Regis Em Busca De Si Mesmo

De Celso Innocente

Regis nasceu na Terra há setenta anos. Aos nove foi sequestrado por alienígenas distantes e levado a seu mundo perfeito, onde, assim como eles, o menino não envelheceria e teria uma vida praticamente imortal. Seu objetivo principal: ser e levar àqueles humanos distantes, o sorriso e simplicidade infantil, com intuito de devolver a eles, a felicidade perdida a milhares de anos. Mas como o menino poderia lhes transmitir felicidade se ele mesmo não conseguia ser feliz, vivendo ausente de sua Terra e seus familiares? Agora, depois de tantos anos, sabe que todos seus entes já não estão mais em seu mundo e com isto, sabe que passará milhares de anos e ele terá uma infância eternamente infeliz. Por isto está decidido, a desafiar todos os princípios da física, que diz que uma viagem no tempo é completamente impossível e provar que será capaz de retornar a sua verdadeira infância na Terra, corrigindo de verdade seu destino, que fôra drasticamente alterado, por pessoas que diziam lhes dar amor e jovialidade eterna.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 17 de out. de 2014

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Em busca da felicidade

P

arei diante da porta do dormitório de Erick, que se abriu automaticamente e entrei. Ele estava seminu, deitado em sua cama, assistindo a um filme de ação em sua televisão de tela gigante, que se prostrava na parede à sua frente como se fosse uma bela moldura.

Ao perceber a porta se abrindo, se espantou, puxou um fino lençol de seda sobre seu corpo e reclamou:

— Por que entra sem chamar?

— Se quisesse privacidade, que travasse sua porta por dentro.

— Essas portas deveriam deixar de ser automática.

— Por que está com vergonha? Alguma coisa errada?

— Achei que fosse Leandra! — o justificou.

— Ela jamais entra em seu quarto sem chamar — protestei. — Eu sim não tenho privacidade. Todo mundo entra o dia inteiro. Inclusive você. E ela! Porque acha que sou um mero menininho.

— O que você quer?

— Eu, Arthur e Luecy, faremos uma pequena viagem. Topas ir conosco?

— Pra onde a gente vai? Merlin? Seria uma boa! Nunca fui lá.

— Vamos pra Terra.

— Terra? — Sentou-se sobre a cama, ainda protegendo o corpo com o lençol — Tá ficando maluco?

— Todo mundo fala isso! — reclamei. — Vai ou não?

— O que você quer fazer na Terra? Você sequer se lembra de