Triângulo Bennington

De Viviane Regina Catapano

Os eventos ao entorno do “Triângulo Bennington” permanecem uma incógnita até os dias atuais. Desaparecimentos inexplicáveis, fenômenos sobrenaturais. Mitos ou verdades? Desvendem uma maldição tribal lançada há séculos numa narrativa surpreendente que os comoverá do princípio ao fim.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 2 de jan. de 2019

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Triângulo Bennington

O elucidar de uma Maldição Tribal

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Triângulo Bennington

O elucidar de uma Maldição Tribal

Viviane Regina Catapano

Ditado pelo espírito de Lord Henry Ottsburg

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Triângulo Bennington

Editorial / Revisão / Diagramação:

Viviane Regina Catapano

Capa / Figuras:

site pixabay

2016 - 1º Edição

Direitos autorais reservados.

É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer

forma ou por qualquer meio, salvo com autorização

do Autor.

(Lei 9.610/08)

Traduções somente com autorização por escrito

do Autor.

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Desde os primórdios dos tempos, a cultura indígena nos

presenteia com um fantástico legado de sabedoria espiritual.

Desprendidos de bens materiais, utilizam-se dos seus poderes

místicos em prol dos seus semelhantes, sem que haja a

compreensão dos seus nobres feitos.

Desprezados por aqueles que se consideram superiores a um povo

que visa o Criador do Universo e a tudo que engloba a Natureza

como o seu bem mais precioso.

Se ouvíssemos a voz do coração com a pureza que nos foi

outorgada no ato da reencarnação, entenderíamos as suas ações.

A conveniência de uma cidade moderna nos tornou cativo de

emoções, deixando transparecer a avareza do homem rumo à

conquista das suas finanças, olvidando que a nossa missão em

Terra seja espiritual e não material.

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Sumário

Apresentação ….................................................... 09

Parte I

Família Swenson

Capítulo 1 ............................................................... 13

Capítulo 2 ............................................................... 21

Capítulo 3 ............................................................... 31

Capítulo 4 ............................................................... 43

Capítulo 5 ............................................................... 53

Capítulo 6 ............................................................... 63

Capítulo 7 ............................................................... 73

Capítulo 8 …........................................................... 87

Capítulo 9 …........................................................... 97

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Parte II

Maldição Tribal

Capítulo 1 ............................................................. 109

Capítulo 2 ............................................................. 117

Capítulo 3 ............................................................. 127

Capítulo 4 ............................................................. 137

Capítulo 5 ............................................................. 147

Capítulo 6 ............................................................. 157

Capítulo 7 …......................................................... 167

Capítulo 8 …......................................................... 179

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Triângulo Bennington

O elucidar de uma Maldição Tribal

Apresentação

O romance nos impulsiona a uma região onde sucedeu o

desaparecimento de pessoas entre as décadas de 1920 e 1950, cuja

veracidade dos fatos jamais foi desvendada, surgindo lendas para

acalentar os corações daqueles que perderam os seus entes queridos.

Em terras americanas, criou-se o Triângulo Bennington para

demarcar a extensão sudoeste de Vermont, centrando a Montanha

Glastenbury, assim como outras cidades ao seu entorno, em

principal, Bennington.

Habitantes locais asseguram ouvir uma incrível diversidade de

vozes, sons e luzes intensas provindas da Montanha Glastenbury,

sobretudo, um cheiro fétido causando-lhes náuseas, circunstâncias

que os forçaram a abandonar as suas casas, constatando-se que um

número ínfimo de famílias teria fincado as suas raízes na região por

não deterem dos mesmos recursos financeiros para a realização de

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O elucidar de uma Maldição Tribal

uma mudança drástica em suas vidas.

Investigadores paranormais foram contratados para atuarem nos

casos a pedido do FBI sem a descoberta de uma única evidência que

os conduzisse aos corpos das vítimas, salientando que qualquer grau

de energia espectral é rapidamente dispersado se não dispuserem de

tempo para efetivar uma minuciosa pesquisa.

E neste contexto, em sua primeira parte será deslindada a história

de Laura Parker e a sua ligação com a família Swenson para que o

leitor tenha o amplo entendimento do termo Triângulo Bennington.

A segunda parte se tornará o ponto crucial da história,

fornecendo-lhes com autenticidade dissertativa o enigma por detrás

de uma Maldição Tribal e a sua correlação com os informes da

atualidade.

Lord Henry Ottsburg

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O elucidar de uma Maldição Tribal

Parte I

Família Swenson

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Triângulo Bennington

O elucidar de uma Maldição Tribal

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O elucidar de uma Maldição Tribal

Capítulo 1

Bennington alvoreceu com o aspecto nebuloso, castigando os

habitantes com a queda de neve e as fortíssimas rajadas de ventos.

Em sua viagem, Laura Parker havia planejado uma caminhada até

a Montanha Glastenbury, desistindo do seu propósito em virtude do

mau tempo.

Chegando à estação de trem em Vermont, tencionou uma carona

no anseio de conduzi-la à cidade de Bennington, tendo em vista a

impossibilidade de acampar.

De longe, avistou um casal de idosos, depositando com extrema

dificuldade as bagagens no porta-malas de um veículo, oferecendo

auxílio.

- Grata pela ajuda, minha jovem! - a velha senhora esboçou um

singelo sorriso apanhando um casaco no interior do veículo - Vista

isso! Eu não entendo como veio para Vermont sem se conscientizar

de que estamos no inverno.

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O elucidar de uma Maldição Tribal

- Eu não posso aceitar! - recusou Laura em constrangimento - Há

uma loja na estação de trem, decerto eu encontrarei algo que me

aqueça.

- Turistas! - resmungou o velho senhor.

Laura baixou o olhar, presumindo que a sua presença o

desagradasse.

- Para onde vai? - inquiriu a velha senhora, apiedando-se da

jovem por conta do tratamento hostil do marido.

- Bennington! Eu me confundi quanto à estação do ano, necessito

arranjar com urgência uma pensão para me abrigar. Agradeço por sua

cordialidade - Laura fez menção de se retirar, pasmando-se com o

pronunciar do velho senhor.

- Não encontrará uma vaga em qualquer estabelecimento da

cidade - afirmou-lhe sisudamente, temeroso que a jovem não

conhecesse as lendas locais.

- Não lhe dê atenção, no fundo ele possui um imenso coração. O

meu nome é Martha Swenson e este é o meu marido Hugo. Ficará

conosco! Eu ouvi pela rádio que Bennington está encoberta pela neve

e fechada para o turismo.

Laura expressou o seu espanto.

- Minha querida, não tema a nossa presença! Residimos numa

propriedade rural a poucos quilômetros dessa estação, não lhe

faremos mal. Se desejar, informe-se a respeito da nossa conduta,

somos conhecidos pelo fornecimento de suculentas maçãs pela

região - esclareceu à senhora Martha - Não nos disse o seu nome?

- Não temo a presença de vocês! - enrubescida, se apresentou - O

meu nome é Laura! Laura Parker!

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O elucidar de uma Maldição Tribal

- A senhorita é canadense? - questionou o senhor Hugo.

- Sim! Na realidade, o meu pai era americano e a minha mãe

canadense. Como sabe da minha origem? - Laura franziu a testa.

- A sua bagagem possui a etiqueta de embarcação - replicou ao

ordenar, desta vez, num ato amistoso - Entrem no carro, estou

congelando aqui fora!

Ambas as mulheres acataram a sua determinação.

Laura contentou-se por ter encontrado um abrigo sem alternativa

para dispor de mais uma recusa perante a cortês receptividade do

casal.

- Referiu-se aos seus pais no passado? - perguntou à senhora

Martha

- Meus pais faleceram há cerca de dois meses - respondeu

entristecidamente.

- Oh, perdoe-me minha querida! - encabulada, decidiu se calar.

No entanto, Laura narrou-lhe comovidamente os acontecimentos.

- A minha mãe adoeceu ao ser tardiamente diagnosticada com

câncer. O meu pai não suportando a sua ausência, aos poucos se

definhou, falecendo de tristeza, deixando-me sozinha no Mundo.

- Onde está a sua família? - lágrimas brotaram nos olhos da

senhora Martha.

- Eu não tenho família! - confidenciou Laura.

- Como não? - interpelou o senhor Hugo ao volante.

- Os meus pais se conheceram e se apaixonaram num orfanato e

ao atingirem a maioridade, decidiram formar uma família que se

restringiu a nós três. Em razão disso, eu não possuo mais ninguém.

Em análise do triste semblante da jovem por meio do retrovisor

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do veículo, o senhor Hugo mirou a esposa clamando que ela tomasse

as rédeas da situação.

- Fique em nossa propriedade pelo tempo que achar conveniente.

Conhecerá Alex e James, os nossos netos que residem conosco e nos

ajudam na colheita das maçãs. Sempre desejei uma neta, quem sabe

Deus não a tenha me enviado com esse propósito.

- Não tenho palavras para exprimir a minha gratidão. Eu nunca

fui tratada com tanto apreço por estranhos - Laura sentiu uma

aprazível sensação dominá-la.

- Estranhos? Somos os seus avós! - bradou o senhor Hugo

fazendo-a sorrir

Durante o percurso, a senhora Martha mostrou-lhe os pontos

turísticos, porém, ao chegarem numa zona rural, uma imensa

propriedade foi avistada.

- Residir nesta propriedade deve ser o sonho de muitos habitantes

de Vermont - a jovem proferiu ingenuamente.

Concluindo a sua fala, o veículo adentrou essa mesma

propriedade, deixando-a sem graça por via do seu precipitado

comentário.

Laura admirou-se com a exorbitante quantidade de macieiras ao

seu entorno, no equivocado conceito de que maçãs não suportariam

um inverno rigoroso.

Estacionando o veículo, o casal foi recebido com alegria pelos

trabalhadores.

- Como foi a viajem? - um dos trabalhadores abraçou

calorosamente o senhor Hugo, em seguida, brindou à senhora Martha

com um respeitoso beijo na face.

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Triângulo Bennington

O elucidar de uma Maldição Tribal

- Espetacular Leôncio! - declamou o senhor Hugo, saudando os

demais com a mesma satisfação.

- Quem é a moça? - juntando-se ao grupo, Alex se encantou pela

jovem - Uma nova trabalhadora?

- Laura é a nossa hóspede! - o senhor Hugo anunciou em alto tom

- Exijo que a tratem com respeito e cortesia.

- Deixe comigo! - atreveu-se James.

- Tenha modos! - censurou a sua avó.

A jovem chamava atenção de qualquer homem, não pela beleza,

mas por sua simpatia, de cabelos loiros, lisos e longos na altura da

cintura, olhos castanhos, tez clara, estatura mediana e esbelta,

trajava-se despojadamente.

- Vovô, a moça está com frio, o senhor deseja que eu a conduza

para dentro da nossa residência? - indagou James com segundas

intenções.

- Alex a levará! - ordenou o senhor Hugo o enraivecendo, ao

sempre disputar algo com o seu irmão mais velho - Você me ajudará

com as bagagens!

Em obediência, James não contestou a autoridade do avô.

James era temperamental e ganancioso, de cabelos e olhos

castanhos, tez clara, estatura mediana e porte esguio, trajava-se com

roupas de grife, em seu trabalho na zona rural arranjava um modo de

protelar o serviço.

Alex era o seu oposto, contentando-se com o recebido através do

trabalho.

De cabelos castanhos claros, olhos âmbar igualmente ao da sua

mãe, estatura alta e porte robusto como o do seu pai, tez morena

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O elucidar de uma Maldição Tribal

devido ao sol escaldante que se fazia nas demais estações do ano o

fazendo exercer o ofício da colheita sem o uso da camisa.

Em suma, Alex havia mesclado às características físicas dos pais,

um motivo que incitou a inveja do irmão, porquanto, as suas vestes

eram simples, igualando-se aos trabalhadores rurais.

James retirou as bagagens do porta-malas com desmedida

rapidez, levando-as para o interior da propriedade no fito de

bisbilhotar o que ocorria entre o irmão e a nova hóspede.

A senhora Martha conceituou ter sido um grande erro trazer Laura

para passar uns tempos com a sua família, entretanto, a voz do

coração gritava alto em seu peito e o sentimento maternal se

posicionou diante da razão.

- Aonde vai Martha? - o senhor Hugo reparou na sua inquietação

- Eu vou atrás de James antes que ele torture a jovem com as suas

investidas - respondeu sem a omissão dos fatos.

O senhor Hugo consentiu a sua retirada, calculando que a esposa

fosse capaz de sozinha contornar a situação, priorizando a colheita

das maçãs, posto que a sobrevivência e o conforto