Contos Do Interior

De Alessandro Lopes Silva

O livro Contos do interior: lendas do Brasil reúne, de forma sucinta e leve, a dinâmica da mitologia brasilei-ra fundida, em relevantes aspectos, às lendas euro-cêntricas trazidas, implantadas e difundidas pelo co-lonizador. O autor traz contos de diferentes partes do país lançando luz em suas amarras e estratégias de controle social.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 22 de jun. de 2019

Pré-visualização do livro

Contos do interior:

lendas do Brasil

Alessandro Lopes Silva

2ª Edição

2019

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Copyright © 2019 by Alessandro Lopes Silva Rogério Fernandes Lemes

Coordenação editorial

Kassia Regina Mariano

Assistente de Coordenação

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Silva, Alessandro Lopes, 1985—.

S586c

Contos do interior: lendas do Brasil / Alessandro Lopes Silva.

— 1. ed. — Dourados: Biblio Editora, 2019.

72 p. ; 14x21cm.

ISBN 978-85-93546-63-1

1. Literatura. 2. Contos. 3. Lendas brasileiras. I. Silva, Alessandro Lopes. II. Título.

CDD – 398

Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização do Autor.

Todos os direitos reservados de acordo com a Lei 9.610/98.

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Dedicatória

Monteiro Lobato (1882-1948) foi um escritor e editor brasileiro pré-modernista. Considerado um dos maiores autores de histórias infantis, sua obra ma-is conhecida é O Sítio do Pica-Pau Amarelo, compos-ta de 23 volumes.

Quem escreve um livro cria um castelo, quem o lê mora nele.

(Monteiro Lobato)

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Prefácio

É com alegria que recebi o convite de Alessandro Lopes Silva para prefaciar seu primeiro livro. Sabe-dor de que todo convite traz, em sim, recortes e esco-lhas, por este motivo é que o sentimento se traduz em gratidão.

O livro Contos do interior: lendas do Brasil reúne, de forma sucinta e leve, a dinâmica da mitologia brasilei-ra fundida, em relevantes aspectos, às lendas euro-cêntricas trazidas, implantadas e difundidas pelo co-lonizador. O autor traz contos de diferentes partes do país lançando luz em suas amarras e estratégias de controle social.

Um bom exemplo é o conto da mulher-peixe.

Ainda que sofra pequenas variações, dependendo das particularidades de cada cultura e região, o imagi-nário popular insiste e reforça ao culto dos fenótipos germânicos: olhos exagerados.

Característico das comunidades ágrafas, os con-tos e lendas sobrevivem ao tempo através da fala, re-forçada de geração em geração com uma liga de per-tencimento e autopreservação.

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Os mitos fluviais como Iara, muito semelhante às ninfas homéricas, em Odisseia, refletem o terror das famílias ameríndias no que se refere aos acidentes por afogamentos ou outros em decorrência de ata-ques de animais aquáticos.

Contar às crianças que monstros terríveis emergem das águas, é uma exce-lente forma de manter o controle longe da vigilância dos pais.

O mito do Lobisomem, por exemplo, cumpre uma função social para impedir uniões inaceitáveis ou in-cestuosas exercendo forte controle sobre a comuni-dade.

O autor evidencia, em muitas estruturas narrati-vas, a existência do mito a partir de rituais locais. Exis-tem ainda os mitos que nascem a partir de litígios amorosos, corações partidos e paixões não corres-pondidas.

Os contos existem, dentre outras atribuições an-tropológicas, para transmitir ensinamentos da auto-preservação, com é o caso do Papa-figo, onde as víti-mas são crianças desobedientes e mentirosas.

É com satisfação que apresentamos o livro Contos do interior: lendas do Brasil, do carioca e membro a Aca-demia de Letras do Brasil/Teresópolis, Alessandro Lopes Silva. Vale a pena conferir.

Rogério Fernandes Lemes

Presidente da Academia Amambaiense de Letras 6

Sumário

Lenda do Caipora, 9

A lenda da Matinta Pereira, 11

Iara, 13

Lobisomem, 15

Uirapuru, 17

Papa-Figo, 19

Negrinho do pastoreio, 21

Mula-sem-cabeça, 22

A lenda do Velho do Saco, 25