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Depressão e os benefícios da Psicoterapia Cognitivo-Comportamental: DEPRESSÃO
Depressão e os benefícios da Psicoterapia Cognitivo-Comportamental: DEPRESSÃO
Depressão e os benefícios da Psicoterapia Cognitivo-Comportamental: DEPRESSÃO
E-book157 páginas2 horas

Depressão e os benefícios da Psicoterapia Cognitivo-Comportamental: DEPRESSÃO

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Sobre este e-book

O objetivo principal deste livro, é oferecer a quem sofre com o problema de “Depressão” uma esperança de melhora
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de jul. de 2022
ISBN9781526001009
Depressão e os benefícios da Psicoterapia Cognitivo-Comportamental: DEPRESSÃO

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    Pré-visualização do livro

    Depressão e os benefícios da Psicoterapia Cognitivo-Comportamental - Adriano Nicolau da Silva NICOLAU

    DEPRESSÃO E OS BENEFÍCIOS DA PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

    Adriano Nicolau da Silva

    Natural de Uberaba, completou sua formação em Psicologia na Universidade de Uberaba. Graduou-se em Filosofia e Teologia. Mestrado em Teologia Livre pela faculdade Teológico Nacional, Doutorado em Teologia pela faculdade, FEST (Filemom Escola Superior de Teologia Ltda.). Especializou-se em Ciências em Valores Humanos, Saúde Pública pela Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP, e Pedagogia Lúdica Criativa pela Universidade de Uberaba. Realiza especialização em Neuropsicopedagogia pela faculdade Internacional Signorelli. Atuou como Professor da Universidade de Uberaba (UNIUBE) e Supervisor Clínico em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental e atualmente é Professor da Faculdade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC), e autor do livro Terapia Cognitivo-Comportamental na Síndrome do Pânico.

    Atua como psicoterapeuta e faz parte do Núcleo de Apoio Psicopedagógico da Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberaba, onde também é professor.

    Adriano Nicolau da Silva – adrins@terra.com.br - (34) 99608009

    Uberaba, 2017.

    INTRODUÇÃO

    Este livro tem o objetivo de entender e buscar alternativas para lidar com a depressão e estimular as pessoas a acreditar na possibilidade de se sentirem melhor, perante os desafios do dia a dia. Acredito que poderão desenvolver uma tomada de consciência da sua maneira de ser consigo próprio e com os outros, e nada melhor que mudar algumas atitudes e pensamentos que levam à depressão.

    Hoje, tenho observado que as pessoas estão mais propensas a desenvolver esta doença. O equilíbrio pessoal passou a ser um grande desafio na vivência em que predominam nos relacionamentos interpessoais o individualismo, a competição e o egoísmo, infelizmente. Cresce a solidão de muitas pessoas nos grandes centros, motivo de muito sofrimento. Os valores humanos estão sendo deteriorados e substituídos pela tecnologia de ponta e uma ciência fundamentada na previsibilidade, provocando muita inquietação, ansiedade e frustração. Os bens materiais possuem mais importância para algumas pessoas que a própria essência humana. Estamos diante de um desafio jamais visto em toda a história da humanidade, o de resgatar a potencialidade emocional, presente em cada um de nós.

    Este livro visa estudar os benefícios da psicologia cognitivo-comportamental e as relações humanas aplicadas na depressão, apontando algumas técnicas, procedimentos terapêuticos e depoimentos de pessoas que, infelizmente, vivenciam o transtorno depressivo; os principais comportamentos em meio aos entrelaçamentos sociais complexos, promovendo conscientemente uma reflexão dos valores individuais frente ao problema  e apontando alguns passos do tratamento com base na terapia cognitivo-comportamental.

    Tenho recebido estímulos de meus clientes, alunos e professores, em transmitir aos que precisam a possibilidade de elevar a cognição, as crenças e o comportamento das pessoas, formando uma cadeia positiva que possibilite o descondicionamento das ideias irracionais, promovendo uma esperança para quem sofre de depressão. Observo nos treinamentos que promovo de relações humanas e em atendimentos clínicos, que umas das dificuldades do ser humano é definir seu próprio conceito de individualidade. Recebo constantemente feedbacks de alunos com a seguinte frase: ___ Professor, é muito difícil definir minha personalidade, ora sou cego, percebendo mais os comentários dos outros sobre minhas atitudes; ora sou secreto, me esquivando dos relacionamentos interpessoais; ora sou desconhecido não entendendo meus pensamentos e ora sou aberto me revelando com assertividade nos encontros interpessoais. Neste trabalho, um dos objetivos também é desenvolver o papel do psicólogo clínico de mediador das ideias irracionais e as ideias assertivas, promovendo um encontro com novas percepções sobre a emoção.

    Por um longo período na psicologia e nas ciências sociais, ignorou-se a possibilidade de colocar a subjetividade no campo da ciência. Hoje, com os estudos da neurociência, neurobiologia e a bioética, este pensamento está sendo mudado. O comportamento emocional pode ser revelado como uma vertente importantíssima no caminho do ser humano, o que pode ser mutável e temporal. As estimulações do meio podem interferir muito na formação de cada pensamento, cada crença e cada valor. Assim, como o sujeito interpreta esta realidade pode explicar a maneira como se comporta diante dela.

    Com o desenvolvimento industrial, os indivíduos passaram a sentir mais pressão pessoal e profissional exigindo assertividade para se trabalhar em grupos e a interdependência foi aumentando progressivamente. Praticar a inteligência comportamental é mais do que estabelecer e manter contatos com outros indivíduos. Significa estar sincronizado nessas nossas relações por uma atitude, um estado de espírito ou uma maneira de ver as coisas que nos permitam compreender nosso interlocutor, respeitando a sua personalidade e a forma como interpreta o seu próprio mundo, que é diferente do nosso.

    Ninguém consegue crescer sozinho e isolado. O outro nos dá um parâmetro de evolução e crescimento. O maior desafio não é somente desenvolver uma tecnologia científica no repertório comportamental, mas a potencialidade humana presente em todos nós.

    Segundo Albert Einstein, mais importante do que o conhecimento é desenvolver a criatividade e a intuição e isto tem uma ligação direta com o desenvolvimento das aptidões cognitivas, emocionais e comportamentais.

    A partir do encontro com a cognição, poderemos compreender a realidade interna (pensamentos, sentimentos, valores, crenças) e a interpretação que desenvolvemos através dos estímulos do meio. A partir desse raciocínio, não é o objeto que causa o sofrimento, mas como o interpretamos, fruto de uma organização mental que desenvolvemos durante a vida. O pensamento, a inteligência, a compreensão e a interpretação poderão estimular a emoção, causando reações e atitudes diversas segundo a nossa história emocional.

    Alguns estudos, demonstram que quando as pessoas instrumentalizam a emoção no repertório comportamental, usam mais o hemisfério direito. São pessoas com características mais intuitivas, criativas, afetivas, possuem visão do todo, são harmônicas e transmite uma postura de possibilidades. Ao contrário, as pessoas que usam mais o hemisfério esquerdo possuem características pessoais como a racionalidade, tendem a ver a realidade de forma fragmentada, são especialistas, gostam de controlar as situações, são intelectualizadas e valorizam a previsibilidade. Nas relações humanas, o equilíbrio dessas posturas se torna importante, já que em algumas situações a racionalidade é imprescindível. O relacionamento representa uma obra de arte e uma ciência complexa, exigindo de nós uma entrega para o outro na possibilidade de que o outro desperte em nós aptidões que ainda não tivemos a oportunidade de tomar consciência. A evolução humana que caminha para a realização pessoal está voltada para uma tomada de consciência e uma ação diante dela. Não existe revolução da potencialidade humana sem uma reflexão profunda das metas pessoais e interpessoais.

    Acredito que o homem está em busca não do que está fora dele, mas no universo interior representado por sua organização mental. Muitos teóricos apontam que a maior riqueza do ser humano está na capacidade de estabelecer vínculos (confiança) com o outro. Não um outro como outro, e sim como pessoa peculiar, singular, desigual, própria, com suas limitações e também com suas potencialidades.

    O homem não pode ser resumido apenas no fazer. O homem é um ser biopsicossocial. O lazer, as relações afetivas, a saúde e o trabalho são importantes. A inteligência pode transitar no campo da emoção, elevando a cognição, o afeto, as sensações, o comportamento e a imaginação, promovendo um equilíbrio do ser pessoal, profissional e social.

    Em minha atuação clínica, vejo em muitos pacientes a emoção estampada no meio de um grande sofrimento. Muitos deles se emocionam no mesmo sentido em que se envergonham com a emoção. Existe, no meu entender, uma incapacidade de se emocionarem diante dos conflitos e das frustrações vivenciadas no dia a dia.

    Não temos a pretensão de colocar um caminho tendencioso e nem apontar que a terapia cognitivo-comportamental é o melhor caminho para se livrar da depressão, mas juntos aos leitores refletirmos sobre um descortinar de novos horizontes no desafio da ampliação do repertório comportamental. O exercício do comportamento emocional surge no meu ponto de vista, na oportunidade de auxiliar a pessoa a compreender as inquietações e seus desejos, sempre na expectativa de buscar uma leitura melhor de sua emoção e cognição na ampliação de comportamentos assertivos.

    Esperamos alcançar com este trabalho, que o leitor adquira informações sobre os conhecimentos da terapia cognitivo-comportamental e desenvolver aptidões, habilidades e competência na vida pessoal e profissional, fomentando a sua autonomia e escolhas com menos angústia aprendendo a não entrar em contato com o mal do século que é esse desafio para todos nós, a depressão.

    Relato de um cliente

    Comecei a ver que alguma coisa não ia bem... Passei a dormir muito... não comia, não bebia, e não sentia prazer em fazer nada, simplesmente nada.

    Capítulo I

    Depressão

    Síndrome psíquica caracterizada por desânimo e sentimentos de melancolia, irritação ou temor, que pode ter origem espontânea ou ser desencadeada por inúmeros fatores orgânicos, situacionais ou ambientais.

    Os sintomas devem ser considerados duradouros ou persistentes para se fazer um diagnóstico da doença e diferenciar-se de reações de transtorno ansioso e de estresse.

    Os sintomas principais apresentam-se em forma de desânimo, falta de motivação generalizada. O seu viver fica deprimido, melancólico, com muita irritabilidade ou temor relacionado a quase tudo. Todos esses sintomas formam uma cadeia repetitiva no comportamento geral da pessoa e alguns sintomas vêm associados:

    •      Distúrbio do sono;

    •      Distúrbio do apetite;

    •      Fadiga física;

    •      Dificuldades da concentração e da memória, indecisão;

    •      Pensamentos negativos;

    •      Ideias ou desejo de morte.

    Acredita-se que uma pessoa está em um quadro depressivo quando apresenta, de forma persistente, sintomas como desânimo, falta de prazer e estado deprimido (sentimento de tristeza, irritação, ansiedade de forma concomitante), frequentemente manifesto por uma maior sensibilidade ao estresse.

    A depressão tornou-se uma epidemia em nossa sociedade. Ela se destaca como preocupação de saúde pública, seja por sua frequência, seja por sua relação com a ocorrência de outras doenças, como as cardiovasculares. Não há uma causa específica, porém doenças físicas como derrames, diabetes, doenças da tireoide ou estresse prolongado podem desencadear quadros depressivos. Acredita-se que para que ocorra depressão clínica haja comprometimento de certas funções cerebrais associadas à desregulação de neurotransmissores e disfunção de sistemas reguladores associados a eles. Acompanhando os sintomas, que podem representar os principais, ocorrem também alterações do sono, do apetite, dores abdominais, disfunções sexuais, perda de energia física, dificuldade de memorizar, pensamentos pessimistas e até mesmo de morte. Quando a depressão entra no universo profundo, o risco de suicídio passa a fazer parte da realidade do paciente. Existe uma incapacidade aparente de lidar com a própria rotina do dia-a-dia, podendo mesmo haver incapacidade de cuidados pessoais como tomar banho, por exemplo.

    Em muitos casos, a depressão não evolui para um quadro grave, porém a doença requer uma observação cuidadosa, porque muitos

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