Distrofia Muscular Congênita Na Prática

De Mattheus Araújo

Neste livro contarei a você de forma detalhada os meus problemas, dando enfoque na minha patologia (distrofia muscular congênita). Procuro relatar a minha situação e o meu dia a dia não como forma de murmurar, lamentar, reclamar, não. Farei isso para mostrar a você que, tendo fé e amor, podemos ser felizes independentemente da condição que estivermos.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 12 de set. de 2018

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Sobre o autor

Autor de uma série de livros sobre os personagens bíblicos, Mattheus Araújo nasceu em 1995 com distrofia muscular congênita, tema deste livro. Além disso, também possui uma escoliose, isto é, um desvio na coluna, depende de aparelhos para respirar e de uma sonda para se alimentar. Com tudo isso, o Mattheus se lançou numa carreira de escritor e atualmente cursa Teologia à distância na Universidade Católica Dom Bosco.

Agradecimentos

Mais uma vez aproveito deste espaço para agradecer a Deus por tudo o que fez e faz na minha vida. Também para agradecer à minha família por tudo. Ao meu home care (espécie de hospital em casa, onde uma equipe completa me assiste) pelo suporte que me dá. Aos meus amigos e parentes por todo carinho que demonstram ter por mim. À minha faculdade, Universidade Católica Dom Bosco, por toda estrutura que me oferecem para que eu possa estudar com eles e, por fim, ao editor e também amigo Márcio Carvalho por todo trabalho que vem realizando nos meus livros. Muito obrigado a todos.

Introdução

Se você vem acompanhando os livros que venho lançando (até agora, 2018, todos cristãos), sabe que, baseado na Palavra de Deus, eu sempre procuro alimentar os leitores espiritualmente. E nesta obra, eu quero fazer isso dando testemunho do meu dia a dia.

Em todos os livros lançados até aqui eu sempre atestei, na parte onde se fala do autor, de maneira bem resumida, as limitações que possuo e a condição em que me encontro. Mas aqui, contarei a você de forma detalhada os meus problemas, dando enfoque na minha patologia (distrofia muscular congênita).

Procuro relatar a minha situação não como forma de murmurar, lamentar, reclamar, não. Farei isso para mostrar a você que, tendo fé e amor, podemos ser felizes independentemente da condição que estivermos.

As menções que faço nesta obra sobre escoliose, traqueo e gastro, home care, aparelhos para respirar, entre outras coisas do tipo, não conterão muitas explicações sobre cada coisa porque eu escrevi livros sobre essas coisas também. O foco aqui será a distrofia muscular congênita.

Espero que esta obra venha a somar na sua vida e que o meu humilde testemunho te faça acreditar ainda mais no poder e na misericórdia de Deus.

Boa leitura!

Distrofia muscular congênita: o que é?

Distrofia muscular congênita (DMC, como chamarei daqui em diante) é o nome que se dá a patologia (doença, problema, mal) que, como o nome já nos leva a entender, está relacionada à musculatura, desde o nascimento da pessoa.

Desde que meus pais me levam aos médicos especialistas, sempre ouvi duas explicações sobre a causa da minha patologia:

A primeira é aquelas coisas de incompatibilidade de genes, cromossomos, entre outras coisas do tipo (como os médicos amam explicar). Para mim, essa teoria é a mais sensata que ouvi até agora.

A outra explicação que já ouvi, é a de que, como os meus pais me tiveram numa idade considerada avançada para ter um filho (minha mãe tinha trinta e oito anos e o meu pai, quarenta e quatro), vim com problema por causa disso.

Mesmo que essa teoria esteja certa, de modo nenhum eu culparia meus pais por isso (pois, infelizmente, tem pessoas que culpam os pais por terem nascido com problemas). Tenho certeza que, se fosse preciso dar a vida para que eu me curasse, eles dariam. Como você verá no decorrer da leitura deste livro, devo muito aos meus pais.

Mas não creio que esta teoria esteja certa porque, eu mesmo, já vi muitos casais terem filhos nessa faixa de idade e, no entanto, os filhos nascerem perfeitos, ou seja, sem terem problema algum.

Independentemente de teorias, eu não me importo com isso porque, de qualquer forma, já foi. E mesmo tendo esse problema, como você verá no decorrer da leitura desta obra, creio que posso dizer que tenho uma vida normal.

A minha patologia, como explicarei de forma prática no próximo capítulo, impediu que minha massa muscular se desenvolvesse durante a gestação e por isso, não tenho força para andar, para me movimentar, enfim.

No entanto, ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, minha patologia não é grave. Ela, como afirmei no parágrafo anterior, só me impõe uma grande restrição nos movimentos.

Eu não vou morrer de distrofia muscular congênita, mas, provavelmente, de alguma consequência da patologia. Como explicarei no capítulo consequências da patologia, a DMC abre portas para outros problemas entrarem. Porém, ela em si me matar, não irá.

Dá pra viver tranquilamente com essa patologia. De tudo o que eu tenho hoje (escoliose, traqueo, gastro, aparelhos para respirar), o que menos me proporciona sofrimento (se é que algo me entristece) é a DMC. Claro que, o bom mesmo, seria não tê-la, porém, o fato de possuí-la não me entristece nem um pouco.

Graças a Deus eu tenho pessoas que me amam (família, amigos, etc.) e que fazem tudo por mim. Isso me conforta tanto que, como você já deve ter percebido, eu não ligo para o meu problema (que problema?).

É claro que, se