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Manual de Condutas em Emergências Neurológicas
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Manual de Condutas em Emergências Neurológicas
E-book304 páginas3 horas

Manual de Condutas em Emergências Neurológicas

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Sobre este e-book

O Manual de condutas em emergências neurológicas é uma fonte de consulta prática e atualizada para os principais assuntos envolvidos no atendimento de doenças neurológicas agudas. Os autores, neurologistas com vasta experiência prática e acadêmica, selecionaram doze temas essenciais da rotina assistencial nos principais pronto atendimentos do Brasil. Conta com textos de leitura rápida e didática, tabelas e figuras ilustrativas, além da seção de perguntas e respostas ao fim do livro. É ideal aos médicos socorristas, médicos residentes, médicos intensivistas e demais profissionais da saúde envolvidos com o atendimento de urgência e emergência.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de mar. de 2022
ISBN9786525019604
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    Manual de Condutas em Emergências Neurológicas - Breno Kazuo Massuyama

    Fernando_Morgadinho_capa_16x23.jpg

    Manual de condutas

    em emergências neurológicas

    Editora Appris Ltda.

    1.ª Edição - Copyright© 2021 dos autores

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nos 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010.

    Catalogação na Fonte

    Elaborado por: Josefina A. S. Guedes

    Bibliotecária CRB 9/870

    Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT

    Editora e Livraria Appris Ltda.

    Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês

    Curitiba/PR – CEP: 80810-002

    Tel. (41) 3156 - 4731

    www.editoraappris.com.br

    Printed in Brazil

    Impresso no Brasil

    Breno Kazuo Massuyama

    Fernando Morgadinho Santos Coelho

    Gabriel Henrique Almeida Antônio Bienes

    Sandro Luiz de Andrade Matas

    (org.)

    Manual de condutas

    em emergências neurológicas

    AGRADECIMENTOS

    Agradecimento especial à disciplina de Neurologia da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

    A disciplina de Neurologia da EPM é nosso lar, nossa casa do conhecimento, onde conseguimos nos formar neurologistas. A Neurologia da nossa querida escola mantém-se na vanguarda dos conhecimentos neurológicos, proporcionando condições de construir nosso conhecimento de modo estruturado tanto na capacitação teórica como na prática.

    A presença constante dos docentes, técnicos administrativos e pós-graduandos no processo de aquisição do conhecimento foi fundamental em nossa formação. A condição de ser o primeiro e único pronto-socorro de neurologia em serviço público do país, do qual fizemos e ainda fazemos parte, possibilitou-nos ter a segurança e a experiência necessárias para redigir este manual de conduta em neuro emergência.

    PREFÁCIO

    As emergências neurológicas estão a cada dia mais presentes no cotidiano dos departamentos de emergências. Com muita satisfação gostaria de apresentar a obra Manual de condutas em emergências neurológicas, produzida pela equipe de docentes e médicos das disciplinas de neurologia da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

    Este livro tem muitas qualidades, mas destaco a escolha dos temas mais importantes, abordados de forma prática e inovadora, além de utilizar os princípios da medicina baseada em evidências.

    Acredito que esta obra é fundamental para toda equipe de saúde que trabalha e faz plantão nos serviços de emergências do nosso país.

    Parabenizo pela qualidade do livro, desejando que todos os leitores usufruam desse aprendizado.

    Prof. Aécio Gois

    Prof. de Urgência da EPM/Unifesp.

    LISTA DE ABREVIATURAS

    Sumário

    PREÂMBULO

    1

    COMA

    Caroline De Pietro Franco Zorzenon

    Fernando Morgadinho Santos Coelho

    Maria Elisabeth Matta de Rezende Ferraz

    2

    ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO

    Felipe Chaves Duarte Barros

    Gisele Sampaio Silva

    3

    ACIDENTE VASCULAR HEMORRÁGICO – HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA E HEMORRAGIA SUBARACNÓIDEA

    Luiz Henrique Libardi Silva

    Fernando Morgadinho Santos Coelho

    Gisele Sampaio Silva

    4

    CEFALEIAS NO PRONTO-SOCORRO

    Breno Kazuo Massuyama

    5

    SÍNCOPE E OUTRAS CAUSAS DE PERDA TRANSITÓRIA DA CONSCIÊNCIA

    Renata Maria de Carvalho Cremaschi

    Fernando Morgadinho Santos Coelho

    6

    TONTURAS

    Breno Kazuo Massuyama

    7

    PRIMEIRA CRISE EPILÉPTICA, ESCAPES EPILÉPTICOS E STATUS EPILEPTICUS

    André Luiz Rodrigues Fróes

    8

    MENINGITEs INFECCIOSAS

    Sandro Luiz de Andrade Matas

    9

    ENCEFALITES VIRAIS

    Sandro Luiz de Andrade Matas

    Fernando Morgadinho Santos Coelho

    10

    PARALISIAS FLÁCIDAS AGUDAS

    Bruno de Mattos Lombardi Badia

    Paulo Victor Sgobbi de Souza

    Wladimir Bocca Vieira de Rezende Pinto

    11

    TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO

    Gabriel Henrique Almeida Antônio Bienes

    Lourran Lenci Carvalho

    12

    URGÊNCIAS NOS DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO

    Graziele Costa Santos

    Gabriel Henrique Almeida Antônio Bienes

    SOBRE OS AUTORES

    RESPOSTAS ÀS QUESTÕES

    PREÂMBULO

    A assistência em saúde exige a aquisição contínua de habilidades teóricas e práticas que seguem invariavelmente o desenvolvimento da medicina. No atendimento médico de urgências e emergências todo o conhecimento adquirido é posto à prova, em contexto de estresse e com pouca margem para erros. Dentro dessa lógica de pressão por desempenho apresentamos o Manual de condutas em emergências neurológicas.

    A divisão do conhecimento médico em subespecialidades decorre da complexidade em se adquirir e se desenvolver todo o conhecimento fisiológico e patológico dos males que nos acometem. Dentre as suas divisões, a neurologia é considerada por muitos como um mundo teórico de acesso restrito àqueles que optam em seguir essa subespecialidade. Os cuidados em saúde, contudo, não podem ser divididos em sistemas e aparelhos dissociados. Fato é que o raciocínio diagnóstico e terapêutico deve ser integral, de modo que o sistema nervoso, central e periférico, é ator essencial dessa peça.

    Nessa toada, elaboramos este manual, que tem por escopo a cobertura de um hiato na literatura médica nacional sobre a abordagem especializada de doenças neurológicas agudas, reunidas num único material. Tais conhecimentos e habilidades devem ser acessíveis a todos os envolvidos nos cuidados desses pacientes. A partir da constatação prática dos autores, neurologistas especializados e com repertório teórico e prático vasto em prontos atendimentos neurológicos, esse livro é organizado em doze assuntos essenciais da neurologia de urgência e emergência. Apresentamos o conteúdo baseado em textos de leitura acessível, tabelas e figuras para consulta rápida e, no que acreditamos ser essencial à consolidação do aprendizado, elaboramos a seção de perguntas e respostas ao final do livro.

    Esperamos que a leitura seja agradável, que o conteúdo venha sempre à memória como fonte de consulta para os amigos médicos e demais profissionais da saúde que se percebam desafiados frente ao paciente neurológico e que, aqui neste livro, encontrem o conhecimento necessário para descobrir as complexidades da nossa especialidade.

    O surgimento de dúvidas, ao passo que a leitura deste livro se desenvolver, é o nosso objetivo final. Essa construção de ideias e derivações do conhecimento teórico que apresentamos assume, enfim, a figura do nosso sucesso em fomentar e instigar a curiosidade dos leitores pelo fascínio que compartilhamos pela neurologia. Boa leitura!

    Os autores.

    1

    COMA

    Caroline De Pietro Franco Zorzenon

    Fernando Morgadinho Santos Coelho

    Maria Elisabeth Matta de Rezende Ferraz

    1.1 Introdução

    Segundo o dicionário, a consciência é o sentimento ou conhecimento que permite ao ser humano vivenciar, experimentar ou compreender aspectos ou a totalidade de seu mundo interior ou o sentido ou percepção que o ser humano possui do que é moralmente certo ou errado em atos e motivos individuais. Entretanto, o termo é usado em várias áreas do conhecimento com diversas perspectivas e conceitos. Vamos dividir a consciência, para efeito de facilitação dos objetivos deste capítulo, em nível e conteúdo.

    O nível de consciência está relacionado ao grau de alerta do indivíduo e o conteúdo de consciência é a somatória das suas funções cognitivas, como atenção, praxia, memória, linguagem, dentre outras. Neste capítulo focaremos nas alterações do nível de consciência.

    As principais alterações do nível de consciência são:

    Sonolência – é a dificuldade de manter a vigília, mantendo a capacidade de despertar após estímulos tácteis, auditivos ou nociceptivos, com grande chance de adormecer novamente quando o estímulo externo cessa.

    Torpor – é uma diminuição importante da percepção de si mesmo e do ambiente, havendo a necessidade de estímulos vigorosos para haver resposta do paciente.

    Coma – é um estado de comprometimento do nível consciência por alterações funcionais ou estruturais do Sistema Nervoso Central (SNC), no qual o indivíduo não acorda independentemente do estímulo realizado. Há uma completa ausência da percepção de si mesmo e do ambiente.

    O paciente em coma é um paciente grave e de alta complexidade, com um quadro clínico dinâmico. A avaliação inicial deve ser muito detalhada, buscando a identificação do diagnóstico da(s) patologia(s) que levou(aram) ao coma, e as reavaliações clínicas devem ser sistemáticas. É importante salientar aqui o fundamental papel da documentação em prontuário dos achados a cada avaliação do paciente em coma. A ausência de registros, registros incompletos ou errôneos podem levar a condutas erradas com impacto negativo para o paciente. A necessidade de exames complementares e de suporte avançado de vida, em muitos casos de pacientes em coma, faz com que o manejo desses pacientes seja feito por profissionais experientes e com uma estrutura de cuidados complexa. O treinamento continuado das equipes que recebem esses pacientes na emergência e que trabalham em terapia intensiva é fundamental para o melhor prognóstico dessa população de pacientes.

    1.2 Objetivos do capítulo

    Conhecer a fisiopatologia do coma e as diversas implicações práticas.

    Desenvolver habilidade para abordar os pacientes na sala de emergência com alteração do nível de consciência.

    Reconhecer as diferentes causas de coma.

    Ser capaz de tratar as principais causas de coma.

    Dar suporte para pacientes em coma.

    1.3 Fisiopatologia do coma

    O paciente pode evoluir para o coma por lesões estruturais e/ou alterações funcionais das estruturas do SNC que controlam o mecanismo de controle da vigília. As principais estruturas encefálicas que podem estar afetadas em pacientes em coma são:

    Estruturas axiais da linha média do diencéfalo e do tronco encefálico ‒ compreendendo, principalmente, o sistema reticular ativador ascendente, especialmente na região posterior ao terceiro ventrículo (substância cinzenta periaquedutal e os núcleos intralaminares do tálamo).

    Córtex difuso.

    1.4 Etiologia do coma

    As alterações que provocam o coma são variadas e podem ser divididas em: pacientes com sinais localizatórios por lesão primária estrutural do SNC; pacientes sem sinais localizatórios com causas primariamente sistêmicas; e pacientes com sinais de infecção (sistêmicas ou do SNC).

    1.4.1 Pacientes com sinal localizatório por lesão primária estrutural do SNC

    Como foi dito que o quadro de coma pode ser causado por lesão do sistema reticular ascendente ativada, no tronco cerebral e/ou por lesões que afetam o córtex cerebral difusamente, aqui devem ficar claros alguns exemplos. Lesões do tronco cerebral e/ou lesões que sejam grandes o suficiente para atingir grande parte do encéfalo podem levar ao coma e a história clínica é fundamental para o diagnóstico etiológico. Exemplos: quadros de Acidente Vascular Isquêmico (AVCI) e Acidente Vascular Hemorrágico (AVCH) têm instalação súbita e no tronco cerebral não precisam ser tão volumosos para levar o indivíduo ao coma. Já quando são supratentoriais, devem ser grandes para acometimento de grande parte do encéfalo (exemplo: isquemia pós-anoxia prolongada). Processos expansivos neoplásicos podem ter tempos de crescimento variáveis e podem levar ao coma por sua localização, dimensão ou estruturas comprimidas.

    O estado de coma pode ser consequência de disfunções encefálicas e sua severidade depende da topografia, do tamanho, da

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