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Adolpho Werneck: Vida E Obra
Adolpho Werneck: Vida E Obra
Adolpho Werneck: Vida E Obra
E-book358 páginas2 horas

Adolpho Werneck: Vida E Obra

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Sobre este e-book

Adolpho Jansen Werneck de Capistrano (1877-1932), Fundador da Cadeira nº 29 da Academia Paranaense de Letras, foi poeta, jornalista, humorista e charadista. Este livro, além de uma biografia ilustrada, traz para a ortografia atual suas obras Dona Loura (1903), Bizarrias (1908), Insomnia (1921), Minha Terra (1922) e Arco iris (1923), além de outros poemas encontrados em jornais e revistas, e a revista teatral O Jornal, nunca antes publicada na íntegra.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento3 de ago. de 2018
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    Adolpho Werneck - Adolpho Werneck

    Adolpho Werneck

    Vida e Obra

    Biografia, Compilação e Adaptação por

    Eduardo Capistrano

    2ª Edição

    Curitiba

    Eduardo Capistrano

    2018

    Capa: Assinatura de Adolpho Werneck na Ata de Fundação do Centro de Letras do Paraná (pág. 19) e pormenor da foto dos intelectuais reunidos no Passeio Público em 1911 para a coroação de Emiliano Perneta como Príncipe dos Poetas Paranaenses (pág. 17).

    Quarta capa: Fotografia do acervo da família (pág. 7).

    Tipografia: Ambrosia de George Williams.

    Decoração floral: The Lu Lu Alphabet (1847), de Pamela Chandler Colman (1799-1865), segundo página da Universidade de Washington (http://content.lib.washington.edu/childrensweb/alphabets.html). Gráfico obtido da Open Clip Art Library (www.openclipart.org), enviado por John Olsen (web.mac.com/johnny_automatic).

    Catalogação na Publicação (CIP)

    Ficha Catalográfica feita pelo compilador

    __________________________________________________________

    W491v

    Werneck, Adolpho, 1877-1932

    Adolpho Werneck – Vida e Obra. / Adolpho Werneck; Eduardo Capistrano (comp.). – 2 ed. – Curitiba: Eduardo Capistrano, 2018.

    329 p. ; 21 cm.

    ISBN 978-85-924917-3-4

    1. Poesia brasileira. 2. Teatro brasileiro. 3. Poetas brasileiros. I. Capistrano, Eduardo (1980-). II. Título.

    CDD: B869.1 / B869.2 / B928.691

    CDU: 821.134.3(81)-1 / 929WERNECK

    __________________________________________________________

    Índices para Catálogo Sistemático

    1. Poesia: Literatura brasileira 869.1

    2. Teatro brasileiro 869.2

    3. Biografia: Poetas brasileiros. 928.691

    Agradecimentos

    (em ordem alfabética por localidade)

    Curitiba, Paraná

    - Biblioteca Pública do Paraná

    - Casa da Memória: Jussara Ferreira Reimert

    - Centro de Letras do Paraná

    - Círculo de Estudos Bandeirantes: Sebastião Ferrarini

    - Instituto Histórico e Geográfico do Paraná: Lívia Maria Nogas

    - Instituto Neo-Pitagórico: Rhadail Grein Vellozo

    - Paulo Roberto Karam (Adolpho Werneck - Antologia e Biografia)

    Morretes, Paraná

    - Galeria Mirtillo Trombini: Elizabeth Lemes

    - Secretaria Municipal de Cultura: Éric Joubert Hunzicker

    - Professora Laurice Salomão de Bona

    Outras localidades

    - Arquivo Histórico Eclesiástico de Santa Catarina: Janice Marli da Silva

    - FamilySearch (www.familysearch.org)

    - Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá: José Maria Farias de Freitas

    - JusBrasil (www.jusbrasil.com.br)

    - Nelson Vieira Pamplona (A Família Werneck)

    Adolpho Jansen Werneck de Capistrano

    (« Morretes/PR, 03/12/1877 – U Curitiba/PR, 18/08/1932)

    Vida

    por Eduardo Capistrano

    O telegrafista João Werneck de Sampaio Capistrano, natural do Rio de Janeiro, e Maria da Paz Surana Cameu, natural de Desterro, atual Florianópolis, casaram-se em 19 de maio de 1873 na cidade natal da esposa, onde provavelmente residiram nos anos vindouros. João era filho de José Baptista Werneck de Capistrano e Maria Justiniana de Capistrano, e Maria era filha de Francisco Antônio Cameu e Maria das Dores Cameu. Os primeiros filhos de João e Maria foram Leonor Elvira e Elpídio Theodato, nascidos em Desterro em 1874 e 1875.

    A cidade de Morretes, na então Província do Paraná, era à época um centro urbano de prolífico comércio e indústria ervateira. Por algum motivo o casal visitava a cidade em 3 de dezembro de 1877, data de nascimento de Adolpho Jansen Werneck de Capistrano. Jansen é antes parte do prenome do que sobrenome, como seus irmãos (Ottilio Auto, Maria Isabel, Leonor Elvira, Hélio Affonso, Elpídio Theodato).

    A informação errônea de que o ano de seu nascimento é 1879 persiste em diversas obras de referência. Comprova-se o ano de 1877 em seu termo de batismo. Apesar de nascido em Morretes, Adolpho foi batizado em Desterro mais de dois anos depois, em 24 de junho de 1880.

    "Adolpho: Aos vinte quatro de junho de mil oitocentos e oi-

    tenta nesta Matriz baptisei solenemente Adolpho, nas-

    cido em Morretes da Provincia do Paraná á tres de Dezem-

    bro de mil oitocentos e settenta e sete, filho legitimo do Senhor

    João Werneck de Sampaio Capistrano, e de Dona

    Maria Surana Cameu de Capistrano: avós pa-

    ternos José Baptista Werneck de Capistrano, e

    Maria Justiniana de Capistrano: avós ma-

    ternos Francisco Antonio Cameu, e Dona

    Maria das Dôres Cameu. Padrinhos o Se-

    nhor Angelo Maria Cameu, e Dona Ma-

    ria das Dôres Cameu de Lemos. Do que fiz este ter-

    mo e assigno.

    O Vigário Padre Sebastião Antonio Martins"

    Fonte: Folha 35 do Livro nº. 27 de Batizados, 1879-1882,

    da Paróquia de Nossa Senhora do Desterro, Florianópolis/SC

    Fatos seguintes apontam para o frequente contato da família com Desterro. Na cidade nasceram e foram batizados Ottilio, Clodoaldo e Hélio Affonso, respectivamente em 1882, 1884 e 1887. Também em 1887 consta que Adolpho prestou exames da escola pública da capital catarinense.

    Adolpho pode ter iniciado suas colaborações com jornais e periódicos antes de 1887, mas só neste ano encontramos a primeira colaboração perfeitamente identificável. Em 21 de agosto de 1887, a revista literária Jupiter de Santa Catarina, publicou Um raio de sol ou restea de luz, com a nota offerecido ao meu amigo Hercilio Menezes.

    Em 1893, seu pai João foi nomeado Capitão da Guarda Nacional ainda por Santa Catarina, mas em agosto de 1895 estava aposentado no Paraná. Mas há evidências de que a família, apesar da vida dividida entre Paraná e Santa Catarina, residia propriamente em Morretes, no Paraná. Sobre sua juventude, Adolpho escreveu no jornal A Notícia de 21 de junho de 1907, sob o pseudônimo Bingue, com o título Excerpto:

    "Eu tinha 16 annos quando me vi forçado a abandonar a terra de meo berço.

    O Paraná recahira á mão da legalidade e eu, porque fora revolucionario e andara de fita ao chapéo, precisava fugir, temendo a vingança dos pequeninos" que, ao envez de se apiedarem dos vencidos, procuram saciar o seo odio de féras indomaveis, torturando-os sempre.

    "Nunca me havia apartado dos meos; até aquella idade vivera, ininterruptamente, sob os carinhos paternos, por isso que, ao partir, os olhos se me encheram de lagrimas e o coração como que se me partio em tresentos pedaços ao dizer o adeus da despedida...

    "Minha mãe ficara desfeita em pranto e eu partira cheio de saudades, pensando não resistir a ausencia, vindo a morrer por fim, longe como um exilado.

    Passava os dias a chorar como criança, tendo na mente o Nhundiaquara feliz meo patrio ninho" e os meos paes e irmãos que lá deixara.

    "Amargurava-me a duvida de não tornar a vel-os e, por vezes, a rebentar de raiva, como desesperado, amaldiçoava o destino que me os fizera abandonar.

    "A alegria morrera para mim. Tudo se me apresentava de tristonho aspeito, porque o crepe da tristura tudo encobrira, encobrindo-me a alma, deixando-m’a negra de sable.

    "Entretanto, eu não ficara ao desamparo em terra extranha.

    "Achara a caridosa guarida de um tecto e encontrara affagos tambem.

    "Mas que differença do lar e dos mimos paternos!

    "Que dissimelhança, santo Deos!

    "Ao contrario de serem um consolo, avivavam mais a lembrança que me pungia, como um espiculo.

    "Pareciam forçados, não tinham espontaneidade, como que eram ficticios, e, comtudo, eu os recebia assim mesmo, não que elles me fossem lenitivos ás magoas, mas...

    Que bom seria esquecer o passado mesto, varrendo da memoria a dolorosa recordação dos transes dolorosos porque se passa na vida!

    A referência a legalidade e à fita no chapéu é confissão de Adolpho estar do lado dos maragatos durante a Revolução Federalista. Pelo que seu relato indica, Morretes havia sido ocupada pelos legalistas, as forças que Floriano Peixoto enviou para ajudar os pica-paus a combater os maragatos, tornando perigosa sua permanência na cidade. Morretes já decaía desde o estabelecimento em 1885 da ferrovia entre Paranaguá e Curitiba, e Adolpho rumou para a capital paranaense. Logo a cidade não seria refúgio tão adequado para os maragatos: apesar de ocuparem a cidade em fevereiro de 1894 e chegarem até a organizar um governo provisório, dois meses depois os legalistas reconquistaram a cidade. Em 1895 a Revolução havia sido derrotada, circunstâncias que fizeram Desterro ser rebatizada como Florianópolis.

    No final do século XIX, formou-se no Paraná um grupo de escritores e artistas à procura de uma identidade cultural expressiva, em reflexo aos movimentos influenciados pelas academias da França, que por sua vez chegavam às terras brasileiras com a influência de seus autores sobre a literatura e arte. O Cenáculo, com origem nos salões do Clube Curitibano, era encabeçado por Dario Vellozo, Silveira Neto, Antonio Braga, Júlio Perneta, Rocha Pombo e Leôncio Correia. O Cenáculo durou de 1895 a 1897. Próximas do grupo corriam as carreiras de Emiliano Perneta, Emílio de Menezes, Nestor Victor, Jean Itiberê e Romário Martins.

    Adolpho e outros intelectuais influenciados pela produção destes autores procuraram se envolver com aquele momento criativo e dar-lhe continuidade. Euclides Bandeira, Evaristo Perneta, Gabriel Ribeiro e Thales Saldanha, os redatores das revistas O Sapo (1898) e O Azul (1900), figuraram na imagem a seguir, que segundo Leocádio Correia, a começar da direita do leitor, em baixo, respondem pelos nomes: Santa Ritta Júnior, Leite Júnior, Generoso Borges, Thiago Peixoto, Adolpho Werneck, Benedito Nicolau dos Santos, Virgolino Brasil e o próprio Leocádio.

    Fonte: Fora de Foco, de Léo Júnior, 1924, Curitiba/PR

    Nos anos seguintes colaborou com Victrix (1902) de Emiliano Perneta, O Olho da Rua (1907) e iniciou em 1903 duradoura colaboração no jornal Diário da Tarde.

    Em 1903 veio sua primeira publicação, o poema Dona Loura, anteriormente publicado no número 2 de Victrix. O título é evidente evocação da loura, a Elza, a mulher ideal recorrente no Simbolismo.

    Também em 1903 ocorreu um movimento de personalidades voltada a offerecer á sua terra natal – uma polyanthéa, hymno, photographia da mesma cidade, em celebração da cidade de Morretes, origem prolífica de vários intelectuais paranaenses. A polianteia, distribuída nas festividades em 19 de dezembro de 1903, contém a primeira publicação do poema Nhundiaquara, sobre o principal rio morretense.

    Há registros das atividades a que Adolpho se dedicou além das letras. Está com o irmão Ottilio entre os sócios fundadores do Club Philocartista do Paraná, clube de colecionadores de cartões postais fundado em 1905. A colaboração com a revista Cinema, em que assinou a página Meu Jornal como o Rei de Copas, indica interesse pela sétima arte. Desde jovem, contudo, seu nome foi associado às charadas. No Almanach Paranaense para 1900, além de conter um de seus sonetos e uma charada de sua autoria, figurou na Página de Honra por ter decifrado todas as charadas da edição anterior — em que já constava um soneto seu.

    Na edição seguinte, diversos charadistas dedicaram enigmas a Adolpho. No artigo Origem de um Poetastro, na revista A Carga em 1907, se diz empolgado com a doença da charadomania.

    Edições de A República de 1905 colocam Adolpho como membro da Tertulia Paranaense (1º tesoureiro), Club dos Bohemios (vice-presidente) e do Club Curytibano. Em 1º de julho de 1905, adquiriu o Salão Recreio, então na Rua XV de Novembro, 74, do sr. Álvaro Junqueira Peniche.

    Às 16h30 de 23 de setembro de 1905, na Igreja de Santa Felicidade, em Curitiba, Adolpho casou-se com a tibagiana Maria Antonietta Bandeira Fernandes, filha do Major Antonio Chrispim de Oliveira Fernandes e de Idalina Bandeira Fernandes. Foi testemunha Leocádio Correia. Do matrimônio nasceram cinco filhos: Adolpho Filho, o Didi (23/07/1906), Aglaé (1907), Arion (1909), Azir (1911-1912), Arícia (1915) e Astelio (1916-1917).

    Entrou definitivamente para o serviço d’ A Noticia incumbindo-se da reportajem, o noso talentoso colaborador Adolpho Werneck, que ha já algum tempo prestava-nos asidua cooperação, traz A Noticia de 5 de agosto de 1907.

    Fonte: Almanach Paranaense para 1900, Curitiba/PR

    Foto de Adolpho Werneck em Bizarrias

    Em 1908 publica Bizarrias, um pequeno livreto de poesia sinistra, marcada pelas referências satanistas e mórbidas. A obra é evidente discípula do mais sombrio Simbolismo, sem toques de humor como ocorreria no futuro.

    Adolpho iniciou carreira de fazendário tal qual outros escritores, como José Gelbecke, Santa Ritta Júnior e Benedito Nicolau dos Santos. Foi nomeado em 1909 para o serviço público no Ministério da Fazenda, no cargo de 2º Escriturário da Alfândega de Corumbá, Mato Grosso, atualmente Mato Grosso do Sul. Em 1910 retornou para Curitiba, como 4º Escriturário na Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional no Paraná, e em 1911 foi designado para servir na Caixa Econômica anexa ao órgão.

    Em 20 de agosto de 1911, Adolpho integrou um grupo de ilustres intelectuais paranaenses presentes à coroação de Emiliano Perneta como Príncipe dos Poetas Paranaenses, celebrada no Passeio Público. As fotos a seguir reúnem alguns dos intelectuais presentes.

    Da esquerda para a direita, em pé sobre os bancos: Rodrigo Júnior, Heitor Stockler, Romário Martins e Ildefonso do Serro Azul. Em pé: Gastão Faria, Celestino Júnior, Francisco Leite, Júlio Hauer, Mário de Barros, Josias Santana, Adolpho Werneck, Schaffenberg de Quadros (atrás), Generoso Borges, Euclides Bandeira e Raul R. Gomes. Sentados: Leite Júnior, Domingos Nascimento, Chichorro Júnior, José Gelbeck e Ciro Silva. [Fonte: A Bomba nº 13, de 10/10/1913]

    Da esquerda para a direita, em pé: Júlio Cesar Hauer, Rodrigo Júnior, Ildefonso do Serro Azul, Gastão Faria, Heitor Stockler, Francisco Leite, Mário de Barros, Josias Santana, Ciro Silva e Raul R. Gomes. Sentados: Schaffenberg de Quadros, Generoso Borges, Leite Júnior, Domingos Nascimento, Romário Martins, Alceu Chichorro Júnior, Euclides Bandeira, Celestino Júnior, José Gelbeck e Adolpho Werneck.

    Adolpho teve certamente contato com algumas tendências dos intelectuais da época, particularmente a maçonaria, o espiritismo, os movimentos esotéricos — em especial o neo-pitagorismo — e o anticlericalismo. Seus irmãos Elpídio, Hélio e Clodoaldo foram maçons, como grande parte dos intelectuais do círculo que Adolpho integrava. Com relação ao espiritismo, Leocádio Cysneiros Correia, editor de Adolpho, era filho de Leonardo José Correia, nome notável do espiritismo paranaense. O esoterismo regozijou dentre os simbolistas, com Dario Vellozo fundando o Instituto Neo-Pitagórico, de tendências ocultistas e gnósticas. Contudo, quanto a Adolpho não há registros de efetivo envolvimento com estas vertentes. Mas certamente figurava entre os anticlericais, movimento de oposição à Igreja, colaborando com Electra, órgão do movimento, cuja edição de junho de 1903 lista que em certo encontro no Theatro Recreio seos brindes foram verdadeiras profissões de fé anti-clerical.

    Em 12 de outubro de 1912 foi publicado o primeiro número do jornal Commercio do Paraná, com orientação de Júlio Rodrigues, direção de Domingos Velloso, Generoso Borges como secretário e Adolpho Werneck e Octavio Sidney como auxiliares.

    Entre 1912 e 1913, Adolpho torna-se colaborador da revista Fanal, o Órgão do Novo Cenáculo, incluindo-se entre os chamados Novos. O envolvimento denuncia contato com Acir Guimarães, Alcides Plaisant, Aristides França, Benedito Nicolau dos Santos, Cícero França, Clemente Ritz, Evaristo Perneta, Francisco Leite, Generoso Borges, Georgina Mongruel,

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