Mármores
()
Sobre este e-book
Mármores reúne quarenta e três textos, organizados em três partes: a primeira é composta por dezoito sonetos, a segunda, por sete poemas traduzidos (três de Goethe e quatro de Heine) e a terceira, intitulada "Balada", também contém dezoito composições – sonetos e poemas de formas variadas. Abre a primeira parte e fecha a segunda um soneto intitulado "Musa impassível". Francisca Júlia é considerada a autora que melhor representou os ideais do Parnasianismo no país e foi alçada, ainda em vida, ao patamar de mais importante poetisa da língua portuguesa. Em 1904, tornou-se membro efetivo do Comitê Central Brasileiro da Societá Internazionale Elleno-Latina de Roma.
Relacionado a Mármores
Ebooks relacionados
Como Polpa de Ingá Maduro: poesia reunida de Ascenso Ferreira Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Correspondência de Fradique Mendes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA relíquia: Com questões de vestibulares Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Confissão de Lúcio: Lúcio's Confession: Edição bilíngue português-inglês Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTrês contos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFrei Luiz de Sousa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pule, Kim Joo So Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Cerco de Corintho, poema de Lord Byron, traduzido em verso portuguez Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistórias contadas pelo vento Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Livro dos Esnobes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMemorial de Aires Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOnze poetas brasileiros Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFlores do Campo Nota: 1 de 5 estrelas1/5Entre as ondas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Cavaleiro de Bronze: Volume único Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Isca Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSaudades: história de menina e moça Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Império e a Senhora: memória, sociedade e escravidão em José de Alencar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA correspondência de Fradique Mendes memórias e notas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Mulher Portugueza Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO caminho para a liberdade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLitania dos Transgressores: desígnios da provocação em Lúcio Cardoso Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTarde Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDandara Gerry Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCinema & Literatura Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDez contos escolhidos de Eça de Queirós Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNas trevas Sonetos sentimentaes e humoristicos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO cortiço Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA última princesa Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Poesia para você
Eu tenho sérios poemas mentais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5meu corpo minha casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5o que o sol faz com as flores Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo Nela Brilha E Queima Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sonetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMarília De Dirceu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesias para me sentir viva Nota: 4 de 5 estrelas4/5Alguma poesia Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Todas as flores que não te enviei Nota: 5 de 5 estrelas5/5Se você me entende, por favor me explica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Reunião de poesia: 150 poemas selecionados Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Profeta Nota: 5 de 5 estrelas5/5Melhores Poemas Cecília Meireles (Pocket) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasWALT WHITMAN - Poemas Escolhidos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Bukowski essencial: poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco Nota: 5 de 5 estrelas5/5Jamais peço desculpas por me derramar Nota: 4 de 5 estrelas4/5Para não desistir do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5As palavras voam Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Navio Negreiro Nota: 5 de 5 estrelas5/5Laços Nota: 5 de 5 estrelas5/5Todas as dores de que me libertei. E sobrevivi. Nota: 4 de 5 estrelas4/5Aristóteles: Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Coisas que guardei pra mim Nota: 4 de 5 estrelas4/5Textos Para Serem Lidos Com O Coração Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Mármores
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Mármores - Francisca Júlia da Silva
Prólogo
Nunca pensei eu que me coubesse algum dia tarefa tão difícil e tão ditosa ao mesmo tempo, qual a de prefaciar um livro como o da excelsa poetisa paulista cujo nome hoje é conhecido de todos os que se dedicam ao culto da literatura neste país.
Uma injusta apreciação, concluída, e mal concluída, da minha atitude crítica contra uma escritora de talento, havia-me perfidamente criado a pequenina fama (de resto, indigna de mim) de homem selvagem que só via nas mulheres as aptidões inferiores das cozinheiras. E como o homem é de fogo para a mentira, no dizer do fabulista, fui logo definitivamente julgado e condenado.
Há em tudo isto uma grave injustiça.
Vivendo nessa pátria que se orgulha dos nomes gloriosos de Narcisa Amália, Adelina Vieira, Júlia Lopes de Almeida, Zalina Rolim e Júlia Cortines, eu sentia com ela esse mesmo nobre orgulho, e ninguém de boa-fé poderia acatar essa dura malevolência contra as minhas verdadeiras opiniões.
Por isso é que a ocasião de apresentar o nome da autora dos Mármores me depara hoje um ensejo feliz de reabilitação no conceito dos mais opiniáticos.
A tarefa que hoje desempenho, não sem o sobressalto da minha humilde condição, e mesmo sem possuir a autoridade necessária para realçar o mérito obscuro ainda e para recomendar o livro que tenho em mãos, justifica-se igualmente por boas e excelentes razões que não me é lícito, um momento só, ocultar. Não só os Mármores por si sós dispensam qualquer elogio antecipado ao do público, mas quase todos eles já não carecem de favor; foram carinhosamente esculpidos, finamente cinzelados para a galeria artística da Semana, e aí foram consagrados, definitivamente, pelo aplauso de Araripe Júnior, Lúcio de Mendonça, Valentim Magalhães, Xavier da Silveira, Silva Ramos, Fontoura Xavier, Escragnolle Doria, Max Fleiuss, Luiz Rosa, Américo Moreira e eu. Deste modo, já não teria receio dos exageros da minha opinião individual; acha-se ela firmada pela colaboração de ilustres confrades cujo critério se eleva acima de toda a suspeita.
O nome da poetisa era aclamado; as suas produções, em manuscrito ainda quente das emoções do seu estro, criaram em torno de nós, como um vidro de perfume ao quebrar-se,