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E-book77 páginas30 minutos

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Sobre este e-book

A poesia de Jorge Reis-Sá já é conhecida há muito nos circuitos literários brasileiros, eis que a extensão e a qualidade da sua biografia dispensam maiores apresentações nos meios editoriais. Neste ‘Pátio’, após ter publicado onze livros nos últimos vinte anos, Jorge Reis-Sá torna a apresentar o seu texto poético repleto de simbologias, em que inicia pela contemplação de ‘Lápide’ e atravessa os espaços abertos, de forma elegante e em passos precisos, com excertos, referências e poesias de poucas palavras e muitos significados. Todas elas se estendem debaixo desta espécie de sol morno, quase frio, que emoldura sentimentos, incertezas, inquietudes, sensações inusitadas do confronto permanente entre a tristeza e a felicidade. Afinal, é diante da morte que somos capazes de sentir a presença concreta da vida. Neste pátio imaginário, dialoga Reis-Sá com alguns dos grandes poetas do seu tempo, como Daniel Faria, Gastão Cruz, Luís Quintais, Pedro Mexia e em especial António Carlos Cortez, prefaciador deste belo volume, e que anotou com propriedade o “realismo de nevoeiro, pouco nítido” do qual exsurge a vida, essa hera forte e resiliente que cresce enquanto não estamos a olhar, e do qual igualmente nascem os poemas de Reis-Sá, palavras que encerram os espaços míticos nos quais o autor, de modo mágico, faz(-nos) “recordar quem somos e quem tivemos na nossa vida”.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de mar. de 2022
ISBN9788556622754
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Autor

Jorge Reis-Sá

Jorge Reis-Sá nasceu em Vila Nova de Famalicão em 1977. Licenciado em Biologia, fundou em 1999 as Quasi Edições, que editou até 2009. Foi, entre 2010 e 2013, editor na Babel. É, desde 2013, editor da Glaciar e consultor editorial de instituições e editoras. Como escritor, estreou em 1999 com um livro de poemas. Desde então publicou poesia, contos, crónicas e romances. Colabora como cronista com a LER e a revista Sábado, entre outras publicações. Sua poesia foi reunida em 2013 na antologia ‘Instituto de Antropologia’, recém editada na Itália. Parte da sua obra literária é publicada no Brasil pelas editoras Record e Tordesilhas. Vive em Lisboa com a sua esposa e os filhos Guilherme e David.

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    Pátio - Jorge Reis-Sá

    Jorge Reis-Sá, uma antologia agora

    por António Carlos Cortez

    Jorge Reis-Sá é dos mais importantes editores de poesia em Portugal. Durante dez anos, sensivelmente, foi responsável pela Quasi Edições, editora de Vila Nova de Famalicão que, no início do século XXI, revelou toda uma geração de poetas nascidos, a maior parte deles, nos anos setenta. Alguns nomes dessa célebre colecção convém dar conta, já que, pela relevância que atingiram depois, são hoje autores cujas obras conhecem certa consagração ou, quando não, referência em trabalhos ensaísticos nos quais se procura compreender o que aconteceu na poesia portuguesa na viragem de século.

    Assim, Vasco Gato, Valter Hugo Mãe, Alexandre Nave, Rui Lage, Pedro Gil-Pedro, eis alguns dos que, então, faziam parte do catálogo dessa ousada editora de poesia. Além desses jovens poetas, as Quasi publicaram também outros autores de gerações mais velhas, num esforço por conferir à colecção de poesia uma amplitude de registos e de visões de mundo mais ricos. António Ramos Rosa, Fiama Hasse Pais Brandão e Casimiro de Brito, por exemplo, eis alguns dos grandes poetas que Reis-Sá (na época associado a Valter Hugo Mãe, o outro rosto da editora) soube integrar numa colecção de jovens poetas. Como se não bastasse, coube às Quasi Edições publicar em Portugal poetas brasileiros de enorme importância: Eucanaã Ferraz, Antonio Cicero, Ana Cristina Cesar, Carlos Nejar e Manoel de Barros, então praticamente desconhecidos. Esse trabalho de divulgação conheceu, também no domínio dos grandes panoramas sobre a poesia portuguesa, duas edições de inestimável importância: uma antologia dos anos 80 (Desfocados pelo vento) e uma reunião dos poetas revelados nos anos 90 (Anos 90 e agora), esta última procurando abrir ao século XXI o que desde os anos 90 se vinha fazendo na poesia lusa.

    Por aqui se vê, ainda que brevemente, o labor editorial de Reis-Sá, leitor atento da poesia e um dos seus mais empenhados promotores. Mas, como é natural em alguém que à poesia tenha dedicado tanta da sua atenção desde cedo, não espanta que Jorge Reis-Sá tenha também publicado a sua própria poesia. À Memória das Pulgas da Areia (1999); Quase e outros poemas de Querença (2000); A Palavra no Cimo das Águas (2000); Biologia do Homem (2004); Livro de Estimação (2006); Poema ao Filho (2007); Vou para Casa (2008); Teoria dos Conjuntos (2009); Mulher Moderna (2011); Instituto de Antropologia - Todos os Poemas (2013) e Quase Outros Poemas (2017), eis os títulos que Reis-Sá até hoje deu à estampa. Onze livros em praticamente vinte anos não é uma soma muito extensa de obras publicadas. Outros,

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