Introdução à Avaliação de Impacto e Retorno Econômico de Programas Sociais
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Sobre este e-book
As ferramentas e métodos clássicos de avaliação de impacto foram apresentados, entre eles os de seleção aleatória e os não experimentais, com exemplos e estudos de caso.
No estudo de caso apresentado, aprendemos como aplicar as ferramentas da análise de avaliação econômica e como os resultados podem ser importantes para o entendimento da dimensão de projetos sociais parecidos. A participação do governo nesse tipo de programa é importante, uma vez que evidenciamos que medidas simples, como a concessão de bolsas, podem influenciar e mudar a vida das pessoas tanto na fase escolar quanto no mercado de trabalho. Certamente, isso ajudará a reforçar a importância das políticas de diminuição da desigualdade educacional e da desigualdade de renda no Brasil.
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Avaliações de Introdução à Avaliação de Impacto e Retorno Econômico de Programas Sociais
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- Nota: 5 de 5 estrelas5/5O livro é excelemmte. Ele me ajudou a entender melhor a avaliação de impacto de projectos e os retornos gerados.
Pré-visualização do livro
Introdução à Avaliação de Impacto e Retorno Econômico de Programas Sociais - Carlos Enrique Carrasco Gutierrez
Editora Appris Ltda.
1ª Edição - Copyright© 2019 dos autores
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COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO ENSINO DE CIÊNCIAS
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelo seu grande amor e cuidado. Agradeço à minha família, por ser a principal motivação para todas as coisas. À minha esposa, Erika Fontinele, pelo seu amor incondicional e parceria sempre pronta para empreitarmos cada missão juntos. A meus filhos, Juan Carlos, Ercila, Laura, Anna Ruth, Camila, e Carla presentes do Deus vivo na minha vida. Agradeço aos meus pais, Mauro e Lida por todos os ensinamentos, pelo amor incondicional e por toda a educação que me deram. A meus irmãos, José Luis e Gabriela por todo o apoio ao longo desses anos.
Agradeço aos meus professores do curso avançado de Políticas Públicas e Projetos Sociais do Itaú Social, aos alunos de Políticas Públicas do curso de mestrado e doutorado da Universidade Católica de Brasília. A Jéssica Milker pelos comentários e sugestões e pelo apoio na revisão do texto.
Carlos Enrique Carrasco Gutierrez
Este livro é fruto da ajuda do meu marido, Nilson, e meus filhos, Polliana e Ruan, os quais, incondicionalmente, sempre me apoiaram na realização deste sonho.
Registro ainda a minha gratidão aos meus pais, aos meus alunos de hoje e de ontem, às instituições onde compartilho a Matemática, e aos meus amigos.
Por fim, a Deus, dedico o meu agradecimento maior, pois me ajudou a chegar até aqui com sabedoria.
Renata da Silva
PREFÁCIO
Desde que a ciência econômica se estabeleceu nas suas bases mais quantitativas, economistas têm procurado entender como agentes econômicos tomam decisões. A forma usual de se modelar a tomada de decisões é baseada na ideia de que esses agentes, estando sujeitos a restrições, optam pela melhor alternativa possível para eles.
A longa tradição de modelagem teórica fundiu-se com a análise de dados. Isso permitiu que os economistas passassem a buscar identificar os parâmetros desses modelos teóricos a partir das bases de dados disponíveis. De posse de estimativas desses parâmetros, tem sido possível a mensuração dos ganhos e perdas de bem-estar, potenciais e efetivos, das diversas políticas públicas e sociais.
Esse casamento de modelos teóricos com análise de dados levou ao que se conhece hoje por "structural econometrics". Suas limitações encontram-se exatamente na incapacidade de se testar todas as premissas da modelagem teórica a partir dos dados. O pesquisador tem que, em boa medida, acreditar que os agentes econômicos de fato se comportam conforme o modelo proposto.
As limitações da abordagem calcada em modelos teóricos fizeram com que os economistas buscassem outras formas de analisar, de maneira crível e com a ajuda dos dados, os impactos das políticas públicas. Essa mudança de paradigma é o que Josh Angrist, professor do MIT, chama de "Credibility Revolution".
Desenhos de pesquisa que permitem estabelecer relações causais foram a resposta revolucionária
à dificuldade de se identificar efeitos relevantes de políticas públicas. A ênfase deixou de estar no modelo explicativo do comportamento individual e passou a estar no desenho da pesquisa.
Os pesquisadores adeptos a esse movimento perceberam que em muitos casos não adiantava apenas ter acesso a dados. Para garantir respostas inequívocas sobre relações causais seria preciso também gerá-los, a partir de experimentos controlados. Mas como pode o economista, ou o cientista social, tornar-se um cientista de laboratório
, se as relações econômicas e sociais não pertencem ao laboratório?
Nos experimentos controlados dos economistas, a intervenção (ou política) é oferecida a um grupo, mas não a outro. O importante nesses experimentos é garantir que a formação desses grupos seja completamente aleatória, o que se pode obter por loterias ou sorteios.
Por exemplo, como avaliar o efeito de um treinamento de trabalhadores sobre salários usando a abordagem experimental? Nos casos de treinamentos em que há mais candidatos do que vagas, pode-se randomizar quem será matriculado. Os demais, ficam de fora. Os primeiros são o grupo de tratamento; o segundo o grupo de controle. Como esses grupos foram formados de maneira aleatória, pode-se usar o grupo de controle para inferir o que teria acontecido com o salário do grupo de tratamento na ausência do treinamento. Esse é o salário contrafactual
. A diferença entre o salário observado para o grupo de tratamento e o seu contrafactual após o treinamento é a medida do impacto sobre salários.
Um desenho de pesquisa como o descrito acima prescinde de modelos teóricos. Uma simples diferença de médias já nos dá o efeito causal sobre os salários do treinamento de trabalhadores. Não sabemos, contudo, qual canal exato pelo qual esse efeito opera. Será que é pelo aumento de produtividade? Será que é um prêmio dado ao trabalhador pelo seu comprometimento? Ou haverá outra explicação ainda não considerada pela teoria? A simples comparação entre esses dois grupos não nos permite dizer quais são os canais efetivos. Mas já nos oferece medidas importantes e que ajudam os formuladores de políticas públicas a tomar a relevante decisão sobre se se deve ou não continuar a oferecer a política. Essa decisão pode ser obtida calculando-se o retorno econômico da política, que é derivado da avaliação de impacto, e comparando-se ao seu custo operacional.
Entretanto, nem sempre é possível conduzir um experimento controlado. As barreiras institucionais ou éticas muitas vezes são intransponíveis. Nesses casos, como ainda ter desenhos de pesquisa que permitam, de maneira crível, atribuir causalidade aos programas que se quer estudar?
O livro de Carlos Enrique Carrasco Gutierrez e Renata Cristina Teixeira da Silva traz uma longa discussão do método experimental e de suas alternativas que ainda permitem inferir causalidade, mesmo quando se é inviável utilizar um experimento controlado. A lista de alternativas é longa, mas a discussão presente é feita com toda a didática e atenção necessárias para sua compreensão e, espera-se, utilização. Porque, diferentemente de livros teóricos de econometria, este livro traz uma série de técnicas para serem fácil e imediatamente utilizados por aqueles interessados na avaliação de impacto de políticas públicas e, em particular, programas sociais.
O livro se insere na onda revolucionária recente que atingiu não