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Existência [ Iii ]
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Existência [ Iii ]
E-book349 páginas4 horas

Existência [ Iii ]

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Sobre este e-book

Um registro das pesquisas realizadas, encadeando os principais fatos que marcaram a história na Idade Média, com o foco na cronologia dos eventos, resumindo seus aspectos mais importantes, dessa que é a terceira parte complementar da obra.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de dez. de 2013
Existência [ Iii ]

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    Existência [ Iii ] - L.felipe

    IDADE MÉDIA

    Esta etapa compreende o período entre 476 d.C., com a queda do Império Romano do Ocidente, e 1453, quando ocorreu a invasão turca de Constantinopla. Um período marcado pelo surgimento de grandes civilizações na América, pela estruturação da Europa sob o manto do feudalismo e o jugo da Igreja Católica, o nascimento do islamismo e o consequente poderio muçulmano, crises do cristianismo, as épicas cruzadas e o início das grandes navegações.

    A Alta Idade Média, mais conhecida como Idade das Trevas, ficou marcada pela continuidade dos processos de despovoamento, regressão urbana, e invasões bárbaras iniciadas durante a Antiguidade tardia. Os ocupantes bárbaros formaram novos reinos, apoiando-se na estrutura do Império Romano do Ocidente.

    No século VII, enquanto o islamismo varria o norte de África e o Oriente Próximo, o Império Bizantino se tornava uma grande potência. Por outro lado, o cristianismo se disseminou pela Europa Ocidental, onde despontou a dinastia carolíngia estabelecendo um grande império regional até sofrer investidas dos vikings do norte, dos magiares de leste e dos sarracenos do sul, nos séculos IX e X.

    Durante a Baixa Idade Média, que teve início depois do ano 1000, verificou-se na Europa um crescimento demográfico muito acentuado e um renascimento do comércio, à medida que inovações técnicas e agrícolas permitiam uma maior produtividade de solos e colheitas. Foi durante este período que se iniciaram e consolidaram as duas estruturas sociais que dominaram a Europa até ao Renascimento: o senhorialismo e o feudalismo.

    As cruzadas, anunciadas pela primeira vez em 1095, representaram a tentativa da cristandade em recuperar dos muçulmanos o domínio sobre a Terra Santa. Pelo lado cultural, a vida foi dominada pela escolástica, uma filosofia que procurou unir a fé à razão, e pela fundação das primeiras universidades. A obra de Tomás de Aquino, a pintura de Giotto, a poesia de Dante e Chaucer, as viagens de Marco Polo e a edificação das imponentes catedrais góticas estão entre as mais destacadas façanhas artísticas deste período.

    Os dois últimos séculos da Baixa Idade Média ficaram marcados por várias guerras, adversidades e catástrofes. A população foi dizimada por sucessivas carestias e pestes, culminando com o surto da peste negra, responsável pela morte de um terço da população europeia entre 1347 e 1350.

    Da mesma forma importante, o Grande Cisma do Ocidente, no seio da Igreja, teve consequências profundas na sociedade e foi um dos fatores que esteve na origem de inúmeras guerras entre estados. Também se assistiu diversas guerras civis e revoltas populares dentro dos próprios reinos. O progresso cultural e tecnológico transformou por completo a sociedade europeia, abrindo caminho para a Idade Moderna, com o advento das grandes navegações.

    FILMOGRAFIA [IDADE MÉDIA]

    The History Channel – History of the World in Two Hours - 14 bilhões de anos de história, desde o início dos tempos até a atualidade, fazendo escalas para explorar os pontos mais marcantes, os momentos históricos e as conexões extraordinárias entre o passado distante e nossa vida cotidiana. Esta é uma nova forma de ver a história do universo, do planeta Terra e da humanidade: o surgimento da vida, os avanços do homem e o crescimento da civilização.

    The Ascent Of Man, 1973 – Documentário produzido pela BBC e Time-Life Films, escrito e apresentado por Jacob Bronowski sobre a ascensão do homem.

    Episódio 2 – Migração dos primeiros humanos, a agricultura e os primeiros assentamentos e guerra.

    Episódio 3 – Ferramentas, o desenvolvimento da arquitetura e escultura.

    Episódio 4 – Fogo, metais e alquimia.

    Episódio 5 – A linguagem dos números e da matemática.

    THC Going Medieval - Neste especial de duas horas, Mike Loades, historiador e especialista em arma, nos leva através do mundo medieval, em uma viagem cheia de ação e emoção. Separaremos os mitos da realidade e teremos a experiência de viver, trabalhar e lutar durante esta época extraordinária.

    DISCOVERY NA ESCOLA – Ascenção do Feudalismo – Europa Medieval - A Igreja Católica e os reis europeus preencheram o vazio deixado pela queda de Roma, Lutaram nas Cruzadas e enfrentaram a peste negra. Na Itália, o desenvolvimento das artes, ciência e filosofia propiciaram um renascimento cultural através da Europa.

    SÉCULO V

    A penetração e a fixação dos povos germânicos no território do Império Romano puseram fim ao mundo clássico e deram lugar à formação de diversos reinos independentes em áreas que nunca tinham sido ocupadas pelos romanos, como a Alemanha. No interior deles, iria se formar a sociedade feudal, a partir da mistura de valores e costumes romanos com os dos povos invasores. As principais características dessa nova sociedade seriam a ruralização, a fragmentação do poder e uma forte religiosidade.

    Enquanto o Império Bizantino, centrado em Constantinopla, assumia o legado político do Império Romano, na Britânia os bretões enfrentavam as hordas de invasores saxões.

    Nessa época a população mundial era cerca de 195 milhões de habitantes.

    Religião

    Anteriormente à época do Império Romano o mundo civilizado era basicamente pagão, com cada povo adotando suas crenças politeístas, à excessão dos judeus de Canaã que abraçaram a causa monoteísta de Abrãao, o judaísmo.

    Já durante o domínio do Império Romano, surgiu, na província romana da Judeia, a figura de Jesus de Nazaré. Tratava-se de um judeu que pregava um novo código moral enfatizano a importância da paz, da honestidade, da simplicidade, da tolerância e da humanidade, claramente inconformado com o tratamento dado pelos romanos ao seu povo e em sua própria terra.

    Adotado como novo messias por parte de seus conterrâneos, que acreditavam ele ter sido mandado por Deus para livrar os judeus do regime opressor dos pagãos - tal como Moisés fizera antes com os egípcios – isso acabou aflorando uma dissidência do seio do povo judeu. A inquietação resultante desta dissidência acabou levando o governo romano a condenar o líder do movimento revolucionário à crucificação. A martirização imposta ao novo messias, efetivamente dividiu o povo judeu aflorando assim uma nova religião, o cristianismo.

    Após a crucificação de Jesus, seus apóstolos iniciaram a disseminação da sua mensagem e a consequente conversão dos pagãos ao novo credo monoteísta. No entanto, a força que tomava a nova religião levou boa parte do povo judeu também a se converter, e isso acabou gerando uma revolta que provocou a ruptura definitiva entre os judeus e cristãos.

    Ao final do século V, enquanto o judaísmo se mantinha basicamente confinado na província da Judeia, o cristianismo já se tornara a religião oficial do Império Romano.

    Arte

    Durante praticamente toda a Antiguidade, a arte esteve bastante associada às necessidades formais dos rituais religiosos: as várias formas de produção artística (pintura, escultura, arquitetura), buscavam de alguma forma trazer para o mundo mortal os valores do mundo divino. Esta visão de arte foi especialmente encontrada nos egípcios e babilônios. Os gregos e romanos, porém, ainda que cultivassem esta necessidade, caminharam para uma arte com novos significados, em forma de humanismo.

    No início não existia a noção de perspectiva, que só veio a ser desenvolvida pelos gregos, em um conceito chamado escorço (uma técnica no qual uma parte do desenho ou da pintura se projeta para fora dela). Assim, a arte egípcia ficou caracterizada por propor uma realidade em suas pinturas que se mostrava não apenas bidimensional como simbólica: os personagens de maior importância, como os faraós, eram representados em uma escala bem maior que as demais figuras.

    Já os gregos foram os responsáveis pelo conceito de arte que permeou praticamente toda a produção ocidental durante mais de 2 mil anos. O conceito foi associado à ideia de que a manifestação artística deveria representar a busca do ideal. E o ideal para os gregos era representado pela perfeição da natureza. A Natureza sendo perfeita, é bela. Não existe separação, segundo este ponto de vista, entre arte, ciência, matemática e filosofia: todo o conhecimento humano está voltado à busca da perfeição. Os gregos também foram responsáveis por uma série de avanços do ponto de vista da produção artística, em especial a escultura. As proporções dos corpos humanos ideais seguiam normas rígidas, de forma que a produção escultórica fosse uma busca e uma consequência destes padrões: como exemplo, a altura do corpo masculino deveria possuir aproximadamente sete vezes e meia a altura da cabeça.

    Até a queda do Império Romano a arte ficou predominantemente comprometida com o projeto de difusão e propaganda do cristianismo. Durante este período, visto que a vasta maioria dos camponeses era iletrada, as artes visuais eram o principal método para comunicar as ideias religiosas aos fiéis, junto com a apresentação dos sermões. A Igreja Católica era uma das poucas instituições ricas o suficiente para remunerar a obra dos artistas, e, portanto, a maior parte das obras era de natureza religiosa (arte sacra).

    EUROPA

    Império Romano

    A completa destruição do Império Romano pelos vândalos germânicos, em 476 d.C., mudou o quadro político da Europa Ocidental com o surgimento de uma série de unidades independentes de vida instável e por vezes mesmo efêmera.

    Odoacro, chefe dos hérulos, acabou assumindo o governo do reino da Itália, após a deposição do imperador Rômulo Augusto, como vassalo de Zenão I, o então imperador bizantino. A única condição seria de reconhecer a titularidade imperial de Júlio Nepos, então governando o reino da Dalmácia, onde se refugiou, já que ele era imperador antes de sofrer o golpe de estado que deixou Rômulo no poder. Odoacro governou por treze anos, derrotando os vândalos na Sicília, anexando o reino da Dalmácia após o assassinato de Júlios Nepos, em 480 d.C., e promovendo alianças com visigodos e francos nos combates aos burgúndios, alamanos e saxões.

    Com a morte de Júlio Nepos, o Império Romano finalmente sucumbiu. Entretanto a ocupação dos bárbaros não fez desaparecer a cultura romana, a qual acabou se impondo às tribos invasoras.

    Império Bizantino

    Por sua vez, o Império Bizantino se manteve praticamente intacto, chegando até a viver um período de franca prosperidade. Seus domínios abrangiam Albânia, Macedônia, Bulgária, Turquia, Síria, Líbano, Jordânia, Israel e Egito.

    Dinastia Leonina

    A dinastia leonina do Império Bizantino começou com a ascensão de Leão I, em 457 d.C.,numa época em que o Império Romano estava a caminho da queda. A cerimônia de coroação de Leão I foi realizada pela primeira vez por um patriarca fora de Roma. Leão I fazia parte de uma série de imperadores fantoche que foram colocados no trono por intermédio do general bizantino, Aspar, um alano. Durante o reinado de Leão I os bizantinos enfrentaram inúmeros problemas em suas fronteiras notadamente com os ávaros, eslavos e búlgaros que começaram a se instalar-se em torno do Danúbio, bem como nas regiões do Cáucaso e Arábia. Os vândalos e o declinante Império Romano também eram fonte de problemas para o império. Leão I prosseguiu sua política externa aumentando a pressão sob as tropas imperiais instaladas no Danúbio e realizando campanhas contra os hunos sob a liderança de Dengizich. Em 468 d.C., Leão I realizou uma expedição conjunta contra os vândalos, apoiado por romanos e egípcios. Este exército comandado pelo seu cunhado, Basilisco, acabou sofrendo uma dura derrota. Leão I teve notória participação política dentro do Império Romano, culminando com a deposição do então imperador Glicério e colocar ao poder Júlio Nepos, em 474 d.C.. Neste mesmo ano, Leão I veio a morrer de desinteria, deixando como herdeiro seu neto Leão II, o qual havia sido proclamado césar um ano antes. No entanto, este reinaria apenas 10 meses em coregência com Zenão I, pois viria a falecer de uma doença desconhecida.

    A destruição do Império Romano pelos bárbaros, permitiu que Zenão I abolisse a divisão do império, em 480 d.C., tornando-se por decreto o único imperador. O germânico Odoacro, que então governava a Itália como rei, ficou nominalmente subordinado, mas atuando com completa autonomia acabou apoiando uma rebelião contra o Zenão I. Para recuperar a Itália, Zenão I veio a negociar com o rei dos ostrogodos da Panônia, Teodorico, o Grande, a quem enviou como magister militum per Italiam (comandante-em-chefe da Itália), a fim de depor Odoacro, que viria a ser assassinado logo depois. Em 484 d.C., o patriarcado de Constantinopla rompeu com a autoridade central da Igreja Católica. Este cisma decorreu pela instituição do édito de Henotikon, inspirado por Acácio, o então patriarca de Constantinopla, que afirmava o credo de Niceia como sendo um símbolo ou expressão final de uma fé reunida e comum. Neste, no entanto, não havia nenhuma menção explícita às duas naturezas de Jesus Cristo, a humana e a divina, o que veio a exacerbar o monofisismo.

    Com a morte de Zenão I, em 491 d.C., Anastácio, um oficial civil de origem romana, acabou sendo alçado ao trono pela viúva, Adriana, que o escolheu em detrimento do irmão do ex-imperador, Longino. Anastácio I acabou se casando com Adriana logo após sua ascenção. No âmbito militar ele foi bem sucedido em suprimir, em 497 d.C., uma revolta isauriana que havia eclodido em 492 d.C., bem como em uma guerra contra o Império Sassânida. No âmbito administrativo Anastácio I se mostrou um reformador enérgico e um administrador competente. O tesouro do império dispunha de enorme quantia em ouro quando ele veio a morrer, em 518 d.C., pondo fim à dinastia leonina.

    Império Merovíngio

    Os francos formavam uma das tribos germânicas que invadiram o Império Romano e que haviam se estabelecido no norte da Gália, no território da atual Bélgica. Em 481 d.C., Clóvis (ou Clodoveu) sucedeu seu pai, Childerico I, como rei dos francos salianos, uma das tribos que ocupava a região a oeste do baixo Reno, com centro em torno de Tournai e Cambrai, numa área conhecida como Toxandria. Em 486 d.C., Clóvis conquistou o domínio de Siágrio, último oficial romano no norte da Gália que governava a área em torno de Soissons, incorporando a maior parte da região a norte do Loire ao reino franco. Depois disso, Clóvis assegurou uma aliança com os ostrogodos, derrotando, em 491 d.C., um pequeno grupo de turingios a leste de seus territórios. Posteriormente, com a ajuda de outros vice-reis francos, veio a derrotar os alamanos na Batalha de Tolbiac, em 496 d.C.. Após essa vitória, por estímulo de sua esposa Clotilde, Clóvis se converteu ao cristianismo, em oposição ao arianismo comum entre os povos germânicos. Ao final do século, o reino franco já se transformava como o Império Merovíngio, que viria a cobrir a maior parte da França e parte do norte da Alemanha, semente histórica desses países.

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    Ostrogodos

    Com o enfraquecimento dos hunos após a morte de Atila, os ostrogodos se rebelaram e Teodomiro, que era seu vassalo, se dirigiu a Naisso, onde acabou fundando um rico, porem inseguro, reino na província romana Panônia (região entre o oeste da Hungria e o leste da Áustria). Quando Teodomiro morreu em 474 d.C., seu filho Teodorico, o Grande, se tornou o novo rei dos ostrogodos. Embora seu aliado, o imperador Zenão I do Império Bizantino, não se sentia confortável com a presença de Odoacro, vizinho ao reino ostrogodo.

    Decidiu então firmar um acordo com Teodorico tal que se derrotasse Odoacro, ele poderia assumir seu lugar com rei da Itália. Por conta disso, Teodorico acabou enfrentando Odoacro em várias batalhas, mas sem conseguir sair vencedor. Entretanto, em uma manobra astuta durante a assinatura de um acordo de paz, em 493 d.C., Teodorico veio a assassinar Odoacro, fundando então o seu reino ostrogodo na península italiana.

    Britânia

    Após a contundente vitória dos povos germânicos sobre o já decadente Império Romano, em 410 d.C., a vulnerável ilha do Atlântico norte teve que prover a sua própria subsistência dando início a sua nova história sob a dominação de jutos, anglos e saxões.

    Após a expulsão dos romanos, Vortigern assumiu o supremo comando da Britânia, na condição de monarca, porém com uma liderança regional bastante precária. De modo a buscar uma aliança para combater os inimigos locais (caledônios, escotos e pictos), optou por pedir apoio aos saxões do continente, em 445 d.C.. No entanto, já ao final do século, a boa relação entre eles se deteriorou, o que resultou em um massacre dos bretões pelos saxões, comandados por Hengist. Em seguida, Hengist convocou seus conterrâneos jutos e anglos para juntos conquistarem a Britânia.

    A invasão dos anglo-saxões foi arduamente defendida pelos povos locais romano-bretões, liderados por Aurélio Ambrósio. E este possivelmente tenha dado origem à figura do lendário Rei Arthur.

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    Sendo registros, a invasão foi rechaçada na famos batalha do Monte Badon, na qual Ambrósio empunhava a famosa espada excalibur (cuja tradução seria corte implacável). Nessa época, a espada longa era a arma empregada na luta por cavaleiros montados, pois era mais eficiente contra os armamentos dos que lutavam no chão. Ainda segundo registros, Vortigern tinha receio de Ambrósio e em algum momento cedeu a ele todos os reinos da parte ocidental da Grã-Bretanha, o que teria feito dele também um rei bretão.

    A lenda sobre o Rei Arthur, ainda engloba outro episódio, porém com o protagonismo de outra personagem. Segundo registros, em 470 d.C., os romanos solicitaram ajuda do rei dos bretões, Riótimo (Riothamus), um líder militar romano-bretão para enfrentar a invasão dos visigodos no continente. Ele então partiu da Britânia, com um exército de 12.000 tropas, e desembarcou na Bretanha. Daí marchou até a Borgonha, porém suas tropas foram emboscadas pelos visigodos, numa batalha em que Riótimo foi gravemente ferido. Ainda segundo os registros, ele ainda acabou conseguindo chegar numa cidade próxima, chamada Avallon, porém não resistiu e acabou morrendo.

    Provalmente a fusão dos episódios sobre as lutas épicas de Ambrósio e Riótimo – que inclusive poderiam até ser a mesma pessoa - tenha dado forma à lenda do famoso Rei Arthur, uma referência na história britânica. No entanto, mesmo assim, ainda pairam muitas controvérsias e variantes com respeito à lenda, que até hoje ainda não foram esclarecidas.

    MERLIN

    Merlin é citado pela primeira vez em Profhetiae Merlini, escrito por Godofredo de Monmouth, que posteriormente detalhou o famoso mago em sua obra mais famosa, de 1136, The History of the King of Britain. Alguns acreditam que Merlin tenha sido mistificado na vida do profeta galês Myrddin Wyllt, uma figura histórica que viveu por volta de 560 d.C.. Myrddin era um eremita louco e desgrenhado que emergia das florestas periodicamente com profecias urgentes. Acabou sendo empurrado de um penhasco por pastores furiosos e espetado, lá embaixo, pelo arpão de um pescador.

    Outros citam Aurélio Ambrósio, um conhecido líder possuidor de poderes mágicos, que foi levado à presença de Vortigern, soberano bretão do século V. O rei queria saber por que uma torre em construção teimava em desmoronar. Ambrósio respondeu o óbvio: havia um lago subterrâneo no local, onde dois dragões viviam e seus constantes embates impediam que a estrutura permanecesse intacta. Possivelmente Ambrósio e Merlin fossem a mesma pessoa, pois, segundo a lenda, ambos haviam nascido de uma mulher fertilizada por um demônio. Esses demônios eram criaturas que iam se deitar com as mulheres durante a noite e eram identificados por terem o pênis frio.

    Os poderes mágicos de Merlin cresceram e, além de ter servido como um conselheiro do Rei Arthur, também se acreditava ter sido ele o responsável pela construção de Stonehenge. Merlin tinha a capacidade de ver o passado e o futuro e podia mudar de forma com um estalar de dedos. Sua morte permanece um mistério. Alguns pensam que esteja aprisionado sob uma pedra, no fundo de um lago. Outros supõem que se encontre encarcerado em uma torre de ar invisível, no meio de uma floresta. Tal coluna de ar é regularmente transportada para regiões ermas, a fim de mantê-lo longe das pessoas. Se você se encontrar em um bosque silencioso, preste atenção no farfalhar das folhas. Dizem que o som é a voz distorcida de Merlin, tentando dar instruções a alguém que possa compreender e elaborar a poção certa para libertá-lo.

    Os invasores anglo-saxões seriam derrotados ainda por mais três vezes por Vortimer, o filho de Vortigern, porém ao final do século, os invasores acabaram dobrando a resistência dos bretões, vindo finalmente iniciar a conquista da Britânia.

    Europa

    Aspectos Religiosos e Míticos

    São Bento

    São Bento de Núrsia viveu na Itália no século V e destacou-se por escrever um livro de regras para monges ainda em uso em muitos mosteiros e conventos. Na sua época, um sacerdote invejoso da notoriedade de Bento lançou um encantamento sobre um corvo. Num estratagema para matar o piedoso monge, o pássaro

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