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O Retorno Do Menino Do Espaço
O Retorno Do Menino Do Espaço
O Retorno Do Menino Do Espaço
E-book267 páginas2 horas

O Retorno Do Menino Do Espaço

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Sobre este e-book

Depois de viver durante muitos anos no distante e imortal planeta Suster, onde era amado por todos, Regis fora agora devolvido à sua querida Terra, com seu mesmo aspecto infantil de um garotinho de nove anos de idade. E agora, quais serão as consequências de tudo isso? Ele continua sendo apenas uma criança. Mas e seus familiares, amigos e colegas de escola? Todos estão quase dez anos mais velhos. Será que Regis vai se adaptar a essa nova realidade? Será que seu organismo, agora em casa, voltará ao normal e ele passará a envelhecer a partir de então? Ou será que continuará sendo apenas um menininho, para uma eternidade na Terra? E qual o interesse por órgãos governamentais, a respeito de sua longa viagem? Como ficam os interesses televisivos ou de pessoas que estudam ou trabalham com ufologia? Como ficará seus estudos, sua paixão de criança, sua vida afetiva e profissional? Sua necessidade de procriação... Será que depois de muitos anos, de volta à Terra, Regis realmente poderá ter uma vida normal e feliz? Como esta é a terceira história da série, composta por: Regis, um menino no espaço Um menino no espaço – 2ª parte O retorno do menino do espaço Regis, um menino do planeta Terra Regis, em busca de si mesmo É recomendável que antes deste, leia os dois primeiros volumes.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de mai. de 2012
O Retorno Do Menino Do Espaço

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    Pré-visualização do livro

    O Retorno Do Menino Do Espaço - Celso Innocente

    Prefácio

    N

    o ano de um mil novecentos e oitenta, de nossa era, Regis, um menino de nove anos de idade, fora sequestrado na Terra e levado a um planeta a oitenta e sete anos luz de distância, onde era amado e querido por todos seus habitantes, seres humanos, idênticos aos terráqueos, sendo devolvido um ano depois, com a agravante de que, não envelhecera um minuto sequer.

    No segundo semestre de oitenta e um, eis que Regis é novamente sequestrado e levado ao mesmo planeta, de onde retornara há pouco tempo, com o mesmo objetivo: levar-lhes amor e simplicidade, ignorando o principal sentimento do menino: amor e saudade da Terra.

    Sete anos depois, percebendo que não conseguiam cativar o menino da Terra, resolveram então devolvê-lo, com a promessa de que jamais o tiraria novamente daqui.

    O objetivo deste livro, o terceiro da sequência, Regis o menino do espaço, é mostrar então a consequência deste retorno. O que vai acontecer agora, oito anos depois. Como será a vida diferente de Regis. O retorno à escola. As novas amizades. O interesse de sua viagem espacial, para a mídia e viação aeroespacial.

    Entre na vida simples de Regis, um menino com o coração puro e cheio de amor. Talvez você possa desejar ter o mesmo destino diferente desse garoto especial.

    Penápolis, São Paulo, Brasil, América Latina, Planeta Terra, Sistema Solar, Via Láctea, Universo.

    Setembro 2012

    O autor

    O que será agora de Regis, o menino que fora sequestrado e levado a um planeta distante, sendo devolvido, oito anos depois, sem ter envelhecido um minuto sequer. Com o mesmo rostinho infantil e jeitinho simples de criança.

    Este é o terceiro volume desta série composta por:

    - Regis um menino no espaço,

    - Um menino no espaço – 2ª parte,

    - O retorno do menino do espaço,

    - Regis um menino do planeta Terra,

    - Regis em busca de si mesmo.

    Portanto, para melhor compreensão da estória, recomenda-se que leia primeiro os volumes I e II.

    O retorno do menino do espaço

    E

    xatamente setenta e um dias terráqueos de viagem interplanetária, não aparentando mais do que sete dias para mim, a grande nave preta e dourada, pousou em um terreno baldio, bem próximo à minha casa. Quer dizer: não pousou completamente, pois ficou levitando a dois metros de altura. O robô Luecy abriu a porta, que se formou, criando certa ranhura na parte lateral, quase inferior da nave; uma pequena escada escorregou como chumbo derretido, formando cinco degraus e chegando até a uns trinta centímetros do solo. Eu que já me levantara da poltrona do copiloto, abracei o tal robô de metal, que me ignorou por não ter tal costume de carinho, hábito adquirido pelos humanos deste gigante universo e ao sair, parei na porta, olhei no relógio e insinuei:

    — Luecy, realmente você é um robô muito inteligente. São exatamente dezenove horas e sete minutos do dia vinte e quatro de setembro, como você disse.

    — Sou um robô susteriano, construído sem falhas.

    — Boa viagem de volta, amigão!

    — Virei lhe buscar em breve, pra vê-lo nadar peladão.

    — Breve? Acho que não!

    — Duvida?

    — Por favor. Não!

    — Brincadeirinha.

    Desci daquela enorme nave, sob os olhares estarrecidos de dezenas de pessoas adultas e curiosas crianças, encantadas com aquela estranha visão. Entre elas, conheci Paulinho, com seus quase treze anos de idade, em perfeito estado de saúde, que correu a me abraçar sorrindo:

    — Regis! Você era mais velho do que eu. Lembra?

    — Agora sou o caçulinha de casa.

    Erick, já com dezessete anos, se aproximou dizendo:

    — Você nunca me buscou. Eu também deveria ser criança como você.

    — O senhor Frene só queria eu.

    A escada daquele imenso disco voador se recolheu, sua porta se fechou e em menos de trinta segundos desapareceu no céu.

    Seguido por todos: descalço, trajando short marrom e camiseta amarela, acabei de chegar a minha casa. Era Sábado. Papai e mamãe juntos, não acreditando, vieram a meu encontro me abraçar.

    Como eles estavam diferentes. Como haviam envelhecidos nestes últimos sete anos em que se passara.

    — Meu Deus! Meu filho! — Não acreditava mamãe, rindo e chorando ao mesmo tempo — Eu sabia que você voltaria um dia. Você não mudou nada nestes anos todos. Não acredito que você esteja aqui. Por favor, jure que nunca mais vai nos abandonar.

    — Nunca mais deixarei vocês, mamãe — prometi também chorando (Eu era chorão mesmo) — Promessa de meu papai número três.

    Realmente, eu não mudara nada: estava agora com mais de dezessete anos e seis meses de vida, porém aparentava apenas um singelo menininho de nove anos. Suster, o planeta de onde acabara de chegar, fora abalado por uma radiação, devido uma grande explosão, causada pela morte de uma gigante estrela do cosmos. Tal radiação, talvez acabara benéfica a seus habitantes, pois ela não deixava as células envelhecerem e com isto os seres humanos daquele planeta, se tornaram praticamente imortais, imunes a qualquer tipo de doenças infecciosas. É lógico que se alguém pular de um prédio ou se der uma facada em outro, esta pessoa, com certeza morrerá.

    Eu estivera em Suster, por um período de oito anos e voltara agora à Terra, com o mesmo jeitinho de criança em que saí daqui e segundo disse o Senhor Frene, a radiação em meu organismo, será eliminada aos poucos e só após esta eliminação, eu voltarei a envelhecer naturalmente, como qualquer outro terráqueo.

    Estava agora sentado no sofá da sala, cercado por muitas pessoas: papai, mamãe, Paulinho, Erick, os outros irmãos (Carlos Henrique, Luís, Leandro e Letícia) e muitos vizinhos, os quais, com exceção do amigo adulto Luciano, muitos deles, eu nem conhecia. Todos me bombardeavam com muitas perguntas e eu praticamente só ouvia, não respondia quase nenhuma delas.

    — Quer comer algo? — Perguntou-me mamãe.

    — É o que mais quero mamãe. Passei fome durante toda essa viagem.

    Ela se levantou e correu para a cozinha em busca de algo.

    — Onde você esteve eles não te alimentavam direito? — Perguntou-me papai.

    — Claro que sim! Passei fome durante a viagem, pois saímos apressados de lá e mal tivemos chance de pegar alguma coisa pra comer. Sorte que estando na nave, a gente só precisa se alimentar uma vez por semana.

    Levantei-me e seguido por todos, fui até a cozinha, onde mamãe já estava com panelas no fogo, refazendo um jantar.

    — O que está fazendo, mamãe?

    — Uma janta pra você.

    — Vocês já jantaram?

    — Já! Estou fazendo especialmente pra você.

    — Não precisa! Eu como qualquer coisinha.

    — Faz muitos anos que espero fazer uma janta pra você. Hoje é o melhor dia de minha vida.

    Voltou a me abraçar chorando, pedindo:

    — Por favor, meu filhinho, nunca mais abandone a gente.

    — Não vou mais sair daqui, mamãe. Isso é uma promessa. Já disse que o senhor Frene me prometeu.

    Pensei um pouco e me lembrando de algo, ironizei:

    — Só espero que papai não tenha prometido cortar mais nadinha de mim.

    Da outra vez em que estivera sequestrado pelos mesmos susterianos, papai, sem saber onde eu me encontrava, fizera uma idiota promessa, que se eu voltasse, ele me circuncidaria no mesmo dia. Embora eu fosse só um menininho pequeno, não concordava com tal sacrifício, pois se a promessa era dele, por que meu frágil corpinho era que teria que pagar?

    O jantar demorou quase uma hora para ficar pronto. Enquanto isso, eu seguira ao banheiro, onde me deliciara com demorado e saudoso banho, em normal chuveiro terráqueo.

    Depois de tal banho, praticamente todos jantaram novamente, me fazendo companhia e conversando muito. Todos continuavam fazendo muitas perguntas, tudo de uma só vez e eu continuava não respondendo quase nada.

    — Pessoal: chega de tantas perguntas pro Regis — pediu papai. — Ele agora precisa descansar.

    — Na realidade, não estou tão cansado papai — neguei. — Mesmo assim, estou curioso pra dormir novamente em minha casa. Já sei que não tenho mais cama aqui. O Erick está dormindo nela.

    — Já estou lhe devolvendo sua cama agora! — Se prontificou rindo, meu amigo.

    — Não se preocupe — concordei — Eu durmo em qualquer lugar. Pode até ser no sofá da sala.

    — Nada disso! — Negou Erick. — Você vai dormir mesmo em sua cama. Eu durmo no colchão, a seu lado.

    — Amanhã prometo contar tudo, de onde estive até então. Hoje, prefiro só ouvir e realmente dormir, logo após o jantar.

    — Concordamos com você filho — disse mamãe, tornando a me abraçar chorando, ainda não acreditando no que estava acontecendo.

    Poucos minutos depois, acabado o jantar, fui ao banheiro escovar os dentes com os dedos, pois não existia mais escova para mim. Em seguida, me despi completamente e vesti uma espécie de calção de dormir (cueca samba canção de seda) e uma camiseta sem manga, que já eram mesmo meus, que embora antigos, mamãe guardara com carinho, sabendo que um dia eu retornaria e iria precisar.

    Assim sendo, os amigos se foram e eu, primeiro do que os demais, fui mesmo dormir em minha antiga cama, a qual Erick, realmente fizera questão em me devolver.

    ©©©

    Já era madrugada, em torno de três horas, quando acordei com uma voz bem suave, sussurrando em meu ouvido:

    — Rééégis...

    O quarto estava escuro, com alguns reflexos de luz, através das frestas da veneziana. Olhei e só vi Erick, dormindo no colchão a meu lado.

    — Garoto Regis! Sou eu!

    Conheci a voz de Luecy, o robô.

    — Estou aqui fora, Regis. Venha!

    Levantei-me apressado, mudei rapidamente de roupas, para evitar gozação tipo bullying pelo robô, corri, abri a porta da cozinha e saí para o quintal. Lá estava ele, à minha espera. Espantei-me muito em vê-lo.

    — Luecy! O que você faz aqui? Há esta hora já era pra você estar muito longe da Terra!

    — Estou sem combustível! — Disse-me ele.

    — Jura? E o que você vai fazer?

    — Você terá que retornar urgente para Suster comigo!

    Espantei-me de verdade:

    — Ah isso não senhor! Jamais sairei de minha casa!

    — Será necessário. Sem você não consigo voltar pra minha casa.

    — Muito simples. Então você ficará aqui conosco pra sempre.

    — Jamais abandonarei meu mundo!

    — Então que se dane você! Eu jamais abandonarei minha família novamente.

    — O senhor Frene lhe trará de volta.

    — Que o senhor Frene venha lhe buscar! Basta que venham em dois ou três; então você poderá ir embora com eles.

    Enquanto discutíamos, caminhávamos devagar e foi com isto, que já estávamos defronte ao enorme disco voador. Luecy abriu sua porta e pediu:

    — Entre! O senhor Frene quer falar contigo.

    — Acha que sou tão bobo, Luecy? Se eu entrar aí, você fechará a porta e quando eu perceber, já estará muito longe de minha casa.

    — Não farei isto, garoto Regis. Não enquanto você ou o senhor Frene não me ordenar.

    — Não entrarei aí, Luecy!

    — O que está acontecendo, Regis? — Perguntou-me Erick que acabara de chegar — Percebi que você saiu, então resolvi segui-lo.

    — A nave está sem combustível. Luecy não consegue ir embora.

    — E o que ele quer de você?

    — Que eu vá com ele. Só assim terá combustível novamente.

    — Como assim? Por quê?

    — O combustível desta nave, é produzido pela presença humana, em seu interior.

    — Como assim Regis?

    — Esta nave consome gás carbônico — insinuou Luecy.

    — E o que você vai fazer, Regis? — Perguntou-me Erick.

    — Você entendeu o que ele disse? — Perguntei admirado à Erick.

    — Claro! — Exclamou Erick — Que esta nave consome gás carbônico!

    — Como você pode entendê-lo? — Insisti ainda admirado.

    — Eu posso interpretar qualquer linguagem do Universo — foi incisivo Luecy.

    — O que você pretende fazer, Regis? — Insistiu Erick.

    — Já disse a Luecy, que não abandonarei meu mundo jamais! Espero que ele fique aqui conosco. Afinal ele é apenas um robô. E que eu saiba robô não sente saudades de casa!

    — Não posso abandonar o mundo que me criou — negou ele.

    — O que sugere então? — Perguntei-lhe.

    — Primeiro você fala com o senhor Frene.

    — Jamais me arriscarei a entrar aí.

    — Tenho uma ideia, Regis… — alegou Erick — Se vocês dois toparem…

    — Que ideia você tem? — Perguntei-lhe desconfiado.

    — Vocês precisam da presença humana. Eu sou humano. Você não pretende retornar àquele mundo. Eu não tenho nada aqui. Logo, não tenho nada a perder!

    — Erick, não diga bobagens! — Pedi.

    — Não é bobagem! Você sempre sentiu falta daqui. Acontece que você tem de quem sentir falta. Eu, embora agradeça muito à sua família em ter me acolhido, não tenho nada por sentir falta.

    — Erick! Você tem mãe! — Alertei bravo.

    — Minha mãe nunca me quis! Nem se importará se souber que fui embora.

    — Se importará sim! — Afirmei convicto — Você não conhece o coração de uma mãe!

    — Se importará tanto, Regis, que faz dois anos que ela não vem me ver — reclamou meu amigo, com certas lágrimas. — Nem sei onde ela está.

    — Falaremos com o senhor Frene — alegou o robô. — Entrem os dois.

    — Não me arriscarei, Luecy! — Neguei bravo — Não confio em susterianos.

    — Ficarei na entrada da cabine, para que você se sinta seguro.

    Pensei um pouco e então me decidi, entrando na nave:

    — Está tudo bem! Falaremos com o senhor Frene.

    Sentei-me na poltrona do piloto principal; fiz sinal para que Erick sentasse na outra. Luecy cumpriu sua palavra de robô, ficando na entrada da cabine. Acionei a tecla R-5 e após aguardar alguns segundos, em meu monitor, surgiu o senhor Frene, dizendo:

    — Olá Regis! Parece que Luecy se esqueceu que não é humano e não pode conseguir combustível pra nosso brinquedinho.

    — E o que o senhor quer de mim?

    — Não que eu exija, mas você terá que voltar pra cá.

    — O senhor sabe que jamais concordarei com isso.

    — Sei! Mas prometo lhe devolver à sua Terra no mesmo dia! Só preciso que você traga Luecy de volta.

    — Senhor Frene: embora eu o ame também, saiba que jamais sairei da Terra, novamente.

    — Regis: embora quiséssemos muito, até a pouco tempo e se você concordasse, ainda queríamos. Mas agora não pretendo mais trazê-lo em definitivo pra cá. Não precisamos mais.

    — Deixou de me amar como a um filho? — Perguntei-lhe com certo sorriso admirado.

    — Jamais! Mas tenho algo pra lhe mostrar. Aguarde só um pouquinho.

    Saiu da frente da câmera e pelo jeito, também da sala do computador.

    — Aonde será que ele foi? — Perguntei a Luecy.

    — Ele tem uma surpresa pra você. É só aguardar.

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