Modulação da resposta imunológica de cães utilizando BCG em associação com fração flagelar de Leishmania amazonensis
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Modulação da resposta imunológica de cães utilizando BCG em associação com fração flagelar de Leishmania amazonensis - Sofia Sousa Sales
CAPÍTULO 1 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE LEISHMANIOSE VISCERAL
1. INTRODUÇÃO
A Leishmaniose Visceral (LV) é uma zoonose causada por diferentes espécies de protozoários intracelulares do gênero Leishmania. A doença é endêmica nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, sendo relatado, também, casos de Leishmaniose Visceral Canina (LVC) na região Sul (KRAUSPENHAR et al., 2007; THOMAZ-SOCCOL et al., 2009).
A LV tem como agente etiológico a espécie Leishmania chagasi/infantum, que é transmitida ao hospedeiro vertebrado pela picada de um inseto flebotomíneo hematófago da espécie Lutzomia longipalpis (SLAPPENDEL; FERRER; GREENE, 1998).
O cão doméstico é considerado um reservatório importante do parasito e, aparentemente, é o responsável pela natureza endêmica ou epidêmica da doença (LAINSON; SHAW, 1987; ASHFORD et al., 1998; FUNASA, 2002), particularmente em áreas urbanas, onde há correlação entre a distribuição espacial de cães soropositivos e casos humanos de Leishmaniose Visceral (OLIVEIRA et al., 2001; CAMARGO-NEVES et al., 2001).
A espécie canina apresenta alta prevalência da infecção por albergar o parasito na derme, reforçando a importância dessa espécie no ciclo biológico da doença, atuando como fonte de infecção para insetos flebotomíneos durante o repasto sanguíneo (MATTOS JR. et al., 2004; LUVIZOTTO, 2006).
Visando ao controle da LV, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a eutanásia dos cães soropositivos, associada ao tratamento dos casos humanos e combate ao vetor. No entanto, a organização reconhece as limitações do primeiro procedimento. Embora a eliminação de cães soropositivos seja uma das medidas preconizadas pelos órgãos públicos competentes, não é suficiente para a erradicação da doença (DIETZE et al., 1997; ASHFORD et al., 1998).
Considerando que as medidas de controle centradas no cão têm se mostrado inconsistentes, o desenvolvimento de vacinas contra a LV tem sido prioridade e considerado como urgente pela OMS (SILVA et al., 2001b; BARBIERI, 2006). Essa necessidade se fundamenta no aspecto de que não basta que a doença clínica seja prevenida, uma vez que é sabido que animais assintomáticos podem atuar como reservatórios na transmissão do parasito, mas que os cães, de modo geral, podem apresentar uma reação imunoprotetora permanente que culmine com a quebra do processo infeccioso e o desenvolvimento de uma resposta imunológica efetiva.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E EPIDEMIOLOGIA
As leishmanioses dizem respeito a um complexo de doenças parasitárias causadas por protozoários pertencentes ao gênero Leishmania, da família Trypanosomatidae, de ordem Kinetoplastida. O gênero Leishmania compreende parasitos heteroxênicos de hospedeiros mamíferos. Os insetos vetores são flebotomíneos da família Psychodidae, subfamília Phlebotominae, pertencentes aos gêneros Phlebotomus e Lutzomyia (LAINSON; SHAW, 1987).
As leishmanioses atingem tanto humanos quanto animais, sendo uma doença de ampla abrangência geográfica, presente em todos os continentes, exceto Antártida e Oceania. Em uma revisão recente, Alvar et al. (2012) descrevem a ocorrência da doença em 98 países, distribuídos nos cinco continentes.
Em todo o mundo, estima-se que a Leishmaniose acometa cerca de 12 milhões de indivíduos. Aproximadamente dois milhões de novos indivíduos são infectados anualmente. Hoje, a Leishmaniose se constitui em um crescente problema de saúde pública, não somente no Brasil — onde é considerada uma das endemias de interesse prioritário —, mas, também, em grande parte dos continentes americano, asiático, europeu e africano. Sua importância levou a OMS a incluí-la dentre as seis doenças consideradas prioritárias no seu programa de controle (WHO, 2012).
A Leishmaniose é endêmica em 88 países. Aproximadamente 90% dos casos ocorrem em cinco países, a saber: Índia, Bangladesh, Nepal, Sudão e Brasil. A doença atinge, principalmente, as populações pobres desses países, sendo que, na Índia, o caráter é predominantemente urbano (GONTIJO; MELO, 2004; WHO, 2012).
Na América do Sul, principalmente em países como Brasil, Venezuela e Colômbia, o êxodo rural e a urbanização crescente têm grande contribuição para a expansão dessa parasitose (LUZ et al., 2001; SILVA et al., 2001a).
O Brasil é o principal responsável pela maioria dos casos registrados na América Latina e, segundo o Ministério da Saúde, a LV, inicialmente, tinha um caráter rural. Mais recentemente, vem se expandindo para áreas urbanas de médio e grande portes (BRASIL, 2004a). A LV constitui, na atualidade, um importante problema de saúde pública, sendo observada uma expansão da área de abrangência da infecção devido, principalmente, a fatores demográficos e ecológicos (WHO, 2012).
Embora as leishmanioses sejam consideradas doenças rurais, o recente aparecimento dessas enfermidades em grandes centros urbanos e a reemergência em várias cidades do mundo representam um problema de saúde pública emergente (ASHFORD,