O Que Aprendi Com Daniel

De Mattheus Araújo

Todos os profetas de Israel, evidentemente, foram fiéis ao Senhor. Mas, entre todos eles, para mim, Daniel é o que mais se destaca nesse quesito. Como você verá no decorrer da leitura desta obra, o profeta, mesmo em um dos piores momentos da história de Israel (o tempo do exílio), manteve-se a todo momento fiel a Deus. Refletir sobre sua história foi um prazer imenso, pois são muitas as lições que tiramos dela. Em cada capítulo, teremos uma aula com Daniel de como ser fiel a Deus. Espero que eu tenha conseguido extrair o máximo de aprendizado para você.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 19 de set. de 2017

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Sumário

Sobre o autor

Agradecimentos

Introdução

Capítulo 1

Até um profeta deve estudar

Capítulo 2

Não nos contaminemos com a Babilônia

Capítulo 3

Como temos usado os dons que o Senhor nos concedeu?

Capítulo 4

Que possamos, com sabedoria, aconselhar as pessoas

Capítulo 5

O justo só tem a crescer

Capítulo 6

Façamos de tudo para que ninguém tenha do que falar de nós

Capítulo 7

O justo sofre perseguição

Capítulo 8

Nenhum mal nos atingirá, porque o Senhor está conosco

Capítulo 9

Deus será glorificado através do nosso testemunho

Capítulo 10

Sejamos homens e mulheres de oração

Capítulo 11

Deus responde a uma oração confiante

Capítulo 12

Deus se agrada da nossa fidelidade e do nosso comprometimento para com Ele

Capítulo 13

Julguemos com sabedoria e justiça

Capítulo 14

Denunciemos os falsos deuses

Capítulo 15

Conclusão

O que aprendi

com Daniel

Mattheus Araújo

© 2017 – Mattheus de Sousa Araújo

Todos os direitos reservados.

Revisão e editoração: Márcio Carvalho

Martyria Editora

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Sobre o autor

Nascido em Guaianases -SP, Mattheus de Sousa Araújo é portador de Distrofia Muscular Congênita, que o impede de andar e limita seus movimentos. Em março de 2003, passou a depender de aparelhos para respirar e a se alimentar por sonda. Desde então, Mattheus é acompanhado por home care, um tipo de hospital em casa onde a equipe é composta por enfermeiros, fisioterapeutas e médicos. Atualmente (2017), cursa uma faculdade de Teologia à distância pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).

Agradecimentos

Mais uma vez me utilizo deste espaço para agradecer a Deus por todas as maravilhas que Ele fez e faz na minha vida, à minha família por tudo o que me dão e o que são, aos meus amigos por todo carinho e incentivo que me dão, à minha equipe de home care por todo empenho em garantir o melhor atendimento para mim, aos meus parentes que sempre me apoiam, à UCDB pela preocupação em me dar o melhor atendimento e, por fim, ao editor e também amigo Márcio Carvalho pelo excelente trabalho que vem realizando na edição dos meus livros. Muito obrigado a todos!

Introdução

Todos os profetas de Israel, evidentemente, foram fiéis ao Senhor. Mas, entre todos eles, para mim, Daniel é o que mais se destaca nesse quesito. Como você verá no decorrer da leitura desta obra, o profeta, mesmo em um dos piores momentos da história de Israel (o tempo do exílio), manteve-se a todo momento fiel a Deus.

Refletir sobre sua história foi um prazer imenso, pois são muitas as lições que tiramos dela. Em cada capítulo, teremos uma aula com Daniel de como ser fiel a Deus. Espero que eu tenha conseguido extrair o máximo de aprendizado para você.

Embora o livro de Daniel contenha muitas profecias que requerem delicados estudos bíblicos e históricos, neste livro tratei de comentar apenas as situações e circunstâncias que Daniel viveu na pele. Ou seja, aqui não interpretarei as profecias.

Espero que esta obra venha a te acrescentar espiritualmente e que você possa, assim como eu enquanto a redigia, aprender muito com Daniel.

Boa leitura e que Deus te abençoe!

Capítulo 1

Até um profeta deve estudar

Antes de Daniel tomar parte no serviço ao rei Nabucodonosor, foi preciso que o profeta, juntamente com Ananias, Misael e Azarias (judeus que também foram exilados para a Babilônia), estudassem, pelo período de três anos, a escrita e a fala da língua dos caldeus (Dn 1, 3-5).

Veja, amado, que, por mais que Deus concedeu sabedoria a Daniel , isso não excluiu a necessidade do profeta estudar. Aliás, quando o Senhor agracia alguém com tamanho entendimento (como possuía Daniel), aí é que a pessoa desejará obter ainda mais conhecimento.

Infelizmente, os intelectuais ateístas classificam os cristãos como pessoas alienadas, manipuladas pela Igreja. Só que, diferentemente do que eles pensam, o cristianismo (e aqui estou incluindo tanto o meio católico como o evangélico/protestante) sempre teve como característica o estudo.

Para se ter um conhecimento mais aprofundado e detalhado das Sagradas Escrituras, por exemplo, estudos e mais estudos são feitos para se alcançar uma compreensão cada vez maior do texto sagrado. Contextos históricos, exegese (a busca pelo sentido de uma passagem bíblica), linguística (aprender os idiomas em que a bíblia foi escrita originalmente: hebraico, grego e aramaico), achados arqueológicos, antropologia, entre outros recursos, são estudados para tirar o maior proveito da mensagem da bíblia. E ainda alguns ousam dizer que os cristãos são alienados!

E olha que eu dei o exemplo apenas das Sagradas Escrituras. Nem expus a Teologia, a filosofia, a sociologia, as ciências da natureza (que ajudam no estudo da criação), que são coisas muito estudadas no meio cristão.

A Igreja Católica é e sempre foi uma grande incentivadora dos estudos. Criou as universidades, que beneficiou e beneficia até hoje não só aos católicos como a qualquer pessoa e, para que alguém se torne sacerdote na Igreja Católica, são necessários oito anos de estudo (quatro de teologia e mais quatro de filosofia), mais do que a maioria das profissões.

Não é à toa que o cristianismo é a religião que mais influenciou a sociedade. Com tantos homens inteligentes a serviço do bem comum, os resultados não poderiam ser outros senão inúmeros benefícios para a sociedade.

E tanto eu como você, que agora está lendo este livro, irmão, podemos ser essas pessoas sábias, cultas, entendidas. Mesmo que não possamos pagar as melhores faculdades existentes (como uma Harvard!), busquemos em livros, em sites confiáveis, o conhecimento.

O livro dos Provérbios, um dos meus favoritos da bíblia, contém um versículo que se refere justamente sobre isso, aprendizado. Veja: Apegue-se à instrução, não a abandone; guarde-a bem, pois dela depende a sua vida. (4, 13).

Quanto mais conhecimento vamos adquirindo, mais capacitados para ajudar de alguma forma as pessoas vamos nos tornando. A sabedoria e entendimento de Daniel ajudou e muito os reis e, também, como veremos no capítulo quinze, a Susana. E, se buscarmos verdadeiramente o conhecimento, também faremos a diferença na vida de muitos.

Alguns cristãos pensam, erroneamente, que, para se ser humilde, é preciso ser um zé ninguém, ou seja, possuir uma faculdade, por exemplo, é um sinal de soberba. Embora eu entenda tal raciocínio (pois, de fato, há pessoas que, ao se formarem, se julgam melhores que as outras), não podemos pensar assim.

Realmente, temos que tomar cuidado para que o acúmulo de conhecimento que possuirmos não nos seja uma pedra de tropeço para o pecado da vanglória. Podemos dominar muitos assuntos, falarmos bem, termos um fino comportamento que, mesmo com tudo isso, não seremos em nada melhores do que aqueles que possuem pouco ou nenhum conhecimento.

É muito bonito ver uma pessoa estudada continuando com a humildade de antes. São pessoas assim que nos dão gosto de conversar, tirar dúvidas com ela, enfim. Agora, em relação àqueles que, por estarem numa posição melhor que a nossa, não querem mais falar conosco porque se consideram superiores, esses são dignos de pena.

Não há problema algum em estudarmos para ampliarmos o nosso conhecimento (isso é ótimo!) e também para, futuramente, obtermos um emprego melhor. O erro está em deixarmos que a aquisição de conhecimento nos faça pensar que somos melhores que os outros.

Daniel, mesmo sendo muito mais inteligente do que os outros serviçais do rei, não se vangloriou sobre eles. Aliás, em certa ocasião, até os livrou de uma grande enrascada (Dn 2). O verdadeiro sábio age assim, com humildade.

O conhecimento não é meramente uma teoria, mas também uma prática. De nada vale sabermos das coisas se o principal, que é o exercício dessa sabedoria, não ocorrer. Em outras palavras, a soberba mostra que na verdade a pessoa não é sábia.

Tendo isso em mente, podemos e devemos sim estudar, buscar o conhecimento, crescer intelectualmente. Não abandones a sabedoria, ela te guardará; ama-a, ela te protegerá. (Pr 4, 6).

A ignorância, ao contrário da sabedoria, traz inúmeros prejuízos para a pessoa. Seja na restrição de oportunidades, ou uma conversa sem conteúdo que ela oferece, não poder participar de um assunto porque não entende nada daquilo, a falta de conhecimento faz uma grande falta na vida da pessoa.

No Brasil, infelizmente, além