores que não têm essas qualidades, mas eu suponho que todos os leitores são perspicacíssimos.

    A história se passa na cidade de Juremal, pequena cidade do sul cearense, abençoada pelas bênçãos do padre Cícero, o cearense do século, o protetor do Nordeste. Ele é um condutor de gente difícil, foi vocacionado e chamado a dedo por Deus. O Padre Cícero morreu como qualquer ser - humano, mas o povo o fez santo. Além disso, o povo criou uma apoteose, que não se dizia que o padre Cícero tinha morrido, mas meu padim se mudou ou viajou.

    O fundador de Juremal foi o padre Cícero, deu este nome porque os moradores locais comentavam que as juremas estavam afetadas pelo mal. Com o tempo surgiu uma lenda que os espíritos das juremas estavam cheios de espíritos malignos e a cidade sofreria pelas três noites de escuro.

    Os índios usavam a casca da jurema para bebidas, pois cuja casca possui propriedades adstringentes e narcóticas. A jurema é considerada amarração dos espíritos brancos, que quando os homens brancos morriam os índios afirmavam que seus espíritos se alojavam nas juremas.

    As ¹ três noites de escuro surgiram com as profecias do padre Cícero que dizia: Ás três noites de escuro atacará os homens com uma negra escuridão e vocês têm que guardar o fósforo bento, a vela, o pau de fogueirae espalhar ao redor da casa as cinzas do carvão da fogueira de São João, pois as cinzas deixarão a casa benta. Façam isso que vocês serão salvos. Essa profecia foi espalhada para todo Cariri, as pessoas idosas advertiam o povo. Eles diziam: Acredite em meu padim! Às três noites de escuro acontecerão.

    O vereador Jerivá era um fazendeiro trapaceiro, corrupto, e um sujeito muito esperto que tudo levava para a ignorância, mas dessa ignorância o fazia bem. Ele é o personagem que apresenta este romance, pois ele é o personagem que cria todo o desequilíbrio na narrativa.

    Como político ele subornava todos e humilhava os que atravessavam em seu caminho. Era um político piedoso, resolvia tudo com ações violenta. Ninguém era tão forte para enfrentá-lo! Mas havia um padre que sempre atrapalhava seus planos, o deixando muito irritado.

    O padre era um sacerdote que lutava para beneficiar a cidade de Juremal. Ele era inimigo de o vereador Jerivá, pois não concordava com seu autoritarismo para os habitantes da pequena cidade.

    Numa noite padre Paulo foi visitar Sr. Lourenço, um idoso muito doente, a voltar foi surpreendido por dois homens que ele conhecia.

    Ele gritou:

    - Socorro!

    Mas ninguém não o viu.

    Ele implorou para os assassinos:

    - Eu sou seu inimigo, mas não me mate!

    Um dos assassinos falou:

    - Você é uma pedra no meu caminho! Por isso, o mato.

    Eles mataram o padre. Horas depois do assassinato, o corpo foi encontrado pelos moradores da cidade. A igreja ficou sem o pároco, então, a diocese da capital convocou um padre de Ipêrana para substituir o padre Paulo.

    Um padre, com característica de um bom sedutor, viajava para a cidade de Juremal, uma pequena cidade do interior cearense. Ela tinha uma população de aproximadamente oito mil habitantes, predominantemente agrícola. Em Juremal destacava uma agricultura diversificada e extensas áreas de cultivo de maxixe, algodão, feijão, mandioca, abóbora, cana-de-açúcar e fruticultura, em geral. Era uma cidade com poucos bairros, asfalto escasso, saneamento precário e muitos agricultores sem-terras. A população esquecia dos problemas sociais, afeiçoando às práticas religiosas. O fanatismo dos católicos da cidade surgiu muitas lendas, o povo dizia: ás três noites de escuros vai acontecer. Desde quando ela foi fundada, essa lenda invadiu a sociedade.

    A cidade de Juremal estava na administração do prefeito Ariel Novais, mas a cidade se garantia aos serviços do vereador Jerivá, ex-prefeito da cidade. Graças à sua esperteza, conseguiu uma grande fortuna, manipulando as pessoas.

    No centro da cidade ficava a Praça padre Cícero, aonde encontravam-se camelôs ambulantes, alguns aposentados recordando o passado, namorados cultuando o amor e outros fazendo caminhadas. De frente encontrava-se a Igreja de Santa Madalena, ao Sul, a cadeia, ao Norte, o Banco do Brasil. A delegacia ficava entre a Rua Prudêncio Clark (homenagem a um ex - prefeito da cidade) e a rua da saudade. Esta última ficava o cemitério municipal. Na avenida, a padaria de João do Bolo, com doces e salgados no preço razoável e muito higiênico. Havia palmeiras e oliveiras enfeitando as ruas. A segurança era precária, quatro policiais para defender oito mil habitantes, e ainda, um delegado corrupto e muito medroso. No lado direito, ficava o cabaré Quo Vadis (a proprietária era fã do filme Quo Vadis que assistiu várias vezes na sua juventude) onde às prostitutas ganhavam os seus pães de cada dia, vendendo o corpo.

    Era uma cidade voltada para os cultos religiosos e não se desenvolvia por causa das corrupções política. Primeiro, porque corrupção é um assunto intrigante em nosso país, pois os políticos corrompem milhões e nunca são punidos. Assim, a corrupção toma de conta de tudo.

    Para esquecer-se desses problemas sociais, as pessoas se apegavam em crendices, juravam de joelhos que a profecia de padre Cícero ia se concretizar. As pessoas mais velhas contavam muitas estórias sobre as três noites de escuros. Eles diziam:

    - Os gafanhotos negros comerão as pernas das mulheres que usam as mini saias, comerão os lábios e os rostos daquelas que utilizam maquiagem, comerão os seios daquelas que vestem decotadas. Aqueles casais amancebados virarão bichos nas três noites de escuros. Depois do grande estrondo, os feiticeiros, os ateus, os macumbeiros e outros, correrão gritando, se transformando em um capeta. Que durante as trevas, aqueles que pecam e não se arrependem serão castigados. As famílias devem guardar lenha de pau de fogueira, fósforo bento, vela benta e água benta. A última para espantar os capetas. E ainda, guardar um esperto de ferro para espetar os bichos que ficarem no telhado. Um filho pedir para sair durante ás três de escuro, abra a porta mais rápido o possível, se não ele mata todos que estiverem dentro de casa. Lá fora ele vira bicho e uiva adoidado. Acreditam nessas profecias e todos serão salvos.

    Recentemente, o padre Paulo foi assassinado à paulada. Todos ficaram horrorizados, haver o corpo eclesiástico todo dilacerado, coberto de feridas profundas. D. Joaquina ao encontrá-lo morto, gritou por seu nome, grito que trouxe multidões, o mundo às pressas para vê-lo, corpo esmagado e a batina rasgada.

    Os moradores de Juremal realizaram o velório na igreja de Santa Madalena, ocorrendo uma missa de corpo presente celebrada pelo um padre da capital. Eles o enterraram num pequeno cemitério ao fundo da igreja, sem a presença da família, pois o padre não tinha nem um parente vivo.

    Ele ficava no quarto dos fundos, na casa paroquial e havia sempre alguém com ele. Era um senhor de oitenta e dois anos, mas muito resistente. Ele incomodava os políticos, principalmente o vereador Jerivá. O padre Paulo sempre dizia: Não levo bronca para casa. Por isso, o mataram.

    8 dias depois...

    Todos esperavam o novo padre na Praça padre Cícero, de frente da Igreja de Santa Madalena. Mas o veiculo quebrou e atrasou à chegada do padre Dionísio.

    E finalmente, o padre Dionísio chegou a Juremal e foi recebido por todos. O padre estava com um Ford modelo-89, parou em frente da Praça padre Cícero. Ele desceu do carro, acenou para os fiéis e aproveitou a boa vontade do povo, aceitando o convite de jantar em várias casas de famílias. Quando ele passou entre a multidão, avistou uma linda moça, sentiu-se algo estranho e começou a olhar a moça do jeito bem provocado.

    A moça dava atenção, piscando os olhos. O padre deu trela

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