Gestão de Riscos: um passo a passo aplicável aos processos de PD&I da Amazônia Ocidental e outros contextos

De Ana Fermaton

Diante da notória necessidade de avanços na eficiência das atividades de P&D no Brasil e especialmente na Amazônia Ocidental (onde se localiza um dos maiores parques industriais do país, o Polo Industrial de Manaus) e, considerando, que uma boa gestão de riscos contribui significativamente para melhorar o desempenho dos mais diversos processos, esta obra tem o objetivo de apresentar um manual prático para implementação do processo de gestão de riscos nas organizações. O livro é baseado na dissertação de mestrado da autora, que em seu estudo de caso, buscou desenvolver um modelo de gestão de riscos aplicável ao gerenciamento dos processos de P&D executados na Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).

A obra traz inicialmente uma abordagem geral sobre conceitos como gerenciamento de processos e projetos, o cenário da PD&I no Brasil e na Amazônia Ocidental e, principalmente, gestão de riscos. Por fim, é apresentado um modelo, que é basicamente um manual prático, com o passo a passo para a implementação de um sistema de gestão de riscos que, a exemplo do modelo proposto, é aplicável ao gerenciamento dos processos de PD&I da Amazônia Ocidental, porém, com pequenos ajustes, pode ser adaptado para atender aos mais diversos contextos.

Espera-se que este livro possa ajudar gestores e profissionais das mais variadas áreas no processo de implementação da gestão de riscos nas organizações e, consequentemente, a otimizar os resultados em seus processos de trabalho.

• Idioma: Português
• Editora: Editora Dialética
• Data de lançamento: 14 de abr. de 2022
• ISBN: 9786525239163

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PARTE I

NADA É MAIS PRÁTICO QUE UMA BOA TEORIA

CAPÍTULO 1. GERENCIAMENTO DE PROCESSOS E PROJETOS

1.1 GERENCIAMENTO DE PROCESSOS

Processo pode ser entendido como o sequenciamento lógico de atividades e tarefas voltado para um resultado, de acordo com Ferreira (2014), que enfatiza ainda que os processos devem gerar resultados e agregação de valor.

Os processos podem ser classificados por níveis e por tipo, conforme Ferreira (2014), sendo:

■ por níveis:

a) Macroprocessos - conjunto de processos fundamentais ou críticos para o cumprimento da missão organizacional. Estão diretamente relacionados com fornecedores e clientes. Eles se voltam para a obtenção de soluções integradas de produtos e serviços capazes de satisfazer às necessidades dos clientes.

b) Processos - conjuntos de atividades inter-relacionadas ou interativas que transformam insumos (entradas) em produtos ou serviços (saídas) que têm valor para um grupo específico de clientes ou usuários.

c) Subprocessos - conjuntos de atividades necessárias e suficientes para a execução dos processos.

■ por tipo:

a) Processos Finalísticos - processos técnicos que compõem as atividades fim da organização, diretamente envolvidos no atendimento às necessidades dos seus clientes ou usuários. Eles estão diretamente relacionados com os fundamentos estratégicos da organização: missão, visão de futuro e objetivos estratégicos.

b) Processos de Apoio - aqueles que dão suporte às atividades-fim. Estão diretamente relacionados à gestão dos recursos internos da organização (atividades-meio). Exemplos são gestão de pessoas, gestão financeira, a gestão de aquisições de bens e serviços ou o desenvolvimento de tecnologias da informação, entre outros.

c) Processos Críticos – são aqueles de natureza estratégica para o sucesso institucional. Geralmente são assim denominados os principais processos finalísticos, apesar de alguns processos de apoio possam ser considerados críticos pela importância ou impacto que têm nos resultados institucionais.

No que se refere ao gerenciamento ou gestão de processos, Barbosa (2013) afirma que [...] a gestão de processos significa que existem processos mapeados, sendo monitorados, mantidos sob controle e que estão funcionando conforme o planejado.

A Figura 1 mostra a visão sistêmica dos processos e, com base nela, pode-se dizer que gerir processos consiste em assegurar a fluidez da movimentação de pessoas e papéis e manter limites de decisão dentro de princípios que garantem a eficiência e eficácia dos processos, identificando sua utilidade, vantagens em alterar a sequência de operações, bem como, de adequar operações às pessoas que as executam, de acordo com Araújo