Nas Profundezas Do Mar Sem Fim
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Nas Profundezas Do Mar Sem Fim - Viviane Regina Catapano
Nas profundezas do
mar sem fim
Heron Garvey
Volume 1
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mar sem fim
Heron Garvey
Volume 1
Viviane Regina Catapano
Pelo espírito de Lord Henry Ottsburg
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Heron Garvey
Editorial / Revisão / Diagramação:
Viviane Regina Catapano
Capa:
site pixabay
2016 - 1º Edição
Direitos autorais reservados.
É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por
qualquer meio, salvo com autorização do Autor.
(Lei 9.610/08)
Traduções somente com autorização por escrito do Autor.
pdfconverterpdfconverterO esmorecimento da fé e os pensamentos contrários à Lei do Criador corrompem a
essência do mais benevolente ser, favorecendo a aproximação dos espíritos
malfazejos na ânsia de se apossarem das suas energias fluídicas, por vezes, das
suas vontades o tornando objeto de desejo e conquista para a concretização dos
seus hediondos feitos.
pdfconverterpdfconverterpdfconverterpdfconverterSumário
Apresentação ….............................................................................. 09
Capítulo 1 ....................................................................................... 11
Capítulo 2 ....................................................................................... 23
Capítulo 3 ....................................................................................... 35
Capítulo 4 ....................................................................................... 47
Capítulo 5 ....................................................................................... 57
Capítulo 6 ....................................................................................... 67
Capítulo 7 ....................................................................................... 77
Capítulo 8 …................................................................................... 87
Capítulo 9 …................................................................................... 97
Capítulo 10 ................................................................................... 109
Capítulo 11 .................................................................................. 121
pdfconverterpdfconverterCapítulo 12.................................................................................... 133
Capítulo 13 .................................................................................. 145
Capítulo 14 .................................................................................. 157
Capítulo 15 ................................................................................... 167
Capítulo 16 ….............................................................................. 177
Capítulo 17 …...............................................................................189
pdfconverterpdfconverterNas profundezas do mar sem fim* Heron Garvey
Apresentação
O romance deslindará a importância da força do pensamento para
a integridade mental, emocional e espiritual do indivíduo.
O negativismo degradará a conduta de alguns personagens os
transformando naquilo que nunca desejaram ser.
Alguns possuirão o mal cravado em seu perispírito resultantes de
outras vidas, enquanto outros, as herdarão no decorrer do tempo.
Qualquer espírito obsessor detém o poder de aliciar as suas
vítimas, captando o primeiro sinal da sua fragilidade espiritual e das
amarguras do seu coração, em contrapartida, o espírito encarnado
detém o poder da recusa em enaltecimento ao Senhor da Vida.
Tudo é questão de fé!
Todos os irmãos são igualmente amparados e auxiliados pela
espiritualidade, embora muitos contestem as bênçãos auferidas,
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tornando a própria vida um ciclo vicioso entre o crer e o não crer.
Quem crê na existência de uma força suprema regendo o seu
caminhar, não se deixará obsidiar por pensamentos que depreciarão o
seu merecimento perante as glórias que estarão por vir.
Fortaleçam-se e obstinem-se na crença de que o Senhor seja o
único Redentor da sua Vida
.
Lord Henry Ottsburg
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Capítulo 1
Era um dia comum, porém, estarrecedor para os habitantes que se
deparavam com uma infinidade de piratas, homens do mar ou meros
escravos que surgiam na pacata ilha de Tortuga em busca de refúgio.
A bebida, em específico, o uísque e o rum faziam parte das suas
vidas como se necessitassem do álcool em suas correntes sanguíneas,
atribuindo-lhes a sensação de um poder absolutamente inexistente.
A instalação de homens na ilha ao comando de um pirata cruel e
ganancioso de codinome Bonnet não havia sido ocasional, e sim,
intencional.
Bonnet detinha o conhecimento de que uma valiosa carga faria a
sua travessia pelo mar do Caribe com um destino ainda
desconhecido, assegurando-se de que a tripulação a bordo fosse de
procedência espanhola.
No planejo da sua estratégia de ataque, Bonnet selecionou
homens de diversas nacionalidades, homens capazes de torturar e
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assassinar as suas vítimas por ouro e prata sem nutrir em seu íntimo
o sentimento de compaixão.
Não se sabe ao certo a verdadeira descendência de Bonnet, uns
diziam que ele fosse holandês, enquanto outros afirmavam
convictamente que ele fosse francês por ter em suas mãos uma carta
de corso outorgada pela França concedendo-lhe o direito de ataque
aos navios inimigos, visando o enfraquecimento das tropas sem que
os mesmos investissem em recursos para o ganho das suas batalhas.
Bonnet foi considerado um pirata corsário de reconhecimento
internacional, ao ardilosamente se mascarar por detrás da lei que
impossibilitava a sua execução pelas nações inimigas, detendo a
obrigatoriedade de encaminhá-lo ao julgamento de um Tribunal
Almirantado e nada justo, que o declararia como herói da França.
Bonnet dispunha dos seus cinquenta e sete anos de idade, tez
morena, olhos e cabelos castanhos, estatura média, robusto, ao
costumeiramente ostentar as suas riquezas através de dentes de ouro,
anéis e correntes que cingiam o seu pescoço.
Como todo pirata que se preza, possuía um tapa-olho em seu olho
esquerdo, ao ter sido gravemente ferido em batalha, trajava-se com
cores sóbrias, salientando o uso de um bandana vermelha em sua
cabeça, por muitas vezes, depositando um chapéu tricórnio, e
segundo o dito popular, apesar de não possuir uma perna de pau, não
poderia faltar sob o seu ombro a presença de um papagaio ao lhe
fazer companhia.
Dirigindo-se a uma taberna, esbarrou desastrosamente num
modesto habitante, deixando cair das suas mãos um saco de moedas
de ouro, enfurecido, empurrou o rapaz que numa reação inesperada
segurou-o fortemente pelo braço para que não houvesse um
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desequilíbrio total.
- Como ousa?
- Perdoe-me, senhor! - receando uma severa punição, o rapaz
baixou o olhar.
- Pirralho! Recolha todas as moedas e não as roube de mim! -
ordenou Bonnet.
Obedientemente, o rapaz recolheu uma a uma numa, entregando-
as sem fitá-lo no olhar.
- Hum! Deixe-me ver! - Bonnet fingiu contar as moedas sem que
virasse todo o conteúdo do saco ao bravejar - Falta uma! Devolva-me
agora!
- Recolhi todas e as devolvi! Eu juro! - desesperou-se ao
ingenuamente olhar para o chão, conferindo se alguma moeda tivesse
passado em despercebido.
- Falta uma! - repetiu Bonnet - Se não a devolver pagará caro por
sua ignóbil conduta.
- Ignóbil conduta? Olha só quem está falando! - pensou o rapaz,
controlando o deboche que decerto gostaria de realizar.
- Disseste algo? - inquiriu ao ter notado um estranho gesticular
labial.
- Não disse nada senhor! Aliás, eu disse que não possuo nenhuma
moeda de ouro em meu poder, se for do seu desejo, reviste-me -
argumentou na tentativa de convencer o pirata a deixá-lo seguir o seu
caminho.
- Revistá-lo? Se quisesse desperdiçar o meu tempo arrancaria a
cabeça do seu corpo de uma só vez - gargalhou Bonnet.
- Então o que deseja de mim? Dou-lhe a minha palavra de que
não a roubei - estremecido, o rapaz temeu que o pior acontecesse.
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- A sua palavra não me basta! Trabalhará para mim até quitar a
sua dívida - Bonnet o analisou, atribuindo-lhe uma nova ordem -
Levante-se pirralho e encare a sua nova tarefa como um homem!
- Senhor, por favor, livre-me desse destino! Não possuo a aptidão
para me tornar um homem do mar. Pagarei a minha dívida com o
suor do meu trabalho em terra firme - rogou o rapaz ao se levantar,
ciente de que não havia feito nada que desabonasse a sua conduta
moral.
- Possui uma família residente nesta ilha? - indagou o pirata
gerando-lhe pavor.
- Sim, eu possuo! - replicou os figurando em sua mente, uma
pequena, unida e amorosa família, composta por sete membros, entre
eles: os seus pais, um casal de irmãos mais velhos, uma tia, um
primo e uma avó.
- Esteja a bordo ao primeiro raiar do dia de amanhã. A Vingança
do Destruidor é o nome do meu navio. Se não se apresentar, a sua
família pagará muito caro por sua negligência - Bonnet o ameaçou.
- Mas senhor, eu não sei içar a vela de um navio, tampouco,
efetuar a simples leitura de uma bússola - alegou o rapaz.
- Então, será o meu cozinheiro! - bradou sem lhe dar a chance de
formular uma nova questão.
Em seu andar cambaleante, Bonnet distanciou-se do rapaz sem
olhar para trás, conferindo-lhe a certeza de que estivesse bêbado em
plena luz do dia.
Todos os seus planos de vida foram por água abaixo, um futuro
promissor para oferecer amparo a sua família não seria viável após a
ameaça auferida.
Lágrimas brotaram em seus olhos e o semblante alegre de outrora
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deixou de existir, repentinamente, um brilho no chão despertou a sua
curiosidade, a suposta moeda de ouro que o pirata o acusou de tê-la
roubado surgiu na sua frente.
O rapaz apanhou-a correndo em direção do seu algoz, sem a
menor cerimônia, entrou numa taberna de pouca iluminação, o forte
odor de álcool exalava-se por todos os cantos.
Vozes se misturavam sem lhe dar o entendimento da diversidade
dos assuntos a serem travados.
Ao ser avistado por um escravo que parecia mais sóbrio do que os
demais, foi abordado de maneira enternecedora.
- Vá embora enquanto há tempo! Por favor! - solicitou o escravo
de aparência sofrida e envelhecida em virtude da árdua vida que
levava.
- Não posso! Eu preciso entregar algo para um pirata - justificou
o rapaz.
- Poderia me informar o nome de quem procura? - inquiriu o
escravo.
Sem a resposta postulada, recordou-se de algo.
- A Vingança do Destruidor é o nome do seu navio.
Um silêncio estarrecedor tomou conta do local como se o nome
pronunciado ofendesse todos os que ali estivessem presentes.
De fato, não era ofensa, e sim, temor pelo navio pertencente ao
pirata Bonnet, o mais desumano dentre todos sendo capaz de matar
com requintes de crueldades a própria mãe, se assim fosse preciso.
De súbito, todos os homens se afastaram do rapaz, abrindo
passagem para que o referido pirata se aproximasse.
- Pirralho! O que faz aqui? - Bonnet demonstrou a sua
insatisfação de revê-lo.
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- Não sou pirralho! Eu tenho nome! Heron Garvey! - o rapaz o
afrontou.
- Pirralho! - persistiu o pirata no intuito de enfurecê-lo - Aqui não
é lugar para você. Diga o que quer e vá embora!
- Eu creio que o seu navio também não seja o lugar para mim.
Aqui está a sua moeda, senhor! Eu a encontrei no chão assim que
viraste de costas - enunciou ao lhe entregar a moeda.
- De quem roubaste agora? - Bonnet o acusou mais uma vez.
- De ninguém senhor, eu juro! - Heron afligiu-se sem saber o que
deveria ser feito para provar a sua inocência.
- Não tente me enrolar ou será decapitado! - essas foram às
últimas palavras de Bonnet ao tomar posse da moeda e retornar para
a sua bebedeira.
- Vá embora, meu jovem! - insistiu o escravo - Tudo o que disser
será em vão! É dessa forma que o pirata Bonnet adquire novos
escravos para fazer parte da sua tripulação. Comigo foi assim!
- Ele o acusou de roubo? - Heron o questionou.
- Sim! Acusou-me de ter roubado os suprimentos do navio, na
verdade, quase todos os escravos da sua tripulação detêm um
histórico similar - estremecido, o escravo o aconselhou com a voz
branda - Meu jovem, descanse pelo resto do dia e se despeça dos
seus entes queridos. É impossível saber se algum dia retornará para
esta ilha ou se ao menos sobreviverá ao ataque das frotas inimigas.
- Espero um dia revê-lo! - emotivo, Heron o abraçou.
- Me verás em breve! - sorriu o escravo transmitindo-lhe a
serenidade carecida.
Por fim, Heron se despediu rendendo-se à injustiça do destino.
Heron orgulhava-se da sua origem afro-caribenha, detendo
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somente vinte anos de idade, de estatura alta, robusto, cabelos pretos,
olhos castanhos escuros e tez negra, trajava-se com roupas em tons
claros confeccionadas em puro algodão a fim de suportar o sol
escaldante, posto que trabalhasse ao ar livre no plantio e na colheita.
A ilha de Tortuga havia sido um local pacífico, em decorrência da
riqueza dos seus recursos naturais e minerais foi cobiçada e invadida
pelos piratas tornando-se uma ilha de repúdio internacional banhada
em sangue e violência.
A família de Heron, assim como tantas outras haviam conhecido
a verdadeira felicidade em Tortuga, mas agora, se lamuriavam ao
serem tolhidos de partir, em razão da exploração a qual eram
submetidos, levando ao nosso