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O resgate da leitura prazerosa no Ensino Fundamental I: o incentivo da leitura através de projetos e práticas de vivência de diferentes gêneros textuais
O resgate da leitura prazerosa no Ensino Fundamental I: o incentivo da leitura através de projetos e práticas de vivência de diferentes gêneros textuais
O resgate da leitura prazerosa no Ensino Fundamental I: o incentivo da leitura através de projetos e práticas de vivência de diferentes gêneros textuais
E-book191 páginas2 horas

O resgate da leitura prazerosa no Ensino Fundamental I: o incentivo da leitura através de projetos e práticas de vivência de diferentes gêneros textuais

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Sobre este e-book

Este livro trata da importância do resgate da leitura prazerosa no Ensino Fundamental I, fruto de uma pesquisa realizada em escolas públicas de Manaus-AM, no ano de 2020. Para discutir a questão, tenta-se descobrir as principais causas da dificuldade de leitura e o papel da escola na formação da aprendizagem, visando como objetivo conhecer o desenvolvimento que a leitura tem no processo histórico e descrever as atividades pedagógicas de ensino da leitura, mostrando como o educador pode fazer da leitura um momento de prazer para o aluno.

A aprendizagem da leitura tem sua importância para a formação de cidadãos mais íntegros e responsáveis, os textos devem ser selecionados e ter como meta estimular a criança a gostar de ler, aprendendo a fazer isso com prazer e não como um dever difícil a ser cumprido.

Diante dos fatos com relação aos avanços da leitura e consequentemente o desenvolvimento da escrita, faz-se necessário o aprofundamento de educadores na temática em busca de novas metodologias para sua prática no seu fazer pedagógico.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento24 de jun. de 2022
ISBN9786525241548
O resgate da leitura prazerosa no Ensino Fundamental I: o incentivo da leitura através de projetos e práticas de vivência de diferentes gêneros textuais

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    O resgate da leitura prazerosa no Ensino Fundamental I - Liozete da Silva Santos

    CAPÍTULO I - CONCEITO DE LEITURA

    A leitura é uma atividade que se desempenha individualmente, mas está integrada ao contexto social, que vai desde a capacidade de decodificação do sistema da escrita, até a compreensão do texto lido.

    A literatura infantil é um gênero literário definido pelo público a que se destina. Certos textos são considerados pelos adultos como sendo próprios à leitura pela criança e é, a partir desse juízo, que recebem a definição de gênero e passam a ocupar determinado lugar entre os demais livros.

    Como aponta a autora Silva (2013, p. 19)

    Quando uma pessoa lê, essa estará adicionando conhecimento, construindo ideias, analisando e criticando o que te incomoda. Tais práticas fazem com que a pessoa se torne mais crítica e questionadora, no ambiente em que vive e na sociedade.

    A leitura é importante na vida das pessoas, e principalmente para as crianças que estão começando a vivenciar essa prática em meio a sociedade, tendo contato diariamente com palavras, onde se faz a leitura.

    O trabalho didático-pedagógico com a leitura que tenha como finalidade a formação de leitores aptos, capazes de produzir textos eficazes, tem origem na prática de leitura. O objetivo da leitura é formar cidadãos qualificados para compreender diferentes textos com os quais se deparam. Portanto, a escola deve oferecer materiais de qualidade para uma boa leitura, e para que seus educadores exerçam um trabalho capaz de transformar a vida dos pequenos leitores, para torná-los leitores proficientes a fim de enfrentar os desafios de um mundo letrado com práticas de leituras prazerosas e eficazes.

    O leitor qualificado é aquele que consegue interagir com o texto, identificando não apenas elementos explícitos no texto, mas também lendo nas entrelinhas, ou seja, extraindo significados também de elementos que não estão explícitos no texto.

    Tratando da formação do leitor competente, os PCN’s dizem que Formar um leitor competente supõe formar alguém que compreende o que lê; que possa aprender a ler também o que não está escrito. (2001, p. 54).

    Um bom leitor é aquele que consegue estabelecer relações entre o que foi lido e o que está lendo, mesmo sabendo que pode atribuir vários sentidos aos textos de uma só vez.

    Portanto, para se tornar um bom leitor e eficiente, será preciso ter uma boa motivação, principalmente por parte dos professores na escola e em casa, com os pais, uma vez que, algumas vezes, a escola é o ambiente onde a criança tem a oportunidade de conviver com mais recursos e materiais que envolvem uma boa leitura, tais como: livros, revistas, cartazes, panfletos, jornais e outros meios que podem facilitar e contribuir com o processo de desenvolvimento da leitura.

    Historicamente, o conceito de alfabetizar se identificou ao ensino aprendizado da escrita, ou seja, alfabetizar resumia-se apenas a decodificar os sinais gráficos, transformando-os em sons, e, na escrita, a capacidade de codificar os sons da fala, transformando-os em sinais gráficos (BRASIL. Pró-Letramento, 2008, p.10).

    Freire (2006, p. 23), versa sobre a importância da democratização da escola pública, da formação permanente de seus educadores e educadoras, das quais ele incluiu também os vigias, as merendeiras e os zeladores. Em suas palavras: Formação permanente, científica, a que não falte, sobretudo, o gosto das práticas democráticas, entre as quais a de que resulte a ingerência crescente dos educandos e de suas famílias nos destinos da escola. (Ibidem)

    A prática da leitura vem desde o início da civilização, quando o homem buscava compreender sinais de seus antepassados. O aprimoramento da leitura aconteceu com o surgimento da leitura formal, onde a sociedade buscou padronizar as informações que seriam disseminadas. Em virtude das distancias produzidas pelo tempo, surgiram cartas e outros meios de comunicação, com o intuito de aproximar pessoas através da escrita e leitura.

    De acordo com Nunes (2012, p.15),

    Mais importante do que ensinar vogais e alfabetos nas séries iniciais do ensino fundamental, seria apresentar aos alunos o contato com a língua escrita com diferentes tipos de linguagens, pois é a partir daí que eles aumentarão sua compreensão, poderão fazer múltiplas leituras do mundo que os cerca.

    O nascimento da leitura ocorreu pela necessidade de evolução do homem, tendo em vista que os símbolos precisavam ser entendidos e interpretados, considerando a leitura de figuras em paredes de cavernas e outros meios pré-históricos.

    Em análise a história da leitura, Fonseca (2013, p. 92) explica que,

    Os antigos leitores, muitas vezes obscurecidos nas pesquisas seriais e quantitativas, ao ganharem destaque nos estudos históricos mostraram que havia uma grande distância entre o prescrito e o vivido, entre o leitor idealizado e o leitor real, entre a interpretação considerada correta pelo autor e/ou editor e a compreensão adquirida no ato da leitura.

    A leitura se transformou em uma necessidade para sobrevivência, que ao longo dos anos se aperfeiçoou e tornou-se cada vez mais indispensável, tendo em vista o desejo do ser humano de encurtar espaços e explorar o vasto mundo.

    Segundo Freire (2007, p. 203),

    Uma rede pública pode criar condições de ser democrática na medida em que, mobilizando-se e organizando-se, lute contra o arbítrio, supere o silencio que lhes esteja sendo imposto e leve o poder arbitrário do governo a conceder.

    As fases da leitura foram criadas com o decorrer do tempo pelo hábito de ler jornais, rótulos de remédios, anúncios, etc. A leitura apresenta o mundo, sendo passada de geração em geração, salientando a liberdade de realizar escolhas e estimular novos aprendizados.

    Em seu livro Educação como Prática da Liberdade, Freire (1980) propõe a aplicação de seu método em cinco fases, que Gasque e Tameiurão (2011, p. 39) pontuam ser:

    1ª fase: Levantamento do universo vocabular do grupo. Nessa fase ocorrem as interações de aproximação e conhecimento mútuo, bem como a anotação das palavras da linguagem dos membros do grupo, respeitando seu linguajar típico.

    2ª fase: Escolha das palavras selecionadas, seguindo os critérios de riqueza fonética, dificuldades fonéticas - numa sequência gradativa das mais simples para as mais complexas, do comprometimento pragmático da palavra na realidade social, cultural, política do grupo e/ou sua comunidade.

    3ª fase: Criação de situações existenciais características do grupo. Trata-se de situações inseridas na realidade local, que devem ser discutidas com o intuito de abrir perspectivas para a análise crítica consciente de problemas locais, regionais e nacionais.

    4ª fase: Criação das fichas-roteiro que funcionam como roteiro para os debates, as quais deverão servir como subsídios, sem, no entanto, seguir uma prescrição rígida.

    1.1 A HISTÓRIA DO SURGIMENTO DA LITERATURA INFANTIL

    Conforme diversos pesquisadores, a ficção infantil nasce no século XVII, período de amplos episódios, ocasião da reorganização da instrução e embasamento do aparelho educacional burguês. Foi, assim, a partir desse período que se começa a refletir diretamente a criança; antes eram olhadas como pessoas adultas em miniaturas, frequentavam eventos que não estavam harmônicos a suas idades, porque não havia obras indicativas às especificidades das crianças.

    Os contos infantis começaram a ser criados a muitos e muitos anos, e é extraordinário para o desenvolvimento e a aprendizagem da criança. Ouvir a leitura dos contos colabora de forma expressiva para o começo da aprendizagem, e para que o sujeito se torne um adequado ouvinte e um leitor capaz, despontando uma passagem definitivamente infinita de achados e de concepção de mundo.

    Para Freire (2011, p.9), a leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura.

    Ao caminhar de sua evolução, o ser humano vem sendo seduzido pelas narrações que, de modo simbólico ou absoluto, indiretamente ou abertamente, expõem a história a ser vivida ou a oportuna qualidade humana.

    Partindo do século XVII, esses contos ficaram sendo reunidos e recontados por autores como La Fontaine, Perault e os irmãos Grimm, que lhes abonaram um caráter mais alinhado e os revelaram do conhecimento popular para o que apreciamos hoje.

    As histórias infantis têm a capacidade de entusiasmar a criança e ajudar no entendimento do mundo e das matérias que cercam a coletividade a cada momento. Através da narração de contos, a criança conhece novos ambientes, períodos e conhecimentos dos distintos campos do saber.

    De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, p. 143),

    A leitura de histórias é um instrumento para que a criança possa conhecer a forma de viver, pensar, agir e o universo de valores, costumes e comportamentos de outras culturas situadas em outros tempos e lugares que não o seu.

    A história infantil se mostra mesmo eterna. Acontece que, a leitura, tornando-se violenta no período medieval, e modelo clássico no século XIX, compõe hoje a ficção que a criança ganha de seus pais, na hora de dormir. É o enredo encantador para numerosos desenhos animados na tevê e filmes.

    Os contos são formidáveis para o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos. Ouvir histórias é um jeito expressivo para o começo da aprendizagem e para que o sujeito se torne um capacitado leitor e um apropriado ouvinte, apontando uma passagem definitivamente ilimitada de achados e de entendimento de mundo.

    Os alunos, ao grau que ganham conhecimentos, necessitam se perceberem melhor; e com isso, mais preparados para conhecer os outros, oferecem uma interação significativa e satisfatória para todos nós.

    1.2 A PRÁTICA DA LEITURA E O PENSAMENTO TRADICIONAL

    O Período Colonial, historicamente, marca a criação dos primeiros colégios em terras brasileiras, os quais foram implantados pela Companhia dos Jesuítas, a partir do apoio e incentivo da Coroa Portuguesa. Os colégios dirigidos pelos Jesuítas eram pautados em atitudes pedagógicas que ficaram conhecidas ao longo da história da educação brasileira, com a denominação de Pedagogia Tradicional, que era norteada, principalmente, pelos princípios religiosos do catolicismo.

    A principal intenção dos Jesuítas desde sua chegada ao Brasil se concentrou em alfabetizar os nativos que aqui se encontravam, tinha como ponto central a adesão destes aos valores culturais portugueses, sobretudo no que se refere à disseminação dos preceitos da Igreja Católica, já ameaçada pelas ideais da

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