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Quinze Contos Eróticos Especiais 2
Quinze Contos Eróticos Especiais 2
Quinze Contos Eróticos Especiais 2
E-book436 páginas4 horas

Quinze Contos Eróticos Especiais 2

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Sobre este e-book

Coletânea com 15 contos especialmente selecionados. Qualidade literária
IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de mai. de 2022
ISBN9781526014924
Quinze Contos Eróticos Especiais 2

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    Quinze Contos Eróticos Especiais 2 - Anna Riglane

    cover.jpg

    Contos da Hora

    Anna Riglane

    Quinze Contos Eróticos Especiais

    2

    CONTEÚDO ADULTO

    15 histórias excitantes

    Ao erotismo, presente em todos nós

    Contos da Hora – Contos Eróticos

    Todos os direitos reservados

    CONTEÚDO ADULTO

    Apresentação

    01 - Histórias de um pintor de geladeiras, de médicas e de monstros

    02 - Fragmentos eróticos nº 3... a futura médica

    03 - A médica novinha e o churro na bunda

    04 - Ano novo, corno novo... meus dois H

    ou... Eu queria dar e não sabia como

    05 - Vestida para trair

    06 - Minha semana de natal com meus sobrinhos

    Desejos de uma guria... tri legal

    07 - Rua dos Meninos... o mistério

    08 - Marido estraga prazer... flagrantes

    09 - O homem que veio arrumar o computador e...

    10 - Quando uma garota de programa precisa de um programa

    11 - E o pastor me fez chegar à faculdade quase 100% virgem

    12 - Como pedir perdão ao meu amado marido

    13 - O cabacinho proibido... meu transônibus

    14 - A boquinha e a bundinha da prima besta

    15 - Tem mina que é um doce comer... tem mina que é um saco comer

    Apresentação

    Contos Eróticos - Especial 2 apresenta uma série de relatos reais e/ou baseados em fatos reais, excitantes em todas as categorias: masculinos, femininos, gays, lésbicas, transexuais.

    Cada número traz 15 histórias diversas para leituras a só ou em muito boa companhia.

    01

    Histórias de um pintor de geladeiras,

    de médicas e de monstros

    - Moço... quanto você cobra pra dar uma pintada na minha geladeira?

    - Bom, dona... não costumo fazer isso, mas se a senhora se encarregar da conta do médico...

    - Conta do médico... que médico?

    - É que deve machucar... eu acho.

    - Machucar, mas...

    (...)

    Pode parecer uma piadinha boba, mas já me rendeu e continua rendendo muitas e muitas pintadas.

    Algumas vezes... algumas mulheres, fazem a pergunta de forma inocente, sem malícia, e depois entram na esfera da coisa.

    Noutras vezes... algumas mulheres, já estão na esfera da coisa... quer dizer, já fazem a pergunta com malícia, com segundas intenções, terceiras, quartas.

    E com isso, por causa disso, vivo dando pintadas em geladeiras, máquinas de lavar, armários.

    Mas essas minhas pintadas... a minha história como pintor de geladeiras, teve um começo inesperado, um desenrolar dramático, e um quase um final daqueles.

    Preciso contar.

    Médicas

    Eu nunca havia sido pintor de geladeiras e a história toda começou quando fui dar uma pintada diferente... num consultório, onde trabalhavam várias médicas e a doutora Charlote.

    - Bom, doutora... sou pintor de automóveis e...

    - Eu sei. Mas a Paula me indicou você, disse que é de confiança... e quem pinta automóveis pinta qualquer coisa, não é?

    - Paula... Você já falou dessa Paula pelo telefone, mas não sei quem é.

    - A Paula, bem... deixa pra lá. Você não está lembrado de mim, não?

    - Bom... você não me parece estranha, mas essa Paula, por acaso é a...?

    - Esquece a Paula. Você não lembra de mim, do mercado...?

    - Mercado...!

    - Poxa! Você tem memória fraca, é? Afinal, não é todo dia que você vê alguém vestida de médica num supermercado... e menos ainda se paquera uma médica enquanto se faz compras, não é?

    - Médica, mercado... ah, sim! Agora me lembro... era você. Mas eu não estava te paquerando.

    - Não mesmo... estava era me comendo... com os olhos.

    - Mas você estava paquerando outro, era isso que eu estava olhando.

    - Exato... quer dizer, eu estava fingindo paquerar outro, só para te provocar.

    - Mas eu estava com a minha mulher e...

    - E me olhando e querendo estar no lugar dele, não é?

    - Bom... admito... muita sorte a dele... e conseguiu?

    - Conseguiu o quê?

    - Conseguiu, oras... Ele te...?

    - Se ele me pegou? Não, meu querido... ninguém me pega.

    - Não?

    - Não. Eu é que...

    - Você é que... o quê?

    (...)

    Passava um pouco das sete horas da noite quando fui atender ao pedido da doutora Charlote, que queria um orçamento para fazer a pintura de duas geladeiras que ela tinha ali, naquele pequeno edifício com vários consultórios médicos... ela me parecia ser uma espécie de gerente geral, ou dona.

    Um pedido meio estranho, para um pintor automotivo com a oficina sempre lotada de serviço, e só fui atender à doutora porque ela ligou, dizendo que tinha boas referências a meu respeito e queria fazer uma troca.

    - Sou médica cardiologista e você ganha uma consulta.

    - Uma consulta em troca da pintura de duas geladeiras? Ô consulta cara!

    - Não é nada disso. Uma consulta pela sua visita... o preço da pintura acertamos depois.

    - Mas... eu não pinto geladeiras... até já pintei, mas faz muito tempo e...

    - Venha ver, pelo menos... e você ganha... a consulta.

    - Mas eu não pinto mais, já nem sei mais...

    - Sabe, sim. Pinta, sim. Isso é coisa que não se esquece.

    E então, depois daquele telefonema no meio da tarde, em nome de uma Paula que eu nem sabia direito quem era, fechei a oficina no horário habitual e fui até o seu consultório para dar o orçamento... mas já fui pensando em pedir um preço elevado, absurdo, de modo que ela não aceitasse o valor e eu não pegasse o serviço.

    Mas nem sequer dei preço algum.

    Depois daquele isso é coisa que não se esquece, primeiro dito ao telefone e, depois, repetido na minha frente, a doutora Charlote fixou o seu olhar no meu, foi chegando mais perto e, antes que eu tivesse qualquer reação, simplesmente, procurou e agarrou o meu pau por cima da calça.

    - Duvido que você já esqueceu isso. - ela falou, e antes mesmo que eu pudesse fazer ou falar qualquer coisa, foi se agachando, ajoelhando, abrindo a minha calça, tirando o meu pau, pegando...

    - Hum... é grandão mesmo! - falou, antes de colocar na boca.

    Bom... qualquer homem com H maiúsculo e um pau latejando de tesão jamais questiona um boquete e muito menos rejeita.

    E eu não questionei nem rejeitei porque, simplesmente, aos meus pés estava uma médica loira super linda e gostosa... e que sabia chupar como ninguém.

    E estava com o pau latejando porque fazia um bom tempo que vivia em litígio conjugal com a esposa, quase separando e... sem pirocar.

    E além disso, concentrado mais em trabalhar para ajustar as contas do que conhecer novas parceiras, eu, de verdade, andava meio no toco... muito no toco.

    Estava tão no toco que só via a hora que fosse me despejar dentro daquela boquinha bastante quente e bastante úmida, que me chupava com vontade.

    Mas, se até aquele momento eu achava que estava levando a maior e mais gostosa chupada da minha vida, eu estava muito enganado.

    A coisa estava apenas começando.

    A maior e mais gostosa chupada do mundo só teve início quando ela apanhou do bolso do jaleco um frasco com um líquido, e passou um tanto daquele líquido no meu pau.

    Segundos depois, senti meu pau esquentando... em todos os sentidos.

    Foi ficando mais duro, mais armado, já estava querendo gozar, atravessar aquela boca... e também foi ficando quente de quente mesmo, a temperatura se elevando, como se estivesse mergulhado em água morna.

    Mas o meu pau estava mergulhado era na boca da doutora Charlote... na boca, nas mãos, na garganta.

    Ela apertava, massageava, mordia, lambia, engolia, batia com ele na face, esfregava nos olhos... e fazia uma coisa que ninguém ainda havia feito para mim ou em mim, nem eu mesmo...

    A doutora Charlote não se contentava apenas com o meu pau... quer dizer, com o pau pau mesmo, a parte visível e aproveitável. Ela queria também a parte que fica entre as bolas e mais um tanto: a parte invisível, que não se aproveita.

    Mas ela aproveitou.

    Primeiro, enquanto concentrava sua boquinha numa chupada maravilhosa, ela punha suas mãozinhas, seus dedinhos mágicos, a trabalharem na parte não aproveitável... agora aproveitada.

    Massageava, apertava, corria os dedos, beliscava, agarrava... parecia que ia arrancar fora. E quase arrancava mesmo, tamanha era a sua fúria.

    Depois, sua fúria ou a fúria da sua boquinha, também foi para a parte não aproveitável... e que passou a ser muito aproveitável. Com a sua cabeça entre as minhas coxas ela sugava as minhas bolas, mordia aquele cordão grosso e duro escondido no meu corpo, percorria ele todo, chegava nas periferias do meu cu.

    Enfiou o dedo no meu cu... atolou.

    Comecei a desconfiar que a doutora não era normal.

    E não era mesmo.

    Nunca vi alguém chupar com tamanha avidez, com tanta ganância, desejo, tara... sei lá que nome mais se pode dar ao modo como ela parecia querer arrancar fora toda a minha genitália.

    Aquilo já era uma tortura... uma tortura maravilhosa, mas uma tortura.

    E as dentadas!?

    - Para!

    - Parar por que... não está gostando?

    - Estou, mas é que...

    - É o quê...? Hum! Já sei... está querendo gozar, não é? Então goza... goza em mim, no meu rosto, goza na minha boca.

    Eu queria dizer que não era a minha intenção sujá-la com o meu esperma, mas como?

    Um dedo comendo o meu cu, os dedos da outra mão unhando aquele volume interno do meu pau, e a boquinha num vai e vem frenético, mamando a cabecinha.

    E se não bastasse, a sua voz sussurrada, entrecortada, quase gemida.

    - Goza amor, goza! Goza na minha boca, me dá a tua porra, me dá, me dá...!

    Dei.

    Dei um verdadeiro banho na mulher.

    Mas não foi um banho só de porra.

    Meu pau, que de tão quente parecia que ia pegar fogo, por efeitos ainda daquele líquido que ela havia me esfregado, de repente, começou a dar umas retesadas completamente fora do meu controle, uma coisa indescritível.

    E a sensação de gozo, do orgasmo, começou e se espalhou de forma mais intensa ainda do que havia me acontecido na primeira vez que gozei... na minha primeira punheta. Começou no pé da coluna, quase no rabo, foi subindo pela espinha, fui retesando o corpo, mais do que já estava retesado o pau, e pensei que ia atravessar a mulher, entrar pela sua garganta.

    Meu pau não entrou pela sua garganta, mas a porra entrou.

    Acho que nem o mais potente dos meus compressores lá da oficina que eu tinha produzem uma pressão tão forte quanto a que o meu pau produziu naquele momento.

    Foi tão forte que a doutora só aguentou o primeiro jato, do segundo em diante ela já tinha tirado e estava mirando nos seus olhos, no nariz, e até na boca, novamente, agora apenas aberta, como um filhote de passarinho esperando a comida.

    Amoleci.

    Meu gozo foi tão forte que amoleci... eu, minhas pernas, meu tronco, meus braços, não o pinto.

    O pinto até que deu uma caidinha, mas, ainda assim, estava mais duro do que costumava ficar mesmo antes de gozar... estava pronto, prontíssimo para outra.

    E ela, a doutora Charlote, estava ali, parada, quieta, sentindo a meleca escorrer pelo seu rosto, do seu rosto.

    Tirou o dedo do meu cu, agarrou com toda força a base do meu pau, mas não a base aproveitável... a base interna, lá dentro, quase na minha bexiga, eu acho.

    Agarrou, apertou, e pediu...

    - Me lava!

    Não entendi o seu pedido, mas ela continuou pedindo, me olhando, suplicando, apertando.

    E me veio aquela vontade louca de urinar.

    Tentei segurar, mas não tive controle. Ela deixou livre a parte aproveitável do meu pau e esta parte parecia uma mangueira de jardim aberta na mais alta pressão da água... meu jato ia para cima, para baixo, para os lados.. lavando o rosto da mulher, escorrendo para o seu jaleco, suas roupas, seus seios, agora já quase desnudos.

    E quando eu pensava que já tinha mijado tudo, ela dava mais um apertão, dois... e saía mais mijo.

    Que nojeira!

    Eu já havia ouvido falar, já tinha lido sobre parafilias, desejos estranhos, mas não imaginava que isso pudesse ser real... muito menos em uma doutora, uma médica, que cuidava de pacientes.

    Mas dali pra frente a coisa começou a rolar normal, exceto pelo meu pau, nada normal com aquela rigidez toda, aquele tesão todo... sempre apontando para cima.

    (...)

    - Porcão! Porcão gostoso! - ela foi dizendo, enquanto se levantava e tirava do corpo a roupa molhada, urinada, cheia de porra.

    Tirou a roupa molhada e também a seca... até a calcinha.

    Ficou peladinha.

    - Me come! - pediu, com sua voz sexy, seu olhar lânguido.

    Comi.

    E nem acredito que comi a mulher, doutora, médica, por quase duas horas, o tempo todo.

    Ela só me permitia tirar o pau, ou ela mesma tirava, apenas para chupar um pouco mais ou, então, passar mais um pouco daquele líquido.

    E a cada vez que passava, o meu pau retesava mais e mais

    E a cada vez que eu gozava, a vontade de gozar outra vez era ainda maior.

    E ela...

    Percebi que passava o líquido também na sua xana e ficava de xana sempre dura... quer dizer, molhada, sedenta por um cacete.

    Acho que se eu não estivesse ali, com o meu pau duro, ela enfiava qualquer coisa na buceta, até o pé da cadeira.

    E por falar em cadeira... foi na cadeira que ela me cavalgou feito uma doida desvairada.

    Mas cavalgou também, e foi cavalgada, na cama de consulta (maca), na escrivaninha da recepção, no sofá.

    Acabamos, demos a última, no banheiro.

    Quer dizer, foi a última porque eu, simplesmente, já não aguentava mais. Meu pau ardia, doía, parecia que estava todo esfolado... não queria amolecer, não dava sinais de que ia amolecer, mas já estava dolorido o bastante para eu querer enfiar ele nalgum buraco novamente.

    Naquele momento eu não queria mais nada.

    E ela também não.

    - Tá ardendo. - ela falou.

    - Só está. - respondi.

    - Mas eu não estou perguntando, estou falando... a minha está ardendo e sei que o seu também está... mas já vou dar um jeito.

    Falou, voltou para a sala de consultas, me levando junto, fuçou no jaleco enrolado no chão, cheio de urina e porra, pegou um frasco...

    - Não! Esse líquido de novo não. - quase gritei.

    - Não é o mesmo... é um antídoto. - ela disse, já enchendo a mão e passando nela mesma, na xana... e depois passando no meu pau.

    O pau amoleceu, mas ficou sem querer ver xana por mais de uma semana.

    E o pau quebrou em casa, quando cheguei, já passando das dez da noite.

    (...)

    A situação em casa já não andava boa, e eu ainda chegava tarde, dando sinais de cansaço, olhos vermelhos, cheirando estranho.

    - Nem venha me dizer que estava trabalhando porque fui até a oficina e não tinha ninguém lá. E se é para ficar no bar bebendo com os seus amigos, que fique a noite inteira... não quero um bêbado aqui em casa.

    - Mas eu nem bebi.

    - Não!? E esse cheiro fedorento é do quê?

    - Cheiro? Ah! Até já sei. Deve ser daquele negócio que o pessoal usa para acender o carvão... é que tive de ser o churrasqueiro e...

    - Churrasqueiro? Churrasqueiro aonde?

    - Hoje foi aniversário do Walmir e o pessoal cobrou um churrasco, fomos na casa dele, o carvão estava úmido...

    - Tá! Tá! Mas podia ter avisado, pelo menos.

    - Verdade... aí foi falha minha, desculpe.

    Ela desculpou, mas... daquele jeito, e ainda bem, pois se tivesse desculpado mesmo, de verdade, se viesse com aqueles dengos, não sei onde ou como eu iria encontrar disposição para transar com ela.

    Fomos dormir... e fui dormir com fome, pois com tanta carne que eu disse ter comido, ela nem pensou em me oferecer janta.

    O Walmir é o funileiro lá da minha oficina, é o homem mais casto, puro, ingênuo que existe... um verdadeiro boboca, na visão dos outros homens. Vive para a mulher e, dizem, não pega no pau nem pra lavar, só para não se sentir tentado a trair a mulher.

    - Vai que, de repente, ele bate uma punheta pensando em alguma gostosa!? - vivem zoando com ele.

    - Sei a esposa que tenho e sou fiel mesmo. Pra que ficar se enrabichando com todas, igual o senhor Bengala Doce aí... vai com todas e não assume nenhuma... Isso é coisa que Deus condena e...

    E tome sermão.

    O pessoal logo se põe a martelar, serrar, lixar, cantarolar... fazer todo tipo de barulho, só para não ouvir os ensinamentos bíblicos do Walmir.

    E nem sei, ou até sei, porque lembrei do nome do Walmir para dar a desculpa à minha mulher. É que como ela conhece a pureza do homem, ficou mais fácil acreditar.

    Mas, claro, a primeira coisa que fiz logo que chegamos para trabalhar, no dia seguinte, um sábado, foi falar para o Walmir e todos os outros para confirmarem a história do churrasco.

    - Deu sorte. - ele disse. - Fiz aniversário na semana passada e a Paula até perguntou se vocês aqui da oficina não tinham feito nenhuma festinha para mim, ficou cismada que tivessem me levado em algum bar...

    - Sei... mas quem é a Paula?

    - A minha mulher, oras.

    Eu, hem!

    De repente começaram aparecer Paulas demais, se bem que a Paula do Walmir eu nem conhecia direito... ainda.

    Mas conheci uma falsa Paula, umas três semanas depois... na verdade, uma falsa tudo.

    Mulheres

    Mas... e a minha consulta cardiológica... a consulta que a doutora Charlote havia me prometido?

    Meu pau voltou a dar sinais de vida.

    Depois de um breve e merecido descanso, e contando apenas com uma pirocadinha sem muita vontade na patroa, e só porque ela me procurou, certo dia, antes de dormir, eu sentia o meu pau querendo sentir novamente a boquinha da doutora Charlote... a boquinha, as mãozinhas, a bucetinha.

    Será que ela deixava atrás, também?

    Essa era uma dúvida, pois naquele dia eu nem havia tentado e nem ela havia oferecido.

    Só havia um jeito de tirar a dúvida e, também, matar os desejos do meu pau... mas tentei por quase quinze dias e não consegui nada.

    Por mais que eu ligasse naquele número que havia ficado gravado no meu celular, não era ela quem atendia.

    - Não há ninguém com esse nome nesse número, senhor... e por favor pare de ficar ligando... já é a vigésima vez que...

    Eu desligava.

    Que exagero! Eu não tinha ligado nem dez vezes ainda.

    O jeito era procurar pessoalmente naquele consultório. Fui lá uma vez, duas, oito, vi várias médicas, falei com algumas delas, mas, simplesmente, não se conhecia nenhuma doutora Charlote por ali.

    - Mas, afinal, do que se trata? - perguntou um dia uma das médicas, já um tanto desconfiada com a minha insistência.

    - É um orçamento que ela pediu, para pintar duas geladeiras e...

    - Pintar geladeira... duas geladeiras...! Mas aqui só tem uma e acabamos de comprar, novinha... pintar pra quê?

    - Não sei... ela é quem...

    - Mas eu sei... Escuta, moço, se aparecer por aqui mais uma vez eu chamo a polícia... eu chamo a polícia.

    E foi avisar a recepcionista que eu estava proibido de entrar no prédio.

    (...)

    Alguma coisa não estava certo, e mexeu comigo.

    Saí do prédio, atravessei a rua, na direção de um boteco, entrei, pedi uma bebida.

    - Que bebida, rapaz?

    - Sei lá... qualquer coisa... dá um conhaque... caprichado.

    O homem do bar quase encheu um copo americano, mas nem cheguei a beber... comecei a ter visões só com o cheiro da bebida.

    As visões ou, na verdade, a visão que eu tive foi, simplesmente, um esplendor de mulher, mais que um esplendor... e não era uma visão... quer dizer, era, sim, uma visão, mas bastante real.

    UMA LINDA, LINDÍSSIMA MULHER PARADA NA PORTA DO BAR... ME CHAMANDO.

    - EU...?

    - É. NÃO BEBA, NÃO. VEM AQUI FORA QUE TE EXPLICO TUDO.

    O que ela ia explicar eu ainda não sabia, mas imaginava que fosse alguma coisa relacionada com a doutora Charlote.

    Paguei a bebida, fui sentar com a mulher, a linda mulher, no banco de um ponto de ônibus ali perto.

    - Desculpe se não entro em bares... mas também não vale a pena você beber, nem fica bem... nem é coisa de Deus e...

    - Espera aí, moça! Você me tirou da minha bebida para falar de religião, me dar sermão...?

    - Não. Não é nada disso. Até poderia ser, devia ser, pois a palavra de Deus é sempre uma porta que...

    - Pode parar! - falei, me levantando, disposto a voltar para o meu conhaque.

    - Está certo, está certo! Vamos falar da doutora Carla, então.

    - Doutora Carla? Mas estou procurando a doutora Charlote, e não Carla.

    - Ah...! Acho que entendi errado. Então ela te deu o nome de Charlote... confundi.

    - Ela me deu esse nome... não é o nome dela?

    - É não... cada vez ela dá um nome diferente.

    - Cada vez...? Que história é essa?

    - Vou te explicar... meio por cima, porque não posso dar muitos detalhes.

    - Então explique, por favor.

    - Sabe o que é, moço... nem sei porque me sinto na obrigação de explicar, você nem me conhece, mas...

    - Enrolação!

    - Está certo... acho que estou enrolando, mas é que estou sem jeito de falar.

    - Continua enrolando.

    - Não acho certo te ver sofrendo assim, meio desesperado...

    - Vai enrolar até quando?

    - Não estou enrolando, não... agora não estou mais. Eu só quero explicar que eu podia ter fingido não ouvir nada da sua conversa com as médicas, mas isso não me faz bem.

    - E o que te faz bem, então... me enrolar?

    - Não... é que não existe doutora Charlote ou Carla... quer dizer, existe, mas o nome dela é outro, ela nem trabalha ali... tem consultório noutro lugar.

    - Não trabalha neste prédio, mas...?

    - Ela apenas conhece as médicas dali... a irmã dela é que trabalha ali, você chegou até a falar com ela... foi ela que ameaçou chamar a polícia, mas ela não sabe de nada...

    - Não sabe de nada o quê... que confusão é essa?

    - Bom... você deve saber que existem pessoas que têm desvios sexuais, comportamentos estranhos, fantasias, fetiches... coisas do Diabo.

    - Não acredito em diabos.

    - Pois devia acreditar, e em Deus também... tá bom... não precisa me olhar torto. O que eu quero dizer é que existem coisas do mal, perversões... perversões sexuais... Entende?

    - Sim... até aí eu entendo. Mas a doutora Charlote ou sei lá que nome tem, é uma pervertida, por acaso?

    - Você sabe que é. Tanto sabe que está procurando por ela... Mas pode parar de procurar, pode esquecer...

    - O que você sabe que eu não sei?

    - O que eu sei? O que eu sei é que ainda ontem ela fez com outro homem tudo aquilo que fez com você no mês passado... E quer mais? No mês que vem ela vai estar fazendo com outro, depois com outro... ela nunca repete o mesmo homem.

    - Mas que diabo é isso?

    - Não repita essa palavra, por favor. Diz que não acredita, mas...

    - É apenas uma expressão... mas me explique essa história, por favor.

    - Explico. Foi pra isso que te chamei. A doutora... a Charlote ou Carla, não pode levar os homens para o consultório dela, porque o marido também trabalha lá, também é médico. Por isso é que ela usa secretamente o consultório da irmã e...

    - Ela é casada... e arruma homens...?

    - Um por mês, todo mês, sempre às vésperas daqueles dias.

    - Da menstruação?

    - Isso... quer dizer, já vamos... ela já vai arrumando antes, para calhar de acontecer, próximo àqueles dias... um ou dois dias antes.

    - Que diab... quer dizer, que maluquice é essa?

    - Já falei... é perversão do mal, coisas dessa coisa aí que você diz que não acredita.

    - Pra mim isso é safadeza,

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