Quando Escolheram Por Mim
De Kézia Wolf
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Quando Escolheram Por Mim - Kézia Wolf
Playlist
Yours – Conan Gray
If The Word Was Ending – Jp Saxe; Julia Michaels Apocalypse - Cigarettes After Sex
Two Ghosts – Harry Styles
Can I Be Him - James Arthur
Birds – Imagine Dragons
Para todos que querem viver um dorama.
Algumas noites, eu penso em você.
Revivendo o passado, desejando que tivesse durado.
Desejando e sonhando.
Birds - Imagine Dragons
Prólogo
Estar na Coreia era a realização de um sonho. Utilizei todas as minhas economias, mas valeu a pena.
Faltava apenas uma hora para o fechamento dos templos turísticos, então precisei apressar o passo ao atravessar a rua, tendo cuidado pra não tropeçar nos próprios pés.
Eu mal podia saber o que ocorreu aqui há 300 anos. Meu embasamento histórico era quase vago, no entanto, uma certeza ecoava incessantemente em minha mente: o encontro desta manhã com um xamã, que afirmara que algo de imensa importância para mim estava a uma distância inima-ginável. A maneira como seus olhos reviraram de forma frenética me assustou profundamente, deixando uma marca inesquecível antes de sua partida. Esperava jamais encontrar algo do tipo novamente. Não que acreditasse em su-perstições…
Ao chegar ao portão do parque histórico, uma brisa gelada percorrer minha espinha, causando calafrios, como aquilo que sentimos quando pisamos em cemitérios. Coloco minha touca e observo ao redor, percebendo que devo ser a única pessoa idiota o bastante a estar ali naquele horário. Com certeza a realidade do lugar não correspondia as minhas ex-pectativas.
— Ei, mocinha, venha cá! Está frio aí fora. Entre, entre.
Uma senhora me chama da porta de um dos maiores templos, balançando seus bracinhos flácidos. Me surpreendo ao perceber que ela falava inglês tão bem.
Faço o que ela diz, correndo em sua direção e agradecendo aos céus por encontrar uma alma viva naquele lugar. A senhora já estava sentada no chão, apreciando seu precioso chá.
— Sente-se. — ela estende a mão enrugada, com as unhas sujas.
— Obrigada. É reconfortante saber que a senhora fala minha língua. — comento, me sentindo mais à vontade.
Ela esboça um discreto sorriso enquanto me oferece uma xícara de chá. Sentamo-nos juntas em silêncio por um tempo, o aroma dos incensos envolvendo o ambiente. Lá fora, a chuva fina começava a cair, como se tudo conspirasse para tornar aquele lugar ainda mais misterioso.
— Você está aqui para rezar? — pergunto curiosa.
— Algo do tipo. E você, menina?
— Apenas visitando. — dou um último gole.
— Hmm, de passagem.
— Se eu pudesse ficar, ficaria. Este é um país excelente.
Na verdade, eu amo esse lugar...
— Aposto que sim. — a mulher falava com uma pondera-ção que transmitia sensação de importância. Dessa vez, olhei-a mais atentamente e, de alguma forma, parecia familiar. Talvez ela se assemelhasse a alguém que já tinha esbar-rado antes.
— Algum problema? — ela perguntou, mas seu rosto parecia se dividir em dois aos meus olhos. Minha visão não estava cooperando em nada. Talvez houvesse muita fumaça no ambiente.
— Acho que é hora de partir. — me levantei tossindo, sentindo minhas pernas amolecerem.
— Com certeza, já é hora. — ela respondeu, antes que eu desse um passo e caísse no chão como um animal morto, es-barrando a mão numa estátua de coruja.
E então, tudo se tornou escuro.
1 Capitulo
O breu absoluto.
O vazio.
Parecia o estado de limbo.
Será que estava em um sonho?
De repente, ouvi o bater de asas e uma coruja branca com detalhes vermelhos nas pontas de suas penas apareceu. Ao nosso redor, ondas turbulentas surgiam, mas parecia que não nos tocavam nem nos ameaçavam com o afogamento iminente. Meus cabelos ondulavam e se contorciam naquela água agitada, como se tivessem ganhado vida própria, enquanto a coruja permanecia imóvel e incólume no meio da tempestade.
Logo atrás dela, uma luz branca emergiu, e fui puxada em direção à luminosidade intensa enquanto folhas vermelhas caiam, até que tudo se tornou excessivamente claro.
De repente, eu jazia deitada olhando para um teto rochoso enquanto as folhas terminavam de cair sobre mim. Sento-me sentindo uma súbita falta de ar e olho ao redor. Parecia um santuário de pedra. Uma caverna?
— Que diabos de lugar é esse? — me levanto colocando a mão na testa, ainda tonta.
Devo ter desmaiado ou tinha algo no chá? Talvez no incenso?
Eu vestia um vestido branco esquisito, com um cheiro forte de flor. Comecei a me apalpar pra ver se estava tudo no lugar e o coração começou a acelerar ao perceber que tinha sim algo errado. Toco meu rosto, mas não parecia ser o meu.
Era outra pessoa. Não era eu, de maneira alguma!
O que estava fazendo neste corpo? Só podia ser um sonho ou alguma droga naquele maldito chá.
Observo mais atentamente o local e percebo a mesma estátua que vi antes de desmaiar, em um pedestal, só que mais brilhante.
Eu não estava entendendo nada, mas sabia que tinha que encostar nela de novo, então tentei, mas dessa vez nada aconteceu. Eu devia estar louca mesmo.
Vou em direção à porta e a abro, levando um grande susto ao me deparar com dois homens inconscientes no chão. Com cautela, toco um deles para verificar se está vivo, mas infelizmente não está.
Eram os guardas responsáveis por proteger este lugar, e eu era a única pessoa ali naquele momento. Então, será que fui eu quem fez isso? Agora enfrento a real possibilidade de estar em sério perigo caso os verdadeiros proprietários deste local descubram o que ocorreu.
Saí depressa até chegar num arco de pedras. Espio e vejo que tem mais deles rondando, mas estão longe de saber o que houve aqui. Então este corpo não veio por aquele caminho.
Dou uma olhada nos muros, e só pode ter sido dali que este corpo veio. Mas era muito alto. Seria impossível certo? De repente escuto passos, alguém estava vindo, eu não podia mais ficar aqui por mais nenhum instante.
Como movida por um instinto inconsciente, dou passos para trás e, finalmente, começo a correr em direção ao muro. Meu corpo se move com agilidade e destreza. Num piscar de olhos, estou no topo, caindo sobre um monte de feno do outro lado, como se fosse bom demais pra ser verdade. Enquanto recupero o fôlego, escuto vozes ao longe.
Eles encontraram os corpos.
Claro, aqui está uma versão aprimorada da sua frase:
Saio correndo sem rumo e me surpreendo ao perceber que não estou em uma estrada asfaltada, mas sim em um caminho de pedras coberto de vegetação densa. Após uma longa caminhada, me deparo com o que parece ser um bairro extremamente pobre, algo que parecia estar fora de contexto na grande cidade. Uma sensação perturbadora começou a tomar conta de mim. Esta não era minha voz, nem meu corpo. Era a Coreia, mas não a que eu conhecia. Foi então que uma ideia me assombrou. Será que...
— O que uma linda garota faz aqui no meio da noite?
Uma voz masculina surgiu das sombras.
Virei-me e percebi que ele vinha em minha direção, não parecendo ter boas intenções.
— Pela qualidade do seu vestido, não é pobre coisa nenhuma.
Você pode me dar seu dinheiro, e até algo mais quem sabe...
Vou dando passos para trás muito assustada com a abordagem.
Nunca tinha passado por algo assim antes na Inglaterra. Simplesmente não conseguia reagir, mas algo lá no fundo me cutu-cava.
O homem consegue segurar meus braços firmemente contra a parede, enquanto suas mãos começam a vasculhar por entre as dobras do meu vestido. Sinto o pânico se instalar em mim e, com toda coragem que consigo reunir, tento articular um pedido de socorro, porém, ele age de forma rápida, cobrindo minha boca e murmurando palavras com um forte odor de alho em meu ouvido, me virando de costas.
Desesperadamente, tento me soltar, me debater, qualquer coisa para escapar de seu aperto implacável. Nesse momento, ele desamarra meu cabelo e desliza a mão pela minha coxa, então, de alguma forma, uma determinação feroz toma conta de mim e sei exatamente o que fazer.
Sem hesitar, mordo seus dedos com toda força que consigo reunir. A dor faz com que ele me solte e dê alguns passos para trás.
Aproveitando a oportunidade, viro-me rapidamente e, com precisão, desferi um chute certeiro em seu peito, o que o fez desabar.
Demonstrando fúria, ele se levantou tropego e se lançou em minha direção, mas não me deixei intimidar. Com um soco pode-roso, atingi em cheio seu abdômen, seguido por outro golpe preciso na mandíbula, fazendo-o tombar em agonia, emitindo gritos que ecoavam como os de um garotinho assustado.
Saio dali correndo, perplexa com a habilidade inexplicável que acabei de demonstrar. Imagens desconexas e fugazes invadem minha mente como lampejos. Vejo a mim mesma lutando com homens encapuzados, porém, ao mesmo tempo, estou ensinando-os a lutar. Essas memórias não podem ser minhas. Apenas uma conclusão era possível: estou genuinamente no corpo dessa garota! E aqui era a Coréia antiga!
Consigo chegar ao que seria o palácio, já com os pensamentos mais calmos. Se alguém pudesse me ajudar, com certeza seriam eles. Nos portões, quatro guardas se colocam a frente, mas quando me veem de perto de baixo da luz do fogo, logo ficam rígidos e fazem uma… reverência?
— Alteza, o que faz aqui fora tarde da noite?
Alteza?
— F-fui passear. Me deixem entrar por favor, está muito frio.
— e logo eles me obedecem sem questionar.
Era bom demais para ser verdade. Eu era uma princesa neste lugar?
Quando vou virar a curva de um dos templos, alguém barra minha passagem e saca uma espada. —Pare aí mesmo. — essa pessoa diz apontando-a para mim.
Um calafrio percorreu meu coração ao pensar na possibilidade de terem descoberto o que, hipoteticamente, eu teria feito com aqueles guardas. Era um dos soldados, mas seu uniforme era preto
com detalhes em azul, com uma pena de pavão no chapéu. Não conseguia enxergar seu rosto coberto pelas sombras da noite.
— Quem é você e por que entrou aqui no palácio? — ele insiste, aumentando mais o tom da voz.
Nesse exato momento, um raio de luz projetado por uma das to-chas banha delicadamente o contorno de seu rosto, provocando uma pausa involuntária em minha respiração. Meus olhos se encontram aprisionados por aqueles olhos intensos e sombrios, como se me envolvessem por conta de minhas ações transgresso-ras, ou por estar vagando em um espaço vedado. Era como se, qualquer que fosse o propósito por trás daquele olhar, estivesse cumprindo sua função com precisão.
Eu sabia de algum modo, lá no fundo, que essa princesa nunca o vira antes, então ele não sabia quem ela era. Mas divertir um pouco as coisas por aqui não faria mal, não é?
— Não sou o que está pensando. — dou um passo à frente, enquanto o fio afiado de sua espada se aproxima perigosamente do meu olho direito, criando uma tensão palpável no ar.
Determinada, dou mais um passo, agora com a lâmina rente à minha orelha. Sinto o frio metálico roçando minha pele sensível.
Ignorando a dor e ameaça iminente, seguro firmemente a lâmina, sentindo-a cortar minha palma como se fosse manteiga derretida.
O guarda permanece parado, observando-me com uma mistura de surpresa e incerteza. Parecia não acreditar no que estava pre-senciando.
Com um leve sorriso desafiador, ouso questioná-lo: —E agora, o que você vai fazer?
Finalmente, ele guarda sua espada na bainha segura meu braço com firmeza.
— Você está presa por invadir o palácio e desafiar uma autoridade. — ele me puxa para uma pequena casa e vou sem
pestanejar. Eu poderia pedir ajuda para me explicarem o que de fato aconteceu comigo hoje.
Quando entramos, me deparo com um homem como ele, só que todo de preto e evidentemente mais velho.
Antes que meu guarda diga algo, o outro dá uma grande reverência. — Vossa Alteza, o que a traz aqui a essa hora?
Eu realmente tinha vontade de virar e ver a expressão que o outro homem devia estar fazendo naquele momento. Mas sabia que, se o fizesse, seria engolfada por uma onda de risos incontroláveis.
— Ah, eu não conseguia dormir, então resolvi