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Salem
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E-book504 páginas2 horas

Salem

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Sobre este e-book

Quais os reais fatores que motivaram as sucessivas mortes de um vilarejo? Os camponeses sentenciados ao enforcamento público ou morte pela fogueira seriam vítimas do acaso? Houve um pacto demoníaco por detrás de cada ação? Desvendem os mistérios de Salem numa análise desconhecida ao Mundo, sendo esta uma narrativa que mudará o conceito de tudo o que lhes foi dito até o momento.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de mar. de 2019
Salem

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    Salem - Viviane Regina Catapano

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    Salem

    O julgamento de Lucy Evans

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    Salem

    O julgamento de Lucy Evans

    Viviane Regina Catapano

    Ditado pelo espírito de Lord Henry Ottsburg

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    Salem

    O julgamento de Lucy Evans

    Editorial / Revisão / Diagramação:

    Viviane Regina Catapano

    Capa:

    site pixabay

    2017 - 1º Edição

    Direitos autorais reservados.

    É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer

    forma ou por qualquer meio, salvo com autorização

    do Autor.

    (Lei 9.610/08)

    Traduções somente com autorização por escrito do

    Autor.

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    Salem

    Reflexo da injustiça, vaidade e cobiça dos homens.

    O padecimento outrora sentido na pele daqueles que

    tiveram as suas vidas ceifadas ficaram no

    esquecimento, conquanto, os seus executores tiveram

    o sangue dos inocentes cravados em suas existências,

    no anélito de que o massacre de Salem exceda as

    barreiras do inimaginável para que as suas histórias

    sejam contadas e recontadas por muitas gerações.

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    Sumário

    Apresentação …..................................................... 09

    Capítulo 1 ............................................................... 11

    Capítulo 2 ............................................................... 21

    Capítulo 3 ............................................................... 33

    Capítulo 4 ............................................................... 45

    Capítulo 5 ............................................................... 57

    Capítulo 6 ............................................................... 69

    Capítulo 7 ............................................................... 79

    Capítulo 8 ............................................................... 91

    Capítulo 9 ............................................................. 101

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    Capítulo10 ............................................................ 113

    Capítulo 11 ........................................................... 125

    Capítulo 12 ........................................................... 135

    Capítulo 13 ........................................................... 147

    Capítulo 14 ........................................................... 159

    Capítulo 15 ........................................................... 169

    Capítulo 16 ........................................................... 175

    Capítulo 17 ........................................................... 181

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    Salem-O julgamento de Lucy Evans

    Apresentação

    Século XVII, Vilarejo de Salem. Massachusetts.

    Colônia Rural da Nova Inglaterra.

    Após as devastadoras ocorrências de 1692 para a comunidade que

    havia passado por um surto de varíola, ensandecendo as crianças no

    falso conceito de que este seria o prenúncio da presença de Satanás

    em Salem, ressurgi um novo episódio não propagado ao Mundo, não

    tardando para que uma histeria coletiva os atingisse, reiniciando a tão

    afamada Caça às Bruxas.

    Estranhas reações foram evidenciadas, desta vez, em membros

    amadurecidos da própria comunidade, um pandemônio se reinstalou,

    apontando alguns dos camponeses como sendo praticantes de magia.

    Desventura de um povo que não teve a chance de uma defesa.

    Inocentes tiveram seus nomes envolvidos em atos pecaminosos,

    porquanto, focaremos a narrativa na jovem Lucy Evans que mesmo

    ao denotar uma postura devota a Deus correrá o risco iminente de

    9

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    Salem-O julgamento de Lucy Evans

    vida, partilhando de uma existência em comum com aqueles que

    incitarão a sua morte.

    Uma inquisição se formará!

    Lucy Evans será inocentada pelo tribunal que a julgará ou

    morrerá registrando em seu perispírito o horror de uma barbárie

    injustiça?

    Qual a sua verdadeira história?

    Por que uma pacata comunidade se rebelaria contra uma jovem

    que sempre os tratou com apreço?

    Haveria interesses escusos por trás de tudo isso?

    Muitas interrogativas se deslindarão ao progresso da leitura, visto

    que a justiça de Deus prevalecerá em qualquer circunstância.

    Lord Henry Ottsburg

    10

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    Salem-O julgamento de Lucy Evans

    Capítulo 1

    Reminiscências de um passado aterrador fincaram-se no vilarejo

    de Salem, os habitantes conduziam as suas vidas da melhor forma

    possível, porém, sentiam-se vigiados como se os mortos retornassem

    do além, clamando por justiça.

    A comunidade não prosperou conforme o planejado, faltando-lhes

    o alimento à mesa como se as terras estivessem amaldiçoadas para o

    plantio, o centeio era o único recurso a saciar-lhes a fome, contudo,

    uma desmedida desconfiança gerou-se em torno da propriedade rural

    da jovem Lucy Evans, pois tudo o que plantasse através das suas

    mãos prosperava, dando-lhes o equivocado entendimento de que ela

    teria envenenado as terras dos seus compatrícios a fim de sozinha

    angariar recursos financeiros, esquecendo-se que por diversas vezes,

    ela havia distribuído gratuitamente todo o seu cultivo.

    A ganância pelo poder absoluto oprimia a jovem Lucy que lutava

    com todas as forças contra a Igreja Católica e as Autoridades do

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    Salem-O julgamento de Lucy Evans

    Estado que aspiravam pela posse das suas terras oferecendo-lhe uma

    ínfima somatória em moedas de ouro com a alegação de reerguerem

    Salem na pretensão de torná-la uma comunidade modelo.

    Lucy se recusava a vendê-la, pois os laços que a prendiam a

    Salem eram mais fortes do que o conjecturado, ninguém

    compreendia a sua teimosia, posto que ela vivesse sozinha dispondo

    do auxílio de Jabalu, um escravo africano tratado com o respeito e a

    benquerença dadivada a um irmão sanguíneo.

    Infortunadamente, os seus pais haviam falecido e o seu único

    irmão teve o seu paradeiro desconhecido ao se aventurar pelo

    Mundo.

    Lucy lutava diariamente para preservar a propriedade da família

    no anseio de que um dia Deus a agraciasse com o seu regresso, posto

    que Patrick Evans fosse a sua esperança de uma vida menos solitária.

    Intitulada como a única herdeira de um patrimônio incalculável,

    recebia com assiduidade o cortejo dos camponeses que visavam se

    tornar cidadãos renomados e poderosos, porém, essa não era a única

    razão, o seu encanto natural despertava o desejo dos homens e a ira

    das mulheres.

    Lucy denotava uma postura rígida e despretensiosa, ciente de que

    o seu nome fosse proferido pelas alcoviteiras que a maldiziam na

    presença desses mesmos homens, todavia, não dava importância aos

    fatos.

    Para os padrões da época, Lucy apresentava uma beleza

    excepcional, em seus vinte e cinco anos de idade, de silhueta

    torneada, estatura média, pele alva, olhos na tonalidade avelã e

    cabelos castanhos que atingiam a altura da cintura, ainda que não

    12

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    Salem-O julgamento de Lucy Evans

    fosse permitido deixá-los soltos, segundo os costumes ortodoxos,

    cobrir a cabeça representava toda a modéstia e devoção religiosa da

    mulher.

    Trajava-se com vestidos longos e sóbrios, portanto, o desejo dos

    homens era imaginativo e não provocativo.

    Lucy se retirava da igreja ao ser barrada por um velho conhecido

    da família.

    - Senhorita Evans, quando venderá a propriedade da família? A

    sua relutância acarretará em desgraça!

    - Desgraça! - exclamou a jovem atônita - Isso é uma ameaça?

    - De modo algum, mas as pessoas falam... - ao atentar um grupo

    de mulheres puritanas a observá-los, o homem se calou.

    - Senhor Hill, conte-me de uma vez por todas o que tem a me

    dizer? O que falam de mim? - testificando o motivo do seu

    emudecimento, Lucy o conduziu para longe das mulheres na

    intenção de que não os escutassem.

    - Não sou eu que falo, são as pessoas! - justificou-se o homem - A

    senhorita possui o conhecimento de que eu a vi nascer e a embalei

    em meus braços quando ainda era pequena e indefesa. Como também

    sabe que eu partilhei das alegrias e tristezas do seu falecido pai.

    - Sim, eu sei! O senhor é da família! - a declaração de Lucy o fez

    lacrimejar - Senhor Hill, seja lá o que tenha a me dizer, deixe para

    outro dia, comentários alheios não me aborrecem.

    - Pois deveriam! - bradou o senhor Hill ao tremulamente revelar -

    Eu temo por sua vida! A comunidade alega que a senhorita abriga um

    escravo em suas terras e que atos libidinosos nascem dessa relação.

    - Jabalu é um irmão para mim! - vociferou a jovem.

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    Salem-O julgamento de Lucy Evans

    - Boatos surgem de que Jabalu seja um escravo africano que

    conheça os rituais vodus sendo esta a razão das suas terras

    prosperarem, enquanto as nossas apenas germinem o centeio - o

    pobre senhor Hill desatinou a falar - Alegam também que a senhorita

    tenha feito um pacto com o demônio, por isso os olhares masculinos

    recaem sobre a sua pessoa.

    - Senhor Hill, eu nunca ouvi tanta sandice em minha vida! - Lucy

    empalideceu em face dos comentários maldosos vindos da própria

    comunidade - E o que o senhor acha? Acredita em tudo o que ouve?

    - Não, senhorita Evans! Eu conheço a benevolência do seu

    coração ao sempre nos ofertar com o plantio das suas terras,

    asseverando que os alimentos são sejam amaldiçoados, sendo que

    muitos adoeçam e até morram após ingeri-los, contudo, atesto que

    isso não seja verdade, em minha família todos se encontram sadios -

    explicou-se rapidamente no intento de que não houvesse uma

    distorção das suas palavras - Em breve haverá uma inquisição,

    informes ao seu respeito chegaram aos ouvidos do reverendo

    Morrison e tão logo um tribunal se instalará em Salem composta por

    um juiz rabino e membros do clérigo. Fuja, senhorita Evans!

    - Fugir? Nunca! Deus Altíssimo está no comando da minha vida,

    Ele não me desamparará perante a injustiça de Salem - Lucy

    esbugalhou os olhos diante do súbito pedido do senhor Hill - Fugir

    significaria assinar a minha própria sentença de culpa.

    - Por mais que a minha fé enalteça o Altíssimo, a comunidade não

    a deixará impune! A justiça de Salem falhou uma vez e eu temo que

    falhe novamente.

    - Eu não temo a justiça dos homens, e sim, a justiça de Deus! -

    14

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    Salem-O julgamento de Lucy Evans

    Lucy encerrou o assunto, estendendo-lhe a mão em despedida.

    Sem olhar para trás, subiu em sua carroça, e tomando as rédeas

    dos dois cavalos, dirigiu-se para a sua propriedade como se nada

    tivesse acontecido.

    Adentrando-a, avistou Jabalu acenando-lhe em aflição, indo

    diretamente ao seu encontro.

    - O que faz aqui? Há muito trabalho a se fazer! - vendo-o segurar

    uma folha de papel em suas mãos não lhe atribuiu a chance de falar,

    ordenando rispidamente - Leve os cavalos ao estábulo e lhes dê água

    e alimento!

    - Sim, eu o farei imediatamente! - obedeceu, entregando-lhe o

    papel, convicto de que o teor escrito não seria do seu agrado - O

    reverendo Morrison o trouxe em pessoa e a sua feição não era das

    melhores.

    - Reverendo Morrison! - repetiu em exaltação - Deixe-me ver

    isto!

    Por fim, Lucy expressou o seu nervosismo, atinando que o papel

    em questão se tratasse de uma intimação referente a tudo o que lhe

    foi dito pelo senhor Hill.

    - Acaso leu isso? - inquiriu Lucy.

    - Eu não sei ler! - confidenciou Jabalu ao se ruborescer.

    - Nem sempre o conhecimento torna um homem sábio! - Lucy

    beijou-lhe o rosto num desabafo comovente - Desde a morte dos

    meus pais, por conseguinte, a partida de Patrick, eu encontro em ti o

    conforto de um irmão.

    - Eu sou grato por tudo o que fizeram por mim! - enunciou em

    reconhecimento - Deus agraciou-me com uma família benevolente e

    15

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    Salem-O julgamento de Lucy Evans

    abençoada, de fato, eu nunca me senti um escravo, embora a minha

    cor alegue ao contrário.

    - Deus nos diferenciou para que pudéssemos sincronizar os

    nossos corações num mesmo compasso, tudo na vida há um

    equilíbrio e o mesmo ocorre com as cores no fito de que haja uma

    perfeita harmonização, creio que este seja o Plano de Deus. As

    diferentes etnias propiciarão gerações diversificadas, enquanto as

    similares permanecerão imutáveis - Lucy surpreendeu-se a si mesma.

    - Sinto-me lisonjeado por via de palavras tão belas e edificantes,

    conquanto, a senhorita expressa uma sombria tristeza no olhar.

    Algum camponês a perturbou em sua ida à cidade? - o escravo

    demonstrou a sua perspicácia.

    - Jabalu, meu irmão, eu não consigo esconder os meus

    sentimentos de você, não é mesmo? - a jovem deixou uma lágrima

    rolar por sua face.

    - Não senhorita! Eu a conheço desde a nossa infância - replicou o

    escravo sem o entendimento do agravante da situação - O que

    perturba a sua doce existência?

    - Bem! Eu estava feliz em minha ida à cidade, entretanto, na saída

    da igreja eu fui abordada pelo senhor Hill ao feito de me alertar do

    perigo que corríamos, na hora, eu não dei importância, mas agora,

    através desta intimação, acredito que eu deva me preocupar - sem

    escapatória, Lucy narrou com minudência os dizeres do senhor Hill.

    - Eu, um praticante de ritual vodu! - Jabalu desesperou-se - Quais

    as provas obtidas para tais acusações? Eu não sou feiticeiro! O que

    eu faço é apenas orar pelos meus ancestrais! E quanto a nós! Eu

    nunca a desrespeitei ou a

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