Corpo Tóxico

De Paulo Keno Zhërus

Esta é a versão compacta do Livro Corpo Tóxico. Compõe um projeto iniciado em 2014. Para saber mais, acesse livrocorpotoxico.com

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 11 de nov. de 2019

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AGRADECIMENTOS

Contemplado por boas conversas e por boas referências que possibilitaram o meu aprendizado e a minha criticidade, agradeço aos amigos. Pela formação e pelo caráter que me proporcionou ter bons amigos, agradeço aos meus pais.

CORPO TÓXICO

INTRODUÇÃO

Não existe originalidade na arte.

Naturalmente bruto e naturalmente sensível. Este é o fato original nos homens. Um princípio naturalmente dual para quem pudera tornar-se o que é e o que tem sido. Naturalmente bruto por princípio de nascença, porventuramente por provento de tomada de essência, também sensível. E quanto mais experiência, mais intensa fica esta ambiguidade: mais profundo se vai em sua definição de primitivo e mais tenso e estranho acerca desta condição. Quanto mais brusca e repentina a variação dentro da bruteza de determinados aspectos, no confronto com sua substância desenvolvida, mais arte pode haver para quem tão indelicadamente não deixa passar uma simples qualquer coisa: o que é tão sensível.

Sensível e bruto em relação a quê? Criado e original. Criação manipulada, criação acidentada. Parece Darwínico refletir assim. Foi necessário ser Darwínico – se é que me permitem dizer assim – para que, por princípio de dissecação, eu possa me afastar do mau juízo da leitura religiosa (inflexível) que se possa fazer post scriptum. O original é a forma bruta.

E eu disse por princípio de dissecação, pois também o quis demonstrar bruteza. Artistas de todas as artes fodem em sua filigrana temperada, enquanto seus detratores mimeticamente tentam criar similidades de arte que dotam de