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O tempo exacto
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E-book165 páginas56 minutos

O tempo exacto

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Sobre este e-book

'Na antologia que reúne seus últimos quinze anos de produção poética, António Carlos Cortez nos presenteia com o melhor e mais tocante de seu trabalho.‘O tempo exacto’ é uma obra diacrônica que revela o amadurecimento do autor e que conduz o leitor para uma busca individual pelo sentido maior das palavras. A poesia é pele, o corpo do poema é também o poeta, seu corpo, sua carne. A poesia nasce em seu tempo exato, a página não espera, a chegada do sentido, e assim ela nasce, acontece, confunde e revela.'
IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de mar. de 2022
ISBN9788566605693
O tempo exacto

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    O tempo exacto - António Carlos Cortez

    Créditos

    © Jaguatirica, 2015

    Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida

    ou armazenada, por quaisquer meios, sem a autorização

    prévia e por escrito da editora e do autor.

    editora Paula Cajaty

    revisão Anna Beatriz Mattos

    diagramação e capa M. F. Machado Lopes

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

    Sindicato Nacional dos Editores de Livros, rj

    C858t

    Cortez, António Carlos, 1976-

    O tempo exacto: antologia pessoal / António Carlos

    Cortez - 1. ed. - Rio de Janeiro : Jaguatirica, 2015.

    168 p. ; 21 cm.

    isbn 978-85-66605-68-6

    1. Poesia Portuguesa. I. Título.

    15-21373 cdd: 869.1

    cdu: 821.134.3-1

    27/03/2015 31/03/2015

    Jaguatirica

    rua da Quitanda, 86, 2º andar, Centro

    20091-902 Rio de Janeiro rj

    tel. [21] 4141-5145, [21] 3747-1887

    jaguatiricadigital@gmail.com

    editorajaguatirica.com.br

    Dedicatória

    A meus irmãos: Ana Paula, Manuela e Francisco.

    Aos meus amigos, sempre.

    Índice

    Créditos

    Dedicatória

    Índice

    Este vício de voltar aqui

    Poesia Epiderme Tempo

    O texto

    os dias infinitos

    ritmo

    iniciação

    corpo a corpo

    uma teoria poética

    poesia

    quadro

    skin deep

    porque existe este ritmo de luzes

    os dias esgotados nos olhares dos peixes cegos

    e era no mar alto que deixavas as mãos

    não tão grandes como o silêncio estas grades

    lembras-te das férias na foz do arelho? O batimento cardíaco

    descíamos a rua com as luzes nos olhos.

    nas teias e nos telhados da cidade os dedos

    waiting for the miracle to come

    a tarde derrama-se agora.

    qualquer coisa entre Novembro e o sangue

    miradouro de santa luzia. era o tempo das perfeitas semelhanças.

    depois da paixão vieram as vozes

    este é o canto mais perfeito da noite.

    não falo do tempo percorrido

    aves passam no passar dos barcos

    chegados a marrakesh procurámos um hotel

    é o Tejo escorrendo nas sombrias casas de vermelho.

    o leitor pousa a tortura a um canto da página

    neste céu de azul e cinza pressentes a loucura

    aqui não há sinal de paraíso. perdemos a noite

    foi em porto Brandão que viste o horizonte

    primeira teoria do poema

    foi pelo inverno

    a imensa claridade será

    o limite da sombra é a interrogação

    espaço íntimo de ínfimo a poesia

    o incêndio invade o coração

    colocar a palavra certa na imagem

    a boca descoberta a boca aberta ao som

    a pedra eu acredito nela na sua rugosa superfície

    do fogo a escuridão a primeira palavra

    a sombra a criança a lira breve

    percorro o silêncio o ouro alquímico

    interrogo o animal

    sublinho a tua pele como num mapa

    em tua língua a água presa

    é a lei de uma palavra perseguida

    tu educas a crina sumptuosa do cavalo

    vim da cidade do silêncio e regressei

    o corpo arde na sua jovem pureza

    falta-me o tempo para celebrar os teus cabelos

    às palavras deitar-lhes um pouco mais de fogo

    estou deitado na folha que me espera

    depois da carne

    close reading

    verão

    a volúpia

    poética

    silêncio

    nas areias

    pedras

    poesia

    bairro alto

    rua do Teixeira

    ecos

    fábulas

    a mão ao escrever este papel

    pintura

    santorini

    mar do baleal

    palavras para quê?

    termo

    huis clos

    repercussão

    lente

    poesia

    fragmento

    regresso a casa

    de profundis

    maré vazia

    apontamentos

    poesia realista

    um barco no rio (2002)

    insónia

    soneto e não

    diálogo

    depois de dezembro

    os trabalhos e os dias

    resposta a Drummond

    fantasma

    acrilic on canvas

    tempo febril

    o nome negro

    de modo que

    laços fortes

    ‘Onde os cavalos do sono

    a paixão

    nós, os laços

    na madrugada

    escrever

    escrever II

    linguagem 1

    live aid, 1985

    Luís Miguel Nava

    correntes

    dilemas

    Lisboa-Rio/Rio-Lisboa

    erros

    a poesia

    no texto

    engendramento

    vento no litoral

    poéticas

    metalinguagem

    a única verdade

    cenas vivas

    cenas 2

    os desencontros

    Niterói

    Cohiba, Bairro Alto, 2012

    Lisboa hoje

    2013

    o nome negro

    Nota ao leitor

    Fortuna crítica

    Este vício de voltar aqui

    Poesia Epiderme Tempo

    Envolvidos na roupa de palavras

    Já não é a pele que nos envolve

    Este é um tempo raso e duro

    e é cinza a pele que nos consome

    (Cortez, O nome Negro, Relógio d’Água, 2013)

    Por mais que se duvide do lugar da literatura na vida cotidiana, ela persiste por entre frestas, nos intervalos, nas margens da vida real que transborda. Também a poesia continua a se fazer e até parece que, com mais meios de comunicação para divulgar ideias, emoções e experiências, ela hoje está mais afoita em levantar sua cabeça para dizer que está entre nós, apesar de tudo. Claro que há muitas formas de fazer literatura; há muitas formas de fazer poesia. Não importa o mérito do exercício feito, mas a vontade de fazer, a necessidade de rolar a palavra como um seixo que se atira na água, criando círculos numa superfície cuja contraface é funda e sem limites.

    Este livro é de poesia e como tal abre sua intimidade ao leitor que deseja ainda

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