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Eu Nasci No Futuro 'i'
Eu Nasci No Futuro 'i'
Eu Nasci No Futuro 'i'
E-book497 páginas5 horas

Eu Nasci No Futuro 'i'

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Sobre este e-book

É o ano 2650, ou, como se diz por ora, é o ano +650...; eu quero vos contar uma história... . Do tempo costuma vir todos as respostas, assim como vem nossas próprias virtudes e defeitos..., nós somos cidadãos da eternidade , Dostoievski diria; sim, nós somos cidadãos do infinito, mestre-professor. Aprender a viver e escolher requer conhecer-se — é um problema..., que “aprendemos a viver antes de pensar”, Camus contou-nos... —, conhecer-se..., ah..., conhecer-se..., conhecer-se requer saber de nossa finitude, requer sentir a infinitude... No infinito há de haver todas as respostas finitas, mas inúmeras perguntas infinitas ..., diria Brighty... Sobre constituição da obra: encaixa-se nos gêneros de prosa-romance Sci-fi, filosófico, humor, filologia e romance propriamente —, sendo inda importante destacar as nuances que a tornam excêntrica, tais quais as pontuações, as notas de rodapé [diário], os trechos em cutback (analepse) e as mudanças de tratamento da língua, uma mudança que tem a ver com influência sobre o personagem central, manifestando assim transformações necessárias e indutivas a nível linguístico, isto é, manifestações das influências psicossociais as quais o personagem-protagonista se submete e, claramente, atrelada a força intuitiva durante a comunicação [tudo isso implícito, mas evidente]. Os cutbacks, as intromissões do personagem com seu passado e, às vezes, múltiplas personalidade temporais, enriquecem a trama e ressaltam pontos filosóficos tratados ao longo dos temas. Pontuações e formas vulgares (gírias) são enquadradas ante ao pretexto informal dos diálogos e tendem a ser enriquecidas à medida que os diálogos são mais tardios no discurso, coisa causada pela influência psíquica temporal-social prolongada e também o conforto dos dialogantes [estes fatos, são aqui explicados para que se entenda pelo que e para que tais artifícios aí estão]. É mais que comum usar de uma linguagem, ao menos a primeiro modo, repleta de nuances futuristas (embasadas no contexto) e é também comum que a sintaxe se transforme por conta disso. Do enredo: distante, doravante numa Terra quase no domínio de uma doença, e dessa vez não é a humanidade a doença — a humanidade esta quase extinta, e usa de seus pensadores e recursos tecnológicos para sobreviver, sobre comando dum grupo de cientistas que instituíram uma nova nação sem nenhum país ou estado..., sem nenhuma divisão desnecessária... À beira do abismo da extinção, a tecnologia, auxiliada pela filosofia e mente de um dos maiores inventores e cientistas de todos os tempos, Animus Brighty, tenta descobrir a cura para uma doença, causada por uma bactéria-vírus com poder tão grande que fora capaz de destruir o mundo através de humanos quase-zumbis, os quais se destruíram e destruíram tudo mais; isso àqueles que restaram, pois mais de três quartos da população se extinguiu numa guerra nuclear associada à suposta guerra biológica, sucedendo após os indícios da infecção. O ar tóxico, contaminado..., a vida morrendo, praticamente toda extinta ou toda modificada..., a humanidade fragmentada e cultura praticamente morta: que poderia fazer para salvá-la?... E se a resposta não fosse salvá-la, e se a resposta fosse não a salvar..., e se a vida simplesmente fosse... — e se a escolha não existisse? Ás vezes, salvar requer aceitar; às vezes, salvar requer aprender; outras tantas vezes, salvar requer agir... Será o destino o grande inimigo da liberdade? Será liberdade a grande inimiga da felicidade? Qual será a importância de uma única vida...? As atitudes para salvar a vida tomam parte numa fantástica, cômica e científica viagem, onde-quando amigos, “a família de Brighty”, tentam encontrar respostas investigativas que podem impedir a danação final da humanidade..., responder as origens duma mazela que assolou e explorou a incipiência do câncer da Terra ..., o homem... Entre cúpulas futuristas debaixo de água e nos ares tóxicos atmosféricos futuristas, em meio a seres mutantes e milhares de
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de set. de 2018
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    Eu Nasci No Futuro 'i' - Raphael Henrick Moraes Da Silva

    Prédifícil

    "Se a verdade das teorias científicas parece nunca prováveis absolutamente, então qualquer compreensão é, a certa medida, ficção — certifique-se de acreditar num mundo imaginário feito corretamente logicamente... — sejam bem-vindos..." {Animus Brighty — Universo Alpha, ano 666...} 

    Se uma ideia não tocar vossa alma, talvez nunca seja ouvida... — mas talvez essa não devesse ser ouvida... {Animus Brighty — Universo Alpha, ano 666...} 

    "Seguir a lógica funciona mui bem quando outros a seguem, por isso ‘seguir o coração’ às vezes consegue quebrar esse sistema influenciador lógico, ou, se o coração for degenerado e ilusivo, prevê-lo logicamente é possível, destarte... — assim ou a lógica ou o chamado coração estão sempre influenciando..., mas forte quem escuta e harmoniza ambos, quem se conhece..." [Mensagens de Brighty]

    "There still no fighting alien machines in the sky, so humanity must not be in peace [Animus Brighty, I born in the future III"]

    [...³

    ... Eis que viagem temporal é acíclica, ou seja, há diferentes linhas temporais quais se aceleram diferentemente⁴, ca⁵, na verdade, as linhas temporais são universos continuamente infinitos, isto é, entre o tempo onde-quando estamos e o tempo que virá existem infinitos universos ou, mais amiúde, entre um universo no tempo 22 horas e 22 minutos e 22 segundos e o tempo 22 horas e 22 minutos e 23 segundos há infinitos universos. Nós, físicos, costumamos dizê-vo-lo da forma: dentre universos separados, um passado e um futuro, existem infinitos universos..., ou, noutra forma, "Não existe dois universos consecutivos sem haver intraconsectivos ou universos continuamente intervenientes..." — algo sofisticado, creio, mas acurado, outrossim. Dessarte, que tos disse trás idéia de infinidade, ca existe variações infinitesimais diferenciais temporais, posto que cada universo varia pouco no estado dilatativo-acelerativo. Se mos dissesse, também não o acreditaria; fatos eis-vos-tos de mostrar-tos simploriamente: hão de existir infinitos universos arranjados num halo (na matriz universal hálica), variados tamanhos deles, preenchendo esse halo qual estão. Os maiores universos se arranjam como numa matriz atômica iônica, dentre tais há outros infinitos minúsculos universos, moveis ou imóveis... — haja a vista que o tamanho do universo indica seu tempo (estado dilatativo temporo-espacial, logo, desenvolvimento cronológico e estrutural, na maioria casos) — algumas estruturas universais impedem a correta dilatação universal, atrapalhando o arranjo material e, logo, o destino.

    Destarte, há universos infinitamente maiores nosso agora, assim como existe universos infinitamente maior ca estoutro; daí, há aí chance de produzir — sabendo-se a localização matricial universal desejada, a posição universal... —, produzir um conduto ligando-se coa aqueloutro universo qual está num tempo-dilatação desejável qualquer; então, há possibilidade transportadora a qualquer tempo, dês que se saiba a posição dele dem halo ou o caminho por outros universos quais sejam passagem. Pode-se assim passar desse àquele universo num corredor interuniversal, corredor tal que deve ser direcionado ao universo desejado, passando por essoutro e aqueloutro universo ligados direta ou indiretamente ao intentado. Há muitos detalhes, cá não discutidos; deve-se entendê-lo baseando-se nas teorias tratando de Continuum, Multiverso e Manipulação do infinito... Tal qual as partículas entre os átomos, há universos entre universos... [Trecho do discurso de Animus Brighty na acepção do Nobel em Física no Ano de 2660 gregoriano ou ano 660 (moderno) ou inda 660+, pós indícios de início de infecção...]

    [...

    ... Coma velocidade da luz é constante a qualquer ponto inercial (referente inercial), alguns universos, dependente da expansão, poderão viajar mais ou menos rápido (sua matéria se acelera mais ou menos rápido relativo ao interior doutros universos). A diferença de andamento temporal provém dos conceitos: origem universal (tempo originário, o universo considerado e quais dimensões são considerados) e velocidade expansiva (velocidade expansiva do tempo-espaço universal em questão). As velocidades são dadas pelo limite da luz: T=1/limc (já que aqui consideramos uma linha e o tempo, ambos na luz).

    Explicações de Brighty:

    Vivemos num universo tridimensional a cada plano (duas dimensões: uma abstrata, outra o tempo material), sendo assim há seis dimensões prum espaço tridimensional de evolução. Todavia, cada linha tem em si três dimensões holográficas (material-espacial, temporal cognitiva e temporal), assim o universo bidimensional (tempo mais espaço mais linha material) representa diferentes andamentos e o tempo cognitivo é puramente abstrato, a despeito do tempo real, atrelado ao espaço ou linha material.

    Existem infinitos universos que se diferenciam unicamente pelo grau expansivo e velocidade de movimentação massiva — os pontos inerciais têm diferentes capacidades de rompimento espaço-temporais: não é nítido, dizia Brighty, "a velocidade da luz é constate, ca, sendo bidimensional, não enfrenta desaceleração doutras expansões. Na verdade, ela não é só constante, mas infinitamente" constante, que um referencial inercial nunca atingirá a luz; assim, quanto mais se aproxima da velocidade da luz, a luz se distancia virtualmente desse referencial mudando seu estado de energia. Dessarte, a luz é tanto constante pra seu próprio referencial, quanto inconstante pra qualquer outro massivo, infinitamente constante... Na verdade, frisa Brighty, Infinidade é um aspecto mental, pois até a luz tem velocidade finita — logo a possibilidade da infinidade é um aspecto puramente mental....   

    "A maior dificuldade em se viajar temporalmente, se meus cálculos dialéticos não enganam [Brighty afirma], está por encontrar noutros universos aqueles conservadores duma velocidade expansiva menor [pra viagem no passado] ou maior [pra viagens ao futuro], respeitando morfologiasmateriais [destino] iguais ao nosso universo. Há a possibilidade de que universos expandindo mais vagarosamente também tenham características similares ao desejado ou mesmo sejam aproximadamente idênticos a esse, pois não se deve confundir evolução temporal cognitiva (o estado organizacional material) coa expansão espaço-temporal universal — i.e., a expansão do éter. Considerações sobre futuro devem ser bem pensadas, igual o futuro em si... Existe uma diferença drástica entre a ordem universal e a ordem possível ao universo. Pra isso acompanhemos a seguintes asserções" [disse Brighty, antes de continuar elencando]:

    OBS.: Ressaltando à última conclusão, qualquer mudança dentro dum universo pode ser medida pela seguinte fórmula, qual expressa a relação ativa duma força inteligente ou objeto inserido dentro doutro universo: , assim todo o potencial ativo tem valor que se estende até a velocidade da luz pra todas as dimensões.

    Por fim: os seres humanos e outras possíveis formas inteligentes, são a única potencialidade capaz de burlar a rotina natural universal, pois a mente é uma espécie de universo interior, capaz de criar universos em potencial..., assim isso pode construir o futuro. Se a estabilidade artificial (mental) alterar isso, sabendo sermos ignorantes das consequências, então deverá ser construído não um, mas infinitos universos em potencial (mentalmente influídos), logo tenderá ao caos puro... — creio que o homem terá de decidir se seu conhecimento sobre o universo lhe faz capaz de alterar a natureza universal, pois salvar o universo ou deixá-lo morrer implica em alterar toda a matriz de universos. Em mãos inda ignorantes, reside poder a alterar o curso existencial, e a ignorância mostra que nossas atitudes são hoje mais indecisas ca nunca, pois ao agir ensejando o bem (inconsciente do significado desse termo), produzimos mal (idem), mal ao que há e há de haver. Aqui, além duma grande demonstração da vontade-boa kantiana, existe um limite ao homem, esse ser inda insipiente... Há, outrossim, a indicação de que as atitudes boas ou más, só se restringem as manifestações humanamente referenciadas, pois vemos nas decisões neutralidade intelectual...; desejamos bem, acima de tudo, mas não sabemos o que é — a indecisão é a neutralidade mental, é o estado do forte... Pena, digo, que certas pessoas seriam capazes de sacrificar todos oscosmos por dois dias a mais nesse universo, inconscientes daquilo causado... — a naturezanatural humana deveria ter morrido, pois poderá matar à natureza natural absoluta..., a existência, a existência com´um todo..., usando a natureza artificial (mental), como ferramenta, como meio a isso... Defendo, assim, as ideias restritivas à possibilidade de viagem temporal, considerações universais de expansão e movimentação massiva... — com mui gosto, posso dizer... [Depoimento de Brighty, em entrevista à revista eletrônica Novo Eon, ano +662]

    [... Depoimentos Pré-infecção de duas maiores influências pessoais...

    "A introdução de fagos alpha-Beta promete ser um presente de DEUS... Hoje iniciamos uma nova era na tecnologia da engenharia moderna, não mais demoras e impedimentos de recombinação genética. Os problemas co fago lambda nas células foram solucionados coas introduções de novos materiais genéticos, mudanças manipuladas em laboratório, tornando o vetor perfeito..., infectante a quaisquer células. A forma adaptativa facilmente muda seu DNA pra se incorporar ao material bacteriano, mas não é capaz de mudar duma sequência franqueadora específica, que o prende a sete sequências nucléicas específicas, sequências apelidadas de sete chaves, porque é uma sequência incomum qual deve ser introduzida no material da célula em questão pra que então seja feita a introdução... — segurança é tudo. A vida será diferente, facilitada pelo produzido; asseguro-vos, como cientista e presidente da nação unificada restante. [Presidente Lucer Fer Doom", ano 622+, 044º discurso].

    ‘Paupérrimo homem...’, meu pai dizia ao me contar a história da humanidade... Algo de proporção pequena mudou todo o mundo, todo mundo... Se o princípio do caos fosse alegado, talvez entendêssemos a real dimensão das pequenas ações e das pequenas ações sobre as pequenas, mas infinitamente poderosas forças. O impressionante é que o fim se aproxima, apenas iniciando algo novo e tornando velho passado"; o fim é o começo do novo e o fim do velho; ca até destruição é criação, criação duma realidade nova..., não que seja boa, apenas nova... Do conflito dialético entre o clássico-conservador e o novo evolucionário-revolucionário, nasce algum equilíbrio..., difícil encontrá-lo, difícil compreender pra quem enxerga mui menos ca⁷ vê..." (De minhas lembranças, de Brighty, ano +622)

    [... Compilações de Animus Brighty...

    "A maior de todas as aventuras duma vida é arriscar à vida ao tentar compreender às outras... No infinito há de haver todas as respostas finitas, mas inúmeras perguntas infinitas. Viagem nos meus olhos..., conto-te daí minhas lágrimas..., contar-te-ei a fonte das minhas lágrimas..., dos meus sonhos manancial, corrente do oceano de meu inconsciente..." (Animus Brighty)

    O mistério da fé, meu filho, não é a existência ou não de um DEUS, mas a possibilidade em amar uma entidade cuja justiça vem na forma natural: foi feito dor e prazer, bem e mal, vida e morte, céu e inferno, DEUS e o Diabo... — DEUS parece tão bom quanto ruim, mas indubitavelmente justo... (Animus Brighty, in Theology... ano +20)

    "A mente mente...,  quer viver pra sempre e acha que pode viver pra sempre: eu o entendo, caro mestre Sócrates, o ser humano olha prao futuro, e não encontra respostas infinito-absolutas, não encontra nem mesmo respostas..., então ele olha o passado e vê respostas eternas, perpétuas..., capazes de fazer sua alma desejar viver pra sempre... — as verdadeiras utopias são do passado." (Animus Brighty, in Theology; ano +20)

    Capítulo‘1º’: Meu Começo (no fim)

    [... Miscelânea de cartas de mim, Arquivo X

    "Sabe aquilo que eles sempre não dizem [melhor que sempre nunca dizem], que se tu não encontrares que realmente desejas tu nunca serás que pensaste ser — talvez não digam aí inda... Bem verdade que toda a desconstrução lógica que brinque co tempo pode provar errado aqueles negadores da verdade de que a mentira é bem menos verdadeira que existência dalguma verdade, se bem que existem mui mais mentiras càs verdades, què verdade que a verdade parece se esconder detrás de infinitas mentiras...; creio que a verdade seja aquela necessidade intuitiva do homem buscando DEUS, a priori." Data: 2-1/4/2065

    Teu melhor amigo, assinado: Bellattor Brighty.

    Se a vitória parece perdida, não esqueça: a fraqueza de teu inimigo não será uma vitória sobre tuas fraquezas. Se venceres tua vontade em circunstâncias necessárias, talvez ninguém possa vencê-la noutras circunstâncias inda mais necessárias. Lembre-se, só se conhece alguém quando se descobre que esse irá mudar...; só se conhece a si mesmo quando se sabe a fonte e a força da mudança. Data: 1/4/2066 (Universo X)

    Teu mais confidente: Bellattor Brighty.   

    "... que ser pessoa não é bom, nós sabemos — antes seja humano mil vezes, ca pessoa uma. Não digo que a personalidade deva morrer, ca personalidade é essência a pessoa, mas a pessoa, por ora, age cuma ferramenta repetitiva, ferramenta que nem sequer se conhece. A que se diga que tu é gente, da frase Vire gente, vossa pessoa tem que ser, nada mais nada menos, que um indivíduo degenerado...; não um cidadão, não uma ‘pessoa personalizada’, individuada (por C. G. Jung). A pessoa é mui mais o objeto persona, a mascará que se coloca a esconder a sombra jungiana, pra se esconder o egoísmo, narcisismo..., pra mentir certos comportamentos que realmente tornam pessoas pessoas, sejam más, sejam boas — mas sempre naturais. Data: 1/4/ alguma data" A.C.

    Quem melhor te conhece: Bellattor Brighty.   

    "... que nenhum homem jamais foi amanhã o que fora hoje, nem será ontem aquilo que foi no futuro, nem sequer o homem consegue se escrever uma carta sem se perguntar quem tomou a rédeas do destino enquanto foi construído..., quem fora, quem foi, quem é e quem será... — a maioria da vida está sendo construída enquanto se vive, eis o grande problema da moral, còs erros não devem tomar lugar frente ao viver, ca vida não só erros é. O homem se perde dentro da sua própria alma, como, então, poderia se encontrar no tempo em que se encontra? Quando escreveres teus relatórios, lembre-se de identificar tuas faces, meu amigo/amigos: [[[[Os colchetes extras significam a profundidade da desconexão co texto: colchete simples significa um personagem em diferentes tempos [eu]; duplo, um personagem falando de outro personagem noutro tempo ou um mesmo falando de si, por extensão, ca uma pessoa ao longo do tempo não é a mesma [[eu não era assim]]; triplo, um personagem afirmando saber ser personagem, ou sobre seu personagem [[[assim quando escrevi isso]]]; quatro, o autor...]]]]. Data: 1/4/4000 D.C. [[[Teu melhor conselheiro: Bellattor Brighty]]]".

    "Tome cuidado ao escrever-te e ao escrever-lhes, pontuações comas tuas são futuristas [como+as=comas=comàs]. Não devem sabê-las, nem saber o valor de certas colocações.—Que são ignorantes como somos em relação aos que virão. Sinais como a intersecção de falsos períodos [.—] que resulta em rápida retomada da fase e seus usos retóricos diversos, tal qual a frase periódica prolongada [...,] ou suas variação estendidas temporais e melódico-frasais [...— | —; | ...; | etc.] além das associações de extensão, eco, melodia frasal e prolongamento retórico melódico [... ... | ...! |...? | ...!?] — tais efeitos são intuitivos, mas vistos pré-conceitualmente. Lembre-se que o uso de hífen ou barras entre adjetivos, substantivos e conectivos, teve pouco uso e provavelmente torna mais sucinta a escrita, inda que deveras mais escrupulosa — as barras mostram opções lógico-disjuntivas e os hífens conjunções-lógicas, o que não significa que dado o contexto não se possa ter um pouco de cada..., sejas claro-objetivo e/ou simples. Creio que reduzir isso a explicações seja necessário, pois o intuito é que tais escritos permaneçam aceitáveis doravante e, quem sabe, para trás.—Fato curioso é que enquanto criamos símbolos significando daqui em diante (doravante, à frente, daí,...) não temos daqui pra trás, não temporalmente relacionados, apenas espacialmente relacionados (de lá, dacolá), ca isso soa antinatural. P.S. É preciso que se entenda, então escrevo como se entendesse [outrora entendesse].

    Data aproximada: +1000 D.C.

    [[[Teu melhor conselheiro: BellattorBrighty.]]]

    [... Fim da miscelânea de cartas de mim, Arquivo X

    Vi, pela primeira vez, a luz do mundo — e não só a luz, mas tudo que se consegue ver... — em 6 de janeiro de2656.Pra muitos indica uma data revolucionaria sócio-científica, pra mim foi o começo do fim...; meu clichê vivencial, não se aparentando em nada ao frívolo..., pelo oposto, é devaneio total, regrado pelo anacronismo de meu viver...

    Embora a ciência estivesse muito desenvolvida, novos vírus surgiam instante por instante — laboratórios mundiais procuravam a cura definitiva... Assim foi durante boa parte da minha infância...; meu pai, sempre que possível, ressaltava sobre os perigos na engenharia genética e os malefícios trazidos daí —; não o ouviram. Bem..., não dependente disso as coisas pioraram muito a partir de 6 de janeiro de 2666, quando fiz meu aniversário decenal, assim me disseram [medir o tempo duma vida é como julgar o espírito através do método, pois se o tempo serve como parâmetro a julgar condições, tão mais a saúde e o estado espiritual servem como caracterizações úteis dalguém — não me interesso por aniversários, enquanto os puder me lembrar...]. O presente me dado foi um curso de defesa pessoal [no qual me saí muito bem, obrigado...] e a minha primeira arma. Não se assuste, possuir uma arma era ou foi ou terá sido algo normal naquela época... Quando mais se precisava de armas, menos se quiseram ter de usá-las... — espero isso servir de lição ao passado, porque o futuro já não pode ser mudado..., coisa que muitos quiseram ter ouvidos a ouvir no passado pra sanar o paradoxo criado entre destino e o livre-arbítrio...

    Como meu pai fora artista léxico (poeta, dramaturgo, linguista...), ensinou-me o poder que palavras possuem; e, ao contrário do vulgo, não é força mística, e sim psíquica... — de certa forma, isso prova ser a fonte da maioria das forças místicas... Xingamentos, conversar sozinho, necessitar conversar..., necessitar expressar: Isso torna necessário expressar-se, costumava dizer Brighty, pois que na interação léxico-psíquica escondem-se extravasamentos, tratamentos e autoconhecimento... Tome, disse-me, entregando-me um diário holográfico com recordação por áudio, mas que produzia imagens paginar a que pudesse lê-las... — doravante intento expressar-me os meus melhores momentos ou apenas momentos mui marcantes..., não que minha memória seja fraca, mas tanto, em poucas e pobres palavras, descrever o indescritível, magnificar o que vivi, senti, o que fui... — talvez eu só quisesse expressar-me, ouvir-me, alguém que me ouça, alguém que fui; afinal eu costumava ser meu melhor amigo e, dali em diante, aprendi que aquele que não é amigo consigo mesmo, não pode ser amigo com ninguém mais. Ganhei lá o meu diário, uma forma de ouvir-me, ouvir quem fui, mas ver quem serei — só queria quem me ouvisse, só queria conversar, só queria que me entendessem..., e eu consegui — eu me entendi...

    A felicidade há muito tinha sido distanciada; contudo, cri c´aquilo iria passar [perdão os termos], afinal, embora os conflitos políticos fossem grandes, todos estavam mesmo preocupados coa⁹ saúde mundial, não com arrogar-se poder dalgo decadente ["Quando todos os males são comuns, a individualidade é a coletividade — numa guerra meu inimigo comum me torna amigo doutros que o tenham como inimigo; então, há duas chances pra união entre os seres humanos, unanimemente: uma guerra contra extraterrestres ou uma guerra contra mazelas terrestres cosmopolitas (por favor, escolham a segunda opção)... Tenho prazer de que, coa minha filosofia, tenha-vos feito, ao menos em parte, enxergar os verdadeiros males e seus riscos" {Trecho do discurso de Brighty, entrega do Nobel da Paz em 2653}]. Percebi serem as adversidades tangeciadoras da mentalidade conjunta humana; a união dos homens se faz pelas necessidades irrevogáveis compartilhadas. Nessa época a guerra tinha sido abolida, quaisquer países, se existissem ou voltassem a existir, que quisessem entrar em conflito, eram considerados inimigos da paz mundial e era-lhes imposto à rendição [se bem que a custo de guerra..., o paradoxo da paz¹⁰]. Foi nesse clima que um processo inda desacreditado pelos estudiosos aconteceu. Nos anos 2100, considerados até os dias atuais a época da revolução científica moderna, as bactérias tinham um grande grau evolutivo, mas os remédios controlavam-nas. O mau uso farmacológico levou a evoluções bacterianas continuarem a acontecer; controladas por altas doses ou outras substâncias medicamentosas eram.

    Por um breve tempo isso deu certo, mas certa capacidade especial dalguns micro-organismos fez isso acabar. A transdução (deslocação dum vírus parasita bacteriano — bacteriófago — levando consigo material genético duma bactéria a outra, muitas vezes) dum novo vírus batizado de βα [betalpha], qual entrou em contato cuma bactéria cum grau adaptativo à transdução impressionantemente compatível, acarretando numa fusão de DNA entre esses organismos [assim explicavam, Brighty nunca concordou diretamente]. Proliferou-se de forma a aumentar a resistência bacteriana, deixando-a invulnerável a antibióticos (seleção natural, creram). Impressionantemente, a bactéria-vírus uniram seus DNA’s [ou: (DNA)s ou inda: DNA(s)] coas células hospedeiras, tornando complementares ao tecido onde estavam; similar ao que acontece coa reprodução viral, mas cum grau de complexidade e estabilidade ascendente. No entanto, mesmo tendo dito parte do que nos aconteceu, isso tudo não foi trágico... — a desgraça tem face jocosa quando a comparamos a outra desgraça maior cuja feição torna-nos contentes..., por não estarmos numa situação inda pior [relativismo]. Por conseguinte, entre todos os tipos de ‘combinações genéticas simbióticas possíveis’ (se o vírus for ou não uma vida, se a bactéria tomou ou não DNA doutras células), jamais se pudera ser visto um microrganismo tão capacitado de informação genética quanto tal. Adaptou-se a bactéria, gerou um ser realmente forte, pôde adquirir um nível fantástico de resistência que lhe elevou a deixar de fazer mal ao hospedeiro, e fortalecê-lo. Parecia algo inexistente, muitos inda não acreditavam quando Brighty, meu pai, o disse a confederação científica¹¹.

    Deixaram àquilo passar sem avisar a população e tomar os devidos cuidados [tarde demais]; ao abrir os olhos, em um¹² ano, casos de loucura sugiram no mundo inteiro... O vírus-bactéria tinha se adaptado as células cerebrais, findando por tomar forma neural (mutação em foco: tomava forma de neurônios), ocupando suas funções também. Ele deixava a pessoa sem raciocínio lógico, percepção de perigo e liberava hormônios testosterona e corticoides em pletora. Isso foi capaz de fazer o hospedeiro ter apenas sentimento raivoso (não como conhecido, sem existência racional influente, um instinto de agressividade); perdendo as naturais capacidades humanas, quais os distinguiam doutros animais (mas pensavam pensar, como homens...). Muitos testes foram feitos, quase nenhuma coisa se sabia patologicamente respeito; afora que não podia viver mui tempo longe dum hospedeiro, tendia a se afastar da luz solar e por isso não se percebia sinal sintomatológico algum na pele do indivíduo infectado. Suas características ilógicas pareciam, quase invulnerável..., a saber, nenhuma substância a acometia — sua evolução parecia somente aumentar (além do contágio). Nunca se ouviu falar que uma bactéria tão forte poderia vir a surgir, mui menos uma qual pudesse ser capaz de levar a humanidade à loucura extrema; fora inaudito, inédito... Não vendo outra chance à humanidade, papai, o impossível fez. Antes, achava-o mantendo-me afastado doutros, com medo de perder-me (pensava eu, tempos perigosos estes), porém não foi bem assim o inferido após alguns treinamentos por mim recebidos.

    Neguei-me ter estudado solitariamente as disciplinas anatômicas e fisiológicas num quarto especial mui bem desenvolvido e blindado. Ludicamente lia eu, vezes se fim, sobre o ser humano ser o único ser racional [gregos]; outrossim, lia sobre seus métodos conceptivos: "... sua reprodução sexuada; o macho copulava cuma fêmea, havendo a formação dum filho na forma inicial dum embrião.. Parecia-me algo errôneo, era filho único dum pai; mas onde estaria minha mãe? Meu pai seria hermafrodita? Qual o significado daquilo?... Sempre o amei, respeitei-o...; todavia, um dia tomei coragem, então o perguntei: Pai o senhor é hermafrodita? Quero dizer, não tenho mãe...?. Meu pai, com olhos orvalhados, disse-me: És especial..., um caso único...". Sedento por verdades, fi-lo, eu-filho, algumas outras perguntas tais como: por que morava onde ele trabalhava?E porque não conhecia nenhum garoto ou garota da minha idade... E porque era tão sozinho... — Por quê?... — meu pai entristeceu-se inda mais, de forma a preferir eu não mais o perguntar..., abracei-o dizendo: "Não me importa isso". Importante era estarmos juntos, importante fora e será ser ele o meu melhor amigo, quiçá o único...

    Distante, o mundo piorava..., não mais havia esperança — uma colocação litúrgica, cà esperança morre só coa morte. As coisas chegaram a tal ponto que nada mais podia ser feito sem correr risco em se contrair a doença ou ser atacado por animais ou seres humanos contaminados — se se podia diferenciá-los nesse ponto. Meu guardião paterno quase não tinha tempo pra mim, portanto aquilo aprendido por mim, inclusive o perguntado sobre meu nascimento e origem, descendia das aulas científicas, principalmente as biológicas. Cultura¹³, arte, sociologia, matemática, física...; parecia-me fácil, mui fácil (prazeroso), logo, através disso, analisei várias perguntas que me vinham, tais como de quem era filho por parte de mãe?¹⁴ Sem muito resultado, o conhecido do mundo e sociedade veio através d’aulas no dia a dia. Como muitas vezes me sentia sozinho, procurava sapiência autodidata confortante [estudava comum condenado, minh’alma presa num corpo confinado se libertava no mundo ideal platônico], assim meu nível intelectual já havia superado muitos professores meus, quais, por não conseguirem responder minhas perguntas, demitiam-se ou eram dispensados. Meu pai sempre "me vinha coa conversa" seguinte: "Tens muito a aprender cos professores, há mister em ouvi-los primeiro..., perguntar mui menos...". Retorquia-o dizendo aquilo dito saber, falando inda que a maioria professoral era mui superficialista em suas explicações; sempre me restava muitas dúvidas, principalmente quanto ao deduzido por mim, tais quais as ‘formas’ que pude inventar pra simplificar muitas fórmulas físicas, matemáticas e químicas; às vezes, associando-as. As conversas com meu velho, meu velho pai, pouco se houveram de ser repulsivas...; as conversas, sempre as lembrarei...

    Papai não utilizava de maneiras bruscas..., suas palavras eram águas correntes que rompiam a mais dura cerviz rochosa e, ao final, formavam um canal aquífero comunicacional d’águas cristalinas, serenas e ricas. Nossas discussões sempre terminavam cum consenso..., tinham sempre um mesmo vitorioso — incrivelmente, esse vitorioso não foi sempre eu. Todo esse ciclo dialógico vitorioso (dele) demorou pouco..., até quando fiz a seguinte pergunta: Pai, onde vou trabalhar quando crescer?. Papai tentou explicar-me a incerteza com ele, mas onde quer que fosse, estaria lá, afirmava...; afirmava confiante..., eu acho. Então, perguntei-lhe por que trabalhava numa máquina espaço-temporal... surpreso, perguntou-me como podia saber tais coisas..., disse-lhe, daí, os vários indícios disso, entretanto o mais forte fora sua preferência em conversar comigo após tomar banho (trocar roupão), resíduos radioativos, inferi, uma radiações específica e com pouco potencial penetrante..., radiação tempo-espacial presente, ou gravitacional aguda, se preferir... —; ademais, havia visto de relance alguns dos projetos no seu computador. Pasmo, meu guardião levou-me a medir meu Q.I.¹⁵, obtive um nível genial; fiz os testes com êxito. Todavia, eu, assim como meu pai, tínhamos pouca fé nesses testes; mesmo tendo os mesmos evoluído muito na época contemporânea, se comparados aos passados. Seus cálculos mediam a respostas cerebrais por número sináptico mnemônico subconscientemente emitido durante o contato cuma informação nova ou bastante calcada no inconsciente memorial — certificava-se a capacidade em lembrar-se pelo número informacional emitido na relação inconsciente-consciente e o seu reconhecimento juntamente a sua velocidade, bem como, obviamente, a capacidade organizacional. Contudo, não era só minha mente...; enxergava além do normal, minha força superava meus seguranças pessoais paternais — estes nunca eram capazes de me impedir em jogar os jogos eletrônicos no comutador-mestre, quais eu próprio baixei e aperfeiçoei os controles [que simulador...!]. Ouvia com muita clareza cada som ao meu redor...; um ranger mínimo duma folha arrastada pelo vento me proporcionava uma sinfonia, só que me parecia normal¹⁶, a princípio, pois quem ouvia era eu..., evidentemente.

    Quando saía da sala onde fizera o teste, percebi meu pai falando com a Dra. Shiner, em Alemão [coisa deles..., costumavam brincar que assim era com´os ancestrais dela falavam]. Na minha conclusão, o diálogo não era para ser ouvido e eticamente quis evitar isso, mas se o assunto sou-me como posso não ser digno a ouvi-lo...? Na minha conclusão a tradução foi a seguinte:

    Ele inda está evoluindo, Doutor?

    Sim, provável que só parará quando seu corpo mui envelhecer.

    E quanto tempo isso pode durar?

    Seu corpo não precisa de tanto oxigênio quanto o nosso, possivelmente não sofrerá ações de radicais livres, e se regenera muito rápido..., seu grau metabolizante é fantástico: aquilo ingerido é aproveitado. As qualidades metabólicas e anabólicas são descomunais, não libera resíduos metabólicos quase nenhuns em suas excreções, possivelmente tudo degradado em seu corpo e reaproveitado. Levando isso em consideração, poderá chegar a viver mais de quatro vezes o normal dum ser humano.

    Meu pai inda não sabia do meu poder de audição, desconfiava eu [só desconfiança], nem sabia eu conhecer à língua germânica, mui menos que pudesse ouvir daquela longa distância [só achava mesmo]...

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