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St3v3gatto
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E-book173 páginas1 hora

St3v3gatto

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Sobre este e-book

Atenção: Recomendado para leitores acima de 12 anos. GATTUNIVERSO é uma dimensão paralela que possui um sistema solar semelhante ao nosso. Não existem seres humanos. A raça mais evoluída são os gatos, chamados gattunianos. OV3RKATTZ é o planeta mais populoso, com 15 bilhões de habitantes. Todos nascem com 7 vidas e vão perdendo-as até zerarem o estoque. ST3V3GATTO é um jovem esquisito e solitário de 21 anos. Seu único amigo é seu celular. Acostumado a sofrer bullying desde a infância, ele é humilhado pelo chefe diariamente, não fala com seus pais há 5 anos e mora com sua avó motoqueira. Toda noite ele sai pra descarregar seu estresse e praticar sua grande paixão: DANÇAR. Recentemente, ST3V3GATTO ganhou poderes inusitados, com os quais tenta conviver. Por conta de seu temperamento e imaturidade, ele acabou usando-os de maneira equivocada, causando muita confusão na cidade. Isso atraiu a mídia, a polícia, fãs e inimigos também. Àquela altura, um incidente em sua boate preferida obrigou o jovem a se posicionar diante da sociedade. Seria herói ou vilão? Agora é pra valer! Seja bem-vindo(a) ao Gattuniverso!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de set. de 2020
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    St3v3gatto - Bernardo Prata

    BERNARDO PRATA

    ST3V3GATTO

    Uma história do

    Gattuniverso

    1ª Edição

    Rio de Janeiro, 2020

    Copyright © 2020 by Bernardo Prata

    Capa, ilustrações e diagramação:

    Bernardo Prata

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964

    ____________________________________________________

    Prata, Bernardo Martins

          ST3V3GATTO : uma história do gattuniverso /

    Bernardo Martins Prata ; [ilustrações do autor]. --

    1. ed. -- Rio de Janeiro : Ed. do Autor, 2020.

          ISBN 978-65-00-09146-5

          1. Ficção brasileira 2. Gatos 3. Humor

    I. Título.

    20-44578                                          CDD-B869.3

    ____________________________________________________

    Índices para catálogo sistemático:

    1. Ficção : Literatura brasileira      B869.3

    www.bernardoprata.com

    Agradecimentos

    Esse livro não existiria sem Dona Sonia e Dr. Elson, meus pais. Obrigado pelo amor incondicional, pelo apoio irrestrito à minha arte e pelas experiências maravilhosas da minha infância e adolescência.

    Gostaria de agradecer especialmente à minha esposa, Flavia e meus filhos Lara e Eric. Papai agora, além de criar personagens, quer contar as histórias deles também.

    Agradeço também ao meu irmão Eduardo, meu tio Paulo, meu sócio/irmão Julian, Eddie Souza, Aroldinho Mendonça e demais familiares e amigos que sempre deram feedback sobre minhas criações.

    Stan Lee, George Lucas, Walt Disney, Maurício de Sousa, Daniel Azulay, Uderzo, Chuck Jones, Walter Lantz, William Hanna, Joseph Barbera, Jim Henson, Ralph McQuarrie, John Kricfalusi, Craig Kellman, Monteiro Lobato, obrigado pelas doses cavalares de inspiração. Tem um pouquinho de cada um de vocês no trabalho que eu faço.

    Pra finalizar, gostaria de agradecer aos meus amparadores espirituais por me ajudarem a chegar até aqui. Gratidão: Nível Máximo!

    Dedico meu primeiro livro à uma pessoa que sempre foi muito especial em minha vida, Dona Ely, minha querida avó. Sou sua fã número um!, dizia ela. Desde 2007 ela torce por mim lá do plano astral. Vovó Ely, esse livro é para você!

    ERA UMA VEZ EM CATTYORK

    Ah, CATTYORK. Aqui, coisas estranhas acontecem, dizem os moradores da cidade. Temos um trânsito caótico, muita violência, políticos corruptos, vida noturna agitada, polícia ineficiente, hospitais precários, dejetos radioativos nos lagos e rios, moradores de rua, pipoca de microondas, revistas de fofoca, como toda grande metrópole de OV3RKATTZ. Eu nasci, cresci e moro nesse paraíso.

    Recentemente, me formei como designer gráfico e trabalho nessa função na revista eletrônica WATTCH, que é muito famosa aqui em CATTYORK. Ela é a única que checa as informações 38 vezes antes de publicar qualquer notícia. Malditas fakenews!

    Trabalho de 14h às 19h, de prima¹ a sexta. Metade da semana eu trabalho no escritório, que fica a 20 minutos daqui, e a outra metade eu trabalho de casa mesmo. Eu gosto do meu trabalho.

    Fiquei sabendo dessa vaga, escutando o papo de outros gatos no elevador. Eles diziam que o chefe deles, um tal de Sr. J3FFR3Y, era um baixinho irritado, grosso, sem educação, que só sabia humilhar e xingar os seus funcionários. Ninguém aguentava trabalhar com ele. Bullying e maus-tratos era comigo mesmo! Tava acostumado desde filhote. Seria moleza! Consegui a vaga, e comecei a trabalhar no mesmo dia.

    — ST3V3GATTO! Pela feiura do gato Sphynx! Que raios de layout é esse que você fez, seu reservatório de estrume ?! — virou música para meus ouvidos. O belo salário compensava esse carinho do Sr. J3FFR3Y. Meu chefe era um gato anão, dono de uma monocelha peluda e de uma cabeça tão quadrada que parecia o puff da casa da minha avó. Seu cabelo era simetricamente repartido ao meio e besuntado por um gel que resistia, sem despentear, a todos os ataques de fúria do Sr. J3FFR3Y. O bigodinho cafona, o colete e a calça santropeito completavam o visual bizarro do meu querido chefe. Na boa, se eu fosse baixinho e feio desse jeito, eu também brigaria com todo mundo.

                                    *        *        *

    Segundo minha mãe, Dona GATTANA, eu era um filhote muito chato, ranzinza, incoveniente e que, por conta disso eu não fazia amizades. Eu não me socializava...

    Quando era bebê, se alguém se aproximava do meu carrinho com aquele papinho Que fofo! Cuti-cuti-da-mamãe! tomava logo uma mamadeira na cara! Minha mãe tentou inibir essa minha reação retirando a mamadeira do carrinho. Não deu certo. Continuei jogando minha chupeta, meus brinquedos e até minha fralda suja de cocô.

                                  *        *        *

    Lembro perfeitamente da primeira palavra que eu disse na vida. Foi WOW!, quando aprendi a ligar o fogão lá de casa.

                                *        *        *

    Um dia, meu pai, Seu KLARR, disse:

    — Filho, você sabe que eu e sua mãe trabalhamos muito. Damos duro pra manter tudo aqui em casa. Acho que chegou a hora de você ajudar também — disse me olhando bem nos olhos — Que tal arrumar um emprego?

    Eu tinha 3 anos.

                                *        *        *

    Seu KLARR, costumava me levar na pracinha, perto de casa, onde tinham alguns brinquedos. Ficava lotada de filhotes! Ele me empurrava pro meio deles, enquanto ficava sentado num banquinho só observando.

    — Oi, posso fingir que sou seu amigo? — eu dizia para algum filhote, quando me aproximava.

    — Fingir?! Por quê? — perguntavam eles.

    — Só pra não apanhar do meu pai.

    Não dava certo. Eles se viravam pra continuar brincando, me ignorando. Mas eu tinha um Plano B. Jogava areia neles! Todos vinham correndo atrás de mim! Eu dizia pro meu pai que estávamos brincando de pique. Na verdade, eu acabava sempre apanhando, ou dos meus amiguinhos, ou do meu pai.

                                      *        *        *

    Uma vez, perguntei empolgado pra minha mãe:

    — Mãe, posso te acompanhar um dia no seu trabalho?

    — Hum, não acho que seja uma boa ideia — disse ela — mamãe é psiquiatra e isso consiste em cuidar de gatos com problemas mentais, gatos esquisitos, sabe?

    — Ué? Você nunca me disse que conheceu o papai no trabalho! — disse surpreso.

    Fiquei de castigo.

                                    *        *        *

    Outra vez, perguntei superanimado:

    — Pai, vamos pescar?

    — Pra quê? — questionou ele, sem interromper sua série de exercícios.

    — Pensei que seria interessante passarmos um tempo juntos, em contato com a natureza, nos divertindo! E ainda poderíamos trazer os peixes pra comer em casa!

    — Melhor não… Li uma pesquisa, que dizia que os pais que pescam com seus filhos, estimulam uma competição familiar que pode durar a vida toda! Uma verdadeira maldição! Filho, cá entre nós, eu já sou melhor que você em tudo. Quer mesmo sofrer mais essa humilhação?

                                    *        *        *

    Perguntei fazendo cara de gatinho carente:

    — Pai, posso ter um bicho de estimação?

    — Não. Sairia muito caro — disse meu pai fazendo a barba no banheiro.

    — Não sairia nada! Tem bichos bem baratos! — insisti esperançoso — Eu vi na loja!

    — Sairia muito caro ter que pagar pra ele brincar com um moleque chato como você.

                                    *        *        *

    Aos 5 anos, eu não era chamado pra nenhuma festinha de aniversário dos meus amigos da escola. Com 6 anos, a mesma coisa. Quando eu estava com 7, minha mãe se revoltou e foi tirar satisfações com a escola. Ela queria saber se era proibido comemorar aniversários na turma. Coitada, descobriu meu problema de uma forma bem dura… Depois de tentar várias abordagens e tratamentos, ela teve uma ideia:

    — Pelos Tigres-Dentes-de-Sabre! ST3V3, hoje mamãe vai comprar um amiguinho pra você! — disse ela pegando no meu braço, me levando pra dar um passeio.

    — Comprar? Não imaginava que meu caso era tão sério — pensei.

    Ela me deu um celular.

    Melhor que isso!

    Santa Jaguatirica! Ela me deu um flyfonn3!

    Esse celular era um superaparelho que tinha acabado de ser lançado! Ele era capaz de conversar com a gente, por causa da inteligência artificial e ele voava! Essa mágica acontecia graças a um revolucionário sistema de propulsão antigravitacional. Não precisávamos segurá-lo, nem digitar nada! Ele não tinha nenhum botão e nem um parafuso na parte externa. Tinha uma superfície totalmente lisa! Tudo funcionava por comando de voz. Ah, ele também era vendido em várias cores (escolhi um preto pra mim). Dá pra entender porque todo mundo no planeta OV3RKATTZ tinha um aparelho desses, não é mesmo? Foi uma febre que deixou a

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