História Sem Cores
()
Sobre este e-book
Relacionado a História Sem Cores
Ebooks relacionados
Memórias Sem Cores Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUm cheiro de amor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMistério Na Chácara Nº23 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMeu Mineiro amor e outros contos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Sofá De Pano Verde Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMaranguiola - Da Coroa Ao Caldeirão Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Casa Rosa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Diário De Samantha Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAntonio Conselheiro: Nem santo, nem pecador Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs Lágrimas do Lago Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTantas Vidas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOmnia Vincit Amor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Janela Do Corredor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Amor Mora No Céu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNas Terras Do Sul Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Indulto Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMatutinho Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUm Amor e Um Amigo (Livro 01) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUm Amor E Um Amigo (livro 1) (coleção Novos Romances) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUma Mulher Vitoriosa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMarcas de uma guerra Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFovera Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAnjo Sombrio Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Mistério da Alma-de-gato Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Solar Dos Oviedos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Fina Flor Da Emoção Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDivisas Do Amor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasQuando O Verão Chegar Em Guaraçaí Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVingança De Christini Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Dossiê De Um Fiel Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Artes Cênicas para você
5 Lições de Storyelling: O Best-seller Nota: 5 de 5 estrelas5/5A arte da técnica vocal: caderno 1 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Proposta Nota: 3 de 5 estrelas3/5Glossário de Acordes e Escalas Para Teclado: Vários acordes e escalas para teclado ou piano Nota: 5 de 5 estrelas5/5Da criação ao roteiro: Teoria e prática Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ordem Das Virtudes (em Português), Ordo Virtutum (latine) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComo Escrever de Forma Engraçada: Como Escrever de Forma Engraçada, #1 Nota: 4 de 5 estrelas4/5Os Crimes Que Chocaram O Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSexo Com Lúcifer Nota: 5 de 5 estrelas5/5Cinema e Psicanálise: Filmes que curam Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO abacaxi Nota: 5 de 5 estrelas5/5Como fazer um planejamento pastoral, paroquial e diocesano Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Acordo Nota: 3 de 5 estrelas3/5Tinha Que Ser Com Você Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO colecionador de memórias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDanças de matriz africana: Antropologia do movimento Nota: 3 de 5 estrelas3/5William Shakespeare - Teatro Completo - Volume I Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContos Sexuais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Melhores Filmes Do Século Xx Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA arte da técnica vocal: caderno 2 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComo fazer documentários: Conceito, linguagem e prática de produção Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUma casa de bonecas Nota: 3 de 5 estrelas3/5Um Conto de Duas Cidades Nota: 5 de 5 estrelas5/5Os Cossacos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCriação de curta-metragem em vídeo digital: Uma proposta para produções de baixo custo Nota: 5 de 5 estrelas5/5Direção, atuação e preparação de elenco: os processos de criação de atores e atrizes no cinema brasileiro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAdolescer em Cristo: Dinâmicas para animar encontros Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBorderline, Eu Quis Morrer Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO que é o cinema? Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Categorias relacionadas
Avaliações de História Sem Cores
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
História Sem Cores - Tiago Geraldo Macedo Pena
História
Sem
Cores
Tiago Geraldo Macedo Pena
DEDICO ESTE LIVRO À TODOS OS AMANTES DO ROMANCE,
COMO TAMBÉM À TODOS QUE ME AJUDARAM A REALIZAR O
MEU SONHO.
5
CAPÍTULO 1
Mineiro subiu lentamente as escadas do apartamento
Brasília, mãos firmes no corrimão de metal, olhar
cabisbaixo semblante carregado; aquele foi um dia
cansativo, na parede que dava de frente para escadaria o
relógio marcava nove horas da manhã, mineiro continuou a
subir as escadas com as mãos ainda grudadas no corrimão,
elevador nem pensar, mineiro tinha pavor de lugares
fechados, preferia enfrentar o suplicio das escadas, seis
lances até chegar aos terceiro andar. O corredor longo e
bem iluminado, todo enfeitado com bonitas telas, pinturas a
óleo, obras de um artista estrangeiro; enquanto mineiro
caminhava pelo longo corredor observando com atenção as
telas, absorvendo a beleza de cada uma delas, reproduções
de paisagens que lembravam a sua terra natal, mineiro
parou por um instante, um fio de lágrima quase desceu de
seus olhos, depois de certo instante de uma espécie transe
hipnótico, mineiro se assustou com uma voz meiga e
6
simpática que estava atrás dele, era de uma senhora que
parou ao seu lado, mineiro nem tinha notado a presença
dela.
-Bonita tela não é mesmo, parece até uma fotografia, veja
as cores como são intensas, o jogo de sombras, quem fez é
muito bom mesmo -disse a simpática senhora que era
amparada por uma bonita bengala.
-Verdade mesmo senhora, gostei muito dessas pinturas,
me fez lembrar a minha terra, Minas gerais, lá tem muitas
paisagens assim -respondeu mineiro, o semblante ainda
pesado mesmo assim forçou um tímido sorriso.
-Você parece triste filho, desculpe perguntar, mas o
aconteceu?
Mineiro sorriu pela primeira vez naquele dia ele sorriu
verdadeiramente, sem ter que forçar, alguma coisa naquela
senhora,lembrava a sua avó.
-Não é tristeza não, e cansaço mesmo senhora, vou me
casar amanhã, esse mês foi uma correria danada, tanta coisa
para resolver em tão pouco tempo, estou exausto.
7
-Compreendo meu jovem, é assim mesmo, mas depois
tudo passa e volta a sua normalidade. Lembrome de quando
me casei; se o meu esposo estivesse vivo, completaríamos
cinquenta anos de casados no mês que vem quantas
saudades do meu velho. Mas eu lhe desejo sorte viu moço,
desculpe novamente, mas qual é o seu nome, nem nos
apresentamos.
-Meu nome é João Antônio, mas pode me chamar de
mineiro, todos aqui me conhecem como mineiro, vou
morar no 212, no final do corredor, a senhora mora aqui
também?
-Sim eu moro, meu nome é Ana, todos aqui no prédio me
conhecem como dona Ana, que feliz coincidência, o meu
apartamento é o 211, bem de frente do seu, que bom que
vamos ser vizinhos, gostei muito de te conhecer moço,
depois me apresenta a sua noiva, ai meu pai do céu, estou
atrasada, tenho que ir agora meu filho, até mais, tenho que
terminar uma encomenda de salgadinhos, até mais!Depois
conversamos mais...
8
-Até mais dona Ana, foi muito bom saber que serei seu
vizinho.
Enquanto a simpática senhora seguia em direção ao
elevador, mineiro a observava com atenção, o jeito dela
caminhar o fez lembrar de sua avó, naquele momento ele
teve uma espécie de devaneio, mergulhando no baú de suas
lembranças escondidas nas profundezas de seus
pensamentos, nesta tela ele começou a vislumbrar
momentos de seu passado, sendo transmitido come se fosse
um filme diante de seus olhos.
Minas gerais, 1982, domingo cedo, Anita está no último mês de sua gravidez, seu Geraldo estava ansioso com a chegada do
seu primeiro filho, ele ainda não sabia se era menino ou
menina, fato esse que o deixou muito ansioso. A velha casa na
fazenda da Lindoya, cercada com cerca feita de bambu, a
pintura fosca toda descascada, típico de casas antigas,
algumas trincas na parede da frente e uma cruz enfeitada no
umbral da porta, dentro da casa o movimento era grande, a
vizinhança estava toda lá, dona Mercedes, dona Maria
Benedita, dona Carminda.
9
-Gente do céu!Vai lá chamar seu Zé Antão, pedir para ele
buscar o fusca do doutor João, vai logo! Se não essa criança
nasce aqui mesmo. -disse dona Mercedes aos berros.
-Calma,gente! -disse dona Maria Benedita -seu Zé Antão já
tá vindo, e seu Geraldo também, eles não demoram.
Alguns minutos depois seu José Antão chega com o fusca, de
branco o carro estava amarelo de tanta poeira, estacionou em
frente à casa da dona Anita, amparada pelo esposo e a amiga
ela entra com muita dificuldade no velho fusca. O carro sai a
toda velocidade rumo ao hospital que ficava na cidade de Rio
Casca, a poucos quilômetros dali.
-Será que dá para o senhor ir mais devagar seu Zé
Antão, tem uma gravida aqui. -reclamou dona Maria
Benedita.
-Já estamos chegando, vocês se acalmem. -respondeu seu
José Antão.
- Não de ouvidos não homem, pé na tabua! -disse seu
Geraldo.
Não demorou e o velho fusca empoeirado chegou à cidade
de Rio Casca, estacionou em frente ao hospital Nossa
senhora das dores, correram com a gravida para dentro,
euforia e falatório, médico e enfermeiros apostos, na
recepção ficou seu Geraldo e o motorista.Algumas horas
depois,dona Maria Benedita retorna com um sorriso largo
no rosto.
-É um