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Kalls
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E-book106 páginas1 hora

Kalls

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Sobre este e-book

A Saga Kalls é uma coleção de 04 livros que conta a história de um jovem policial honesto que é vítima de uma emboscada e vê sua esposa sendo violentada por policiais corruptos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de jan. de 2017
Kalls

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    Kalls - Diego Lincoln

    Diego Lincoln Campos

    KALLS

    AMANHECER

    EDITORA PROTEXTO

    1a. Edição

    2015

    KALLS

    Quando a noite cai sobre a terra que julgas ser tua. .

    . .é por que o sol estás a se levantar na terra de outrem.

    KALLS

    AMANHECER

    Para minha filha, Bella

    que foi gerada enquanto escrevia esta Saga.

    PRÓLOGO

    A minha realidade estava chegando mais rápido do

    que podia se quer imaginar, estava com frio e com medo. Não

    podia fazer ideia de seria daquela forma que a minha vida

    terminaria. Em um momento, tudo era bom, tudo era como

    deveria ser sempre — estava nos braços dele e tinha uma

    escolha, eu era a escolha dele para toda a imortalidade do ser

    e do querer. Mas aquele preço, sinceramente — não esperava

    que teria que ser pago tão rapidamente. A dor de morrer mil

    vezes era o que estava sentindo, morria e voltava. Morria e

    voltava — Voltava e morria de novo. Uma agonia sem fim.

    De certo modo eu desejava aquilo, por mais louco

    ou insano que pareça, eu queria — podem até me chamar de

    masoquista, mas era bom; era bom demais para ser verdade

    quando tocamos juntos o chão novamente. Ele tinha se

    alimentado de mim e eu me alimentado dele — era tudo o que

    eu queria. Parecia que eu estava prestes a conseguir tudo por

    que vinha lutando deste sempre naquele maldito lugar.

    "A maior covardia de um homem é despertar o amor de uma

    mulher sem ter a intenção de amá-la."

    Augusto Branco

    KALLS • Amanhecer • Capitulo I

    SOMBRAS

    DO PASSADO

    Levou muito menos tempo do que eu podia se

    quer imaginar — todo o medo não fazia mais sentido algum

    em nossas realidades paralelas — enquanto os minutos

    passavam mais lentamente, o tempo já havia se

    desacelerado e só existia ela —, bem a minha frente, ao

    toque contínuo das minhas mãos. No entanto; estava

    estampado em nossos olhares; o perfume daquele medo a

    que me lembrava com a perfeição de um relógio suíço, de

    quando a tomei em meus braços pela primeira vez ainda

    tão distante para mim, estava desaparecendo — o medo —,

    como se nunca antes o tivera em min experimentado.

    Embora eu já tivesse vivido aquele encontro no

    mínimo umas mil vezes durante as últimas décadas, conter

    toda a emoção do reencontro era praticamente impossível

    — consciente ou não —, e embora eu quase tivesse certeza

    de que tudo aquilo não se passava de um sonho bom, entrei

    em pânico enquanto Kallena saia de trás da cortina,

    caminhando em minha direção. Naquele instante, todo o

    meu controle havia desaparecido tal como as palavras em

    meus pensamentos. Senti aquele gosto intrínseco de quem

    acaba de acordar em minha boca, era como se estivesse

    com sede, uma sede quase que incontrolável no meio da

    madrugada. Não conseguia mais me mexer, estava perplexo

    com o quanto sua beleza me atormentava em a tantas e

    tantas décadas.

    Sabia que seu pai estava bem atrás de mim

    tentando proteger sua prole com uma espingarda velha que

    se quer seria capaz de realizar um disparo perfeito — o que

    não pagaria para ver, claro —, pois temia pela vida dela e

    deles quando o projétil atingisse minhas costas.

    Mas, o que, em um contexto geral; eu estava

    fazendo ali? Dentro de sua casa ainda, já deveria ter partido

    a muito tempo, sem se quer ter sido visto por eles, tão

    pouco; por ela — já os tinha salvo, todos estavam na mais

    completa e certa segurança de quem fica — mas não

    conseguia desviar meu olhar dos lábios dela, não podia

    deixar de lembrar o quanto fomos felizes juntos, e

    sucumbia àquela imensa vontade de a pegar em meus

    braços, e juntos, desaparecermos por todo o sempre. Pois a

    saudade era sufocante demais, o desejo era grande demais,

    a vontade de contar tudo a ela estava explodindo dentro de

    mim.

    Mas então, o que ainda estava esperando, por

    que não a tomar em meus braços e simplesmente

    desaparecer daquele local com ela, para sempre. Seria tão

    mais fácil. Seria tão mais rápido.

    Eu tinha noventa e nove por cento de certeza de

    que estava sonhando, mais uma vez. E que tudo aquilo não

    era real, não poderia ser. Mesmo assim, era como se o

    tempo, por alguns breves segundos, não existisse mais.

    Os verdadeiros motivos para toda aquela

    certeza cega que comprometia a minha própria capacidade

    de discernimentos, eram bem simples:

    Primeiro, eu estava de pé e completamente

    atraído por um feixe de luz que me tornara cego por

    completo, tão brilhante como o sol — o sol claro e ofuscante

    que nunca luzia em uma noite chuvosa como aquela no Setor

    19 — O que era aceitável se observado do ponto de vista

    correto.

    E, em segundo, eu estava olhando para Kallena,

    eu sabia disto, eu sentia isto no fundo mais profundo do que

    ainda restava de minha alma; mas por trás do ser e tão

    perto do ter, do querer, reconhecia também toda a

    delicadeza do rosto de Ketllin.

    Ketllin tinha partido a quase 40 anos em meus

    próprios braços; e isto inconscientemente, me levava à

    prova mais concreta da teoria do sonho, no qual nunca

    consegui a salvar por completamente.

    Ketllin não havia mudado muito; estava ali

    também, de certa forma; seu rosto era exatamente igual ao

    que habitava as profundezas de minhas memórias e

    pensamentos mais secretos, trancados a sete chaves em

    minha mente, inacessível a qualquer outro. A pele ainda

    mais branca e irradiante. Seus lábios rosados sempre ao

    natural, como tanto os desejava; eu não conseguia mais

    distinguir o que era sonho, ou o que era realidade.

    A sua boca se mistura à minha no vazio do

    tempo e eu — queria — seu cheiro percorria o vão entre

    nossos corpos e parecia me tocar por dentro e eu também

    — queria — e aquilo, era bom.

    Podia a tocar em pensamentos entre um vão

    sorriso de surpresa revelado em seu olhar, hora de espanto,

    hora de contentamento. Exatamente ao mesmo tempo em

    que se fazia, um ou outro, como em um espelho a refletir

    toda a minha dúvida, todo o meu medo de que ela — de

    alguma forma — não se lembrasse de mim, não se

    lembrasse de nós; e assim, Bells jamais viesse a nascer.

    Aparentemente, ela também não esperava me

    ver — não ali, eu entendia isto — pois ela se quer sabia quem

    eu era, muito menos, claro; o que eu era e por que estava ali,

    parado; bem a sua frente — e conhecia o risco, sabia do

    risco.

    Foi então, preparado ou não; que as lembranças

    começaram a se despencar em cima de mim, todas de uma

    só vez — com o peso de uma vida inteira refletida em dor e

    sofrimento; da mais fria e cruel perda na qual o tempo se

    quer foi capaz de amenizar.

    E aquilo, ardendo e me forçando a recordar do

    exato momento em que a perdi, ainda em meus braços —

    estava acordado eu sabia, mas não parecia. Pude tocar a

    pele ondulada do seu

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