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História Sem Cores
História Sem Cores
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E-book116 páginas1 hora

História Sem Cores

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Sobre este e-book

História de João Antônio, que está há um dia do seu casamento, mas ele acaba sofrendo um acidente e perdendo a memória, agora sua noiva tem que ajudá-lo a recuperar a memória.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de mar. de 2016
História Sem Cores

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    História Sem Cores - Tiago Geraldo Macedo Pena

    História

    Sem

    Cores

    Tiago Geraldo Macedo Pena

    DEDICO ESTE LIVRO À TODOS OS AMANTES DO ROMANCE,

    COMO TAMBÉM À TODOS QUE ME AJUDARAM A REALIZAR O

    MEU SONHO.

    5

    CAPÍTULO 1

    Mineiro subiu lentamente as escadas do apartamento

    Brasília, mãos firmes no corrimão de metal, olhar

    cabisbaixo semblante carregado; aquele foi um dia

    cansativo, na parede que dava de frente para escadaria o

    relógio marcava nove horas da manhã, mineiro continuou a

    subir as escadas com as mãos ainda grudadas no corrimão,

    elevador nem pensar, mineiro tinha pavor de lugares

    fechados, preferia enfrentar o suplicio das escadas, seis

    lances até chegar aos terceiro andar. O corredor longo e

    bem iluminado, todo enfeitado com bonitas telas, pinturas a

    óleo, obras de um artista estrangeiro; enquanto mineiro

    caminhava pelo longo corredor observando com atenção as

    telas, absorvendo a beleza de cada uma delas, reproduções

    de paisagens que lembravam a sua terra natal, mineiro

    parou por um instante, um fio de lágrima quase desceu de

    seus olhos, depois de certo instante de uma espécie transe

    hipnótico, mineiro se assustou com uma voz meiga e

    6

    simpática que estava atrás dele, era de uma senhora que

    parou ao seu lado, mineiro nem tinha notado a presença

    dela.

    -Bonita tela não é mesmo, parece até uma fotografia, veja

    as cores como são intensas, o jogo de sombras, quem fez é

    muito bom mesmo -disse a simpática senhora que era

    amparada por uma bonita bengala.

    -Verdade mesmo senhora, gostei muito dessas pinturas,

    me fez lembrar a minha terra, Minas gerais, lá tem muitas

    paisagens assim -respondeu mineiro, o semblante ainda

    pesado mesmo assim forçou um tímido sorriso.

    -Você parece triste filho, desculpe perguntar, mas o

    aconteceu?

    Mineiro sorriu pela primeira vez naquele dia ele sorriu

    verdadeiramente, sem ter que forçar, alguma coisa naquela

    senhora,lembrava a sua avó.

    -Não é tristeza não, e cansaço mesmo senhora, vou me

    casar amanhã, esse mês foi uma correria danada, tanta coisa

    para resolver em tão pouco tempo, estou exausto.

    7

    -Compreendo meu jovem, é assim mesmo, mas depois

    tudo passa e volta a sua normalidade. Lembrome de quando

    me casei; se o meu esposo estivesse vivo, completaríamos

    cinquenta anos de casados no mês que vem quantas

    saudades do meu velho. Mas eu lhe desejo sorte viu moço,

    desculpe novamente, mas qual é o seu nome, nem nos

    apresentamos.

    -Meu nome é João Antônio, mas pode me chamar de

    mineiro, todos aqui me conhecem como mineiro, vou

    morar no 212, no final do corredor, a senhora mora aqui

    também?

    -Sim eu moro, meu nome é Ana, todos aqui no prédio me

    conhecem como dona Ana, que feliz coincidência, o meu

    apartamento é o 211, bem de frente do seu, que bom que

    vamos ser vizinhos, gostei muito de te conhecer moço,

    depois me apresenta a sua noiva, ai meu pai do céu, estou

    atrasada, tenho que ir agora meu filho, até mais, tenho que

    terminar uma encomenda de salgadinhos, até mais!Depois

    conversamos mais...

    8

    -Até mais dona Ana, foi muito bom saber que serei seu

    vizinho.

    Enquanto a simpática senhora seguia em direção ao

    elevador, mineiro a observava com atenção, o jeito dela

    caminhar o fez lembrar de sua avó, naquele momento ele

    teve uma espécie de devaneio, mergulhando no baú de suas

    lembranças escondidas nas profundezas de seus

    pensamentos, nesta tela ele começou a vislumbrar

    momentos de seu passado, sendo transmitido come se fosse

    um filme diante de seus olhos.

    Minas gerais, 1982, domingo cedo, Anita está no último mês de sua gravidez, seu Geraldo estava ansioso com a chegada do

    seu primeiro filho, ele ainda não sabia se era menino ou

    menina, fato esse que o deixou muito ansioso. A velha casa na

    fazenda da Lindoya, cercada com cerca feita de bambu, a

    pintura fosca toda descascada, típico de casas antigas,

    algumas trincas na parede da frente e uma cruz enfeitada no

    umbral da porta, dentro da casa o movimento era grande, a

    vizinhança estava toda lá, dona Mercedes, dona Maria

    Benedita, dona Carminda.

    9

    -Gente do céu!Vai lá chamar seu Zé Antão, pedir para ele

    buscar o fusca do doutor João, vai logo! Se não essa criança

    nasce aqui mesmo. -disse dona Mercedes aos berros.

    -Calma,gente! -disse dona Maria Benedita -seu Zé Antão já

    tá vindo, e seu Geraldo também, eles não demoram.

    Alguns minutos depois seu José Antão chega com o fusca, de

    branco o carro estava amarelo de tanta poeira, estacionou em

    frente à casa da dona Anita, amparada pelo esposo e a amiga

    ela entra com muita dificuldade no velho fusca. O carro sai a

    toda velocidade rumo ao hospital que ficava na cidade de Rio

    Casca, a poucos quilômetros dali.

    -Será que dá para o senhor ir mais devagar seu Zé

    Antão, tem uma gravida aqui. -reclamou dona Maria

    Benedita.

    -Já estamos chegando, vocês se acalmem. -respondeu seu

    José Antão.

    - Não de ouvidos não homem, pé na tabua! -disse seu

    Geraldo.

    Não demorou e o velho fusca empoeirado chegou à cidade

    de Rio Casca, estacionou em frente ao hospital Nossa

    senhora das dores, correram com a gravida para dentro,

    euforia e falatório, médico e enfermeiros apostos, na

    recepção ficou seu Geraldo e o motorista.Algumas horas

    depois,dona Maria Benedita retorna com um sorriso largo

    no rosto.

    -É um

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