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Estigmas Da Paixão
Estigmas Da Paixão
Estigmas Da Paixão
E-book557 páginas2 horas

Estigmas Da Paixão

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Sobre este e-book

Portugal, Vila de Santo Antônio de Arenilha, hoje não mais existente pela força de um maremoto que a destruiu. O romance relata a reencarnação de um dos “Apóstolos de Cristo”, um jovem que receberá as chagas de Cristo em seu corpo físico, no mais, será atormentado pelas visões do respectivo apóstolo. Deus lhe agraciará com um dom especial e uma missão da qual deverá cumprir com sabedoria, humildade e discernimento. Em cada chaga cederá passagem a um espírito de luz que transmitirá palavras de amor e de esperança. As chagas são cinco, sendo a última fatal. O jovem escolhido passará por todas as provações, ou será poupado de ter uma morte semelhante à de Cristo?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de dez. de 2018
Estigmas Da Paixão

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    Estigmas Da Paixão - Viviane Regina Catapano

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    Estigmas

    da Paixão

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    Estigmas

    da Paixão

    Viviane Regina Catapano

    Pelo espírito de Lord Henry Ottsburg

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    Estigmasda Paixão

    Editorial / Revisão / Diagramação:

    Viviane Regina Catapano

    Capa:

    site pixabay

    2015 - 1º Edição

    Direitos autorais reservados.

    É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer

    forma ou por qualquer meio, salvo com autorização

    do Autor.

    (Lei 9.610/08)

    Traduções somente com autorização por escrito

    do Autor.

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    Com o aval da espiritualidade, eu dedico esta obra ao meu

    finado pai terreno e agora irmão espiritual Vicente Branco

    Catapano.

    Enobrece-me saber que o seu progresso esteja em contínua

    evolução, ainda que fisicamente distante a lembrança da sua

    existência se manterá viva em meu coração.

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    Estigmatizados

    Cristo carregou os nossos pecados concedendo a sua vida para

    nos curar.

    Por suas chagas fomos curados.

    Por nossos olhos o sangue das suas chagas foi derramado.

    A sua dor foi sentida por aqueles que detêm o mais alto grau de

    elevação espiritual.

    Em espírito, padecem de uma profunda dor que os envolvem em

    suas próprias visões do mal, manifestando as chagas de Cristo

    em seus corpos físicos.

    Quanto mais se aproximam de Deus, mais estarão receptíveis as

    tentações, sobretudo, aos tormentos demoníacos.

    O odor da santidade acompanha as chagas, especificamente, o

    odor das flores.

    O estigma simboliza a paixão de Cristo e o sacrifício que Jesus

    realizou em nome de um povo que o julgou e o sentenciou a uma

    terrível e dolorosa morte na cruz por não crerem na existência de

    um Ser Supremo a olhar por todos nós.

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    Sumário

    Prefácio …............................................................... 11

    Capítulo 1 ............................................................... 13

    Capítulo 2 ............................................................... 23

    Capítulo 3 ............................................................... 33

    Capítulo 4 ............................................................... 43

    Capítulo 5 ............................................................... 55

    Capítulo 6 ............................................................... 65

    Capítulo 7 ............................................................... 75

    Capítulo 8 ............................................................... 85

    Capítulo 9 ............................................................... 95

    Capítulo 10 ........................................................... 105

    Capítulo 11 ........................................................... 117

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    Capítulo 12 ........................................................... 127

    Capítulo 13 ........................................................... 137

    Capítulo 14 ........................................................... 147

    Capítulo 15 ........................................................... 157

    Capítulo 16 ........................................................... 167

    Capítulo 17 ........................................................... 177

    Capítulo 18 ........................................................... 187

    Capítulo 19 ........................................................... 193

    Capítulo 20 ........................................................... 199

    Pedro retomou a sua missão ............................... 209

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    Estigmas da Paixão

    Prefácio

    O romance nos faz mergulhar num acontecimento verídico que se

    esvaiu no tempo, em terras portuguesas, numa região de origem

    piscatória, intitulada Vila de Santo Antônio de Arenilha.

    O personagem principal nos transmitirá uma comovente lição de

    vida não se deixando afligir pelo acometimento das chagas de Cristo

    em seu corpo físico.

    Uma guerra espiritual será travada, levando-o ao entendimento da

    sua missão em virtude da surpreendente revelação da sua encarnação

    pregressa, ao longo da jornada, manifestações espirituais serão

    necessárias para o seu aprendizado.

    Na atualidade, a vila mencionada foi extinta em decorrência de

    um maremoto, porém, há relatos da sua reconstrução pela inciativa

    do Marquês de Pombal nomeando-a Vila Real de Santo Antônio,

    apesar de ter sido elevada à cidade.

    A ambição desvairada do homem não se preocupou em preservar

    a memória da vila, declarando a sua posse no anseio de que as

    gerações futuras deixassem de seguir as suas tradições.

    Lord Henry Ottsburg

    11

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    Estigmas da Paixão

    12

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    Estigmas da Paixão

    Capítulo 1

    O burburinho das ondas do mar e a brisa do final da tarde trazia

    uma aprazível sensação aos moradores da Vila de Santo Antônio de

    Arenilha, às suas margens dezenas de pescadores retornavam aos

    seus lares após um dia árduo de trabalho.

    A vila portuguesa era formada por diversas cabanas de colmo, a

    sobrevivência baseava-se na comercialização da sardinha e do atum,

    negociados diretamente com os espanhóis, no município raiano de

    Ayamonte.

    O povoado detinha uma fervorosa fé no Nosso Criador,

    solicitando a constante presença de um pároco de Ayamonte para a

    realização dos cultos religiosos.

    No entanto, um pescador se destacava dos demais, a sua pureza de

    sentimentos associada com a satisfação de ajudar o próximo o

    tornaram conhecido na região.

    Pedro Rodrigues ficou órfão de pai com três anos de idade ao

    perdê-lo num naufrágio quando o mesmo se embrenhou numa

    arriscada aventura em busca de uma farta pescaria que possibilitasse

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    Estigmas da Paixão

    uma condição mais digna para a sua família, infortunadamente a este

    trágico incidente, o seu corpo nunca foi encontrado.

    Dispondo dos seus vinte e três anos de idade, Pedro se

    comportava como um homem maduro, por muitas vezes, tomava o

    lugar do seu avô paterno em relação ao sustento da família, por

    comiserar-se da sua debilidade física.

    Trajava roupas em tons pastéis, tendo o hábito de dobrar a barra

    da calça para não molhá-la, um chapéu de palha para proteger-se do

    sol e um par de sandálias de couro cru.

    Um jovem alto, robusto, de pele bronzeada, olhos castanhos,

    cabelos negros e lisos que chamava a atenção das moças que

    apreciavam não só a sua viril beleza, mas o seu lado galanteador e

    cortês.

    Pedro não se envaidecia com o assédio, saudando-as com respeito

    e modéstia em seus gestos, posto que no momento a sua preocupação

    se voltasse unicamente para a família.

    Antes de retornar para a sua morada, encaminhou-se a uma

    minúscula capela, construída pelos próprios pescadores da vila, em

    passos largos e rápidos chegou ao seu destino, a areia teimava entrar

    pelas aberturas da sandália, queimando-lhe os pés, sendo este o

    motivo principal da sua pressa.

    Três imagens constituíam a capela, entre elas, a imagem de Cristo

    crucificado, de Nossa Senhora Aparecida e de Santo Antônio de

    Lisboa.

    Pedro se ajoelhou aos pés de Nossa Senhora e realizando o sinal

    da cruz tocou-a sutilmente com uma das mãos, dizendo com a voz

    embargada pela emoção.

    - Tu que és a Mãe de Deus, Rainha dos Anjos, Advogada dos

    Pescadores, refúgio e consolação dos aflitos, entrego-me em suas

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    Estigmas da Paixão

    mãos, rogando o seu auxílio para que possa interferir na presença de

    Deus pela saúde do meu avô Gualberto Rodrigues - segurando as

    lágrimas, prosseguiu trêmulo, de olhos fechados - Eu sou como um

    pequeno grão de areia no meio de um vasto deserto, talvez não seja

    merecedor da sua divina misericórdia, entretanto, encontro-me aqui

    de joelhos, suplicando não por mim, mas por meu avô, que me

    ensinou que a virtude de um homem provém do seu coração, dos

    seus feitos em prol dos seus semelhantes, e não dos bens materiais

    adquiridos ao longo da sua vida.

    Atestando o anoitecer, ainda em oração, Pedro olhou para as

    imagens de Santo Antônio e de Cristo, os reverenciando em

    agradecimento pelas bênçãos recebidas durante a pesca.

    - Os peixes brotam em suas mãos! - lembrou-se dos dizeres de um

    pescador, evidenciando a estranha ação dos peixes ao freneticamente

    pularem para dentro da sua embarcação, diretamente em suas mãos.

    Sem olhar para trás, Pedro correu para a cabana onde a sua

    família o aguardava ansiosamente, afoito para agraciá-los com a boa

    pesca e a boa soma de dinheiro recebido em decorrência da sua

    transação comercial com os espanhóis.

    Pedro não compreendia o seu desejo de orar, sem nunca ter visto a

    miraculosa ocorrência que se fazia presente, a imagem de Nossa

    Senhora Aparecida vertia lágrimas translúcidas em sua partida da

    capela.

    Adentrando em sua modesta cabana, Pedro foi recepcionado por

    sua mãe com um forte abraço maternal, ao contrário do que se

    imaginava, a gentil senhora não havia se aborrecido mediante o seu

    atraso para o jantar, deduzindo que o jovem estivesse em orações.

    Em torno dos seus quarenta e cinco anos de idade, Dona Maria

    não se deixava abater pelas dificuldades da vida, denotando a doçura

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    Estigmas da Paixão

    da sua alma caridosa.

    Possuía estatura baixa, magra, pele alva, olhos amendoados,

    cabelos castanhos começando a grisalhar, presos por um coque,

    trajava um velho vestido azul com discretas estampas, sobrepondo

    um avental amarrado em sua cintura e um par de sapatos bastante

    gasto pelo uso.

    Sentindo o forte odor de peixe, Dona Maria simulou um discreto

    sorriso ao se deparar com a excessiva quantidade de atum que Pedro

    carregava em suas mãos.

    - Amanhã um amigo pescador viajará para terras distantes, pedirei

    para trazer-nos um pedaço de carne para que a senhora nos faça um

    delicioso assado - disse Pedro, certo de que todos estivessem fartos

    de comer peixe.

    - Não temos dinheiro para ostentar os mesmos privilégios de uma

    nobre classe social, devemos agradecer a Deus por nos ofertar com o

    alimento de cada dia - esclareceu Dona Maria - Ao invés da carne,

    farei um bom assado com este atum. Não desperdice o dinheiro

    recebido, divirta-se com os seus amigos e quem sabe com uma

    namorada.

    - Mamãe, eu não o desperdiçarei na compra de um alimento

    diferenciado. Hoje eu fiz uma excelente pesca, os peixes saltavam ao

    meu encontro. Recebi o dobro se comparado a minha última pesca,

    esse mês poderemos nos alimentar melhor e ainda nos sobrará para

    compramos os medicamentos do vovô sem implorarmos para que

    nos deixem pagar conforme os nossos rendimentos. Sinto que Deus

    está nos abençoando e trabalho não me faltará!

    - Como recebeu tanto dinheiro se há cerca de um mês queixava-se

    da falta de peixes no mar? Diga a verdade garoto! - a sua irmã Adália

    surgiu na fracassada tentativa de insinuar que Pedro pudesse ter

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    Estigmas da Paixão

    cometido um ato ilícito.

    - Não atormente o seu irmão! Ele faz tanto por nós, não merece o

    seu despeito - vociferou Dona Maria.

    - Despeito! Eu? - a jovem fingiu-se de desentendida.

    - Deixe-a mamãe, se não a conhecesse tão bem, decerto me

    aborreceria - Pedro camuflou a sua tristeza por via das suas

    constantes revelias, não querendo iniciar uma discussão, entregou

    toda a pesca de atum para a mãe no anseio de se retirar - Já o salguei

    para evitar que se estrague. Levarei o dinheiro para o vovô, garanto

    que com a sua sábia experiência, ele comprará o que realmente nos

    for necessário e ainda nos sobrará uma boa quantia para as despesas

    do próximo mês.

    - Próximo mês? O meu irmãozinho é tão esperto que sem dúvidas

    ganhará uma quantia maior do que a recebida este mês, não há razões

    para economizarmos. A compra de um vestido e um par de sapatos

    novos não nos deixará mais pobres - desafiou Adália.

    Pedro a ignorou, enquanto a mãe, tomando as suas dores, ralhou

    com Adália.

    - Vá direto para o seu quarto e só retorne quando eu chamá-la

    para o jantar.

    - Mas mamãe! - Adália tentou argumentar sem êxito.

    - Obedeça-me! - Dona Maria não sabia como lidar com a rebeldia

    da filha.

    - Eu irei! Como se eu tivesse um quarto - resmungou a jovem

    magoando a mãe que a tudo ouvia sem manifestar-se, referindo-se a

    uma cortina improvisada que separava os cômodos da cabana.

    Adália era uma mulher madura, quatro anos mais velha do que o

    irmão, dona de uma beleza descomunal, de estatura média, esbelta,

    olhos castanhos escuros, cabelos castanhos ondulados, trajava

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    Estigmas da Paixão

    vestidos de cores suaves confeccionados por sua mãe com os panos

    que ganhava dos moradores da vila em troca dos seus serviços de

    costureira.

    Dona Maria esmerava-se em deixar todas as peças em perfeito

    estado, como se as mesmas fossem compradas no comércio de

    regiões portuguesas, agradando a todos, exceto a filha que sempre se

    queixava de algo.

    De temperamento extremamente impulsivo, Adália recusou dois

    pretendentes para um casamento de união estável, sonhando

    encontrar um fidalgo cavalheiro que a resgatasse da pobreza. Sonhos

    impossíveis de uma jovem mulher que não possuía o requinte de uma

    dama.

    Como uma excepcional bordadeira da vila, tecia as redes para os

    pescadores, encomendas não lhe faltavam, mas infelizmente, este era

    um serviço desgastante que não pagava os custos do seu próprio

    sustento.

    Assevera-se que a sua relação com Pedro não fosse das melhores,

    ainda que o amasse, sentia inveja, ao ser sempre abordada em seus

    passeios pelas margens do mar com alguém a lhe perguntar do irmão,

    proferindo-lhe coisas maravilhosas ao seu respeito, circunstâncias

    que a deixavam irritada.

    Pedro não revidava as ofensas e por muitas vezes, beijava-lhe a

    fronte quando ela dizia disparates no intuito de fazê-lo perder a

    paciência.

    Absorta em pensamentos, Adália atirou-se numa esteira de palha

    que ficava ao chão, acabando por adormecer.

    Enquanto isso, Pedro foi procurar o avô que se encontrava do lado

    externo da cabana, sentado numa velha cadeira de madeira,

    contemplando o pôr do sol.

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    Estigmas da Paixão

    - Vovô, eu lhe trouxe algo! - sem esperar por uma resposta, Pedro

    estendeu-lhe o braço na entrega de um pequeno e pesado saquinho de

    pano.

    - Onde está? - desorientou-se o seu avô.

    Pedro atestou o óbvio e mantendo o seu controle emocional,

    indagou.

    - Vovô, há quanto tempo o senhor vem sentindo a perda da sua

    visão?

    Sem escapatório, o senhor Gualberto revelou a verdade.

    - A minha visão vem se dissipando ao longo do tempo, não quis

    preocupá-los com mais esse agravante em minha saúde, creio que a

    sua mãe já tenha notado o meu estado, no entanto,

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