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Ativação das redes neutrofílicas na síndrome respiratória aguda grave do Coronavírus 2 (COVID-19)
Ativação das redes neutrofílicas na síndrome respiratória aguda grave do Coronavírus 2 (COVID-19)
Ativação das redes neutrofílicas na síndrome respiratória aguda grave do Coronavírus 2 (COVID-19)
E-book110 páginas1 hora

Ativação das redes neutrofílicas na síndrome respiratória aguda grave do Coronavírus 2 (COVID-19)

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Sobre este e-book

Este livro apresenta aspectos relacionados à imunidade do hospedeiro, abordando a ação da imunidade, o papel dos interferons I e III, especificamente com foco na influência das NETs na infecção pelo SARS-CoV-2. Nossos achados sugerem que, apesar de grande importância para o controle e eliminação do patógeno causador da COVID-19 do organismo, a resposta imunitária, quando desregulada, pode influenciar no desenvolvimento de quadros clínicos mais graves.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de set. de 2022
ISBN9786525259024
Ativação das redes neutrofílicas na síndrome respiratória aguda grave do Coronavírus 2 (COVID-19)

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    Ativação das redes neutrofílicas na síndrome respiratória aguda grave do Coronavírus 2 (COVID-19) - Camilla Barreto

    1. INTRODUÇÃO

    Os coronavírus são vírus de RNA de fita simples pertencentes à família Coronaviridae. Esses vírus infectam principalmente animais, incluindo mamíferos. Algumas infecções recentes por coronavírus em humanos resultaram em epidemias letais, incluindo a síndrome respiratória aguda grave endêmica (SARS) e a síndrome respiratória no oriente médio (MERS) (Birra et al., 2020). Em humanos, a infecção por coronavírus geralmente causa infecções respiratórias leves, como as observadas no resfriado comum, incluindo febre, tosse e falta de ar (Yi et al., 2020).

    A superprodução de citocinas pró-inflamatórias de resposta precoce (TNFα, IL-6, IL- 1β e IFN-γ) durante a resposta inata contra o vírus SARS-CoV-2 resulta em uma tempestade de citocinas, levando a um dano alveolar difuso evoluindo com choque e disfunção pulmonar (Lei et al., 2020). A doença tem se revelado uma doença sistêmica, e o aumento da expressão de ACE2 em pacientes com comorbidades pode representar uma propensão para o aumento da carga viral de infecção e a disseminação do vírus para os tecidos extrapulmonares (Tay et al., 2020). Essa disseminação sistêmica do vírus traz complicações para diferentes órgãos em pacientes que evoluem para a forma clínica grave, que pode afetar o sistema nervoso central, olhos, coração e intestino, levando à disfunção multiorgânica e formação extensa de microtrombos com falência multiorgânica (Guihot et al., 2020).

    1.1. DETECÇÃO DO PATÓGENO PELO SISTEMA IMUNITÁRIO E PRODUÇÃO DE IFN DO TIPO I E III

    Casos mais graves do Corona Virus Disease (Doença do Coronavírus 19, cuja numeração representa 2019, ano no qual os primeiros casos, em humanos, foram diagnosticados em Wuhan, China, o epicentro da pandemia) estão relacionados a uma rápida e intensa replicação viral, acúmulo de células inflamatórias e extensa produção de mediadores químicos. (Jafarzadeh et al., 2021). Os interferons, em especial os tipos I e III, quando atuam de forma oportuna e adequada, ajudam a prevenir essa situação, uma vez que são citocinas com potente capacidade de controlar a replicação viral. (Ramanathan et al., 2020; Schreiber, 2020; Jafarzadeh et al., 2021).

    Em resposta a infecções virais, como a desencadeada pelo SARS-CoV-2, é comum a produção de interferons (Weaver e Shoemaker, 2020), e é por meio do reconhecimento de padrões moleculares associados ao patógeno (PAMPs) por receptores de reconhecimento de padrões (RRPs), expressos em células do sistema imune inato, que se inicia o desencadeamento da produção

    dessas citocinas. (Bordallo et al., 2020; Jafarzadeh et al., 2021). Após o reconhecimento dos PAMPs, desencadeiam-se vias de sinalização responsáveis pela ativação de fatores de transcrição como os fatores reguladores de interferon (IRF), em especial IRF3 e IRF7, e o fator nuclear-kappa B (NF-kB), os quais garantem a expressão tanto de IFNs quanto de citocinas pró-inflamatórias. (Jafarzadeh et al., 2021).

    1.1.1. ATUAÇÃO DO SISTEMA IMUNE INATO E RECONHECIMENTO DO ANTÍGENO NO SARS-COV-2

    O principal receptor do SARS-CoV-2, que atua como porta de entrada para a infecção celular, é a enzima conversora de angiotensina 2 (ACE 2), a qual interage com a proteína S do vírus, que tem estrutura semelhante a espículas, o que concede aos coronavírus o característico formato de coroa, como mostra a figura 2. (Guihot et al., 2020; Muralidar, Visaga, e Sekaran, 2020; Tay et al.,

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