O Caso do amendoim roubado
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Sobre este e-book
Gilda Oswaldo Cruz
Gilda Oswaldo Cruz é carioca, escritora e pianista. Já lançou o romance “Na sombra do herói” (Topbooks - 2010), uma espécie de saga à clef da família a que pertence a autora. Com seu prestígio internacional, Gilda trabalhou na área editorial e no serviço diplomático, e dirigiu por alguns anos o Centro de Estudos Brasileiros na Catalunha. Vivendo desde 1984 entre Barcelona e Lisboa, exerce papel importante na divulgação de nossa música em concertos, programas radiofônicos e conferências, tanto no Brasil como na Europa.
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O Caso do amendoim roubado - Gilda Oswaldo Cruz
Era uma vez um passarinho esperto acostumado a saquear esconderijos de esquilos.
Observava o alvo para ter certeza de que o dono não estava, metia com gana o bico no oco do tronco e… zás, lá vinha algo bom para se comer.
Naquela manhã, porém, tinha fisgado algo estranho. Para seu azar, o esquilo apareceu justo naquele momento, com pressa de guardar uma nova presa no esconderijo e contar e recontar as guloseimas acumuladas. Furioso ao ver o ladrãozinho prestes a bater asas com um amendoim no bico, o esquilo deixou escapar o que trazia, o qual foi bater lá embaixo no cocuruto de seu padrinho, o sapo Baturité Santana. Baturité confiscou o desconhecido manjar, esfregou a cabeça dolorida e chamou de imediato o passarinho e o esquilo para uma conversa de bicho para bicho. Num tom solene sentenciou: — É preciso lembrar algo importante: todo silvícola tem direito de lutar pelo seu alimento.
— O que é um silvícola?
— Cale o bico, ignorante. Silvícola é o habitante da floresta, ou da selva: vem do latim silva, silvae, ó raça! Mas voltando ao que dizia, esse direito dos viventes é indiscutível. A espécie de pássaro que você é, ladrãozinho de asas, pode alimentar-se de minhocas, insetos, bagas e outras gulodices. Já o esquilo, meu afilhado, tem um metabolismo adaptado às sementes. De modo que minha sentença é curta e grossa: devolva-se o amendoim ao esquilo e estamos conversados. Tenho preocupações graves nesta floresta. Já estão sabendo que estamos ameaçados por um bandido perigosíssimo? A vida de todos está em risco. Vejam a imagem que acabo de receber dos meus espiões!
Em vez de conseguir aliados para a luta que ainda não começara, Baturité Santana viu-se de repente sozinho, já que os seus interlocutores ao verem as imagens se rasparam dali correndo ou voando, apressadíssimos. Na verdade, era o que ele desejava. Precisava pensar. As notícias que corriam pela floresta eram inquietantes. O animal espalhava o terror por onde passava. Era de uma ferocidade extraordinária, de forma que passou a dizer-se assim no caso de alguma briga entre bichos: Fulano está uma anta com você, tá sabendo?