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A Escola Real
A Escola Real
A Escola Real
E-book217 páginas3 horas

A Escola Real

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Sobre este e-book

Eles são de dois mundos diferentes.

Seu amor vai contra séculos de tradições.

Mas ele não dá a mínima.

Maggie

A família real precisa de uma tutora. Alguém em quem podem confiar. Alguém que não é distraída de seus deveres por trabalhar para a realeza.

Sou perfeita para a posição, já que não sei nada sobre a realeza inglesa.

Meu pai precisa de dinheiro para as despesas médicas, e estou desesperada.

As crianças são encantadoras, e quando conheci seu lindo irmão mais velho, príncipe Edward, meu coração descompassou.

Posso ser a tutora, mas ele está ensinando mais do que eu queria saber sobre me apaixonar pelo homem errado.

Ele é um jogador, e preciso desse emprego então tento me manter longe.

Palavra-chave: tento.

Edward

Esperam que eu faça as melhores decisões para meu país.

Mas nunca me interessei por casamento. Passava minhas noites me encontrando com lindas mulheres das famílias mais renomadas, sempre evitando compromisso sério.

Então Maggie entra em nossas vidas e vira meu mundo de cabeça para baixo.

Tudo que pensei que queria, tudo que é esperado de mim—

ela me faz querer jogar tudo fora por ela.

O fato de que ela não deixa eu me aproximar dela me faz desejá-la ainda mais, e sou um monarca que não gosta de seguir as regras.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de jun. de 2020
ISBN9781071545492
A Escola Real
Autor

Mckenna James

Mckenna James is the pen name for a collaborative writing duo who share an addiction to sweet tea and a love for wealthy, attractive men. Since they don't know enough devastatingly handsome men with boatloads of cash to spare, they decided to create some. They specialize in fairytales for today's world featuring modern princes and heroines who speak their minds and carve out happily ever afters on their own terms.

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    A Escola Real - Mckenna James

    Capítulo 1

    Maggie

    O primeiro gole de café quase me escaldou. Senti uma pontada na língua pouco antes dela ficar amortecida. Ótimo. Definitivamente não sentirei o gosto de nada pelo resto do dia.

    Normalmente costumo ser mais cuidadosa com a temperatura do meu café ao bebê-lo, mas hoje estava com pressa. Estava atrasada para uma entrevista de emprego que eu realmente precisava, e não podia me dar ao luxo de perdê-la. Então, obviamente, meu despertador não tocou na hora certa de manhã, e só tive tempo para pentear meu cabelo e trocar de roupas antes de sair.

    Estava preparada e determinada a conseguir esse emprego. Eu poderia estar com a aparência bagunçada, e realmente ser bagunçada, mas assim que entrasse na sala para a entrevista eu seria legal, calma e recatada. Provavelmente a entrevista não seria tão rigorosa de qualquer jeito.

    Uma conhecida havia me falado de uma oferta de emprego privada para ser tutora de duas crianças e achou que eu seria uma boa candidata. Não conseguia imaginar quaisquer pais que fossem ser duros ao entrevistar. Não é como se fosse para uma posição séria em uma empresa.

    Queria parecer preparada. Quão mais rápido eu impressionasse eles, melhor, pois o pagamento era muito bom. Todo mês eu lutava para conseguir sobreviver e realmente precisava do dinheiro. O horário de trabalho seria curto e com salário alto, era uma oportunidade perfeita para mim.

    Cheguei ao elegante hotel em Londres onde seria realizada a entrevista. No início, não achei estranho uma entrevista ser realizada em um hotel, havia muitas famílias influentes em Londres. Entendia que eles não iriam querer levar estranhos para dentro de sua casa até serem aprovados, e quem quer que fossem esses pais, claramente eram ricos.

    Entretanto, eu estava realmente surpresa por quão chique era o local. Haviam lindas portas francesas com sofisticadas maçanetas de ouro no hall de entrada. Eles eram aparentemente mais ricos do que eu imaginei. Alugar uma sala de reuniões aqui com certeza não devia ser barato, mesmo que apenas por uma hora.

    Foi difícil conseguir abrir a porta com o copo de café em uma mão e meu currículo e celular em outra. Elas eram mais pesadas do que eu esperava e meu celular começou a tocar enquanto eu as puxava . Soltei a maçaneta rapidamente e dei um passo para trás para conseguir ver quem estava me ligando.

    Enquanto caminhava esbarrei em algo que estava atrás de mim. Comecei a cair de costas ao tropeçar, e imediatamente percebi que não era algo, mas alguém, que me segurou graciosamente impedindo minha queda.

    Embora tenha sido com grande custo, pois ao tropeçar meu copo de café escorregou da minha mão caindo para trás, enquanto meu currículo foi parar no chão. Me virei de costas assim que fiquei de pé novamente, apenas para encontrar um homem maravilhosamente lindo, retirando lentamente suas mãos que estavam ao redor de meu corpo. Ele vestia um terno azul marinho fenomenal, agora todo coberto por meu café derramado.

    Não era necessário dizer que eu estava completamente envergonhada.

    — Ai não. Ai, meu senhor. — resmunguei para mim mesma. — Sinto muitíssimo!

    Para meu horror, o café derramado fazia uma trilha em direção ao meu currículo caído no chão, então me apressei para o pegar de volta, chacoalhando a folha para retirar a poeira antes de guardar em minha bolsa.

    Ele estava surpreendentemente compassivo quanto ao acidente. Olhou para sua camisa branca com o colarinho desabotoado que agora estava completamente arruinada pelo café, e sorriu para mim ao mesmo tempo em que passava uma mão por seu cabelo castanho perfeitamente arrumado.

    — Não tem problema, acidentes acontecem. — seu sorriso só me fez sentir pior.

    Não tinha certeza se já havia visto um homem tão lindo assim na minha vida, não pessoalmente pelo menos. Ele parecia a droga de um modelo. Eu não ficaria feliz em derramar café em qualquer pessoa, mas por que tinha que ser justo em um homem tão lindo?  Apenas seu sorriso já me derretia.

    — Aqui, deixe-me abrir a porta para você. — falou enquanto puxava a maçaneta adornada de ouro.

    Ele fez parecer muito mais fácil do que foi para mim em meu desastre.

    — O-obrigada. — murmurei. — Sinto muito pelo café, tem algo que eu possa fazer para ajudar? Pagar pela sua camisa talvez?

    Ofereci pois parecia a coisa mais sensata a se fazer, mas esperava secretamente que ele negasse. Percebi logo que seu terno era de marca quando olhei mais perto. Eu provavelmente nem teria dinheiro o suficiente para pagar, então fiquei aliviada quando ele balançou a cabeça.

    — Nada que uma boa lavagem a seco não resolva.

    Não tinha tanta certeza quanto a isso. Manchas de café eram difíceis de limpar, mas apreciei ele ser tão indiferente a tudo que estava acontecendo.

    — Bem, desculpe-me novamente. — disse enquanto entrava no lobby.

    — Não tem problema algum. Tenha um ótimo dia, senhorita.

    — Você também. — completei sorrindo.

    Mesmo já vivendo em Londres há alguns anos, nunca me acostumei com quão atraente o sotaque era. O som de sua voz apenas realçava sua aparência incrível.

    Me peguei o observando enquanto ele se afastava, mas logo lembrei a mim mesma que precisava focar. Não tinha tempo para ficar envolvida por belos homens britânicos. Precisava descobrir em que sala faria minha entrevista.

    De qualquer jeito, mesmo que não estivesse apressada para uma entrevista de emprego, nunca desejaria um homem desses. Ele estava fora do meu alcance e não havia espaço para namoro em minha vida atualmente. Precisava focar em coisas mais importantes como ter estabilidade financeira e priorizar a família. Não sequer abria um aplicativo de namoro desde que meu pai ficou doente, e não tinha a intenção de fazer isso tão cedo.

    Havia um mapa do hotel na parede do lobby que incluía todas as salas de reuniões do primeiro andar. Minha entrevista seria na sala 106, uma porta à direita no fim do saguão.

    Me surpreendi ao chegar lá e ver uma enorme fila de cadeiras do lado de fora da sala 106, com uma pessoa sentada em cada uma delas. Definitivamente não era o que eu esperava.

    Pensei que seria algo bem simples. Quero dizer, era uma vaga para tutor, imaginei que seria no máximo eu e mais alguns candidatos. Eles realmente precisavam entrevistar tantas pessoas assim para saber quem seria uma boa opção para cuidar de crianças pequenas?

    Eles eram mais ricos do que eu imaginava.

    Já não me sentia mais tão confiante assim sobre as minhas chances. Quero dizer, com certeza um desses muitos homens ou mulheres deviam ser muito mais qualificados que eu. O que poderia fazer eu me destacar?

    Por um momento considerei desistir, mas eu já estava aqui, então poderia ao menos tentar. Não queria destruir minha reputação aparentando ser frágil, e tinha uma pequena chance de eu ser a pessoa por quem eles estavam procurando.

    Sentei-me ao lado de uma mulher loira mais baixa, com o cabelo na altura dos ombros e as pernas cruzadas. Sorri para ela enquanto pensava em perguntar se ela sabia por que havia tantos candidatos.

    Ao invés de retribuir meu sorriso ela olhou para frente com o rosto sério. Ok, aparentemente eu não iria fazer nenhum amigo hoje. Fiquei sentada esperando pacientemente conforme os candidatos eram chamados, apenas para sair logo depois com os ombros caídos e explicitamente desapontados. Suas expressões apenas aumentavam minha ansiedade, mas decidi que iria dar a melhor entrevista possível. A enorme necessidade de resolver meus problemas financeiros me impedia de sair sem ao menos lutar por isso.

    Uma mulher de meia idade baixa e corpulenta saiu da sala e baixou o olhar para a prancheta em suas mãos.

    — Tem alguma Maggie aqui? — perguntou.

    Ah, merda! Mas já eu? A fila na minha frente ainda era grande, e eu não estava esperando há muito tempo.

    O ar de condenação circulou pelo corredor, mas tive uma conversa interna animadora com meu medo antes de levantar orgulhosa, de ombros erguidos. Ajeitei minha saia e cumprimentei a mulher com um sorriso amigável.

    Assim como a loira que estava sentada do meu lado antes, ela não retribuiu meu sorriso e manteve a conduta rígida. Tentei não deixar me afetar por isso, mas definitivamente aumentou meu nervosismo. Acompanhei a uma distância segura para evitar acidentes como o que havia acontecido na chegada.

    Ela sentou em uma cadeira atrás da mesa de madeira e gesticulou para a cadeira em frente à ela. Sentei com minhas costas retas, pés cruzados, e olhei para a mulher e para o homem, que me encarou também. Deixei escapar uma arfada involuntária antes de engolir a ansiedade repentina de volta para dentro. Um sorriso afetado se espalhou por todo seu rosto, levantando sua sobrancelha com um ar de curiosidade em seu olhar.

    Era o mesmo homem que eu havia derramado meu café! Merda, merda, merda! O que ele fazia aqui?

    Se eu já não estava me sentindo confiante em conseguir o emprego, agora eu estava convencida de que não iria.

    A mulher me olhou com a testa franzida.

    — Há algo errado? — seu tom apontava que a pergunta era em retorno a minha arfada.

    — N-não. — olhei espantada para o homem, imaginando se ele iria me dedurar.

    Percebi imediatamente, claro, que eles provavelmente não eram marido e mulher. Ele parecia ser jovem demais para a mulher. Com certeza ele estava mais perto da minha idade do que da dela.

    Ele me estendeu a mão ao contrário de me dedurar.

    — Você deve ser a Maggie.

    — Sim, olá. — apertei sua mão em resposta, e estendi a minha para apertar a da mulher também.

    — Olá, Maggie. Sou a senhora Mitchell. É muito bom conhecer você.

    O nome parecia familiar, mas não consegui reconhecer a mulher em uma vaga sensação de familiaridade.

    Quem eles eram? Talvez fossem assistentes da família que desejava contratar um tutor. Quão importante deviam ser essas pessoas para não realizarem a entrevista pessoalmente? Eu nunca diria isso pois queria o trabalho, mas eu definitivamente já estava os julgando.

    — Você está com seu currículo, querida? — questionou a senhora Mitchell.

    — Ah, sim, claro! — disse enquanto retirava de minha bolsa.

    Meu currículo vergonhosamente havia ficado um pouco amassado lá dentro, e com resquícios de sujeira na parte de trás da página. Tentei arrumar em cima da mesa enquanto tentava ao máximo não ficar corada.

    Foi um fracasso total. Minhas orelhas começaram a ficar quentes pelo estresse, minha pressão nas alturas. Eu estava estragando tudo de um jeito constrangedor.

    — Ah, você estudou desenvolvimento infantil na faculdade? — ela indagou.

    — Sim, estudei. Amo crianças. — sorri carinhosamente, embora estivesse evitando contato com os olhos com o homem inadvertidamente.

    Não devia estar evitando. Digo, era uma entrevista com ele tanto quanto era com ela. Não conseguia evitar o constrangimento.

    — Quando vai receber seu diploma? — perguntou o  homem, que ainda não havia se identificado.

    Droga. Esperava que eles não perguntassem.

    — Bom, na verdade... Não vou. Tive que desistir das aulas devido a algumas circunstâncias pessoais inoportunas. 

    — Você é americana, não é? — questionou a sra. Mitchell

    — Sim, nascida e criada lá. Porém estou há alguns anos em Londres. — respondi.

    — Você tem algum conhecimento sobre a família Real? — perguntou.

    — Um pouco. — tentei mentir.

    Ficou óbvio que eu estava mentindo. Nunca fui uma pessoa que presta atenção em celebridades. Para mim, a realeza europeia eram essencialmente celebridades. Não sabia por que devia ter interesse na vida de completos estranhos.

    — Então você já ouviu falar das crianças reais? Abigail e Andrew?

    — Ah, sim. Abigail e Andrew, claro. — forcei um sorriso.

    Ela olhou para mim descrente.

    — Em que ano Abigail está? — perguntou.

    — Hm... terceiro? — chutei.

    A decepção era óbvia em seu rosto.

    — Ela está no quinto.

    — Ah... sim. Então... Sinceramente, não sei muito sobre as crianças. Li mais sobre a rainha. Na minha opinião é meio estranho trazer a vida das crianças ao público. Então não saio muito lendo sobre eles.

    Uma tensão desconfortável imediatamente pairou sobre o ambiente, e não sabia dizer porquê. Havia dito algo errado?

    — Minha cara, você sabe que essa posição é para ser tutor das crianças da família real, não sabe?

    Fiquei boquiaberta.

    — Não... Hã, não. Não sabia disso.

    Bom, eu parecia absolutamente idiota agora. Se eu soubesse teria pesquisado sobre a família real. A única coisa real que eu sabia no momento era que eu realmente tinha estragado tudo.

    — Desculpe-me. Sinto muito mesmo. Eu apenas sou uma pessoa muito ocupada e não tenho tempo o suficiente para saber sobre os assuntos do momento. Já é bem difícil para eu conseguir acompanhar a política americana.

    Sra. Mitchell concordou.

    — Está tudo bem. Só queria ter certeza que você soubesse. Vamos continuar?

    — Ahã. — murmurei com os lábios fechados. Não sabia como ia sobreviver ao resto da entrevista depois de ter feito papel de boba.

    Sra. Mitchell pigarreou.

    — Você já trabalhou com crianças antes?

    — Sim, claro. Fui babá por um tempo, e também uma au pair por um curto período. Foi assim que consegui me mudar para Londres pela primeira vez para fazer intercâmbio.

    — O que acha de Londres? — ela perguntou.

    — Eu absolutamente amo a cidade. Londres é maravilhosa.

    — Faz quanto tempo que voltou? — perguntou o homem.

    — Há muitos anos, desde a faculdade.

    — Por qual motivo decidiu ficar na cidade? Você simplesmente prefere Londres? Ou talvez porque conheceu alguém?

    Senti minhas bochechas ficarem quentes e coradas. Ele acabou de me perguntar se eu tenho namorado? Bem, seria sincera com ele.

    — Eu me apaixonei. — abri um sorriso amoroso. — Pelo charme glorioso de Londres. As arquiteturas, as paisagens, a cultura — foi por isso que fiquei. Minha única paixão é a cidade.

    — Então você não conheceu ninguém? — ele provocou com um sorriso afetado. Eu não tinha acabado de responder?

    Sra. Mitchell olhou para ele tão confusa quanto eu.

    — Não acho que essa seja uma pergunta apropriada.

    — Sim, claro. — ele concordou para meu alívio. — Próxima pergunta então... Você tem filhos?

    — Edward! — sra. Mitchell o repreendeu.

    Pelo menos agora eu sei seu nome.

    — O que? — ele perguntou com um sorriso travesso.

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