Libertarianismo: O que não ensinam nas Escolas & Faculdades
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Libertarianismo - Dales Depetris
Agradecimentos
Meu fraterno Agradecimento a todos que contribuíram para criação desta Obra, em especial: Letícia Rodrigues, Paulo Farina, Gabriel Lucca, Matheus Cabral.
Parte I – Por que escolher a liberdade?
Como construir uma sociedade realmente fraterna?
Comece pelos alicerces de qualquer sociedade:
A Aprendizagem...
Educação e sua importância
Não existe dúvida a respeito da importância que a educação desempenha para a nossa sociedade. Mais do que se pode imaginar, o ensinamento que desperte o verdadeiro interesse pelo aprendizado é uma ótima forma de reduzir a depressão, criminalidade, desemprego, dependência química e entre muitos outros fatores, sendo também capaz de guiar nossa sociedade a um futuro próspero e duradouro.
É de suma importância o conhecimento das Relações Humanas, pois com ele passamos a compreender que todos possuem seu orgulho pessoal e se consideram como sendo bons e inteligentes com a capacidade de viver em uma sociedade e tomar decisões por conta própria.
Nós, seres humanos, sempre buscamos nos sentir seguros em relação ao nosso próprio caráter, mesmo que muitas vezes ao invés de fazemos algo a fim de que possamos sentir orgulho de quem somos: trabalhando, se dedicando e se esforçando – preferimos covardemente rebaixar o caráter e ferir o orgulho dos outros. Bem, é daí que surgem todas as formas de preconceitos e da grande maioria dos conflitos, brigas e discussões que são Fúteis.
Por esse motivo que o estudo das relações humanas é uma das melhores maneiras concebíveis para evitar e solucionar os conflitos ao tratar com pessoas. Para desenvolver um bom conhecimento a respeito das relações humanas é recomendado o famoso Best Seller: Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie.
Tal como as relações humanas, outra área da aprendizagem que é indissociável para a construção de uma sociedade mais fraterno é a Educação Financeira. Ela é de extrema importância para saber como funciona o sistema em que vivemos (o capitalismo) e também uma excelente forma de conseguir crescer financeiramente na Vida profissional.
Com o conhecimento financeiro é possível alcançar a autonomia econômica e prosperar seguramente – como demonstrado no famoso Best Seller: Pai rico, Pai pobre, de Robert T. Kiyosaki e como mais os fundamentos das relações humanas, ainda sim, é possível manter uma boa saúde mental e social.
A Educação acerca da Política representa outra importante área do conhecimento que não é amplamente ensinada em nossas academias. Essa é, talvez, a mais importante entre as três, pois ela se fundamenta e engloba nas demais; além disto, com um amplo conhecimento no que refere à política, passamos a entender precisamente do porquê de economia e relações humanas, apesar de sua importância, não serem ensinadas nas escolas:
Desperte o interesse legítimo pelo conhecimento
Apreender as vezes pode ser divertido!
; essas palavras podem parecer um tabu para muitos jovens já habituados ao sistema acadêmico. Mas, é preciso dizer que a verdadeira aprendizagem é Sempre divertido!
A busca pelo conhecimento faz parte da natureza humana, foi ela quem nos manteve vivos no passado – enquanto tínhamos que disputar com predadores muito mais fortes e mais rápidos que nós – a seleção-natural fez com que os seres humanos buscassem o conhecimento aonde é que ele se escondesse, pode-se dizer que a aprendizagem então está em nosso sangue.
Se aprender é divertido porque nossas escolas não são tão divertidas assim?
A verdade é que o sistema de ensino atual, não busca despertar o legítimo interesse pelo conhecimento, serve sim para distanciar jovens e futuros profissionais de busca-lo.
Em geral são nas escolas de onde desenvolvemos nosso primeiro senso a respeito da política e da vida em sociedade; contudo é preciso reconhecer que o sistema educacional não visa formar alunos que criticam, refletem e discordam – mas sim alunos que Repetem. O sistema educacional procura alunos quietos, bons em receber e repassar as informações, mas não aqueles que criam e debatem suas próprias ideias.
Nós passamos a vidas toda ouvindo que devemos obedecer, fazer provas, tirar boas notas – tudo para que no futuro possamos arrumar bons empregos que nos garanta muito dinheiro! Portanto, não deve haver prazer ou ser visto como um fim em si mesmo – conhecimento é apenas trabalho.
Reflete aquela frase responsável por conduzir qualquer pessoa a estagnação: Estude pelo emprego e trabalhar pelo dinheiro!
Um pensamento simplório que nos condena a ser meras peças no jogo de tabuleiro de outras pessoas, daqueles que possuem um verdadeiro interesse pelo conhecimento e fazem o dinheiro trabalhar por elas e não o contrário.
Os jovens quando concluírem suas escolas irão manter essa mesma ideia de que apreender é uma tarefa árdua, não é divertida! Como resultado, eles evitarão assuntos relacionados. Também é daí que surge a verdadeira idolatria desta geração pela ignorância, pelo simples, por questões não cultas.
O sistema de ensino já foi exaltado do passado e com razão, mas nos tempos de hoje o tradicional se tornou uma armadilha. O presente não recompensa a repetição e sim a criatividade, não recompensa o tradicional e sim o inovador.
Nada disto é mera coincidência, as academias já foram o refúgio da intelectualidade, mas hoje é o maior provedor da doutrinação política, da ignorância e essas sempre serão as maiores ferramentas daqueles que buscam se perpetuar no poder.
O grande peso que a educação desempenha em uma sociedade é o que conduz os governantes a se dedicarem em determinar o que será ensinado, a fim de alcançar seus objetivos em particulares.
Não preparam os jovens para a vida, pois é mais interessante ensinar sobre as mitocôndrias
ou a vida da esponja
– estes conceitos se referem a questões relativamente interessante, mas que não agrega valor ao nosso ser – muitos dos quais os jovens irão esquecer a maior parte em pouquíssimo tempo; afinal, o cérebro humano descarta aquilo que não tem grande relevância.
Conhecimento como esse torna a aprendizagem cansativa e monótona, tanto para os jovens quanto para os professores que devem seguir o currículo estudantil. É deste modo que passamos anos e mais anos em escolas e faculdades de onde aprendemos poucas coisas úteis para nossa formação pessoal e muito sobre a vida da esponja
.
A quem serve a doutrinação?
Tempos atrás, havia um forte posicionamento religioso dentro das instituições que formavam a opinião pública, que eram transmitidas ao povo pelas autoridades do clero – não é mera coincidência o fato de que nesta época, o governo se baseava nas questões religiosas e perpetuava com base no teocentrismo das pessoas da época.
Os governantes sempre buscarão uma forma de influenciar a população para que seja favorável de suas ações de modo que possam esbanjar seu poder, assim coletando os benefícios que ele garante. Caso o governante falhe em conquistar o apoio das massas, ele estará à mercê de uma revolução interna ou do domínio externo por outra nação. De qualquer modo, um político necessita do apoio, mesmo que inconsciente, da classe dos intelectuais, pois esses são aqueles que formam a opinião pública, para assim alcançar as massas.
O mesmo vale nos dias de hoje, contudo na atualidade a instituição estatal não é mais visto como uma parte da religião e Sim como uma inegável
organização que desempenha importantes Funções Sociais, uma instituição utilitária, algo que representaria a própria sociedade. Não é mais o teocentrismo que vem sendo utilizada para condicionar a população para que seja favorável a ação do Estado. Nos tempos de hoje, pode-se dizer que a doutrinação política tomou outro rumo, sendo agora o Socialismo e suas muitas vertentes – essa ideologia busca maximizar a ação política na sociedade e afirma que muitos dos nossos problemas (se não todos) são causados pela falta da interferência estatal na economia, sendo o grande culpado: o Capitalismo.
Aquelas que defendem fortemente o socialismo, em geral, são pessoas bem intencionadas, que acreditam que esta é a única ideologia realmente boa, que se preocupam com o bem comum – possuindo como base a busca pela a justiça, a igualdade e a construção de uma sociedade Próspera e Fraterna... De fato eles estão certos, porém não é somente o socialismo que as buscam, esses ideais representa exatamente o que todas as ideologias políticas visão alcançar (são princípios básicos), sendo diferentes apenas nos métodos de como atingi-las e garanti-las que são; aliás, as questões mais importantes a se discutir.
O socialismo e suas vertentes representam as ideologias mais divulgadas e mais bajuladas entre todas e, além disso, suas denominações verbais são superficialmente as mais belas e atraentes, tais como: socialismo, comunismo (social e comunal: de todos
), blocos e direitos trabalhistas (defensores dos trabalhadores
), instituições públicas (pertence a todos
), além dos nomes partidários. Os significados dessas palavras passam em geral a ideia de segurança, proteção, consideração pelos mais pobres e pelos trabalhadores por parte das ideologias, assim revelando o chamado progressismo social. Contudo, é preciso afirmar que seus resultados na prática foram desastrosos para a maioria das pessoas e totalmente o inverso do que costuma ser proposto em teoria. Mantendo a beleza do socialismo somente no superficial, como dizem: Não se pode julgar um livro pela Capa!
.
O que o dualismo ideológico representa
Há muitos que ainda acreditam na visão acadêmica de que existem apenas duas ideologias na política, sendo estas resumidas em dois lados: Direita e Esquerda. Na política atual não existem apenas duas, mas sim várias ideologias e dentro delas há diferentes vertentes de pensamento. Por essa razão existem vários partidos, com diferentes opiniões.
Para compreender melhor a política atual, podemos dividi-la em duas áreas principais: as questões econômicas e questões sociais, que por sua vez, estão dividias em liberdades individuais e controle estatal ou como alguns preferem chamar: liberdade coletiva
. Essa forma de estruturar o pensamento ideológico é apresentada no Diagrama de Nolan.
As áreas econômicas são referentes a questões como, por exemplo: público ou privado, onde público pertença ao controle estatal e o privado ou particular se refere às liberdades individuais; também questões relacionadas a impostos, desemprego, inflação, salários mínimos, importação e exportação.
Nas áreas sociais estão as questões referentes, como exemplo, as liberdades de expressão, internet, machismo, homofobia, xenofobia, racismo, consumo e as questões de valores pessoais como religião, família e costumes.
As ideologias de direita são representadas pela corrente do conservadorismo que é caracterizada por ser favorável às liberdades econômicas (o capitalismo), porém são contrárias as liberdades nas áreas sociais, preferindo o coletivismo nessas questões; ou seja, um padrão único para a população, baseado na tradição e nos bons valores
. (Entre aspas, pois a ideia referente aos bons valores é algo totalmente relativo, visto que cada um possui sua própria visão e opinião no que se referem aos valores, eles são bons em sua opinião, sejam eles quais forem).
Do outro lado do espectro político, a esquerda representada pelos ideais de cunho socialista é totalmente o oposto do conservadorismo, definida por ser contrária às liberdades econômicas, preferindo o intervencionismo estatal: como o controle de preços, burocracias, impostos e a ausência da economia de livre mercado. Contudo, é favorável às liberdades sociais, como em relação aos valores e escolhas de cada um, preferindo a pluralidade nas áreas comportamentais.
A falha da Esquerda
Muitas das pessoas que são favoráveis aos ideais de esquerda foram atraídas por essa suposta promessa de liberdade social. Em específico se destacam negros, mulheres e homossexuais que se sentem realmente representadas por estes ideais.
A esquerda possui um poderoso discurso nas áreas sociais, principalmente ao defender as chamadas minorias, porém na prática, é preciso dizer que essa liberdade não Existe!
Em um sistema totalmente socialista ou comunista (com a máxima intervenção estatal na economia) as pessoas perdem tanto sua liberdade econômica como também suas liberdades de escolhas próprias... Mas por quê?
Bem, pelo simples fato que as pessoas aceitam obedecer a qualquer ordem ou regra que os políticos impuserem sobre elas em troca de bens que pertençam às áreas econômicas como, por exemplo: comida e água.
Nesses regimes, o Estado controla todos os bens de capital, isso torna fácil para que os políticos controlem também as questões sociais – basta eles exigirem que a população siga os valores e costumes que os próprios julgam serem corretos e necessários. E então decretarem: Os que fizerem aquilo que eu (o governante) ordenar, terás bens de capital: comida, água, roupas e talvez até um pouco de luxo. Porém, se protestarem contra mim, então haverá fome generalizada!
.
É assim que todos os regimes de viés Socialista, na prática, acabam por se tornarem regimes totalitários, ou seja, com o máximo de controle estatal, em ambas as áreas. A partir disto, seu controle nas áreas sociais passa a ser de longe muito maior do que aquele a qual os conservadores exigem.
O que leva as pessoas a se tornarem contrárias a liberdade econômica e se jogarem nessa armadilha
que é o socialismo é a sua insegurança econômica, causada pela falta de conhecimentos financeiros (como não se ensinam nas escolas) e agravadas pelas doutrinas anticapitalistas que afirmam o quão ruim é o capitalismo – assim como os próprios seres humanos: essa última é o que tornam as pessoas contrárias às liberdades sociais, levando ao pensamento conservador.
A diferença entre a direita e a esquerda é que os socialistas assimilam o capitalismo como sendo a causa da maldade dos homens (ou vice-versa)