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Faro Fino Agência de Detetives: O Corpo em Conserva
Faro Fino Agência de Detetives: O Corpo em Conserva
Faro Fino Agência de Detetives: O Corpo em Conserva
E-book118 páginas1 hora

Faro Fino Agência de Detetives: O Corpo em Conserva

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Sobre este e-book

Quando Odete Faria Brechardt Noriega, herdeira de um império alimentício, contrata a Faro Fino Agência de Detetives Investigativos, para descobrir se seu marido a está traindo, o detetive particular Elias Parker, não imaginava que além de ter que lidar com o seu coração partido, esbarraria em um caso extremamente intrincado, com direito a um fetiche um tanto quanto nojento, um corpo esquartejado colocado em barris para pepinos em conserva e a falsidade e hipocrisia da alta sociedade exposta de maneira nua e crua. Um romance intrigante, engraçado de fácil e agradável leitura, cheio de suspense e reviravoltas impossível de se largar. Diversão garantida.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de abr. de 2021
ISBN9781526040107
Faro Fino Agência de Detetives: O Corpo em Conserva

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    Faro Fino Agência de Detetives - Mark Brunkow

    Nasce uma Bela Parceria

    O céu está carregado, nuvens muito escuras dançam, sob a força de ventos fortes. Ela olha para o celular para verificar onde está o Uber que pediu. A imagem do pequeno carro se movendo na tela, mostrando o traçado até o seu local de espera só traz mais ansiedade.

    Começa a cair uma garoa intensa e fria...

    Quando o Uber finalmente chega é um carro fúnebre. Tenta olhar para dentro do carro, mas os vidros pretos impedem. Bate com os nós dos dedos na janela. A janela é aberta e um pato com chapéu igual ao de Sherlock Holmes fumando cachimbo, olha para ela e pergunta.

    - Olá, se o pato perder a pata, ele fica viúvo ou manco? - QUÁ... QUÁ... QUÁ...

    Ela abre a boca para falar e sai um som muito alto.

    - QUÁ... QUÁ... QUÁ...

    Intrigada e assustada abre a boca novamente e...

    - QUÁ... QUÁ... QUÁ...

    Acorda com o som do despertador ao lado da cama. Olha assustada para o relógio, sete horas e vinte e cinco minutos.

    - Xeeeee.... que sonho mais estranho, acho que foi aquele bolinho de bacalhau que comi antes de dormir que não caiu bem. DROGA! Vou me atrasar!

    Pula da cama, derrubando seu cachorro, um buldogue francês chamado Boris, que dormia sossegadamente ao seu lado. Olha pela janela, um sol tímido luta para romper as nuvens. Corre até o banheiro, escova os dentes, lava o rosto, olha para o espelho, prende os longos cabelos encaracolados em coque no alto da cabeça, veste uma calça legue, depois uma calça jeans, um par de meias, mais outro par de meias, uma camiseta, um moletom e finalmente a jaqueta.

    Pensa, estou com fome, será que sobrou bolinho de bacalhau...

    Essa é Mikaela de Souza Rocha, negra, corpo atlético, um metro e setenta de altura, sessenta quilos lutando para chegar aos cinquenta e oito, cabelos crespos com as pontas douradas, sorriso fácil, coração gênero, uma sinceridade muitas vezes explicita de mais, apaixonada por sapatos de salto alto e sempre, sempre com frio ou com fome e na maioria das vezes, com os dois.

    Como de costume atrasada e dessa vez para entrevista de emprego que agendou no dia anterior. Não estava realmente atrás de emprego, seu marido Juliano Rocha na verdade nem queria que ela voltasse a trabalhar, dizia que quando ela estava trabalhando dava mais prejuízo que lucro, pois gastava, com comida, roupas e sapatos, muitos sapatos. Mas quando ela recebeu a mensagem da agência de empregos ficou curiosa com a proposta.

    "Boa Tarde Mikaela,

    Quem escreve é Marta da agência de empregos Elite, gostaríamos de saber se você ainda está procurando recolocação no mercado de trabalho?

    Oi, para qual vaga?

    Para recepcionista no centro de Curitiba.

    Qual empresa?

    Faro Fino Agência de Detetives.

    Agência de Detetives, sério?

    Sim, é um cliente antigo, é bom, mas ele só passa informações de salário, horário etc. no local, tem interesse?

    Nossa fiquei curiosa. Sim, tenho interesse, qual o endereço?

    Amanhã as oito horas na rua Voluntários da Pátria, quatrocentos e setenta e cinco, centro, no Edifício Asa, ali na praça Ozório.

    Ok, estarei lá, obrigada."

    Apressada procura a chave de sua vespa vermelha, coloca a mochila nas costas com a roupa de chuva, uma calça e meias sobressalentes dentro. Coloca o capacete cor de rosa, fala para Boris se comportar e sai rumo a entrevista. Como mora na região metropolitana de Curitiba, sabia que não chegaria no horário.

    Uma hora e meia depois de um trânsito intenso, além de ter que parar para colocar a roupa de chuva, na Linha Verde, ou como é carinhosamente chamada pelos Curitibanos, Lesma Verde, Mikaela está parada diante do edifício.

    Guarda o capacete em um compartimento em baixo do banco da vespa. Olha para a parte de cima da porta de entrada, vê as palavras escritas em dourado Condomínio Edifício em forma de arco e no centro, a palavra ASA com as letras A com asas e a letra S parecendo uma cobra. Respira fundo e entra.

    Mikaela lembra de já ter visto o prédio antes, mas nunca havia entrado ali. Caminha por uma longa galeria de lojas dos mais variados tipos, lanchonetes, cafés, relojoarias, de roupas, celulares etc. O teto todo iluminado, pintado em azul com nuvens brancas, representando um céu azul de um dia ensolarado, passava uma tranquilidade que contrastava com o intenso movimento de pessoas passando apressadas pelo local.

    Para diante de um imenso mural, na parte superior da parede, onde constam todos os nomes das empresas e escritórios e seus respectivos andares. Procura por um tempo até achar o que procurava, a Faro Fino Agência de Detetives, décimo terceiro andar, sala mil trezentos e treze. Combinação interessante de números.

    Caminha mais um pouco seguindo o fluxo das muitas pessoas até uma fila que se formava para pegar o elevador. Logo atrás dela para uma senhora muito comunicativa, um metro e meio no máximo, cabelos curtos avermelhados com mexas douradas, um vestidinho preto com bolinhas brancas e óculos em formato de gatinho, dando bom dia para todos que passavam, com um largo sorriso que deixava à mostra todos os dentes. Após um tempo, demasiado demorado para Mikaela, finalmente entra no elevador.

    O elevador não era novo e fazia barulhos estranhos, rangia e balançava um pouco cada vez que parava nos andares. Para alívio de Mikaela finalmente chega ao andar desejado. Ao descer se depara com um enorme corredor com paredes beges sem janelas. Ao se fecharem as portas do elevador, Mikaela se vê na completa escuridão, já que a iluminação do corredor era acionada por sensores de movimento.

    Outra peculiaridade de Mikaela, além da constante fome, do frio e seu amor por sapatos, era o medo. Medo de insetos, mendigos, almas penadas, ficar sozinha, escuridão, anões, palhaços, deficientes mentais, enfim, medo de tudo.

    Já apavorada em meio a escuridão do corredor, ouve uma voz vindo de suas costas.

    - Tenho que mandar regu...

    - HÁÁÁÁÁÁÁ! – dando um pulo para trás.

    Mikaela dá um grito pavoroso, que é amplificado ecoando pelo corredor vazio. Ela não havia percebido que a senhora sorridente com óculos de gatinho também havia descido no mesmo andar que ela. As luzes finalmente se acendem.

    - JESUS MARIA JOSÉ... guria o que foi isso, quer me matar do coração. – com uma mão no peito e outra apoiada na parede tentando recuperar o fôlego.

    - Desculpe... me assustei em ficar no escuro, aí a senhora falou atrás de mim... – com os olhos cheios de lágrimas, tremendo e sorrindo de nervosa.

    - Credo guria, você tem que se benzer. – rindo muito agora. – Qual sala você está procurando?

    - Sala treze treze, Faro Fino Agência de

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