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Calúnias e Lendas sobre a Igreja Católica
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Calúnias e Lendas sobre a Igreja Católica
E-book208 páginas3 horas

Calúnias e Lendas sobre a Igreja Católica

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Sobre este e-book

Aqueles que desejam atacar a Igreja e desmoralizá-la nunca deixam sair de cena as questões como Inquisição, Cruzadas, Galileu Galilei, Giordano Bruno e outros temas propícios para o ataque a Igreja, expondo esses temas nas escolas, nos livros e nos filmes, retirando-os do contexto da época, julgando-os com a mentalidade de hoje e distorcendo maliciosamente a realidade histórica.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de fev. de 2022
ISBN9786587768199
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    Calúnias e Lendas sobre a Igreja Católica - Prof.Felipe Aquino

    SERÁ QUE JESUS CRISTO É UM MITO?

    Os que querem atacar o cristianismo chegam ao absurdo de afirmar, de maneira anti-histórica, que Jesus não existiu. Alguns chegam ao absurdo de comparar Jesus Cristo a uma lenda como Branca de Neve ou Papai Noel. Ora, isto é um absurdo, pois a existência histórica de Jesus é científica. Nem mesmo os racionalistas do século XVIII, inimigos da Igreja, como Renan, Harnack, Voltaire, Diderot, etc., negaram a realidade histórica de Jesus; ao contrário, o elogiaram ao estremo. A vida de Jesus é atestada por autores romanos e judeus, além dos cristãos.

    Sobre a existência histórica de Jesus Cristo há não só testemunhos literários, mas também arqueológicos: os lugares santos da Palestina, Nazaré, Belém, Jerusalém, etc. Alguns historiadores romanos atestaram a existência de Jesus Cristo.

    Tácito (Publius Cornelius Tacitus – 55-120), historiador romano, escritor, cônsul romano (ano 97) e pro cônsul da Ásia romana (110-113), falando do incêndio de Roma que aconteceu no ano 64:

    Um boato acabrunhador atribuía a Nero a ordem de pôr fogo na cidade. Então, para cortar o mal pela raiz, Nero imaginou culpados e entregou às torturas mais horríveis esses homens detestados pelas suas façanhas, que o povo apelidava de cristãos. Este nome vêm-lhes de Cristo, que, sob o reinado de Tibério, foi condenado ao suplício pelo procurador Pôncio Pilatos (Anais, XV, 44).

    Plínio, o Jovem (Caius Plinius Cecilius Secundus – 61-114), sobrinho de Plínio, o Velho, foi governador romano da Bitínia (Ásia Menor), escreveu ao imperador romano Trajano, em 112: […] Os cristãos estavam habituados a se reunir em dia determinado, antes do nascer do sol, e cantar um cântico a Cristo, que eles tinham como Deus (Epístolas, I.X 96).

    Suetônio (Caius Suetonius Tranquillus – 69-126), historiador romano, no ano 120, referindo-se ao reinado do imperador romano Cláudio (41-54), afirma que este: Expulsou de Roma os judeus, que, sob o impulso de Cristo, se haviam tornado causa frequente de tumultos (Vita Claudii, XXV). Esta informação coincide com o relato dos Atos dos Apóstolos (cap. 18,2) – esta expulsão ocorreu por volta do ano 49-50. Suetônio, mal informado, julgava que Cristo estivesse em Roma, provocando as desordens.

    Há documentos judaicos que falam de Jesus Cristo.

    1. O TALMUD (Coletânea de leis e comentários históricos dos rabinos judeus posteriores a Jesus) – Tratado Sanhedrin 43a do Talmud da Babilônia:

    Na véspera da Páscoa suspenderam a uma haste Jesus de Nazaré. Durante quarenta dias um arauto, à frente dele, clamava: Merece ser lapidado, porque exerceu a magia, seduziu Israel e o levou à rebelião. Quem tiver algo para o justificar venha preferi-lo!. Nada, porém se encontrou que o justificasse; então suspenderam-no à haste na véspera da Páscoa".

    2. Flávio Josefo, historiador judeu (37-100), fariseu, escreveu sobre Jesus:

    Por essa época apareceu Jesus, homem sábio, se é que há lugar para o chamarmos homem. Porque Ele realizou coisas maravilhosas, foi o mestre daqueles que recebem com júbilo a verdade, e arrastou muitos judeus e gregos. Ele era o Cristo. Por denúncia dos príncipes da nossa nação, Pilatos condenou-o ao suplício da Cruz… Ainda hoje subsiste o grupo que, por sua causa, recebeu o nome de cristãos. (Antiguidades Judaicas, pp. 204-205).

    E há ainda os documentos cristãos, os Evangelhos provam a real existência de Jesus. Os evangelistas não poderiam ter inventado tudo isto com tanta precisão.

    Santo Irineu de Lião (140-200), que foi discípulo de São Policarpo de Esmirna (†155), que foi discípulo de São João Evangelista, deixou esse registro em sua obra contra os hereges gnósticos:

    Mateus publicou entre os hebreus, na língua deles, o escrito dos Evangelhos, quando Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundaram a Igreja. Depois da morte de Pedro e Paulo, também Marcos, o discípulo e intérprete de Pedro, nos transmitiu por escrito o que Pedro anunciava. Por sua parte Lucas, o companheiro de Paulo, registrava num livro o Evangelho pregado por ele. E depois, João, o discípulo do Senhor, aquele que tinha recostado a cabeça no peito dele, também publicou o seu Evangelho, quando morava em Éfeso na Ásia (Livro III, 1,1, p. 247).

    No ano 130 o Bispo Pápias, de Hierápolis na Frígia, Ásia Menor, fala do Evangelho de São Mateus: Mateus, por sua parte, pôs em ordem os dizeres na língua hebraica, e cada um depois os traduziu como pôde (Eusébio, História da Igreja III, 39,16). O mesmo bispo Pápias (†130) fala do Evangelho de São Marcos:

    Marcos, intérprete de Pedro, escreveu cuidadosamente, não porém ordenadamente, as recordações ou palavras do Senhor. Efetivamente ele jamais ouvira, ou seguira o Senhor. Mas, conforme disse, mais tarde ele conviveu com Pedro, que pregara segundo a necessidade dos ouvintes, mas não elaborou uma síntese das palavras do Senhor. Assim, ao escrever, de acordo com suas lembranças, não cometeu erros. Tivera o único propósito de nada omitir do que ouvira, nem impingir algo de falso (Eusébio, História da Igreja, III, 39,15, p.169).

    O Prólogo do Evangelho de São Lucas, do século II, dizia:

    Lucas foi sírio de Antioquia, de profissão médica, discípulo dos Apóstolos; mais tarde seguiu Paulo até a confissão (martírio) deste, servindo irrepreensivelmente o Senhor. Nunca teve esposa nem filhos; com oitenta e quatro anos morreu na Bitínia, cheio do Espírito Santo. Já tendo sido escritos os Evangelhos de Mateus, na Bitínia, e de Marcos, na Itália, impelido pelo Espírito Santo, redigiu este Evangelho nas regiões da Acaia, dando a saber logo no início que os outros Evangelhos já haviam sido escritos.

    A BÍBLIA É UMA CRENDICE?

    Os 72 livros da Bíblia começaram a ser escritos cerca de 1300 anos antes de Cristo, pelos judeus, desde os tempos de Moisés até o ano 100 depois de Cristo. O texto bíblico é confiável? Sim, as pesquisas arqueológicas, geográficas e históricas confirmam a autenticidade dos textos bíblicos. Muitíssimos locais indicados na Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento são identificados com facilidade e exatidão pelos especialistas. A cada dia novas descobertas arqueológicas confirmam as páginas da Bíblia.

    Toda a Terra Santa é um museu a céu aberto que mostra com clareza onde tudo ocorreu com o antigo povo judeu e com Jesus Cristo.

    Os inúmeros documentos encontrados nas grutas de Qumran, por um grupo de pastores, em 1947, às margens do Mar Morto, confirmam a exatidão da Bíblia. Por exemplo, um dos manuscritos encontrados trazia na íntegra o livro do Profeta Isaías, escrito há 2700 anos. Até então, a cópia mais antiga que se tinha era do ano mil. Confrontados esse texto, com o encontrado nas grutas, que eram do ano 70 depois de Cristo, houve plena concordância. Assim, a originalidade do livro de Isaias recuou cerca de mil anos. Isto é, por mais de mil anos, os copistas reproduziram esses textos com toda fidelidade. Isto é fantástico! Essa descoberta foi uma das mais importantes do século XX, e mostra que o texto bíblico não foi corrompido.

    OS EVANGELHOS FORAM INVENTADOS PELA IGREJA?

    Para a Igreja a existência de Jesus Cristo é baseada principalmente nos Evangelhos. Ela não tem dúvida em afirmar a historicidade deles e confirma que foram de fato escritos pelos quatro evangelistas e não por suas comunidades, a posteriori, como quis Rudolf Bultman, separando artificialmente e falsamente o Cristo da fé do Cristo da história. O Concílio Vaticano II disse na Dei Verbum:

    A Santa Mãe Igreja firme e constantemente creu e crê que os quatro mencionados Evangelhos, cuja historicidade afirma sem hesitação, transmitem fielmente aquilo que Jesus, Filho de Deus, ao viver entre os homens, realmente fez e ensinou para salvação deles, até o dia em que foi elevado. (cf. At 1,1-2; DV 19; CIC§ 126).

    Os originais dos Evangelhos não existem mais, pois foram escritos em matéria frágil como pergaminho, pele de carneiro, ainda no primeiro século, assim como todas as obras da Idade Antiga; mas existem nos museus e bibliotecas do mundo 5236 manuscritos (cópias) dos originais gregos do Novo Testamento, comprovados como autênticos pelos especialistas. São 81 papiros; 266 códices maiúsculos; 2754 códices minúsculos e 2135 lecionários.

    Os papiros são os mais antigos testemunhos e estão em vários museus do mundo que não são da Igreja Católica. Eis alguns deles

    O mais antigo é nº 52, que data do início do século II e apresenta o texto de João (18,31-33.37) [note-se que o Evangelho de São João foi escrito nos últimos anos do século I]. Foi encontrado em 1935 no Egito, dentro de um túmulo, no ano 130. Acha-se guardado em Manchester, na John Rylands Library. O valor de tais testemunhas ainda se torna mais evidente se se considera o estado de conservação das obras dos autores clássicos. Destas se possui às vezes um só manuscrito, ao passo que dos Evangelhos existem mais de dois mil.

    Esses manuscritos são muito mais antigos que os das obras clássicas dos gregos e latinos que conhecemos e que são consideradas autênticas. Senão vejamos; apresentamos em seguida o tempo decorrido entre o escritor e a cópia mais antiga que temos hoje do seu escrito.

    O autor que melhor se pode conhecer é Virgílio (†19 a.C.), romano; ora, há um intervalo de 350 anos entre a morte deste poeta e o mais antigo manuscrito do mesmo hoje conservado.

    Para Tito Lívio (†17 d.C.), o intervalo correspondente é de 500 anos; para Horácio (†18 a.C.) é de 900 anos; para Júlio César (†44 a.C.) e Cornélio Nepos (†32 a.C.) 1200 anos; para Platão (†347 a.C.) e Tucídides (†395 a.C.) 1300 anos; para Eurípides (†407 a.C.) 1600 anos! (Pergunte e Responderemos, nº 7 – Ano 1958 – p. 280).

    Isto mostra a grande vantagem dos Evangelhos em relação aos clássicos antigos, no que se refere à autenticidade da obra.

    Sabemos que os críticos racionalistas do século XVIII desejaram destruir os Evangelhos e mostrar ao mundo que eles eram uma farsa da Igreja criada para dominar. Mas o tiro saiu pela culatra. Depois de analisar durante 50 anos os quatro Evangelhos, com o rigor da técnica racionalista da comparação, indução, dedução, etc., chegaram à conclusão que os Evangelhos são autênticos. Com uma atividade febril os racionalistas tentaram desmoralizar os Evangelhos com todo o rigor do estudo crítico-histórico, ou ao menos mostrar ao mundo que não foram escritos no primeiro século pelos evangelistas conhecidos.

    No livro Jesus Cristo é Deus?, José A. Laburu (Ed. Cléofas, Ed. Loyola, 2000), encontramos citações importantes desses racionalistas sobre a autenticidade dos Evangelhos:

    Renan (Joseph Ernest Renan, 1823-1892), escritor, filósofo, filólogo e historiador francês, racionalista, na sua obra Vide de Jesus disse: Em suma, admito como autênticos os quatro Evangelhos canônicos (p. 46).

    Adolf von Harnack (†1830), afirmou: O caráter absolutamente único dos Evangelhos é, hoje em dia, universalmente reconhecido pela crítica (p. 47).

    Streeter, crítico inglês racionalista disse que: Os Evangelhos são, pela análise crítica, os que detém a mais privilegiada posição que existe (p. 47).

    Westcott (Brooke Foss Westcott, 1825-1901), e Hort (Fenton John Anthony Hort, 1828-1892), os melhores críticos de textos do século XIX, afirmaram na edição crítica textual de O Novo Testamento no Grego Original: As sete oitavas partes do conteúdo verbal do Novo Testamento não admitem dúvida alguma. A última parte consiste, preliminarmente, em modificações na ordem das palavras ou em variantes sem significação. (p. 47).

    De fato, as variantes que atingem a substância do texto são tão poucas, que podem ser avaliadas em menos da milésima parte do texto. (The New Testament in the Original Greek).

    Um grande expoente do racionalismo alemão perguntou: Trabalhamos 50 anos febrilmente para extrair pedras da cantaria que sirvam de pedestal à Igreja Católica? (Laburu, p. 45).

    Nestas análises os racionalistas chegaram a conclusões que os derrubaram. Pelo método das citações descobriram citações dos Evangelhos anteriores ao ano 100, como os de Qumram do ano 70. No fragmento de Muratori, estudado pelos racionalista Wieseler e Hertz, descobriram que já em 142, no tempo do Papa Pio I (140-155), existia o catálogo dos livros canônicos, entre eles os Evangelhos. Conheceram o Código Sinaítico, que não é cópia do texto grego dos Evangelhos, usado pela Igreja antes do fim do primeiro século, e também a Vetus Italica, versão latina dos Evangelhos de versão síria, que foram elaborados em fins do século I.

    Além do mais os avanços nas descobertas arqueológicas confirmam a exatidão dos relatos evangélicos em relação a lugares e pessoas históricas como mostram Jack Finegan, John McRay, J. A. Thompson e Edwin Yamauchi.

    Alexandre e Viviane Varela, em seu livro As grandes mentiras sobre a Igreja católica (Ed. Planeta, 2017, pg. 52) trazem as seguintes informações mais recentes:

    Daniel B. Wallace, diretor do Centro para o Estudo de Manuscritos do Novo Testamento, especialista em Novo Testamento, constatou que embora existam 300 mil variações entre as cópias do Novo Testamento, a grande maioria das diferenças é completamente insignificante, como erros de ortografia, frases invertidas, etc.. (Wallace, 1991, p. 157-158).

    Bruce M. Metzger, especialista em Novo Testamento, afirma que sobre as doutrinas da Igreja que estão em risco por causa das variações entre os manuscritos dos Evangelhos: Não sei de nenhuma doutrina que esteja em risco… As variações mais significativas não solapam nenhuma doutrina da Igreja (Strobel, 2001, pg. 65).

    E ainda: F. F. Bruce, teólogo formado pelas universidades de Edimburgo e de Leeds, chefe do Departamento de História e Literatura Bíblica na Universidade de Sheffield, afirmou que: no mundo não há qualquer corpo de literatura antiga que, à semelhança do Novo Testamento, desfrute uma tão grande riqueza de confirmação textual (Bruce, 1963, p. 178).

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