Dom Rafael: Confissões de Um Sado
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Dom Rafael - Rafael Godart
Sexo é legal, mas já o fizeram sem nenhum medo de expor suas vunerabilidades?
CONFISSÕES INICIAIS
Olá, Eu sou o Rafael.
Ao menos nessas páginas eu sou.
Sou fruto da sociedade na qual vivo e como tal, cometo os erros e reproduzo diversas ações desta sociedade. Viver por mais divertido que seja, possui adversidades, dias ruins, altos e baixos.
Sexo é da parte da nossa vida. Nestas páginas convido os leitores a entrarem junto comigo na minha mente em umas histórias sexuais. Um prelúdio a minha mente é que ela é incrivelmente calma e pacifica no mundo lá fora. Sexualmente, minha mente se transforma e nela se aflora meus desejos que quando permitidos serem realizados, ainda não sei dizer quais são os limites.
Neste livro exploro experiências sexuais ligadas ao BSDM e as diferentes formas sobre como busquei realizar atos sexuais dentro dos consentimentos e vontades das parceiras que tive. Tratando-se de sexo, eu sinto um fascínio por dá prazer, por provocar sensações novas, orgasmos diferenciados. Amo pesquisar, ler e conversar, saber dos gostos, das fantasias, dos desejos mais ocultos e se puder realizá-los, assim o fazer.
Descobri no BSDM uma forma de provocar prazer e gosto de praticá-lo em várias formas. Mas não é sempre que o faço e com cada pessoa se torna diferente. Este livro conta um recorte de histórias vividas entre o final de 2019 a metade de 2020. Logo os contos se ambientam tanto em viagens, saídas quanto durante a quarentena vivida pela humanidade combatendo determinado vírus.
A ordem das histórias não é cronológica. Os contos seguem um cronograma baseado nas casas zodiacais.
Nenhum nome nesse livro é real e qualquer semelhança com pessoas ou fatos é mera coincidência.
SUMÁRIO
♈. Angélica
♉. Sabrina
♉. Jéssica
♊. Mariana
♋. Capitu
♋. Ayeska
♌. Jeanne
♌. Zuleide
♍. Ellen
♎. Luana
♏. Alessandra
♏. Dalila
♐. Jenifer
♐. Fernanda
♑. Vanessa
♒. Roberta
♒. Talita
♓. Yasmim
Angélica
♈
Angélica merecia ser a personagem única de um livro inteiro daqueles com tramas, 'suspense' e aventura, tal o fascínio que tive por ela. Quando a conheci passava por um dos momentos de menor alto estima da minha vida, questionando demasiadamente meu corpo e minhas escolhas de vida. Não somos necessariamente as melhores pessoas quando estamos nessa fase, mas é humano. As redes sociais me cruzaram caminhos com ela, 20 e poucos anos, recém-graduada e com o mundo em suas mãos, viajada, inteligente, imponente.
Da primeira conversa em diante com ela, eu sentia algo diferenciado, sua capacidade em ser firme, honesta e direta era impressionante, tal como ser jovial, brincalhona, esperta, curiosa e inteligente ao mesmo tempo. Conversar com ela era um evento de horas. Havia um bom sentimento em cada mensagem recebida, em cada OI que ela mandava. Eu tenho uma sapiosexualidade que me guiava a uma atração nela. Primeiramente estabelecemos contato de amizade que gradualmente foi ganhando interesse físico, com mensagens eróticas, e abertura sobre gostos. Por uma rede social nós jogamos Eu Nunca, lá trocamos informações sobre quem já havia traído, fingido orgasmo, usado brinquedos na cama. Nesse tom de brincadeira, verdade e vontade, eu compartilho com ela minhas fantasias e formas com as quais, gosto de transar, como minha imaginação, meu fetiche com BSDM e dominação. Ela se mostra curiosa e interessada, compartilho com ela fotos que envolvem cordas, instrumentos para provocar dor e domínio. A abordagem de Angélica com a vida e o sexo era interessante, decidida e curiosa para experimentar vontades e descobertas. Ela conversando comigo:
- Nunca usei brinquedos na cama, não sei como é.
- Quer aprender, quer que te mostre?
- Sim, ahahaha.
- Eu tenho vontade de transar em cima de uma mesa, sabia? E você me conta uma vontade sua.
- Tenho vontade de transar num avião. - Respondo uma das minhas maiores fantasias não realizadas. - Gosto de sexo com sensação de perigo.
- Eu gosto também - responde ela. - E os brinquedos que você usa, é tipo 50 tons?
- Sim. Eu gosto de usar algemas, chicotes, prendedores. Se você me dê permissão vou querer te vendar, te amarrar, te chupar e te ver você tremer em meu corpo, sobre minhas ordens, ficar louca na minha língua. Você vai se entregar a mim como minha? Vai topar ser minha escrava sexual? Se for obediente, ganhará prêmios e se for desobediente, castigos.
- Eu deixo. Serei obediente, juro que sim. Será um prazer ser sua, pode fazer o que quiser.
Conversar por rede social por todo aquele tempo até que nos encontrássemos criou certa expectativa, um sentimento positivo. Nos diálogos sobre o dia-a-dia, sobre as experiências de vida dela, tanto como profissional como pessoal eu criava uma admiração maior. Mulher de pensamento livre, de abordagem direta. Sexo, por melhor que seja no puro calor animal, torna-se ainda mais excitante quando toda a conversa anterior e posterior ao ato meche contigo. E assim eu me sentia naquela relação de sermos super abertos um com outro. Angélica tinha uma beleza fascinante, branca, cabelos negros, um sorriso chamativo em lábios bem desenhados.
Nossos encontros sexuais tornaram-se carregados de tesão. Beijos inesperados que dava nela e a sentir se entregar a mim. Poder despi-la e apreciar seu corpo, com seios lindos como que aqueles fossem esculpidos, uma bunda gostosa e uma buceta depilada a laser. Em cada beijo eu a sentia entregue ao calor do momento. Sabia que para a forma com a qual gosto de transar e usar do conhecimento que tenho em dominação e BSDM, eu queria que ela se entregasse completamente a mim e ao receber de volta aquela confiança, eu queria fazer jus em forma de prazer.
Ao transar com ela, eu tirei-lhe a roupa, coloque nela um tapa-olho, usei de cordas que tinha para amarrar ambas suas pernas aos pés da cama e seus braços um no outro. Ela imóvel a mim, entregue. Aquele sentimento em vê-la assim estremecia minha mente, e ela, jorrava uma excitação em forma de prazer na qual eu via através do lençol da minha cama, encharcando-se dos líquidos que a libido dela escorria por suas pernas. Beijei-a dos lábios ao pescoço, chupando seus seios, passando a língua por aquele corpo que tanto me excitava. Queria ela submissa a mim, digo-a que para poder gozar ela deveria pedir minha autorização. Faço-a um oral onde misturo minha língua dançando em seu clitóris com meus dedos a penetrando, sinto seu corpo se debater nas cordas, suas pernas tentando se desamarrar sem conseguir, seus braços mexerem como se fosse uma tentativa de fuga e ela ali, dominada, amarrada, com seu corpo afogado pelo prazer que sentia. Ela me tratava como o dono que havia a dito que queria ser tratado na cama. Se auto proclamava minha puta, minha vadia e eu a batia na cara. Desobediente, gozara. Precisava castigá-la. Peguei uma caneta e escrevi em sua bunda UMA PUTA. Havia manchas em meus lençóis do prazer dela, o que me fascinara pela cena. Ela já havia me confidenciado que queria saber qual o limite dela em misturar dor e prazer e que aguentava bem a dor. Eu a pedi para escolher a quantidade de vezes que apanharia de cinto e ela me disse 20 vezes. Imobilizada na cama, com a bunda apontada pra mim, comecei a penetrá-la enquanto puxava-o o cabelo, posição que ela gostava. Ela contava as cintadas enquanto me agradecia por está apanhado na bunda e nas costas, sem reclamar de dor e eu sentindo-a tonta de prazer, de excitação sexual. As marcas do cinto tatuavam seu corpo, com as vergas vermelhas destacando-se no branco da sua pele, como se fossem listras vermelhas desenhadas naquele ato sexual. Minha meta era explorar o máximo do seu prazer, em vê-la gemer, gozar, na minha mente sádica naquele momento, a intenção é ver o alcance de orgasmos, de excitação, de vontade e Angélica os entregava, no prazer daquele sexo bruto. Tirei uma foto dela em seu celular, do seu corpo tatuado em marcas de cinto e com minha inscrição a caneta.
Chegando em casa ela me mandaria fotos nuas, com as marcas que havia a deixado, e também o processo de cicatrização. Nossos encontros sexuais misturavam formas diferentes de transar. Havia o sexo bruto, com puxões de cabelo, tapas pelo corpo, xingamentos. Havia quando transávamos de maneira calma, quando eu me deitava no chão e ela subia e encaixava sua buceta gostosa por mim, eu me sentindo preenchido e cheio de prazer ao vê-la quicar, seus cabelos balançarem e tocarem seu corpo, seus seios quicarem. Tão bom era penetrá-la quando os dois em pé no banheiro, eu por trás e com ela passando o braço por trás de mim e assistíamos juntos o reflexo da nossa foda pelo espelho do banheiro, o contraste da minha altura com a dela, do meu corpo mais avermelhado com o branco do dela, minha barba roçando por sua cútis lisa. Ao fim, nos deitávamos na cama, onde nos embrulhávamos, ela deitava no meu peito e eu sentia uma paz ao tê-la ali. Dava-a carinho, cafuné. Conservamos sobre nossas experiências sexuais, e sobre quando este era BSDM
- Quero deixar isso cada vez melhor. - disse ela. - Quando você me bate eu fico pensando se aguento, essa experiência tem sido nova pra mim, nunca tinha feito. Não sabia como meu corpo iria reagir.
- E o que você tem achado? Pergunto.
- É ótimo! Eu adorei! Só não quero ficar viciada, sei que tem pessoas que só se relacionam assim, e não quero que seja meu caso.
- Não acho que será.
- Você desperta em mim uma parte que desconheço - completa ela. - Eu tenho vontade de ser carinhosa contigo e, ao mesmo tempo experimentar coisas novas. Eu nunca fui carinhosa com ninguém, sabe? Você me despertou esse lado também. Algumas pessoas te chamariam de louco se ouvisse você falando que sou carinhosa
- Também sinto vontade de ser carinhoso contigo. É algo que você quer?
- No meio do caminho a gente vê.
Logo, para uma das nossas próximas experiências decidimos jogar dados eróticos personalizados. Um dos dados apontava uma ação e a outra a parte do corpo. Entre as atitudes estavam acariciar, lamber, chupar, massagear, beijar, e os lugares, seios, pernas, pescoço, coxas, órgão genital. Eu na cama, sempre gostei mais de provocar do que receber, faz parte das minhas preferências. Sempre que caía na minha vez, e no espaço dedicado a completar a tarefa imposta pelos dados, Angélica eu queria levar ao delírio. Lambendo suas orelhas, massageando seu corpo, lambendo sua buceta que eu tanto gostava e tanto sentia tesão. Quando na vez dela, eu me