As Duas Almas
()
Sobre este e-book
Leia mais títulos de Santo Agostinho
A Ordem Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Evangelho De São João Comentado Ii Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Imortalidade Da Alma Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Sermão Da Montanha Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Natureza Do Bem Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Fé E As Obras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSermões 09 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Fé Nas Coisas Que Não Se Vê Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSobre A Mentira Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Vida Feliz Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Paciência Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSolilóquios Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Natureza E A Graça Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Epístola Aos Romanos Comentada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Evangelho De São João Comentado Iii Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSermões 10 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Alma E Sua Origem Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Dom Da Perseverança Nota: 0 de 5 estrelas0 notasManual Sobre A Fé, A Esperança E A Caridade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Livre Arbítrio Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Ensinamento Cristão Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSermões 06 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContra Os Acadêmicos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Graça De Jesus Cristo E O Pecado Original Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Fé E O Símbolo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Predestinação Dos Santos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSermões 03 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSermões 13 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSermões 02 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSermões 04 Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Relacionado a As Duas Almas
Ebooks relacionados
O Espírito E A Letra Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Livre Arbítrio Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Perfeição Da Justificação Humana Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEm Que Consiste O Pecado Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Revelação Anunciada Como Nos Dias Apostólicos Iii Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAtos Da Imperfeição Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Segurança Do Santo Em Tempos Maus Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO verdadeiro e o falso arrependimento Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContra Os Acadêmicos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Harmonização Entre A Vontade De Deus E A Nossa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCasos De Consciência Resolvidos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasConhecendo o seu verdadeiro caráter Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Graça De Jesus Cristo E O Pecado Original Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMortificação Do Pecado 4 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVoltando Às Origens Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Utilidade De Acreditar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDeus Me Perdoe Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPecado Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMestres Da Palavra Divina Iii Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Ágape Divino Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Prática Cristã Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPatrística - O livre-arbítrio - Vol. 8 Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Concupiscência! Nota: 0 de 5 estrelas0 notasProvérbios 15 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPara Quem Deseja Vencer A Morte E Ter Vida Eterna Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCinco Votos Para O Poder Espiritual Nota: 4 de 5 estrelas4/5A origem do mal Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Fé E O Símbolo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA cura dos corações doloridos Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Filosofia para você
Aristóteles: Retórica Nota: 4 de 5 estrelas4/5Entre a ordem e o caos: compreendendo Jordan Peterson Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sociedades Secretas E Magia Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Livro Proibido Dos Bruxos Nota: 3 de 5 estrelas3/5PLATÃO: O Mito da Caverna Nota: 5 de 5 estrelas5/5Baralho Cigano Nota: 3 de 5 estrelas3/5Política: Para não ser idiota Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo Depende de Como Você Vê: É no olhar que tudo começa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Platão: A República Nota: 4 de 5 estrelas4/5Humano, demasiado humano Nota: 4 de 5 estrelas4/5Minutos de Sabedoria Nota: 5 de 5 estrelas5/5Aprendendo a Viver Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Príncipe: Texto Integral Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tesão de viver: Sobre alegria, esperança & morte Nota: 4 de 5 estrelas4/5Viver, a que se destina? Nota: 4 de 5 estrelas4/5Em Busca Da Tranquilidade Interior Nota: 5 de 5 estrelas5/5A ARTE DE TER RAZÃO: 38 Estratégias para vencer qualquer debate Nota: 5 de 5 estrelas5/5Além do Bem e do Mal Nota: 5 de 5 estrelas5/5Schopenhauer, seus provérbios e pensamentos Nota: 5 de 5 estrelas5/5A lógica e a inteligência da vida: Reflexões filosóficas para começar bem o seu dia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Disciplina: Auto Disciplina, Confiança, Autoestima e Desenvolvimento Pessoal Nota: 5 de 5 estrelas5/5A voz do silêncio Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sobre a brevidade da vida Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Categorias relacionadas
Avaliações de As Duas Almas
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
As Duas Almas - Santo Agostinho
Santo Agostinho
As
Duas Almas
Tradução: Souza Campos, E. L. de
Teodoro Editor
Niterói – Rio de Janeiro – Brasil
2018
As duas almas
Santo Agostinho
Os maniqueístas sustentavam que cada pessoa possui duas almas; uma boa, tirada da substância divina e outra má, saída do seio das trevas. Santo Agostinho deplora a cegueira profunda que o fez abraçar este erro, quando lhe teria sido fácil perceber sua tolice e extravagância. Só possuímos uma alma e ela vem de Deus. Para demonstrar esta verdade, o santo doutor invoca sucessivamente a natureza da alma, as Escrituras santas e o caráter próprio do pecado.
Introdução¹
1
Após a obra A utilidade de acreditar e sendo ainda sacerdote, escrevi contra os maniqueístas um texto sobre as duas almas, das quais eles afirmam que uma é uma parte de Deus, enquanto que a outra é do povo das trevas, que Deus não criou e que lhe é coeterno.
Eles chegam até mesmo à loucura de dizer que o ser humano tem essas duas almas, sendo uma boa e a outra má. A má é própria da carne, que eles mesmos avaliam ser do povo das trevas. A boa surgiu de uma parte emanada de Deus; uma parte que teria lutado com o povo das trevas e que teria produzido a mistura de uma e de outra.
Eles atribuem todos os bens humanos a essa alma boa e todos os males à má.
Quando, neste livro, eu digo: toda vida, qualquer que seja ela, pelo simples fato de ser vida, decorre, necessariamente, da fonte universal e do princípio único da vida², eu digo isto no sentido de que a criatura pertence ao Criador e não que ela é uma parte dele mesmo.
2
Da mesma forma, eu disse que: só há pecado na vontade³.
Os pelagianos podem se utilizar disto, com relação ao tema das crianças que, segundo eles, não teriam pecados a serem remidos pelo batismo, por que elas não possuem o domínio sobre seu livre arbítrio.
Mas, o pecado que elas contraíram originalmente, ou seja, na implicação nessa falta e, por consequência, na sujeição à mesma pena, poderia estar em outro lugar que não seja a vontade, vontade que existia no momento da transgressão do preceito divino?
Poder-se-ia também considerar falsa a afirmação só há pecado na vontade, ao compará-la com as palavras do Apóstolo: Se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim habita⁴.
De fato, esse pecado está tão pouco na vontade que o Apóstolo diz: não faço o bem que quero; mas, o mal que odeio, isso eu faço ⁵.
Como então dizer que o pecado pode estar em outro lugar que não seja na vontade? O pecado mencionado pelo Apóstolo é chamado de pecado por que ele é a consequência do pecado e da punição pelo pecado.
De fato, trata-se aqui da concupiscência da carne, como ele mostra na sequência, quando diz: Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem, por que o querer o bem está em mim, mas não sou capaz de efetuá-lo⁶.
A perfeição do bem é, de fato, que a própria concupiscência não esteja no ser humano. Eu falo da concupiscência com a qual, quando se visa o bem, a vontade não acompanha. Mas, o ser humano não realiza o bem por que há nele uma concupiscência que repugna a vontade.
O batismo retira a culpabilidade dessa concupiscência, mas a enfermidade permanece e todo fiel que avança no bem, luta contra essa enfermidade com o maior cuidado, até que ela seja curada.
Quanto ao pecado que jamais está em outro lugar que não seja na vontade, é particularmente aquele que foi