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Finanças comportamentais e o excesso de confiança
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Finanças comportamentais e o excesso de confiança
E-book108 páginas56 minutos

Finanças comportamentais e o excesso de confiança

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Sobre este e-book

A obra tem por objetivo analisar como a economia, finanças comportamentais e os fatores psicológicos se relacionam e moldam a confiança. Para tal, iniciou-se uma revisão bibliográfica, sobre a evolução da economia, a qual pregava a plena racionalidade, bem como a inserção gradual de elementos não racionais, gerados por fatores psicológicos, até o surgimento das ciências mistas da economia e das finanças com a psicologia. Houve a demonstração de notórios casos sobre o tema, como do excesso de confiança na tomada de decisão e de incertezas. Ademais, procedeu-se à definição do risco e da confiança, bem como à introdução de possíveis elementos que moldam esses fatores. Os dados foram coletados por meio da aplicação de questionário a alunos de uma instituição de ensino superior em Ubá no interior de Minas Gerais, contendo questões pessoais sobre os participantes, questões sobre finanças e sobre o risco assumido. O tema abordado é relativamente novo e em desenvolvimento no Brasil, ao passo que, no exterior, o tema é amplamente debatido. Os dados foram analisados com um caráter estatístico, buscando relações entre as variáveis essenciais sobre os participantes. Posteriormente, desenvolveu-se um modelo econométrico para analisar as variáveis, a fim de compreender como se forma a confiança dos indivíduos. E pode-se observar com significância estatística o quanto um efeito comportamental invisível e pouco discutido, como o excesso de confiança, pode afetar as escolhas do agente.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento11 de abr. de 2022
ISBN9786525230450
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    Finanças comportamentais e o excesso de confiança - Yago Caiaffa Cardoso

    1.

    INTRODUÇÃO

    Os desejos do homem são ilimitados, ao contrário dos recursos de produção. Esse é um dos princípios básicos que norteiam as ciências econômicas, para as quais é inerente à natureza humana sempre buscar mais, em uma eterna procura pela melhoria. A Teoria Econômica Clássica diz que essa infindável busca leva o homem a escolhas, seja no momento de consumir, poupar ou investir. Uma vez que os recursos são finitos, quando está prestes a tomar uma decisão, o indivíduo é levado a duas grandes perguntas, em quê? e quanto?, seja em que e quanto investir, ou em que e quanto gastar as reservas. Depois de responder às duas perguntas básicas, o indivíduo já pode tomar sua decisão. Por sua vez, segundo a Teoria Econômica Clássica, quando toma uma decisão, sabe perfeitamente o que está escolhendo e do que está abrindo mão, que a decisão é acurada e coerente (OLIVEIRA; MONTIBELER, 2017).

    Durante muitos anos, julgou-se correto tal pensamento. No entanto, com o desenvolvimento das ciências e da multidisciplinaridade, desenvolveram-se campos que mesclavam Economia, Finanças, Psicologia, Publicidade, Administração e Contabilidade, criando áreas mistas como a Neuroeconomia, o Psicomarketing, a Contabilidade Mental e as Finanças Comportamentais. Estudiosos como Daniel Kahneman, Amos Tversky e Richard Thaler forneceram diversos estudos dessas novas áreas do conhecimento, nas quais se testava a racionalidade cognitiva humana com estudos empíricos e experimentais, a fim de provar que o homem é sujeito a falhas e erros, comporta-se de maneira inesperada quando confrontado com um viés ou uma armadilha psicológica (GALLO, 2016).

    1.1.

    FORMULAÇÃO DO PROBLEMA E JUSTIFICATIVA

    John Stuart Mill, economista clássico, é identificado como criador da Teoria do Homo Economicus. Segundo a teoria, homem é dotado de conhecimentos e de informações. Munido de saberes, pode calcular e prever todos os possíveis resultados e possui a capacidade de distinguir diferentes opções, sendo racional em sua escolha. Thaler aponta que essa perspectiva fundamenta que as atitudes humanas são baseadas apenas no QI dos indivíduos, mas que isso se prova inverídico dependendo do cenário no qual o agente se encontra (THALER, 2000).

    Economia e Finanças Comportamentais são temas de extrema relevância. Ainda que os estudos não sejam tão recentes, o assunto já rendeu vários prêmios, como em 2017, quando Richard Thaler teve a honra de receber o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, por suas contribuições à economia comportamental. O assunto é diretamente estudado por diversas áreas, como Economia, Administração, Ciências Contábeis e Psicologia, que se ocupam do comportamento humano e de seus reflexos. No entanto, outros campos do saber o estudam, ainda que indiretamente, como as ciências exatas, dentre elas a Matemática e a Estatística, por meio de escolhas probabilísticas e da maximização. Assim sendo, uma área vindoura dessa mistura permite uma enorme variedade de abordagens para trabalhos e estudos (GALLO, 2016) e estes estudos são jovens no Brasil e carecem maior análises, principalmente os de confiança dos agentes, como a Overconfidence.

    Diante do exposto, questiona-se a veracidade da total racionalidade humana e da possibilidade de os agentes econômicos serem induzidos a erros cognitivos, e como isso é capaz de afetá-los, ainda que em sua formação e percepção do risco em investimentos.

    É usual para economistas, principalmente, dizer que a lógica é inabalável, que existe uma total racionalidade humana, que é infinita a capacidade de compreensão, processamento e de resolução de problemas. Então deve ser quebrado este paradigma da indubitável razão. O presente trabalho se destina a evidenciar se realmente esse pensamento desta racionalidade perfeita é válida ou se é um pensamento falacioso, através de testes experimentais e empíricos do excesso de confiança.

    Deve-se ressaltar que a racionalidade é compreendida como preferências lógicas que têm duas propriedades. As preferências são completas quando para todos os tem-se que ,e são transitivas, pois para todos os . Assim sendo, o axioma completo alega que as decisões são pensadas e, o axioma da transitividade, que o raciocínio segue uma sequência de preferências (MAS-COLELL, 1955).

    Logo, se as preferências () são racionais:

    (I) Ambas as preferências são irreflexivas e transitivas (se ).

    (II) As indiferenças são reflexivas (para todos os ), transitivas (se e , logo, ) e simétricas (se então ).

    (III) Se , então .

    A irreflexividade de , e a reflexividade e simetria de são propriedades sensíveis definidoras da preferência forte e das relações de indiferença. Todavia, o detalhe mais importante dessa proposição é que a racionalidade de implica que ambos são transitivos. Ademais, a propriedade da transitividade também vale para , quando é combinado com uma relação de algo pelo menos tão bom quanto .

    1.2. OBJETIVOS

    1.2.1. GERAL

    → Por meio da regressão econométrica, utilizando dados empíricos, tentar identificar como se forma a confiança do agente e qual é o impacto do overconfidence sobre ela.

    1.3.2. INTERMEDIÁRIOS

    Para que o objetivo geral seja alcançado, objetivos intermediários devem ser traçados de modo

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