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Segunda Chance 01 - Reencontro
Segunda Chance 01 - Reencontro
Segunda Chance 01 - Reencontro
E-book216 páginas2 horas

Segunda Chance 01 - Reencontro

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Sobre este e-book

A vida de Samuel (Sammy) muda quando ele é atacado por um animal e um misterioso cara chamado Caleb o salva. Caleb vai para a mesma escola e Sammy descobre o segredo de Caleb. Quando Derek um homem misterioso e perigoso aparece Sammy começa a perceber que ainda a muitos segredos escondidos. Derek e Caleb lutam pelo amor de Sammy que esta em um triangulo amoroso. Mas aos poucos Sammy vai percebendo que não é a primeira vez que ele se apaixona pelos dois. Com quem ele ira ficar?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de abr. de 2017
Segunda Chance 01 - Reencontro

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    Segunda Chance 01 - Reencontro - Kemily Cross

    Reencontro

    Segunda Chance 01

    Kemily Cross

    Reencontro

    Segunda Chance 01

    Kemily Cross

    "Somos prisioneiros de nós mesmos.

    Nunca se esqueça disso. Não há fuga

    possível".

    Reencontro

    Segunda Chance 01

    Kemily Cross

    Resumo

    A vida de Samuel (Sammy) muda quando ele é atacado por um animal

    e um misterioso cara chamado Caleb o salva. Caleb vai para a mesma escola e Sammy descobre o segredo de Caleb. Quando Derek um homem misterioso e

    perigoso aparece Sammy começa a perceber que ainda a muitos segredos

    escondidos.

    Derek e Caleb lutam pelo amor de Sammy que esta em um triangulo

    amoroso. Mas aos poucos Sammy vai percebendo que não é a primeira vez

    que ele se apaixona pelos dois.

    Com quem ele ira ficar?

    Reencontro

    Segunda Chance 01

    Kemily Cross

    Capitulo Um

    Quando acordei, a manhã estava linda, com o sol entrando pela janela

    e clareando o quarto. Era uma manhã de domingo. Espreguicei-me na cama e

    senti em minha pele o tecido dos lençóis. Levantei-me e tratei de logo ir tomar um banho.

    Logo após o banho me vesti. Coloquei uma calça jeans escuro e

    camiseta verde escuro. Desci as escadas e fui direto para a cozinha preparar o café da manhã. Quando desci as escadas meu pai Thiago já havia ido para o trabalho.

    Moro apenas com meu pai, sou filho único pelo o que eu saiba. Meus

    pais se separaram quando eu tinha menos de um ano, minha mãe foi embora

    para outra cidade para morar com outro homem e me deixou com meu pai.

    Ela sempre mandava um cartão de aniversario e as vezes de natal, mas nunca no cartão dizia nada sobre ela, apenas me desejando felicidades. Quando

    criança eu sempre ficava na expectativa de que ela voltaria, mas quando eu tinha oito anos nunca mais recebi nenhum cartão, com o passar dos anos

    comecei a odiar ela por te me deixado.

    Balancei a cabeça tentando tirar esses pensamentos fora, não

    importava mais, eu tinha um ótimo pai, e amigos.

    Eu não sou alto, mas tambem não muito baixo, tenho 1,70.

    Após terminar de tomar meu café, decidi ir a casa de Camilo. Peguei as

    chaves do meu carro, um Fiat preto que estava um pouco velho, talvez

    tivesse uns 6 ou 7 anos. Havia sido de meu pai, quando completei 17 ele

    comprou outro para ele e me deu aquele.

    Reencontro

    Segunda Chance 01

    Kemily Cross

    Entrei no carro e me dirigi para a casa de Camilo onde eu almoçaria e

    passaria toda a tarde conversando. Camilo morava alguns quilômetros de

    distancia da cidade.

    Chegando lá, no momento em que desci do carro Camilo veio me

    encontrar. Entramos e fomos para o quarto dele e ficamos conversando

    sobre a festa de Camilo. Eu podia não ser popular, mas Camilo era. Festa

    realmente era o assunto preferido dele, éramos amigos desde a infância mas mesmo assim éramos muito diferentes.

    — Tem tanta coisa que ainda falta arrumar — Camilo disse alongando-

    se.

    Camilo era meu melhor amigo, nos conhecíamos desde que éramos

    crianças, ele sempre foi um pouco estressado, mas sempre foi um ótimo

    amigo, estando comigo nos momentos em que mais precisei, principalmente

    quando decidi sai do armário para meu pai. Eu estava com tanto medo de

    como ele iria agir quando soubesse que seu único filho era gay, mas a minha surpresa foi quando ele disse que já sabia e não importava para ele eu ainda continuaria sendo seu filho. Camilo havia saído do armário muito antes de mim e ele era do tipo que não se importava com que os outros pensassem.

    Não que eu me importe com a opinião dos outros, mas é ruim ouvir as

    pessoas mexerem com você só porque você é diferente deles, que

    importância tem se eu gosto de outro homem.

    Camilo era um garoto bonito, poucos centímetros mais alto que eu,

    cabelos castanhos escuros, olhos castanhos claro, pele moreno claro e tinha a mesma idade que eu 17.

    — Sam, esta me ouvindo? — Camilo perguntou.

    Reencontro

    Segunda Chance 01

    Kemily Cross

    — Sim estou, você disse que o clube já ta alugado para a festa, eu só

    não entendo porque você ta programando isso se ainda falta dois meses.

    Camilo sempre adorou festas, e mesmo sendo gay e todos sabiam, a

    festa que Camilo dava era as melhores da cidade. A festa seria o aniversario dele, mas pelo que eu conhecia Camilo ele daria pelo menos uma festa

    pequena antes do grande dia. Camilo não conseguia ficar sem fazer pelo

    menos uma festa por mês. Eu nunca ia, porque sabia o jeito que era as festas e havia sempre muita bebida e garotos populares que ficavam bêbados e

    mexiam comigo por ser gay, então sempre preferi evitar essas festa. A única festa que eu sempre ia era a de aniversario de Camilo e mesmo assim nunca ficava por muito tempo.

    — É melhor já deixar marcado antes, e você vai me ajudar.

    — Não ajudo sempre?

    Continuamos conversando sobre o que ainda precisava comprar para

    enfeitar o salão de festas que Camilo havia alugado e fazendo uma lista

    enorme de que comida tínhamos que comprar e as bebidas, por enquanto

    era só isso que deveríamos fazer, mas eu sabia que faltando uma semana

    para a festa seria uma correria. Eu não me importava de ajudar, muitas vezes arrumar as festas de Camilo era o que me tirava do tédio, principalmente em uma cidade pequena com apenas 5 mil habitantes.

    Já era quase noite quando eu sai da casa de Camilo, como já estava

    tarde eu resolvi pegar um atalho em uma estrada sem asfalto, mas que me

    faria chegar uns 10 minutos mais rápido, talvez assim chegaria antes de meu pai. A estrada estava completamente vazia já que era muito difícil alguém vir por ela.

    Reencontro

    Segunda Chance 01

    Kemily Cross

    Vi um vulto passar pela frente do carro e logo seguido por um barulho

    de batida, freei o carro o mais rápido que pude. Provavelmente algum animal saiu da floresta. Sai do carro e fui ver o estrago e se o animal ainda estava vivo. Olhei na frente do carro que estava amassado, mas não havia sangue e não vi nenhum animal, fiquei de joelho e olhei em baixo do carro, nada.

    Escutei um barulho estranho e não tinha certeza se era de algum

    animal. Eu já tinha visto muitos filmes de terror e esse tipo de coisa nunca significava algo bom, principalmente parado no meio da estrada

    completamente vazia onde não passava nenhum carro e no escuro.

    Corri para entrar no carro, mas alguma coisa veio rápido demais e me

    empurrou para trás, me jogando no chão e logo desaparecendo nas arvores

    de novo. Não consegui ver o que havia me empurrado, estava escuro demais, mas logo vi uma sombra se aproximando devagar de onde eu estava caído.

    Sabia que não poderia voltar para o carro, pois aquela coisa já havia

    me empurrado uma vez e provava que era mais forte, também não poderia

    ficar parado esperando que seja lá o que fosse me pegasse a única forma era correr. Levantei e corri em direção as arvores gritando por socorro, talvez eu tivesse sorte e houvesse alguém que pudesse me salvar por perto.

    O animal me seguia logo atrás, olhei para trás e vi uma sombra. Parecia

    que o animal estava brincando comigo, porque pelo que já havia me provado ele era mais rápido que eu e poderia me alcançar quando quisesse.

    Corri o mais rápido que podia, já estava cansado, tropecei e cai, me

    levantei e continuei correndo desesperado. Ainda conseguia escutar o animal me seguindo, minhas pernas doíam, meus pulmões não conseguiam ar

    suficiente, minha perna estava sangrando.

    Reencontro

    Segunda Chance 01

    Kemily Cross

    De repente bati em algo sólido, com a batida meu corpo se foi para

    trás e estava prestes a cair quando duas mãos grandes e fortes me seguraram uma pelos ombros e a outra pela cintura. Olhei assustado para o homem que me segurava.

    Ele era jovem, musculoso, alto, 1,94, cabelos pretos como a noite, pele

    clara. Ele estava vestido calças pretas e camiseta preta. Mas foi o jeito que ele me olhou que achei estranho, como se estivesse surpreso por me ver. Já eu estava assustado e lagrimas corriam por meu rosto.

    — Você esta bem? — Ele perguntou sem tirar os olhos do meu rosto. A

    voz dele era suave quando ele perguntou, mas dava para perceber que ele

    estava preocupado. Ele continuou me segurando, abri a boca para falar, mas estava assustado demais e nenhum som saiu. — O que aconteceu? Você esta

    bem? Esta machucado?

    Fechei os olhos e respirei fundo tentando me acalmar. Lembrei que

    meu pai sempre dizia que quando estava assustado demais ou perdendo o

    controle de suas emoções o certo era fechar os olhos e deixar sua mente em branco respirando fundo.

    Quando abri os olhos o homem ainda continuava me olhando.

    — To bem. Tem alguma coisa me seguindo — Ele me soltou, mas não

    saiu do meu lado, olhou em volta enquanto eu tentava manter minha

    respiração calma.

    Tentei parar minhas lagrimas, mas mesmo estando calmo as lagrimas

    não queriam parar, sentia minha perna doendo, e meus braços também.Senti

    a sensação de que algo estava nos observando.

    — Ele esta observando — Eu sussurrei.

    Reencontro

    Segunda Chance 01

    Kemily Cross

    Olhei para o cara ao meu lado e percebi que ele estava olhando

    fixamente em direção a algumas arvores, enxerguei a sombra, parecia como

    se fosse um grande lobo mas estava muito escuro e não consegui enxergar

    direito, mas era grande demais para ser um lobo. O cara e o animal pareciam estar se encarando. Olhei para o rosto do estranho e vi que havia raiva do rosto dele, como se ele estivesse prestes a atacar o que me seguia, sem que eu percebesse dei um passo para trás. Não sabia o que fazer. Olhei para as arvores quando escutei barulho e a sombra não estava mais ali.

    — Ele já foi — O estranho disse.

    — Como você pode ter certeza? pode ter ido para outro lado mas

    ainda pode estar observando.

    — Confie em mim, ele não vai te machucar.

    O homem parecia estar calmo, e a raiva que a um minuto estava na

    cara dele havia sumido substituída por uma calma. Quem era esse cara?

    — O que tava me seguindo? — Eu ainda estava assustado que aquele

    animal fosse voltar.

    — Não sei.

    Eu olhei fixamente para o rosto dele e a forma como os olhos dele

    desviou.

    — Você esta mentindo. — Eu disse. O cara virou na minha direção com

    as sobrancelhas levantadas.

    — Desculpe?

    — Você esta mentindo, você desviou os olhos, suas mãos se fecharam,

    e logo que parou de falar sua mandíbula apertou. Você realmente não deve

    jogar pôquer a menos que queira perder todo seu dinheiro.

    O cara em vez de ficar bravo sorriu.

    Reencontro

    Segunda Chance 01

    Kemily Cross

    — Sim ainda bem que eu não jogo. Sua perna esta sangrando. — Eu

    olhei pela primeira vez para minha perna que ainda doía, a calça estava

    rasgada e havia sangue escorrendo. — Esta de carro?

    — Sim.

    — Vou te levar ate ele.

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