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Minha Experiência Com O Home Care
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E-book121 páginas1 hora

Minha Experiência Com O Home Care

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Sobre este e-book

O home care é uma espécie de hospital em casa. Como você verá no decorrer da obra, praticamente tudo o que há no hospital eu tenho em casa, a saber, equipamentos, enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, e muito mais. Neste ano (2018), estou completando quinze anos de home care. E, como nesse tempo acumulei muitas histórias com o home care, acho legal contá-las em um livro aproveitando para fazer algumas reflexões desses quinze anos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de set. de 2018
Minha Experiência Com O Home Care

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    Minha Experiência Com O Home Care - Mattheus Araújo

    Sobre o autor

    Autor de mais de vinte livros, Mattheus Araújo nasceu em 1995 com distrofia muscular congênita, que o impede de andar e limita grandemente seus movimentos. Também possui uma escoliose (desvio na coluna), depende de aparelhos para respirar, sonda para se alimentar e um home care, tema deste livro. Contudo, atualmente, cursa Teologia à distância pela Universidade Católica Dom Bosco e leva adiante uma carreira de escritor.

    Agradecimentos

    Em primeiro lugar, agradeço a Deus por tudo o que Ele fez e faz por mim. Em seguida, à minha família por todo amor que me dá. Aos meus parentes e amigos por todo carinho que recebo deles. Ao meu home care por toda assistência prestada a mim. À minha faculdade, UCDB, por todos os recursos que disponibilizam para que eu possa estudar com eles e, por fim, ao editor Márcio Carvalho pelo excelente trabalho que vem fazendo nos meus livros. Muito obrigado a todos!

    Introdução

    Dando continuidade à série de livros sobre mim, apresento a você o livro Minha experiência com o home care, onde, como o título já deixa bem claro, narro o dia a dia do meu home care.

    O home care é uma espécie de hospital em casa. Como você verá no decorrer da obra, praticamente tudo o que há no hospital eu tenho em casa, a saber, equipamentos, enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, e muito mais.

    Neste ano (2018), estou completando quinze anos de home care. E, como nesse tempo acumulei muitas histórias com o home care, acho legal contá-las em um livro aproveitando para fazer algumas reflexões desses quinze anos.

    Embora eu tenha buscado fazer os relatos desta obra de uma maneira que qualquer pessoa compreenda, creio que se você ler antes os livros Distrofia muscular congênita na prática e Vivendo com traqueo e gastro, também de minha autoria, entenderá muito mais do que digo nesta obra.

    Espero que este livro te seja interessante.

    Boa leitura!

    Home Care: o que é e porque tenho

    Como já disse de forma bem resumida na introdução, o home care é uma espécie de hospital em casa. Neste capítulo, porém, falarei muito mais a respeito do que é o home care.

    "Home care é um termo em inglês que significa, numa tradução livre, cuidados em casa". E é exatamente isso que o home care faz: cuida de mim na minha própria casa, não no hospital, como alguns podem pensar.

    Como você verá no decorrer da leitura, o home care me dá praticamente o mesmo suporte que um hospital dá, só que em casa. Tenho, como já disse, enfermeiros, médicos, fisioterapeutas e muito mais dando continuidade no meu tratamento em casa.

    Também usamos o termo "home care" para nos referirmos não só ao tipo de serviço, como também à cooperativa do home care. Em outras palavras, à firma dos profissionais da área da saúde que me atendem em casa.

    Certa vez, logo quando vim morar no apartamento que estou morando agora (2018), desde 2004, um dos vizinhos (que hoje não mora mais aqui), tendo observado o entra e sai de pessoas de branco na minha casa, perguntou para a minha mãe se era ela que pagava o salário de cada profissional. A resposta foi conforme a verdade:

    Meu pai paga o plano de saúde.

    O plano de saúde paga o home care.

    O home care paga os funcionários.

    O plano de saúde não é tão caro assim, comparando com os benefícios que o home care proporciona. Para você ter uma ideia, atualmente (2018), meu pai está pagando uma média de seiscentos reais para o plano de saúde. Esse valor vai aumentando com o passar dos anos, mas, mesmo assim, sempre valerá a pena.

    Como ressaltei na obra Distrofia muscular congênita na prática, especificamente no capítulo Cuidados, a primeira conta que meu pai paga é a do plano de saúde, evidentemente, pela importância que tem para mim.

    Nesses quinze anos de home care já aconteceu, inclusive recentemente, do plano de saúde bancar os serviços do home care diretamente, sem ter uma cooperativa intermediando.

    Essa época foi muito boa, tanto para mim como para os profissionais que cuidam de mim. Entretanto, como era mais caro para o convênio bancar o serviço diretamente, voltei a ser cuidado pela cooperativa.

    Para este capítulo, encerro por aqui a descrição do que é o home care. No entanto, no decorrer da leitura deste livro, você vai compreender cada vez mais o que é o home care.

    Agora, explicarei porque tenho home care. Para isso, assim como fiz no livro Vivendo com traqueo e gastro, aqui eu também vou contar toda a minha trajetória até me ver com home care.

    Na semana do natal de 2002, com sete anos de idade, desci com a minha família (incluindo, além dos meus pais e da minha irmã, uma tia, uma prima e o marido dessa tia) à praia.

    Pretendíamos ficar lá a semana toda, porém, devido a alguns imprevistos, só ficamos três dias. Essa ida à praia foi a minha primeira e única vez. Lembro-me bem daqueles dias que estivemos lá.

    Ao voltarmos, meu pai e eu nos vimos com uma virose. No meu caso, por causa da patologia que tenho (distrofia muscular congênita), fico ainda mais baqueado quando estou doente, e meu problema agravou ainda mais.

    Tendo me recuperado, já me preparava para iniciar a segunda série em 2003. No entanto, eu só frequentei as aulas naquele ano por duas semanas, pois, fui parar na UTI.

    Eu vinha, de pouco a pouco, tendo cada vez mais dificuldade para respirar. Isso se desenrolou assim até chegar ao ponto de minha mãe me levar às pressas ao médico para que ele dissesse o que poderia ser feito por mim.

    No entanto, ao chegar no consultório, o doutor, vendo a gravidade da situação, chamou a ambulância para mim e disse para o pessoal da remoção que era para eu ser colocado diretamente na UTI.

    E assim fizeram. Fui encaminhado diretamente para a UTI e lá, infelizmente (ou felizmente, não sei), fiquei quarenta e um dias. Vou poupar os detalhes sobre o que eu passei naquela UTI, mas saiba que foram dias de trevas ali.

    Fui diagnosticado com atelectasia, isto é, os médicos informaram à minha mãe que meu pulmão estava fechando. Por esta razão (ou seja, para me salvarem), os médicos colocaram uma traqueostomia em mim. Não vou falar da traqueo e da gastro nesta obra, porém, se você quiser saber de modo detalhado o que é tudo isso, recomendo fortemente que você leia o livro Vivendo com traqueo e gastro, também de minha autoria.

    Quando tive alta, não pude ser levado para casa sem ter um suporte para me manter como estava. Então, foi aí que o home care entrou na minha história, porque é ele quem me dá o suporte que preciso.

    Lembro-me como se fosse ontem quando fui informado que passaria a ter home care. A enfermeira entrou na UTI e disse: "o home care vai assumir o Mattheus. Como, até então, eu nunca tinha sequer ouvido falar sobre esse serviço, pensei: home care? O que será isso?".

    Eu imaginava que home care era o seguinte: eu teria os equipamentos hospitalares em casa, seria acompanhado por médicos e fisioterapeutas e minha mãe cuidaria de mim sozinha. Quase que acerto em cheio o que seria o home care, a única coisa que errei foi que, minha mãe não iria cuidar sozinha de mim, pois, como você verá no capítulo Os técnicos de enfermagem, sou assistido vinte e quatro horas por eles.

    As recordações do dia em que fui transportado do hospital para a casa estão vivíssimas na minha mente:

    Quando me desceram da ambulância, praticamente todos os moradores do prédio estavam me aguardando no estacionamento onde a ambulância parou.

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