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NO INVERNO O AMOR
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E-book194 páginas2 horas

NO INVERNO O AMOR

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Sobre este e-book

Júlia era uma advogada de 42 anos bem sucedida, que desde a morte de seu marido tem a vida perfeita, mantida sob controle, até que num dia de muita chuva, ela conhece André, um engenheiro bem sucedido que colecionava relacionamentos. Júlia se interessa por André que faz de tudo para conquistá-la. O inesperado acontece e Julia é abandonada por André, descobrindo estar grávida logo em seguida. A gravidez é revelada e André volta ao Brasil disposto a lutar por seu amor e conseguir o seu perdão.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de jul. de 2022
ISBN9781526003775
NO INVERNO O AMOR

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    NO INVERNO O AMOR - ana paula costa da silva de freitas freitas

    cover.png

    Agradeço a Deus imensamente por me permitir escrever mais uma história, e por estar ao meu lado em todos os momentos. A minha linda filha Ana Clara, por sua paciência em ficar em silêncio para minha concentração, por seu apoio e amor. A meu irmão Adolfo por sempre acreditar em mim em momentos que eu mesma duvidei. As minhas amigas Daiane, Cléia , Simone e Roneide que sempre me dizem para não desistir, o livro não existiria sem o incentivo de vocês.

    Espero que gostem da história, ela foi escrita com muito carinho para todos vocês. Um grande beijo.

    Ana Paula

    Eram 17h00min de uma quinta-feira sombria quando saí do trabalho, a cidade estava um caos devido à chuva intensa que a castigava há exatamente um mês, me arrependi por ter saído cedo, pois com aquele engarrafamento levaria horas para chegar em casa. A chuva aumentou sua intensidade o que fez com que o transito que já estava lento ficasse ainda pior. Resolvi parar no posto de gasolina que estava a alguns metros e fazer um lanche até que a chuva diminuísse um pouco.

    Entrei na loja de conveniências, olhei o cardápio pois não estava com a menor vontade de cozinhar nada quando chegasse em casa. O cardápio estava sortido, mas resolvi tomar uma sopa para esquentar o corpo, pois estava um frio terrível. A loja estava lotada, as mesas todas ocupadas, até que vi uma vazia no fundo da loja e me dirigi até ela. Sentei e fiquei aguardando o meu pedido, até que um moreno alto, muito bonito se aproximou e perguntou:

    - Se importa em dividir a mesa comigo? A loja hoje está mais cheia que de costume.

    - Não. Sinta-se à vontade. Respondi.

    - Ah, propósito, boa noite. Meu nome é André Queiroz, muito prazer.

    - Boa noite. Julia Ferraz. O prazer é meu.

    Passei a observá-lo melhor... era alto, por volta de 1.80, cabelos e olhos pretos, corpo musculoso por inteiro, muito bonito e cheiroso. Chamou-me a atenção o alvoroço de três loiras que estavam na mesa ao lado que não paravam de gesticular e olhar para ele, até que uma delas levantou-se, dirigiu-se a nossa mesa entregando a ele um bilhete escrito em uma folha de guardanapo, dizendo em seguida:

    - Me liga, vou ficar esperando.

    André sorriu, pegou o bilhete e quando ela retornou a sua mesa ele amassou o papel e colocou dentro do copo que estava a sua frente.

    - Não se espera mais que o homem tome a iniciativa? Perguntou.

    - Depende... Me parece que ela está com pressa e bastante interessada em você.

    - O que você faria Julia?

    - Eu? Tentaria me aproximar, iniciar um conversa e talvez depois trocasse telefones com você.

    - Hum... Bom argumento, é advogada?

    - Hum... E você é adivinho? Perguntei.

    - É advogada! Responde a uma pergunta com outra pergunta. Disse ele visivelmente satisfeito.

    Fiquei em silencio, como ele sabia que eu era advogada? Era adivinho por acaso? Ele era muito petulante, mas também muito, muito bonito. Estava totalmente distraída quando nossos pedidos chegaram ao mesmo tempo, e trocados.

    - Acho que a sopa é sua Júlia.

    - Pois é isso aqui é seu. O que é isso afinal? Perguntei olhando para tigela com um mingau estranho.

    - Açaí quente. Nunca tomou? Posso dividir com você, caso queira experimentar.

    - Não, nunca tomei. E não, não quero experimentar.

    - Então, em qual área do direito atua? Perguntou.

    - Eu não confirmei ser advogada. Respondi rispidamente. Era muita petulância daquele estranho lindo achar que me conhecia.

    A chuva não tinha a mínima intenção de dar uma trégua, pelo contrário aumentou ainda mais sua intensidade seguida de trovões, o que indicava que ficaria por ali mais algum tempo já que tinha pavor a trovões, pavor este que André havia percebido.

    - Me parece que vamos ficar aqui um bom tempo, a não ser que você queira ir pra casa debaixo dessa tempestade, mas, pela sua cara ao ouvir os trovões acredito que não vai sair dessa mesa. Sendo assim podemos continuar nosso diálogo interessante. Disse ele divertido.

    - Sou penalista. Atuo também em direito empresarial e administrativo.

    - É tão boa advogada quanto é bonita? Perguntou.

    - Quanto a ser bonita não sei, mas, quanto a ser boa advogada meus clientes não reclamam.

    - você é sempre tão seca com as pessoas?

    - Não sou seca.

    - hum... Fria?

    - Não! Respondi rispidamente.

    - Mesmo? Não parece. Estamos aqui há exatamente uma hora e meia e você mal olha para mim ao responder as perguntas, a não ser é claro quando eu não estou olhando para você, pois nesse momento você começa a fazer suas observações mentais sobre mim...

    Como ele era petulante... Não arrogante... Sim, arrogante se encaixava perfeitamente em seu perfil. Quem era ele afinal? Chamou-me de seca, depois de fria. O que ele pensa que sabe sobre mim? Apesar de estar bastante chateada, não podia negar que ele era um homem muito interessante, e muito observador, pois em uma hora e meia de conversa ele já sabia mais sobre mim que maioria dos meus conhecidos.

    - Não estou fazendo observações nenhuma. Respondi.

    - Está sim, e sabe disso. Disse ele sorrindo.

    - Que mal lhe pergunte, você trabalha com quê?

    - Sou engenheiro. Respondeu

    - Hum... Mecânico, civil ou elétrico?

    - Engenheiro mecânico.

    - Que interessante...

    - Que horas você vai me dar um cartão com seu telefone? Posso precisar de uma advogada. Disse ele.

    - Vai matar alguém?

    - As minhas empresas podem precisar de uma advogada.

    André havia me colocado sutilmente contra parede. Abri a bolsa peguei um cartão e entreguei a ele. Ele pegou o cartão e sorriu.

    - Somos vizinhos. Seu escritório fica no mesmo edifício onde mantenho uma das minhas empresas. Não sei como nunca nos encontramos.

    - Mesmo? Realmente não me lembro de ter lhe visto por lá. Bom deve ser pelo horário, costumo chegar ao escritório as 07hs00mim e saio por volta das 20hs00mim, hoje devido à chuva resolvi sair mais cedo.

    - Agradeço a chuva por me proporcionar esse encontro. Você é uma mulher muito interessante...

    A chuva já havia passado, a loja estava praticamente vazia e nem me dei conta. Quando olhei para o relógio e tomei um susto ao ver que já passava das 22hs00mim.

    - André foi um prazer conhecê-lo, a conversa foi muito agradável, mas preciso ir, o dia foi muito cansativo e estou muito cansada. Disse me levantando.

    - O prazer foi todo meu Julia. Farei uma visita ao seu escritório.

    Entrei no carro e fui para casa pensando naquele encontro, sinceramente eu gostaria muito de vê-lo novamente, e como não pedi o número de telefone dele só me restava rezar para que ele entrasse em contato. A chuva só esperou que eu chegasse em casa para desabar outra vez. Entrei no apartamento correndo, pois queria estar debaixo das cobertas caso trovejasse novamente... Tomei um banho relaxante e como de costume fui checar o telefone para ver se haviam mensagens. Qual não foi minha surpresa ao ver algumas mensagens de André: Foi um prazer conhecer você, e não posso permitir que uma mulher tão interessante me escape. Passo em seu escritório as 07hs00mim para que tome café comigo. Beijos, André. Respondi a mensagem aceitando o convite, não sei onde estava com a cabeça para aceitar o convite, mas gostaria muito de estar com ele novamente.

    Naquela noite não consegui dormir quase nada, a chuva não parou nenhum minuto seguido de muitos trovões, o que me fez ficar praticamente a noite inteira acordada. O dia demorou de clarear devido à chuva, mas mesmo assim não perdeu seu brilho. Agradeci a Deus por mais um dia, levantei e fui tomar banho. Escolhi um vestido azul claro de tecido fino e um terno azul marinho. Por baixo um conjunto de lingerie no mesmo tom do vestido, nos pés um scarpin preto, afinal não era todo dia que eu tinha o prazer de tomar café com um homem tão charmoso. Fiz uma maquiagem discreta realçando os olhos e na boca um batom vermelho para contrastar com o preto do meu cabelo. Cheguei ao escritório pontualmente as 07h00min e André já estava na porta me aguardando.

    - Bom dia! Pontual em seus compromissos, gosto disso.

    - Bom dia, esse é meu horário cotidiano. Respondi.

    - Não foi pelo encontro? Perguntou.

    - Não, desculpe.

    André sorriu. O fato de usar ironia e ser fria nas respostas parecia ser um combustível para ele, pois quanto mais seca e irônica mais ele se divertia.

    - É uma pena... Fui pontual pelo encontro. Venha, vamos ao meu escritório, mandei preparar um café magnifico para nós dois. Disse.

    - Não era necessário ter todo esse trabalho, poderíamos ter tomado café na padaria que tem na esquina. Respondi secamente.

    - De jeito algum... Lá não teríamos privacidade.

    - Vou guardar minha pasta e subimos em seguida.

    Abri o escritório coloquei minha bolsa e a pasta trazendo comigo apenas as chaves e o celular. Tranquei tudo e o segui. Dirigimos-nos ao elevador em silencio, mas pude observar que vez ou outra ele olhava para mim discretamente e sorria. O elevador parou no 10º andar e qual não foi a minha surpresa ao descobrir que todo aquele andar era sede de uma das suas empresas. Fomos recebidos pelo segurança que abriu a recepção com um sorriso:

    - Bom dia Sr. André!

    - Bom dia Francisco, Lucinda já chegou? Perguntou.

    - Não senhor. Quer que avise quando ela chegar?

    - Não. Estou indo para minha sala e não quero ser interrompido entendeu?

    - Sim, pode ficar tranquilo. Bom dia senhora.

    - Bom dia! Cumprimentei.

    André segurou minha mão e conduziu-me a sala dele, onde realmente havia uma mesa posta com um café da manhã digno de uma rainha. A sala era grande, na realidade enorme, pois todo meu escritório cabia dentro da sala dele, e, olha que meu escritório não era pequeno. As paredes pintadas em tons pastéis eram decoradas com obras de arte abstratas... Ao fundo um janelão que dava para o mar. Realmente ele era privilegiado com aquela paisagem, pois para aliviar o stress era só virar a cadeira. Aproximei-me da janela e fiquei um tempo contemplando o mar, que mesmo com a chuva intensa que caía, era a paisagem mais linda que eu já havia visto.

    - Também gosta do mar? Perguntou André.

    - Tem como não gostar? O mar acalma e me relaxa. Gosto de ficar sozinha por horas só contemplando sua beleza.

    - Temos gostos em comum... Venha sente aqui, vamos tomar café.

    André me indicou o sofá perto da janela, onde tinha uma mesinha de canto. Serviu-me café, bolo, queijo, presunto, pão, banana cozida e cuscuz de tapioca. Puxou sua cadeira e sentou na minha frente ficando a me encarar por um tempo.

    - A propósito, esqueci de lhe dizer o quanto está bonita, mesmo fazendo de tudo para se tornar pedante, grossa e sarcástica!

    - Olha quantos elogios! Estou honrada!

    - Faltou um irônica! Disse divertido.

    - É mesmo? Você deduziu isso de ontem para hoje? Perguntei sarcástica.

    - Sim. Pude observá-la o bastante para tirar minhas próprias conclusões.

    - E o que concluiu posso saber?

    - Claro! Conclui que você não tem muitos amigos, não tem namorado e prefere manter distância das pessoas.

    - Posso saber com base em quê tirou essas conclusões? Em apenas cinco horas de conversa?

    - Não apenas em cinco horas de conversa, mas em todo contexto do tempo que ficamos conversando e da conversa também é claro. Veja, você preferiu fazer sua refeição numa loja de conveniência sozinha ao invés de cozinhar, o que mostra que mora sozinha. Ficamos cerca de cinco horas conversando e você não recebeu nenhuma ligação e tão pouco olhou o celular nesse período, também não fez nenhuma ligação o que me mostra que não tem marido, namorado ou filho para dar satisfações ou se preocupar.

    - Estou impressionada! Mais alguma habilidade que queira me mostrar? Perguntei sarcástica.

    - Pode ser irônica e sarcástica o quanto quiser... Sou engenheiro, adoro quebra cabeças e desafios... Será um prazer para mim decifrá-la!

    Fiquei em silencio, ao perceber que André me observava, virei-me para janela, não poderia permitir que ele percebesse o quanto estava certo. Mas, o pior de tudo para mim era admitir que estava louca de vontade de ser beijada por ele. Toda essa provocação era excitante, e por mais que eu negasse, não poderia fingir que ele não havia me atraído. Olhei pela janela mais uma vez, lá fora chovia muito, a paisagem era cinzenta assim como meu coração. Eu havia deixado de ter sentimentos há muito tempo, e não deixaria ninguém me magoar ou não me retribuir outra vez. É muito mais fácil ficar sozinha e ser distante, pois assim ninguém te magoa. Olhei para André e disse:

    - O café estava ótimo, mas tenho que ir. Muito obrigado.

    - Hum... Onde está a ironia? Já estava me acostumando com ela!

    - Bom, achei que um pouco de cortesia não faria mal.

    - Não precisa agradecer, você é uma companhia muito agradável.

    - Obrigada, mas realmente preciso ir.

    - Vamos então, vou levá-la ao elevador, para que volte mais vezes.

    - Não precisa se incomodar.

    - Eu faço questão Júlia, quero vê-la outras vezes.

    André me levou até o elevador, quando o mesmo chegou e entrei, ele pediu meu andar, se virou para mim e me beijou deixando a porta se fechar antes que eu dissesse ou fizesse alguma coisa para reprová-lo. Quanta ousadia pensei. Mas, porque eu estava chateada? Porque queria que ele tivesse me tomado nos braços, me beijado e feito amor comigo como meu corpo desejava... Esse era o real motivo de estar tão chateada.

    Quando cheguei ao meu escritório já passava das 09hs30mim, o tempo voava quando estava na companhia dele. O escritório ainda estava vazio, Lilian e Renata ainda não haviam chegado. Fui verificar o celular e ambas tinha me enviado mensagens. Lilian estava presa no engarrafamento, e Renata estava em casa, pois a filhinha estava com febre, sendo assim estaria sozinha pela manhã. Resolvi então aproveitar esse tempo para fazer uma pesquisa sobre André Queiroz, assim no próximo encontro não ficaria tão em desvantagem!

    Descobri coisas interessantes sobre ele, era viúvo, tinha um filho de sete anos. A mãe da criança faleceu

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