Um Segredo de Natal

De Heidi Gisele Borges

Elisa é uma menina doce e sonhadora. No entanto, seus sonhos precisam ficar de lado quando ela percebe que a sua pobreza não permite acreditar em um futuro melhor.Enquanto seus pais fazem de tudo para que a pequena Elisa e o irmão continuem acreditando nos sonhos, a menina esconde a sua tristeza profunda e tenta ajudá-los da forma que consegue.Mas o espírito natalino faz milagres e a magia do Natal pode aparecer quando menos se espera.

• Idioma: Português
• Editora: Estronho
• Data de lançamento: 16 de mar. de 2022
• ISBN: 9786581004019

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Heidi Gisele Borges

UM SEGREDO

DE NATAL

Editora Estronho – 2ª edição

UM SEGREDO DE NATAL

Todos os direitos da obra reservados à Heidi Gisele Borges

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Autora: Heidi Gisele Borges

Ilustração e capa e internas: Carolina Mancini

Capa: Marcelo Amado e Heidi Gisele Borges

Editor responsável:  Marcelo Amado

ISBN:  978-65-81004-01-9

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Todos os direitos desta edição reservados à

Editora Estronho: São José dos Pinhais, PR

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Capítulo 1 - Na véspera do Natal

E

ra manhã. Elisa acordou e se espreguiçou.

Por um momento, a menina desejou ficar deitada ali no calorzinho reconfortante. Como se a cama fosse seu esconderijo, seu refúgio contra o mal que espreitava do lado de fora.

Fechou os olhos bem forte e permaneceu assim por um tempo, como se pedisse por algo, uma prece infantil, talvez, daquelas que eram logo realizadas quando se tinha um coração puro.

– Não quero levantar, não quero! – disse com voz preguiçosa. – Está tão bom aqui...

Enfim criou coragem, tornou a abrir os olhos. Com certa dificuldade tirou as cobertas e se ajoelhou na cama, afastou as cortinas, olhou lá fora pela janela e sentiu um tanto de tristeza, não nevava...

Claro, aquela não era uma região com neve. Em algumas cidades mais ao Sul até nevava, mas na cidade de Sanjo não.

– Será que um dia vou ver flocos branquinhos caindo e formando montinhos? – perguntou-se triste e se sentou na cama. – Como nos filmes que passam na televisão...

A menina se imaginava agasalhada, bem quentinha, com um lindo casaco, luvas e touca, correndo com os amigos para montar bonecos de neve. Deitaria no chão e, abrindo os braços e as pernas, faria belos anjos na neve fofinha e gelada. E quem se importaria com um frio congelante quando podia se divertir?

– Pensando bem, é melhor não ter neve nenhuma – falou, mais realista. Uma realidade que meninas e meninos tão pequenos não deveriam entender. – Ou todo mundo daqui de casa morreria congelado.

Afinal, ali era verão. E véspera de Natal.

Mesmo sendo tempo de muito calor, a casa já era bastante gelada, seria muito pior se fosse inverno e tão rigoroso.

O pequeno edredom de Elisa mal cobria seu corpo inteiro, os pés ficavam de fora, então precisava dormir encolhida a fim de não passar tanto frio. A menina havia ganhado a coberta novinha de uma família para qual a mãe trabalhava quando Elisa tinha cinco anos. Passados alguns anos, o edredom já estava