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Pela Janela
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E-book155 páginas2 horas

Pela Janela

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Sobre este e-book

FLORBELA É UMA EMPRESÁRIA SOLITÁRIA E NUNCA IMAGINOU FICAR CARA A CARA COM UM BANDO DE CRIMINOSOS PERIGOSOS E SEM ESCRÚPULOS. DOIS INVESTIGADORES LINHA DURA PASSAM A INVESTIGAR CRIMES MISTERIOSOS QUE ACONTECEM NO ENTORNO DA ORLA ONDE FLORBELA MORA. O INVESTIGADOR JONAS PASSA A CORTEJAR A MOÇA QUE SE TORNA ALVO DOS CRIMINOSOS. AGORA JONAS TEM A MISSÃO DE PROTEGER A MULHER AMADA E DESCOBRIR OS RESPONSÁVEIS PELOS CRIMES. A AVENTURA RECEBE UM CHARME TODO ESPECIAL COM A DELEGADA ANA LIZ NO COMANDO DAS INVESTIGAÇÕES AO LADO DO MARIDO, O INVESTIGADOR CARLOS, A DELEGADA COMANDA SEM PERCEBER QUE O INIMIGO ESTÁ BEM MAIS PRÓXIMO DO QUE ELA IMAGINA. “...Flor entra rapidinho e se desculpando vai ao banheiro enquanto Jonas fica na sala a esperar. Curioso, Jonas vai até a sacada do apartamento e fica olhando a orla e o movimento das pessoas...”
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de mar. de 2022
Pela Janela

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    Pré-visualização do livro

    Pela Janela - Maria Ferreira Brito

    Pela janela

    Os crimes na orla

    Maria Ferreira Brito

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Brito, Maria Ferreira

    Pela janela : os crimes na orla / Maria Ferreira Brito. -- Juazeiro do Norte, CE : Ed. da Autora, 2022. -- (Pela janela)

    ISBN 978-65-00-41143- 0

    1. Ficção policial e de misté rio

    (Literatura brasileira) I. Título. II. Série. Índices para catálogo sistemático:

    1. Ficção policial e de mistério : Literatura brasileira B869.93

    Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB - 8/9427

    Sumário

    Capítulo I.............................................................................................. 5

    Olhar atento ......................................................................................... 5

    Capítulo II .......................................................................................... 35

    Culpados ou inocentes?.................................................................... 35

    Capítulo III ......................................................................................... 57

    O valor de uma vida ......................................................................... 57

    Capitulo IV......................................................................................... 77

    Sobre suspeita .................................................................................... 77

    Capitulo V........................................................................................ 115

    O outro lado da moeda................................................................... 115

    Capitulo VI....................................................................................... 163

    Desvendando crimes....................................................................... 163

    Capitulo VII...................................................................................... 179

    A garota do investigador................................................................ 179

    Capítulo VIII .................................................................................... 191

    A máscara caiu................................................................................. 191

    Capítulo IX ....................................................................................... 199

    De cara com a verdade.................................................................... 199

    Capítulo X......................................................................................... 211

    O julgamento.................................................................................... 211

    Capítulo I Olhar atento

    Parte I

    As estações do ano são sempre tão quentes no

    sul do estado onde Florbela mora que não dar para distinguir uma da outra. Trancada

    em seu apartamento a meses por conta de uma doença que afligia o país, mal conseguia diferenciar os dias da semana . O apartamento não é tão pequeno e ainda tem uma sacada com vista para o mar. É verão e o calor se torna mais intenso nesse período.

    Florbela gosta de ficar horas na janela do quarto que dar acesso a sacada e a vista do calçadão era nítida dali. Acostumou a isso durante o isolamento social. Não consegue se concentrar no trabalho desde que fecharam tudo. As vendas da empresa despencaram... Ela precisa criar estratégias para superar a crise. Nos momentos de ansiedade vem para a janela e passa horas observando o movimento das ondas indo e voltando.

    5

    — Estou muito preocupada com você, minha filha. Venha passar o verão conosco. — Convida a mãe entusiasmada com a ideia de ter a companhia da filha.

    — Não posso, mãe. Preciso me reorganizar e pôr as finanças em dia.

    — Ficar sozinha não ajuda em nada. — Contesta a mãe.

    —Eu sei, mas não estou com ânimo para viajar agora e com tudo fechado não posso pegar voo e não estou disposta a viajar horas de carro.

    Florbela desliga o telefone e deixa a mãe contrariada. Logo volta a janela e por umminuto cogita na ideia de vi ajar, mas logo desiste. Virou rotina olhar o calçadão pela janela , mas naquele instante é tomada de surpresa por algo inusitado. A cena de uma bela jovem conversando com um cadeirante a deixa intrigada. Logo pensa consigo mesmo: quem será?. Flor fica assustada com os minutos que fica na janela observando todos os movimentos daquela moça: o ra ia até a orla, ora oferecia rosas a quem parasse no semáforo. Tomada por umacuriosidade incomum, sai apressada

    do segundo andar onde mora até o portão do prédio. Não consegue avistar a mulher. Abre o portão e procura com os olhos, e nada. Entra assustada e pensa que pode estar vendo

    6

    fantasma. A noite quando encosta a cabeça no travesseiro é tomada por um impulso de curiosidade e volta a observar a janela. Dessa vez não consegue ver ninguém nas ruas, nem na orla, nem no calçadão. A cidade era um deserto só. De ímpeto, alcança o controle da televisão e observa atenta as notícias sobre o isolamento.

    —Boa notícia... que bom que o comércio abrirá logo. —Fala pra sim mesma.

    Enquanto saboreia a notícia que acaba de ouvir, Florbela anda até a geladeira e alcança a garrafa de água e passa a dar voltas na sala procurando umlivro jogado no sofá para ler enquanto espera o sono. Amor e Ódio: Sentimentos que andam juntos perdeu a conta de quantas vezes já havia lido aquele livro.

    —Queria poder dar outro final a esse romance. — Fala esbravejando. — Da próxima vez compro um livro de empreendedorismo ou auto ajuda. Quem sabe me sinto mais estimulada.

    Por viver sozinha já alguns anos, constantemente, Flor vivia um monólogo. Ela mesma se surpreendia com a capacidade de conversar consigo mesma com muita facilidade. Chegava a acreditar que estava louca.

    7

    A mulher vai a estante cheia de livros e encontra um romance de José de Alencar:

    — Iracema. Pronto. Vou ler esse novamente. — Se entusiasma enquanto volta ao quarto.

    Sem perceber, Flor é tomada por um sono profundo enquanto lia as páginas do romance. O livro cai sobre seu rosto e o silêncio no apartamento é reinante.

    — Floooor... Floooor... — Uma voz ecoava na madrugada.

    Florbela acorda atordoada com aquela voz desconhecida... Seu imaginário se mistura com a realidade. Acredita estar sonhando. Emumimpulso, levanta e vai para a janela. Lembra a cena de antes. Barulhos de sirene e luzes das viaturas enchem a orla. Pensa: o que será que aconteceu?. Alguns curiosos foram chegando e tumultuavam o espaço querendo ver a cena. Da janela, Flor tem a impressão de ter avistado umcorpo deitado próximo a alguns bancos. Não consegue distinguir se trata de corpo de homemou de mulher. Atenta acompanha a chegada do carro do necrotério. Não demora muito e todos os curiosos vão se dispersando. O barulho da sirene vai diminuindo a medida que as luzes piscantes vão se misturando aos faróis e a os veículos da avenida.

    8

    Já é quase dia e o sono parece não querer mais a moça. Mal amanhece e Flor desce até a guarita e pergunta ao porteiro se ele sabia o que tinha acontecido ali perto durante a noite. O porteiro avisa que uma vendedora de flores tinha sido assassinada durante a madrugada e a polícia não sabia quem era o assassino. Flor estremece diante da notícia. Lembra a moça que viu no dia anterior.

    —Quem teria coragem de matar uma jovem tão bela? Será que era ela? —Pergunta-se enquanto sobe as escadas até o apartamento. Embora o prédio tenha elevador, Flor sempre prefere subir as escadarias. Era consciente de que se tratava de um exercício. Desapercebida em sua escalada rumo ao apartamento, Flor para no degrau e tem a sensação de visualizar a moça correndo os mesmos. Um calafrio t oma conta da sua coluna a deixando imóvel de pavor. O medo a faz apressar o passo e rapidamente chega ao apartamento.

    Sentada no sofá da sala a moça continua seu monólogo:

    — Droga!!! Quem será que matou a moça??? — Se pergunta insistentemente. — Sempre achei esse lugar tão calmo. Enfim, o que tenho haver com isso? Eu nem a conhecia... —Amente não deu trégua... a moça vai a cozinha, prepara um café forte e caminha até a janela. A cada gole, ela

    9

    aprecia a paisagem inconformada com a violência da madrugada.

    Parte II

    Oporteiro acompanha alguns investigadores de porta em porta dos moradores do prédio, por estar próximo a orla e com uma vista muito boa para o local do acontecido. Os investigadores acreditam que algum morador possa ter vis to algo que lhes deemuma pista do assassinato.

    Quando o porteiro bate à porta de Flor, a mesma fica surpresa e convida-os a entrar.

    —Boa tarde, seu Francisco. Tudo bem?

    — Florbela, esses senhores são investigadores e querem lhe fazer algumas perguntas. Se não houver nenhum problema .

    —Claro que não, seu Francisco. Por favor, entrem.

    — Boa tarde, moça. Somos do 35º Departamento de Polícia. Podemos entrar? —Mostra-se interessado.

    —Sim, por favor. Entrem. —Disse apontando o sofá da sala.

    10

    — Eu sou o investigar Carlos e esse é meu companheiro de trabalho Jonas. —Fala sem hesitar.

    — Muito prazer, senhorita. — cumprimenta Jonas estendendo a mão.

    —Sentem-se, por favor.

    — Obrigado. — Responde. — A senhorita sabe do acontecido de ontem à noite. Procuramos alguma pista que nos levem até o assassino. Algo assim não pode ficar impune. Por favor, senhorita, qualquer coisa que souber poderá nos ajudar. —Mostrou-se apreensivo.

    — Claro. Eu não sei quase nada. A não ser o fato de que a tardinha de ontem vi a moça entregando flores e saudando algumas pessoas no calçadão e na orla. Pela madrugada quando ouvi barulhos de sirene, fui até a janela, só vi o que vocês já sabem. Um monte de viaturas e muitos curiosos.. .

    —Senhorita, é muito importante que lembre se a viu conversando com alguém ...

    — Um cadeirante, mas não conheço. Ela distribuía flores e sorrisos aos carros que passavam. Só isso que vi.

    — Muito obrigado. Se lembrar de algo mais esse é o meu cartão. Falou Carlos.

    11

    Flor acompanha os homens até a porta do apartamento e fica pensativo sobre o tempo que a moça ficou conversando com o rapaz da cadeira de roda. Os pensamentos de Flor faz ela imaginar que talvez o cadeirante possa ser morador da redondeza ou mesmo do prédio ou quem sabe até ter sido o assassino .

    Volta a janela, dessa vez, ver o cadeirante próximo ao banco da orla. Com um olhar mais atento, passa a acompanhar os movimentos do mesmo. Quem será? Será que foi ele? Os pensamentos não lhe dão sossego. Flor se ver descendo prédio abaixo até a orla. Com passos apressados consegue chegar até o rapaz da cadeira de rodas.

    —Boa tarde. —Cumprimenta afoita.

    —Boa tarde, moça. Vista bonita daqui, não é mesmo? Gosto de vim toda tardinha aqui.

    — Você conhece a moça das flores? — Pergunta curiosa sem se dar conta do seu atropelo.

    —Sim. —Afirma sem hesitar. —Jovem muito linda. Sabia que eu gosto muito dela? Hoje não a vi. Ela é sua amiga?

    —Não. —pensa se diz o que aconteceu ou finge que não sabe de nada. Talvez esteja só fingindo para disfarçar.

    12

    Flor observa o rapaz atentamente e ver se tratar de uma pessoa jovem, aparenta ter uns trinta anos. As pernas imóveis sobre a cadeira, não aparenta ter algo mais na sua deficiência. Muito bonito, semblante entristecido e muito corado. Pele bronzeada. Ambos calam diante do barulho das ondas, mais intensas do que de dentro dos apartamentos. A moça se afasta e sai apressada.

    Flor volta da orla preocupada, não contou o que aconteceu com a moça ao rapaz. Descarta qualquer possibilidade do mesmo ter algum envolvimento na morte. Vou no elevador pensa. Quando a porta do elevador abre, Flor se depara com os investigadores que ainda estão no prédio.

    — Tchau, senhorita. — Despede-se Jonas educadamente.

    —Até logo. —Responde Carlos cheio de simpatia. —Tchau. —Responde e sorrir.

    Parte III

    Ao final de uma semana, tudo parecia normal e ninguém falava do acontecido na orla. O porteiro pediu

    13

    licença de quinze dias por ter sido acometido pelo vírus que assolava o estado. Florbela encontrou com o investigador Jonas mais uma vez no prédio.

    — Bom dia, Jonas. O que faz aqui tão cedo? — pergunta curiosa.

    — Estou mudando para um dos apartamentos no prédio.

    — Nossa!!! Legal!!! Você que alugou o apartamento vizinho?

    — Sim! Gosto muito de praia e apareceu um apartamento vazio aqui.

    — Fez uma boa escolha.

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