Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Coinfecção HIV e Hepatite C: prevalência e estagiamento da fibrose hepática numa coorte clínica do Rio de Janeiro
Coinfecção HIV e Hepatite C: prevalência e estagiamento da fibrose hepática numa coorte clínica do Rio de Janeiro
Coinfecção HIV e Hepatite C: prevalência e estagiamento da fibrose hepática numa coorte clínica do Rio de Janeiro
E-book158 páginas1 hora

Coinfecção HIV e Hepatite C: prevalência e estagiamento da fibrose hepática numa coorte clínica do Rio de Janeiro

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

A coinfecção por hepatites virais permanece como causa importante de complicações e mortalidade em indivíduos infectados pelo HIV. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência e fatores associados à coinfecção pelo vírus da hepatite C (HCV) e presença de fibrose hepática por métodos não invasivos. Foi realizada uma análise transversal retrospectiva avaliando 4443 pacientes infectados pelo HIV acompanhados na coorte do INI/FIOCRUZ entre março de 2012 e novembro de 2016. A prevalência da coinfecção pelo HCV encontrada nesta população foi de 4%. O compartilhamento de agulhas e maior tempo de infecção pelo HIV foram significativamente associados com a infecção pelo HCV. A EHT mediana foi 8,0 (6,6-11,9) kPa e 63% (n=67) apresentavam fibrose significativa. Ausência de resposta virológica sustentada prévia e maior tempo de infecção pelo HCV foram associados com fibrose significativa em modelo ajustado para idade e sexo. A prevalência da fibrose foi menor quando definida por biomarcadores (20%) do que aquela definida pela EHT. Pudemos concluir que 4% dos indivíduos infectados pelo HIV apresentam coinfecção pelo HCV e que 67% dos pacientes coinfectados pelo HIV-HCV apresentam fibrose hepática significativa pela EHT. É necessário melhores estratégias de saúde pública no sentido de garantir maior acesso ao tratamento do HCV para redução da transmissão e da incidência de complicações hepáticas em pacientes infectados pelo HIV.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de jun. de 2022
ISBN9786525247700
Coinfecção HIV e Hepatite C: prevalência e estagiamento da fibrose hepática numa coorte clínica do Rio de Janeiro

Relacionado a Coinfecção HIV e Hepatite C

Ebooks relacionados

Médico para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Coinfecção HIV e Hepatite C

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Coinfecção HIV e Hepatite C - Daniel Athayde Junger de Oliveira

    capaExpedienteRostoCréditos

    PREFÁCIO

    É com imenso prazer e honra que, através deste prefácio, apresento aos leitores esta obra que tem base na bela dissertação do mestre, pesquisador e amigo Daniel Athayde Junger de Oliveira, intitulada PREVALÊNCIA DA COINFECÇÃO PELO HCV E ESTAGIAMENTO DA FIBROSE HEPÁTICA PELA ELASTOGRAFIA TRANSITÓRIA EM PACIENTES DE UMA COORTE CLÍNICA DE HIV DO RIO DE JANEIRO, realizada na Fundação Oswaldo Cruz (RJ).

    Sua pesquisa trata da importância da coinfecção por hepatites virais (i.e. HCV) na mortalidade de pacientes infectados pelo HIV. A hepatite C e o HIV têm vias de transmissão semelhantes e com um espaço amostral de uma COORTE de mais de 4000 pacientes da FIOCRUZ (em 2016) estuda-se a prevalência de fibrose hepática nos pacientes coinfectados. Utilizou-se um aparelho tipo Fibroscan, que fornece um diagnóstico rápido, eficiente e não invasivo. O funcionamento deste aparelho é pautado na velocidade de ondas de cisalhamento (ondas transversais) nos tecidos que, por sua vez, têm sua velocidade aumentada quando a elasticidade do meio é reduzida, indicando presença de fibrose hepática e outros enrijecimentos locais, neste caso, associado ao fígado. Este texto traz, com todo o rigor técnico e com uma escrita incomparável, característica totalmente inerente ao autor, os resultados que comprovam tal prevalência em pacientes que apresentam a dupla infecção.

    Em tempo, tive a grande satisfação de conhecer Daniel ainda na infância, estudamos juntos no ensino fundamental e médio, no colégio Pio X, Marista de João Pessoa (PB). Pude ver e admirar seu crescimento intelectual e dedicação aos mais diversos temas e leituras. Tornou-se poliglota logo cedo e, talvez pela influência de seus pais, Dr. Renato e Dra. Cláudia, enveredou-se pela bela caminhada da Medicina até se tornar este grande pesquisador e esculápio (nome associado a Asclépio, deus grego da Medicina, cujo bastão é símbolo desta nobre ciência) que ora se apresenta através deste livro. Prefaciar este compêndio poderia ser uma tarefa fácil aos olhos do leitor, mas a responsabilidade de fazê-lo, pela grande amizade formada ao longo dos anos e uma admiração sempre crescente, tornou esta tarefa mais difícil. Em todo o caso, deixo meu singelo orgulho por este grande profissional que aqui solfeja suas palavras, trazendo à baila resultados tão robustos para a infectologia e seus aficionados.

    Gustavo Elia Assad

    Aos meus pais, com quem aprendi o mais importante.

    Às minhas filhas, por fazerem tudo ter valido a pena e

    colorirem de sentido a vida.

    Às verdes auroras, que renovam a poesia de viver.

    AGRADECIMENTOS

    Agradeço à Dra. Sandra Wagner Cardoso do Lapclin Aids, INI – Fiocruz, pelos ensinamentos muito mais que científicos, pela mão amiga, pelos horizontes que descortinou. Exemplo de pessoa, de médica, de pesquisadora. Minha vinda para esta cidade, a escolha dos meus orientadores iniciais, os temas debatidos para a construção de um projeto de mestrado tiveram sua fundamental participação. Sem ela, nada disso seria possível. Uma verdadeira honra concluir este projeto sob sua coorientação.

    Agradeço à prof. Dra. Valdileia Veloso por estar presente em vários pontos da minha trajetória e por servir não apenas como fonte de conhecimento, mas também como inspiração enquanto acadêmica e professora. Concluir o atual projeto sob a sua orientação tem sido muito gratificante.

    Agradeço à profa. Dra. Raquel Brandini de Boni e ao Dr. Estevão Portela Nunes, pela sua perseverança na pesquisa científica, pela competência acadêmica exemplar e pelos inesgotáveis conhecimentos. Professora Raquel, quem tive a honra de conhecer por ocasião deste projeto, foi sempre fonte de estímulo e estrela guia no método científico, dirimindo os constantes obstáculos. Dr. Estevão, cujos primeiros contatos ocorreram antes mesmo de pensar em morar no Rio de Janeiro, foi quem me acompanhou na primeira vez que entrei na Fiocruz. Mais do que amigo e colega, foi e continua sendo a minha maior inspiração na Infectologia Clínica.

    Agradeço ao meu compadre, amigo, irmão e parceiro de todas as horas, Carlos André Bezerra Alves, cujas palavras, atitudes e sentimentos nobres não apenas comigo, mas para com os meus, possibilitaram a edificação de boa parte da estrada percorrida até aqui.

    Agradeço à prof. Dra. Beatriz Gilda Jägerhorn Grinsztejn, pesquisadora chefe do Lapclin Aids, inspiração viva para qualquer acadêmico, especialmente para quem se apaixona pela pesquisa clínica envolvendo HIV.

    Agradeço à Enfa. Rosângela Vieira Eiras, mais do que chefe, foi imprescindível seu apoio e confiança durante toda a execução deste trabalho.

    Agradeço ao Dr. João Carlos Soares pelo apoio e presteza, além dos conhecimentos sobre gastroenterologia e elastografia compartilhados.

    Agradeço ao Dr. Hugo Perazzo, exemplo de pesquisador, importante luz no caminho da hepatologia e métodos não invasivos para aferição da fibrose hepática. Não caberia aqui a devida gratidão pela imensa presteza e valiosas orientações.

    Agradeço ao Prof. Dr. Armando Shcubach pelo apoio e incentivo.

    Agradeço aos funcionários e docentes do curso de pós-graduação.

    Agradeço aos membros da banca de avaliação pela disponibilidade de seu tempo para o julgamento deste trabalho e antecipadamente por sua contribuição em torná-lo melhor

    Agradeço aos meus queridos pais que me proporcionaram o questionamento, o interesse, mostraram desde o início o valor do conhecimento e do caráter, e o verdadeiro sentido da Palavra.

    Agradeço à minha querida e eterna titia Maria Emília de Souza Carvalho que me incutiu serenidade e frieza de raciocínio essenciais em cada prova.

    Agradeço ao Sr. Ary Fiorezi de Oliveira, centenário avô, fonte de onde bebo a vastos goles muito mais que sabedoria e oratória, cuja humildade, altruísmo e força de trabalho só podem ser ofuscadas pelo seu intelecto. Inspiração de paixão pela vida.

    Agradeço ao meu irmão Flávio, pela peculiar parceria e inspiração.

    Agradeço ao amigo/irmão Mauro Maia, parceiro nas horas mais incertas, estrutura fundamental e indescritível. Seu sucesso será sempre meu sucesso, meu sucesso será sempre seu sucesso.

    O meu humilde e profundo agradecimento a todos os pacientes, com quem aprendi direta ou indiretamente. Aos que já se foram e aos que por aqui seguem a brilhar. Todos seguem vivos na e incrementam a minha experiência, contribuindo para que eu seja uma pessoa mais humilde e me a enxergar a nobreza de ser humano.

    Two roads diverged in a wood, and I— I took the one less travelled by, And that has made all the difference.

    Robert Frost

    LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1