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O Novo Livro Dos Espíritos
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O Novo Livro Dos Espíritos
E-book276 páginas4 horas

O Novo Livro Dos Espíritos

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Sobre este e-book

Este livro trata da questão filosófica da alma humana, do espírito e da vida após a morte, bem como da divindade: DEUS.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de jan. de 2022
O Novo Livro Dos Espíritos

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    O Novo Livro Dos Espíritos - Alder D'pass

    O NOVO LIVRO DOS ESPÍRITOS

    CONTENDO BOAS-NOVAS E NOVAS REVELAÇÕES

    VOLUME I a V

    Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP)

    (Câmara Brasileira de livros, SP, Brasil)

    _____________________________________

    D'Pass, Alder

    O novo livro dos espíritos : contendo boas novas & novas revelações / Alder D'Pass. -- São Paulo : All Print Editora, 2018.

    ISBN 978-85-411-1488-2

    1. Espiritualismo 2. Evolução espiritual

    3. Filosofia 4. Perguntas e respostas 5. Vida após morte 6. Vida espiritual I. Título.

    18-18570                                      CDD-133.9

    _________________________________

    Índices para catálogo sistemático:

    1. Espiritualismo 133.9

    Maria Paula C. Riyuzo - Bibliotecária - CRB-8/7639

    ALDER D’PASS

    O NOVO LIVRO DOS ESPÍRITOS

    Contendo boas-novas e novas revelações

    VOLUME I a V

    1a Edição

    Governador Valadares

    Alderaci Brasileiro Passos

    2018

    O NOVO LIVRO DOS ESPÍRITOS

    VOLUME I a V

    Copyright © 2018 by Alderaci Brasileiro Passos

    O conteúdo desta obra é de responsabilidade do autor, proprietário do Direito Autoral.

    Proibida a venda e reprodução parcial ou total sem autorização.

    Projeto gráfico, editoração e impressão

    ALL PRINT EDITORA

    www.allprinteditora.com.br

    info@allprimteditora.com.br

    (11) 2478 – 3413

    INDICE

    VOLUME I     011

    INTRODUÇÃO VOLUME I      013

    CAPÍTULO 1 - DA DIVINDADE     019

    CAPÍTULO 2 - DO UNIVERSO     033

    CAPÍTULO 3 – DO ESPÍRITO     091

    CONCLUSÃO  DO VOLUME  I     101

    VOLUME II     103

    INTRODUÇÃO VOLUME II     107

    CAPÍTULO 4 – DOS ESPÍRITOS     113

    CAPÍTULO 5 – O MUNDO DOS ESPÍRITOS     145

    CONCLUSÃO DO VOLUME II     169

    VOLUME III     173

    INTRODUÇÃO VOLUME III     175

    CAPÍTULO 6 – DE VOLTA À VIDA TERRENA     181

    CAPÍTULO 7 – DE VOLTA À VIDA ESPIRITUAL     209

    CONCLUSÃO DO VOLUME III     235

    VOLUME IV     239

    INTRODUÇÃO VOLUME IV     241

    CAPÍTULO 8 - ESTADOS DE CONSCIÊNCIAS     247

    CAPÍTULO 9 - AÇÃO DOS ESPÍRITOS     263

    CONCLUSÃO DO VOLUME IV     295

    VOLUME V     299

    INTRODUÇÃO VOLUME V     301

    CAPÍTULO 10 – QUESTÕES MORAIS     305

    CAPÍTULO 11 – DA FELICIDADE     335

    CONCLUSÃO DO VOLUME V     357

    " Dedico essa obra à Sócrates e Platão, dois grandes pensadores da Antiguidade Grega que ensinava a existência, a sobrevivência, a imortalidade da alma e a reencarnação.

    NOTA AO LEITOR

    Caro leitor, poderíamos começar pela questão: o que é Deus? Mas, por uma questão de ordem, pensando melhor, acredito que devemos primeiramente perguntar: Deus existe? Basta responder sim ou não! Se sim, é possível demonstrar ou provar a sua existência? Ou pelo menos, como ter a firme convicção de que Deus existe e, ainda o que podemos conhecer que aponte para a necessidade da existência de Deus, para só então perguntar pela natureza da Divindade: o que é Deus?! Para só então, buscarmos saber o que é Deus!

    A questão da crença na Divindade e na existência da alma ou espírito é tão relevante quanto o conhecimento filosófico e científico, principalmente nessa fase de grande desenvolvimento das ciências e da tecnologia que muita vez alimenta a crença oposta ao espiritualismo: o materialismo! Esses dois sistemas se opõem de tal forma que uma concepção anula a outra. Assim, nossa ideia é demonstrar que a concepção materialista não satisfaz plenamente o desejo humano de autorrealização e felicidade e nem explica ou mostra evidência que justifique a negação da concepção espiritualista. Já a concepção espiritualista está repleta de fatos que aponta para a existência de uma dimensão do espírito e a continuidade da vida da alma do homem, o que indiretamente, implicaria na existência de um ser supremo (Deus) considerando–se que o homem é um ser dotado de inteligência racional e apresenta uma peculiaridade que é a evolução e o aumento de seu grau de amplitude mental ad infinitum. Isso fica evidente nos estudos antropológicos que demonstra de forma irrefutável que o homem evoluiu mentalmente ao longo dos últimos milhões de anos.

    Vamos ao diálogo entre duas pessoas: o interlocutor 1 que geralmente pergunta e questiona e, o interlocutor 2 que geralmente responde, mas que eventualmente pode perguntar, fazendo proposições que pede resposta do interlocutor 1.

    O NOVO LIVRO DOS ESPÍRITOS

    CONTENDO BOAS-NOVAS E NOVAS REVELAÇÕES

    VOLUME  I

    DA DIVINDADE, DO UNIVERSO E DO ESPÍRITO

    INTRODUÇÃO VOLUME I

    O problema filosófico por excelência implica no conhecimento do ser das coisas, da existência e da essência, da origem e natureza do Universo e do homem e, principalmente na existência ou não existência de Deus! Enquanto penso e questiono a natureza do Universo e do homem, isso implica necessariamente em suas existências e na possibilidade de seu conhecimento, pois pressupomos que o homem por participar do Universo ele pode pensar e sentir a si mesmo e as coisas objetos constituintes dele e deste modo, o pensar do homem atesta sua própria existência e a existência do Universo. Portanto, que o Universo e o homem existem não podemos duvidar, mas o que é este universo e o que é o homem? Essa é a questão! Por outro lado, se a existência (ou não) de Deus pode ser questionada pelo próprio homem é impossível não se perguntar pela natureza do Divino e como tal concepção apareceu na mente do homem, pois se a existência de Deus pode ser pensada como necessária, embora Ele não possa ser sentido objetivamente pelo homem como o Universo e o próprio ser do homem, isso implica que Ele deve necessariamente existir. A questão é: como demonstrar que a existência de Deus é necessária?

    Há quem pense que Deus é um ente imaginário criado pelo poder idealizador da imaginação da mente humana que busca justificar a existência de si mesmo e do próprio Universo, invertendo a proposição de um Deus criador do homem, tornando-se o homem um criador de deuses para atender sua necessidade racional de justificar sua existência e sua carência emocional de proteção de um pai criador para não se sentir um órfão perdido no espaço-tempo.

    Simplificando a questão podemos dizer que no intelecto humano se opõem dois sistemas, a saber: o sistema materialista versus o sistema espiritualista. Em outras palavras o sistema materialista defende a ideia de que o universo é pura matéria e sua estrutura atual segue um processo aleatório de forças, negando a existência de qualquer inteligência superior criadora do universo, da vida e do homem. Por oposição o sistema espiritualista defende a tese criacionista, ou seja, que o universo, a vida e todos os seres inclusive o homem é obra de um ser supremo, um Deus todo poderoso, único, infinito em todos os seus atributos, eterno etc.

    Ora, esses dois sistemas se opõem e se anulam um ao outro, pois, das duas uma: ou existe um ser supremo criador ou não existe. Se não existe tal ser, então o sistema materialista prevalece. A questão, então se resume em provar a existência ou a não existência de tal ser supremo criador. Eis o nó de toda a discussão filosófica: saber se existe uma causa primeira, um primeiro princípio inteligente: Deus! Ou se tudo se resume em processo mecânico e cego ad infinitum puramente material, um eterno vir-a-ser, não causal, mas apenas um processo aleatório material de forças interativas sem propósito e finalidade e, portanto, sem inteligência.

    Mas, isso também parece, a princípio contraditório, pois o próprio homem se reconhece inteligente, o que implica na possibilidade de existência de outros seres inteligentes progressivamente até se chegar a um ser supremo: Deus! Isso a princípio parece lógico e, talvez por isso as pessoas intuitivamente sentem a necessidade de justificar sua própria existência, no reconhecimento da existência de um ser superior: Deus e na existência de outra realidade imortal e eterna, condição de possibilidade de existência do princípio espiritual e da alma humana. Mas, talvez isso seja apenas uma forma de pensar do instinto humano ou da intuição racional que pede uma justificação para superar o medo do desconhecido e da morte.

    Mas, os argumentos do sistema materialista também têm seus pontos fortes. Os sentidos provam, ou pelo menos apontam para a existência das coisas materiais e de nada mais além dessa realidade material. Confiando em seus sentidos e apoiada pela razão instrumental da ciência que não consegue demonstrar a existência e nem a necessidade de um ser supremo: Deus! O sistema materialista defende a tese contrária de existência de deuses considerando a concepção religiosa apenas um produto do imaginário do homem, uma crença dogmática.

    Assim, dois grandes sistemas se opõem e usam de toda forma de argumento para negar e afirmar suas proposições. Como então resolver tal questão, se parece impossível provar a existência ou a não existência de Deus?! Restando apenas as afirmações dogmáticas de ambos os sistemas, a saber: os que creem e os que não creem em Deus. Os deístas e os materialistas. E por isso perguntamos: como superar esses dogmas e fundamentar tal conhecimento em um novo paradigma?  A pergunta fundamental seria então: como podemos solucionar esse impasse se parece impossível ao grau de inteligência do homem atual avançar nessa questão de ordem metafísica: a existência (ou não) de Deus! Ora, segundo o conceito atual de ciência, essa questão da existência de Deus exorbita sua atribuição, portanto a ciência não pode resolver essa questão da origem do Universo, limitando-se ao conhecimento de seus aspectos fenomênicos, impossibilitado de ultrapassar seu campo de atuação considerando-se seu paradigma, seus métodos, objeto de estudo e definição. Logo, resta à filosofia a busca por uma proposição que se não resolve a questão da existência de Deus, pode ao menos apontar para a sua necessária existência como fundamento existencial do homem e do Universo.

    Para tanto, devemos iniciar o primeiro livro por uma tese forte que explique a natureza física e se possível metafísica do Universo, seu funcionamento ou processo de ordem universal para que ela seja válida e verificável em qualquer tempo e lugar para todo ser humano, bem como uma tese de ordem espiritualista que explique e justifique a inteligência e a racionalidade do homem. Será que o conhecimento da natureza da racionalidade do homem pode ajudar a resolver essa questão? Podemos pelo conhecimento filosófico da realidade material do Universo, justificar a necessidade de existência de um ser criador: Deus? Em outras palavras, pelo conhecimento da natureza mental-espiritual do homem e da natureza física e metafísica do Universo podemos pelo menos apontar para a necessidade da existência de Deus, mesmo sem provar sua existência? Isso é possível? Respondemos: sim! Isso é possível. É nesse sentido que o livro inicia em seu volume I com a questão da Divindade, da questão cosmológica e ontológica, da realidade material fenomênica, das percepções e sensações do espaço e do tempo e do espírito.

    No volume II vamos tratar da natureza do espírito livre, da imortalidade da alma, das relações na vida espiritual e de sua inter-relação com a dimensão física, estados alterados de consciência, letargia, catalepsia, transe, sonambulismo lúcido, magnetismo, êxtase, sonhos e símbolos, comunicação interdimensionais, percepções extra-sensoriais: clarividência ou vidência espiritual, clariaudiência, telepatia, pressentimentos, regressão e progressão mental, alienação, obsessão e possessão, a morte e a vida espiritual,

    No volume III vai tratar da questão antropológica respondendo à questão o que é o homem em todas as suas dimensões, a saber: física, mental (inconsciente, consciência, supraconsciência) e espiritual, das ideias inatas, inteligência e instintos, racionalidade, a teoria do conhecimento, liberdade e livre-arbítrio, evolução, metempsicose, encarnação e reencarnação etc.,

    No volume IV trataremos da questão ética nas relações humanas e espirituais, do bem e do mal etc., o sentir humano, o amor, a paixão, o desejo, a sensualidade, a sexualidade, homoafetivo, homossexualidade e heterossexualidade, virtudes e vícios, pecado, penas e recompensas, arrependimentos, provas e expiações, céu e inferno,

    E o volume V será dedicado à questão da felicidade e infelicidade na vida terrena e na vida espiritual do homem após a morte, do autoconhecimento, da autorrealização e do propósito da vida terrena, do sofrimento e da dor existencial e moral, depressão, suicídio. Questões essas que interessa a todo ser humano, considerando-se que a maior preocupação do homem é sua felicidade e sua destinação futura após a morte.

    Pensamos que estruturando a coleção em cinco volumes não só por questão didática, mas também por uma questão de ordem econômica, devemos começar por aquilo que mais intriga a inteligência humana, a saber: Deus, o espírito e o Universo, sua natureza substancial e fenomênica, sua origem e finalidade, bem como o que é possível à inteligência humana conhecer no seu atual momento evolutivo. Assim, após colocar essas informações preliminares, visando antecipar o conteúdo e o viés filosófico do livro, podemos dar início ao nosso diálogo com o leitor, a exemplo dos diálogos platônicos por meio de perguntas e respostas.

    CAPÍTULO 1

    DA DIVINDADE

    P – (interlocutor 1) Deus existe? Se ele existe é possível ao homem demonstrar de forma objetiva sua existência?

    R – (interlocutor 2) Pode-se tentar provar a existência de Deus por três caminhos, a saber: a) teoricamente por meio da racionalidade pura (filosofia); b) por meio da observação e experimentação empírica (ciência); c) pelo estudo histórico das manifestações ditas divinas (teologia). Qual caminho é o ideal? Não existe um caminho melhor, todos os caminhos podem chegar a Deus, mas por uma questão de economia escolhemos o caminho filosófico. Feito essa explanação, vejamos a pergunta: Deus existe? Respondendo, podemos dizer que Deus deve necessariamente existir. Mas, tentar demonstrar a existência de Deus é uma questão complexa que pede uma série de demonstrações e de argumentos lógicos de difícil entendimento pela maioria das pessoas leigas e mesmo para aquelas pessoas geniais, tanto do passado como do presente mesmo com formação filosófica. Tentar tal proeza é um esforço quase inútil, pois os céticos sempre opõem fortes argumentos que terminam em paradoxos e na impossibilidade de demonstração definitiva. O que não implica que provar a existência de Deus é impossível, mas que apenas no atual estágio evolutivo da racionalidade humana essa é uma questão controversa. Podemos adiantar que a questão da convicção na existência de Deus implica inicialmente não em crença religiosa, ou em fé ou em definir o que é Deus,  mas no fato de se justificar a necessidade de sua existência da perspectiva filosófica e não propriamente provar sua existência e é nesse sentido que vamos direcionar nosso diálogo, pois a tentativa de provar a existência objetiva da Divindade já foi tentada por muitos pensadores, filósofos e religiosos,  mas até o presente ninguém alcançou tal propósito.

    Mais uma vez afirmamos: a prova da existência de Deus não é impossível, apenas significa que o grau de amplitude mental do homem, o Quantum Mental (Q. M.)  ainda não possui essa condição.

    P - Se ainda não é possível ao homem demonstrar a existência de Deus objetivamente é possível, pelo menos demonstrar a necessidade de sua existência?

    R – Sim. Podemos demonstrar a necessidade da existência de uma inteligência superior que podemos denominar por vários nomes, inclusive de Deus, Jeová, Adonai, Alá, etc. Partindo daquilo que nos é dado conhecer, podemos apresentar pelo menos quatro argumentos, que demonstram a necessidade da existência de Deus, a saber: Primeiramente, a existência da divindade torna-se necessária quando se coloca a questão do ser das coisas, da existência do universo material, do cosmo físico e de sua inteligibilidade. O cosmo físico é constituído de objetos que parece flutuar no espaço vazio, mas os corpos que flutuam neste espaço são regidos por leis que ordenam seus movimentos e suas interações físicas e principalmente suas estruturas e interações quânticas formados de partículas e átomos. Ora, essas leis se caracterizam por serem inteligíveis à racionalidade humana. Isso não é mera coincidência que a racionalidade humana seja coerente com as leis que regem o cosmo físico. Neste sentido, o cosmo físico torna-se inteligível para todo ser humano porque existe uma conexão lógica e estrutural entre a mente do homem e o cosmo físico. A questão é: como é possível essa conexão lógica? A reposta está na mente humana e no esquema programático universal. A mente humana e o cosmo físico obedecem ao mesmo esquema racional programático. Em outras palavras, há uma coerência lógica entre o esquema da mente e o esquema do cosmo físico. O que implica em regularidade, em propósito, em uma unidade causal e um mesmo princípio de ambos. Em segundo lugar pela existência da vida em seres que apresentam um processo inteligente de reprodução segundo leis determinadas. Ora, a reprodução dos seres vivos obedece a um padrão que determina a espécie e o gênero segundo um esquema também inteligível. Neste sentido, pergunta-se: como é possível a diversidade e multiplicidade de seres vivos segundo um padrão que ordena sua reprodução? A resposta é a existência de um esquema biológico inteligível – o DNA. O que implica em regularidade de reprodução dos seres vivos. Em terceiro lugar pela existência no homem de faculdades intelectuais como a inteligência racional. Essa função mental – a razão – aponta para um padrão de atividade mental de racionalidade comum a todo ser humano, e apenas a ele. Ora, neste sentido, porque somente o homem é dotado dessa capacidade, a inteligência racional capaz de conceber os esquemas lógicos, que caracteriza a inteligibilidade de seres e coisas? Resposta: a mente humana é estruturada para apreender as estruturas de racionalidade das coisas e seres do cosmo físico. O que implica em coincidência entre as estruturas de racionalidade da mente e das estruturas das leis que regem as estruturas lógicas dos objetos e seres. Em quarto lugar pela capacidade do homem de não apenas ser inteligente, mas também de ser capaz de apreender racionalmente os aspectos fenomênicos do cosmo físico, as leis que determinam sua realidade interativa e a própria interatividade do homem com as coisas materiais deste mundo e principalmente pela possibilidade de conhecimento do homem do princípio metafísico do Universo: o Esquema Programático Universal.  O que implica em unidade entre o esquema racional da mente do homem e o esquema programático do Universo ou cosmo físico.

    Estes quatro argumentos em seu conjunto apontam para a impossibilidade do fato do Universo, o cosmo físico, os seres vivos e a inteligência do homem serem obras de um acaso, o que necessariamente no leva a inferir a existência de um criador desta realidade, coisas e seres inter-relacionáveis em um esquema racional universal. Neste sentido, partimos do pressuposto que nada pode existir sem uma causa primeira, que em filosofia seria um primeiro princípio, uma causa necessária e eficiente de todas as coisas, seres vivos e seres inteligentes, e do princípio científico de que para todo efeito é necessária uma causa, o que nos leva a inferir que se há efeito inteligente é porque existe uma causa inteligente. Partindo deste pressuposto o Universo, a vida e os seres inteligentes, pelo menos os pertencentes a este cosmo físico seriam o produto de uma causa ou princípio inteligente. Neste sentido, o todo universal é um efeito inteligente de uma causa inteligente racional superior que estabeleceu essa conexão racional entre a razão humana e as leis do cosmo físico. Esse enunciado implica o fato de que o Cosmo físico e os seres inteligentes têm uma causa, um único princípio. Em outras palavras: generalizando, nada existe neste cosmo físico sem a existência de uma ação, uma força, uma inteligência, uma vontade, uma causa, um princípio que lhes dá origem, o que implica necessariamente que o Cosmo físico é originário de um princípio único. O que implica em unidade de princípio de todo ente que participa deste cosmo físico, a saber: corpo e mente. A questão então se resume em saber o que é este princípio, qual é sua natureza. É um princípio cego, sem finalidade, sem propósito, casual ou é um princípio inteligente que age visando um fim, um propósito? Todo o problema da Divindade se limita a essa questão: ora, parece que o fim (o propósito) é o exercício da inteligência do homem visando sua autorrealização e felicidade. Se tal propósito é verdadeiro, então, a existência de Deus é uma necessidade lógica que não pode ser negada simplesmente sem uma fundamentação e uma demonstração de que não existe tal princípio e nem sua existência necessária. Ora, o homem enquanto ser racional e o cosmo físico existem e os nossos sentidos e intelecto nos demonstram isso a todo o momento e é dessa constatação que surge a questão da origem e natureza metafísica do Universo considerando-se que ele não poderia surgir do nada ou de um acaso, e que a ciência defende a tese de que a natureza é ordenada por leis que nos permite observar sua regularidade, o que necessariamente implica em um ato de inteligência de um ser sumamente superior ao próprio homem e que não sendo sensível aos sentidos humanos deve ser de uma ordem transcendental (espiritual). Portanto, um ser que em relação ao homem e a qualquer outro ser, segundo algumas doutrinas, é dotado de atributos infinitos, a saber: único, uno, eterno, todo poderoso, inteligente, justo e bom etc. Este ser ou causa primeira, o primeiro princípio seria, então, o que vulgarmente se denomina por Deus!

    P – Esses atributos definem tudo o que é Deus?

    R – É claro que não! Esses atributos que o

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